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sexta-feira, 15 de abril de 2016

A foto da capa

Não tinha me tocado, até ver o post do véi, ontem, que o GP da Espanha de 1986 completava 30 anos. Como eu mesmo tenho 31, não lembro de ter assistido o certame. A provocação é no sentido de explicar o porquê de ser esta a foto da capa do blog. Não ter visto a corrida está implicado neste porquê.
Enquanto estava crescendo, não havia internet, muito menos YouTube, como repositório de imagens e vídeos a ser acessado a todo tempo. Todo meu imaginário em torno do GP da Espanha de 1986 se formou em função de uma revista, uma espécie de anuário que saiu como publicação da Grid, que contava, corrida a corrida, a história daquela temporada. Creio que este exemplar ainda esteja guardado nas minhas coisas, lá em Ribeirão Preto.
A primeira foto que ilustrava o relato do GP da Espanha era a de Senna, no podium, agitando a garrafa de champagne com um sorriso meio amarelo, meio entendiado. Havia um contraste gritante entre aquele sorriso e a descrição da corrida, vencida pelo brasileiro com apenas 0,014s de vantagem sobre Nigel Mansell.
Depois, já mais velho e com acesso à internet, mas ainda sem YouTube, fiz o download de um vídeo que mostrava três lances da corrida e as três últimas curvas. Pelo que me lembro, demorou 12 horas para baixar. Era este aqui:


Basicamente, por anos, fora uma foto ou outra, um videozinho ou outro, isso era o que eu tinha visto do lendário GP da Espanha de 1986 que, como disse o narrador, logo no comecinho do vídeo, havia sido a chegada mais próxima entre dois concorrentes na história da F-1 moderna. Este dado continua sendo semi-verdade. Em 1971, houve uma chegada muito próxima entre quatro pilotos no GP de Monza (o vídeo está neste post do ano passado), mas os cronômetros ainda não se preocupavam com a casa milesimal, então a diferença registrada foi 0,01s; depois, veio esta entre Senna e Mansell, cuja diferença foi 0,014s, como já dito; e tem a outra famosa e quase patética chegada do GP dos EUA de 2002, quando Schumacher e Barrichello tentaram empatar a corrida. No fim, Rubim ganhou por 0,011s, sendo esta a menor diferença já registrada, desde o acréscimo da casa milesimal, entre primeiro e segundo colocado em um GP. Convenhamos, entretanto, que aquele "deixa que eu deixo você ganhar" não conta, vai. 
O blog foi criado em 2008, ano em que nos graduamos e ao longo de que eu ainda não tinha acesso à internet em casa. E-mail era só quando ia para Ribeirão ou em uma lan house. Impensável, hoje em dia, e nem faz tanto tempo assim. 
A foto da capa estava salva no meu computador há algum tempo e eu a utilizava às vezes como pano de fundo da área de trabalho. Agora, por que ela veio parar no blog? É muito simples, na verdade: a fotografia é, simplesmente, linda. Quando olhei para ela a primeira vez, demorei para entender que não se tratava de alguma montagem, pois seus elementos estão postos de maneira tão perfeita na composição que dá impressão que alguém os arranjou ali apenas para foto: o vencedor e o segundo colocado em primeiro plano, a bandeirada logo acima deles, o público prendendo a respiração, o podium colocado atrás do homem da bandeira quadriculada e, como arremate, o "Circuito de Jerez", que parece colocado ali pelo pessoal de marketing. Fora que o ângulo da fotografia não é lá muito convencional, com o fotógrafo no nível da pista do lado oposto ao dos boxes. 
Além disso, a foto é um resumo de uma época do automobilismo que gera saudade pela suposta competitividade e esportividade, tempo em que pilotos eram mais valorizados, exerciam mais influência e eram mais determinantes que os engenheiros. Tudo isso é verdade, em alguma medida. O que a foto não mostra - já que a foto só mostra o que ela quer, ou o que queremos nela ver - é que apenas três pilotos chegaram na mesma volta: os dois da foto e Alain Prost, em terceiro, 21s atrás; de Keke Rosberg, o quarto, até Patrick Tambay, o oitavo, todos tomaram volta; Tambay chegou com 6 (!) giros de atraso. 
Sim, é verdade, havia muito mais carros na competição. Nesta prova em Jerez, largaram 25. No entanto, Tambay - repito, o oitavo - foi o último dos que estavam na pista: do 9º ao 25º, 2 pilotos bateram e os outros 15 quebraram. Chegaram, portanto, 8. Muito mais competitiva aquela F-1, em que chegavam 8 carros e apenas 3 na mesma volta. 
Sim, esta última frase é uma ironia. Aquela F-1 era melhor, não tenho dúvida, mas não era pela competitividade. Tratava-se de pessoas reais, que fumavam, bebiam, iam para a gandaia, xingavam os outros e sujavam a mão de graxa que faziam as corridas. O gestor de marketing, o gestor de imagem, o gestor financeiro, gestor disso e daquilo, gente estranha que não entende muito de nada e artificializa tudo, eram ainda figuras em gestação, em um mundo sem YouTube.  

quarta-feira, 4 de março de 2015

NOVELA CHOCANTE

A cada dia que passa mais especulações surgem sobre o chocante acidente com El Mimadon.
Agora, algumas revistas publicam que ele teve um piripaque antes da batida no muro.
Pela dinâmica do acidente parece óbvio que algo sucedeu com o dito piloto. Ninguém é jogado fora da pista pelo vento em velocidade tão baixa. Quero dizer, um F-1.
E, o pós hospital sugere que os médicos não querem arriscar. Choque ou não, ele fica de molho.
Surgem até histórias cômicas se não fossem trágicas sobre acidentes parecidos.
Adrian Campos bateu em Mônaco tempos atrás. Desandou a ver coisas, logo após, como se estivesse em Madri e disse a um fiscal que era Nelson Piquet. Penso que após a panca tomou chá de cogumelos.
Parece que Mimadon acordou falando italiano e pedindo sua Ferrari de volta. Até aí.....
Como ele disse que não lembra de nada, e pode ser verdade, não saberemos por essa fonte o sucedido.
Mas, também é bom lembrar de alguns pilotos que encheram o muro e continuaram sua vidinha veloz como se nada houvesse acontecido.
Como exemplo o acidente de Senna (o Ayrton) na famosa curva Peraltada no México em 1991. Naquele tempo não havia o Hans (esse alemão que segura a cabeça dos meninos).
Ele ainda por cima se recuperava de um acidente (nas férias) com um Jet Ski e ostentava um curativo no quengo. E, mesmo após o capotamento correu normalmente.
Vai entender a F-1 atual.




lembrança das férias

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Um pouco de F-1

Já estamos com saudade de assistir alguma corridinha e o YouTube provém um sem número de vídeos de certames antigos para os entusiastas se esbaldarem. 
O vídeo abaixo é muito interessante. Trata-se do primeiro treino oficial, realizado na sexta-feira, para o GP da Austrália de 1990. Senna havia assegurado, duas semanas antes, o bicampeonato mundial por meio daquela famosa batida em Prost na primeira curva do GP do Japão. Naquele tempo, o treino da sexta à tarde valia para a qualificação, de modo que conseguir um bom tempo poderia assegurar uma boa posição de partida para o domingo. 
A volta mais rápida de Senna nesta sessão foi 1:15:671, a mais rápida do fim de semana. Todos ainda viravam na casa de 1:17 quando Senna  virou a primeira volta na casa de 1:15. No fim do treino, apenas Prost e Alesi alcançaram 1:16, mas ainda 0.6 atrás do brasileiro. 
Na sessão de sábado, Senna não melhorou o tempo - quer dizer, não sei dizer se ele tentou melhorar. O segundo melhor tempo foi de Gerhard Berger com 1:16:244, mais de meio segundo, portanto, mais lento que a melhor marca de Senna no dia anterior, ainda que com o mesmo carro e um dia a mais de treino. Coisa de louco. 
A história da corrida - que, aliás, era a de número 500 da F-1 -, todos conhecem: Senna bateu bestamente, deixando a briga pela vitória entre Piquet e Mansell. O veterano brasileiro, que vencera no Japão seguido por Roberto Pupo Moreno, levou a Benetton à segunda vitória consecutiva. 
Destaque-se ainda a volta onboard com Alain Prost na Ferrari de transmissão semi-automática e de belo ronco proveniente do propulsor V12. 



E, aqui, o compacto da corrida, em que Piquet mostra para Mansell que ele ficaria na frente na última corrida da temporada. Note-se, narração de Cléber Machado. 

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Há 25 anos

Engraçado que eu já tinha começado a escrever este texto quando fui ler o do Flávio Gomes sobre o mesmo assunto. Minha ideia era começar com "claro que eu não me lembro do GP do Japão de 1988"; ele começou com "claro que me lembro bem do GP do Japão de 1988". Ficou aí um paralelismo involuntário e interessante. 
Mas não lembro mesmo daquela corrida, pois contava com apenas três anos de idade. Era uma pessoinha que havia comido bolo estragado naquele dia, junto com a mãe que, naquela madrugada, também passava mal. 
É interessante, contudo, que mesmo sem ter assistido ao Grande Prêmio - e, ainda que o tivesse visto, não conseguiria lembrar -, aquela foi uma das corridas mais marcantes para mim, pois passei o resto da vida em busca de informações sobre aquele evento. 
Desde logo, ouvia as histórias contadas pelo meu pai: "o Senna ficou lá para trás e venceu. Foi de cagar". E, depois, da minha mãe: "eu estava passando mal e vem o teu pai me acordar de madrugada pra dizer que o Senna tinha ganhado. Tenha dó". Imaginei, então, que deveria ter sido uma corrida sensacional. 
E foi mesmo. As imagens daquela temporada estavam disponíveis no anuário da FISA (era FISA naquele tempo) que, no Brasil, era narrado pelo Reginaldo Leme. Adorava quando meu pai locava aquilo. A certa altura, conseguimos cópias do vídeo para ter em casa e não sei dizer quantas milhares de vezes assisti o resumo da temporada de 1988. Foram inúmeras. Devo saber de cor até hoje alguns trechos da narração do Reginaldo Leme. 
Acho que não é conveniente resumir os acontecimentos daquela corrida. As informações estão disponíveis por aí, há muitos e muitos vídeos no YouTube que condensam melhor que eu aquilo que foi relevante no certame de Suzuka aos 30 de outubro de 1988. Naquela disputa, Senna venceu seu primeiro título mundial de F-1 e começava a se formar, em mim, o gosto pelas corridas de automóvel. Ayrton Senna foi meu herói da infância - acho que foi o de muitos meninos da minha idade - porque ele ganhava corridas espetaculares e demonstrava grande alegria com aquilo. Era contagiante. Quando ele faleceu, eu contava com apenas nove anos e não tinha condições de comparar sua pilotagem com a do Piquet ou do Prost, não podia avaliar seu caráter como homem, nada disso naquele momento estava ao meu alcance. Era tudo muito mais simples que isso. Ele subia no carro, fazia o que pudia, e o meu papel era ficar feliz.
Hoje, buscando de novo uma alegria lúdica e fácil, comecei a montar um modelo na escala 1:8 da McLaren MP4/4 com quê Senna, há 25 anos, conquistou seu primeiro campeonato. Soubesse minha mãe quanto vai custar a brincadeira, teria uma indisposição maior que aquela do bolo estragado. 


sexta-feira, 30 de novembro de 2012

NÃO DESISTE

Senna, esse não aquele, levou um merecido pé na bunda da Williams e ameaça ir para a Força Aí Índia. Ou qualquer outra equipe. Grana ele tem.
Seria interessante continuar porque é sempre um candidato ao prêmio lambão da corrida.
Êita maldade.

"Não penso. Logo, bato."

domingo, 7 de outubro de 2012

ROTINA


Não esquecemos do Romã da Granja que não esqueceu de dar sua amável contribuição para aqueles que colecionam peças de carros.
Ele larga sem maiores imprevistos e após a curva enche a lata do Uéber. Penso que estava distraído com alguma coisa. Barbeiragem da grossa.
Foi punido com um stop and go mas, Markão pede algo mais rigoroso como chicotadas em praça pública.
O fato é que alguns pilotos não tem capacidade de, na largada, ter paciência e esperar a poeira e adrenalina baixarem. Acabam fazendo besteira.
Senna esse (não aquele) por exemplo, acertou Rosebife na largada e foi punido com uma passagem pelo boxes.
O cara já está na mira faz tempo e não aprende.
Na sequência do vídeo o acidente de prima dona do ponto de vista de seu carro.

Romã ajudando Uéber a levar seus cavalinhos para a grama

sábado, 6 de outubro de 2012

VALE MA NON TROPPO

Então fica assim.
Termina o treino e a gente fica conjecturando acerca do resultado:
Vetor mostrou para Uéber que na hora do vamu vê tem mais latinhas amassadas para vender, Luizão Hamiltão está vendo como se trata um atual e, ao mesmo tempo, ex piloto, prima dona com seus mimimis, Kokavishi acertando o pé em casa, Romã da Granja de volta, Chapolin Perez todo animado com seu futuro e etc.
Uma análise mais profunda, no mérito dizem alguns, mostra uma palavra estranha principalmente usada antes de uma corrida.
Punido.
Quatro pilotos receberam punição, pelos mais variados motivos, e vão largar mais para trás de onde largariam se não fossem ficha suja.
Uns porque tem miolo mole, outros porque tem miolo duro, outros porque trocaram de cueca e shushu por ser barbeiro.
Cá entre nós, no entanto, é ridículo um cara ser punido por troca de câmbio de seu carro.
Ou seja, a equipe produz um equipamento que bosteia na hora H e o piloto sofre com isso.
Enfim, eles (os home) sabem o que fazem (ironia fá favô!)
Ah! Finalmente concordo com Senna esse (não aquele). Foi pavorosamente fechado por Berne que deve ter confundido o carro do brasileiro com o maluco do shushu (remember Cingapura).
Foi pornográfico. Infelizmente não podemos mostrar as imagens neste blog de conteúdo familiar.
O verdadeiro motivo é que alguém mezzo dormindo, mezzo acordado esqueceu de gravar o treino. Mas, assisti, juro!
Mesmo porque estava de plantão com olhos na TV e ouvidos no quarto do nênes uma vez que mamã foi participar de um evento com o pessoal da faculdade. Para os tios preocupados não foi (por incrível que pareça) preciso a intervenção do vô babão. Nênes dormiu o tempo todo. Perdeu o treino mas, temos tempo, temos tempo.

Grid de Largada - GP do Japão
01. Sebastian Vettel 1min30s839
02. Mark Webber 1min31s090
03. Kamui Kobayashi 1min31s700
04. Romain Grosjean 1min31s898
05. Sergio Perez 1min32s022
06. Fernando Alonso 1min32s114
07. Kimi Raikkonen 1min32s208
08. Jenson Button (PUNIDO)1min31s290
09. Lewis Hamilton 1min32s327
10. Felipe Massa 1min32s293
11. Paul Di Resta 1min32s327
12. Pastor Maldonado 1min32s512
13. Nico Rosberg 1min32s625
14. Daniel Ricciardo 1min32s954
15. Nico Hulkenberg (PUNIDO)Sem tempo
16. Bruno Senna 1min33s405
17. Heikki Kovalainen 1min34s657
18. Timo Glock 1min35s213
19. Jean-Eric Vergne (PUNIDO)1min33s368
20. Pedro de la Rosa 1min35s385
21. Charles Pic 1min35s429
22. Vitaly Petrov 1min35s432
23. Michael Schumacher (PUNIDO)1min32s469
24. Narain Karthikeyan 1min36s734

IRRESPONSABILIDADES

Vejam o susto de Hamilton no finalzinho do treino que antecede o para valer no Japão.
Uma tartaruga no meio da pista.
O piloto britânico perdeu o rebolado e deve ter manchado o macacão.
Na sequência Senna esse (não aquele) sofre com uma chicane ambulante.
O duro é que essa chicane estava tentando fazer tempo.
Não dá nem para rogar praga.






a vida não é fácil para quem não leva papel higiênico no porta luvas

domingo, 23 de setembro de 2012

BUNDADA PREVISTA



Esperei ansiosamente pela confirmação de minhas solitárias previsões. Ela veio meio escondida e com imagens ligeiramente desfocadas.
Mas, Senna esse, não aquele, deu a sua famosa bundada no muro. Não sei o abandono ocorreu devido a este fato mas, no finalzinho ele deu adeus à corrida.

sábado, 22 de setembro de 2012

AH! A NATUREZA HUMANA!

Leio aqui uma entrevista do nosso aposentado shushu declarando orgulho por ter provocado a rodada de Senna aquele (não esse) no GP do Brasil de 1994.
Seria melhor o lemão ter ficado quieto com essa lembrança uma vez que pilotava um carro irregular. O mundo da F1 erroneamente imaginava que Senna aquele ( não esse) levaria imensa vantagem pilotando o carro do momento, Williams.
Com a proibição da suspensão ativa o carro virou uma fezes.
Mas, a Benetton já andava fora do regulamento sob a benção do universo.
Deu no que deu.
Acho engraçado uma declaração dessa uma vez que Dick Vigarista, em sua volta às pistas, desconstrói a aura criada em torno dele. Tentam preservar sua imagem falando mil bobagens e servindo abobrinhas corrida após corrida. Dizem até que ele está se divertindo, nada mais que isso.
O fato é que, apesar de tudo, o piloto alemão continua firme em seu pedantismo.



Schumacher saiu da fábrica sem o software "modéstia"

PROCURA-SE EQUIPE


Enquanto Pastor sem ovelhas mostrava serviço fazendo o segundo tempo para a largada do GP de Cingapura, Senna esse (não aquele) mostrou que é ruim em aprender lições.
Este muro já o chama pelo apelido tamanha a intimidade de ambos.
Ele bateu na sexta destruindo a suspensão, deu uma bundada de leve no treino classificatório de sábado e finalmente esta lambança quando precisava fazer tempo.
Não aprendeu, pelo menos nos treinos, a contornar a curva sem abraçar o muro.
Para completar a Williams trocou o câmbio de seu carro e, com isso, vai largar em 22º.
Espero que saia na maciota com o rádio em alguma música clássica para acalmar e fazer aquela corrida para chegar em 15º ou coisa assim.
Enquanto isso o pessoal que cuida de sua carreira já pode ir se movimentando para encontrar outra equipe para o ano que vem. Ele e Pastor fazem a festa dos guinchos.
Com uma diferença. Pastor é assim com o Chaves venezuelano (não o mexicano) e Senna esse (não aquele) é assim com Hic Batista que anda mais preocupado com Thor o deus playboy. Vai sobrar para o brasileiro.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

SID WATKINS

Leio aqui que o doutor Sid Watkins, médico que acompanhava a F1 há anos, morreu aos 84 anos.
Nós não prestamos muita atenção nestas pessoas que compõem o mundo do automobilismo e não são aqueles rapazinhos andando para lá e para cá com macacões coloridos.
Somente lembramos que eles existem quando algo sai errado e ocorre um acidente mais sério.
Lembro que ele, Dr. Sid Watkins, era acessível e alegre sem perder a fleuma britânica.
Neste acidente de Senna, o Ayrton, no México em 1991 ele fez ouvidos moucos porque eram tempos difíceis para o piloto brasileiro, perseguido pelos principais dirigentes da categoria.
Enfim, Senna havia sofrido um acidente com jet sky no Brasil e estava com um ferimento na nuca. Disfarçava o curativo com o cabelo mas, é visível no final do vídeo.
Devido a este acidente alguns queriam excluí-lo do GP do México dizendo que ele não tinha condições físicas.
Doutor Sid Watkins foi quem deu o aval para que Ayrton participasse sem mais aquela.
Mesmo depois dessa virada de carro.
Com essa atitude corajosa ganhou mais espaço na parede de nossa memória. Com direito à luz de led e tudo.


terça-feira, 1 de maio de 2012

SENNA


Este menino foi longe. Além de piloto fora de série tinha carisma. Poucos conquistam os corações como ele.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Terminal vermelho, amarelo, azul e cor-de-rosa

Corridas de carrinho são eventos estúpidos. A rigor, corridas de um modo geral, sobre automóveis ou não, são coisas estúpidas. De meninos que correm descalços ao redor da casa à Fórmula-1, o que muda é a quantidade de dinheiro que se gasta e o nível de mesquinhez dos envolvidos. O princípio, no entanto - tão lúdico quanto idiota -, é sempre o mesmo: correr muito só para ver quem chega primeiro.
Por muito tempo, nas competições automobilísticas, correu-se de um ponto para outro, em estradas que ligavam duas ou mais cidades. Até hoje, as competições de rally são assim: começa-se em A para terminar em B. Um moço atento dirige o carro e outro moço, mais atento ainda, indica as direções a serem seguidas. No fim, mesmo que não se tenha chegado na frente - e, ainda que não se tenha ido tão rápido -, passou-se por obstáculos e vias desconhecidas que foram descobertas e chegou-se ao ponto final.
Com o passar dos anos, as corridas passaram a ter o mesmo ponto de largada e chegada. As Mille Miglia italianas, por exemplo, eram corridas em estradas ligando duas cidades, Bréscia e Roma. Começava-se em um ponto, terminava-se no mesmo.
A evolução demandou que os carros passassem a ser confinados em circuitos fechados. Na maioria das competições, os pilotos e seus bólidos giram, giram e giram em torno da pista, partindo de um ponto para retornar ao mesmo no final. As Mil Milhas brasileiras, por exemplo, criadas à imagem e semelhança das italianas, giravam no antigo traçado de Interlagos. A distância era a mesma que os destemidos pilotos percorriam no velho continente, mas partia-se da charmosa reta entre o Café e a Curva 1, para retornar ao mesmo ponto mil milhas depois.
Na Fórmula-1, os certames são assim também. Parte-se do grid de largada, percorre-se mais ou menos 305km, para voltar ao mesmo para ali em seguida.
E aí a gente se pergunta: para quê isso? Qual o propósito de arriscar o próprio pescoço, deixar a mulher ou marido, filhos e filhas em pânico em casa, para sair de um ponto, girar, girar, girar, e voltar a ele, inevitavelmente? Quer dizer, corre-se, corre-se, corre-se para não sair do lugar.
Eu não saberia responder à pergunta. De verdade, eu não sei qual o propósito disso. Mas, se olharmos as expressões, os gestos, os abraços entre os homens que giram, giram, giram para lugar nenhum, e aqueles que os esperam no final de tudo, pode-se concluir que alguma coisa acontece naqueles trezentos e poucos quilômetros que dá sentido a tudo:







Vejam que esses indivíduos, acostumados ao ambiente de carnificina que abriga as competições automobilísticas, sempre envolvidos por graxa e truculentos barulhos de motores, não resistem e se rendem aos abraços, como se o ponto de chegada fosse diferente do ponto de partida, como se, no lugar da reta dos boxes, a vista depois da última curva fosse a do próprio paraíso.
Quem sabe não seja esse mesmo o propósito da vida: você parte de um ponto, gira, gira, gira, corre, corre, corre, para voltar ali e ter capacidade para se encantar de novo.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

No one knows quite how he does it...

Sempre fico encantado com este vídeo de Ayrton Senna sentando a bota em Spa-Francorchamps, 1991. Acompanhar a volta sem nenhuma narração é muito interessante, pois dá para perceber, pelo barulho do motor, os momentos em que o piloto começa a acelerar ou desacelerar e, com isso, ter uma ideia das técnicas utilizadas para frenagem e retomada de velocidade.
A volta é incrível porque, mesmo com a poeira levantada por alguém e tendo que ultrapassar a Tyrrel de Stefano Modena (era mesmo Modena? Ou Nakajima? Se não era, alguém me corrija) na Bus Stop, Senna põe mais de um segundo no que, até então, era o melhor tempo - não tenho certeza, mas devia ser o tempo de sexta-feira. Reparem que a diferença em relação ao tempo de referência só cresceu mesmo no último setor do circuito, justamente onde Senna teve que fazer a ultrapassagem sobre o retardatário, o que pode revelar que a McLaren do brasileiro carregava menos pressão aerodinâmica que os demais. Este dado, no entanto, torna ainda mais impressionante sua velocidade no setor intermediário.
Senna não conseguiu melhorar a marca de 1:47:811 - ninguém mais conseguiu. Quem mais se aproximou foi um pilotinho francês chamado Alain Prost, que cravou 1:48:821, ficando a 00:01:010 do tempo de Senna. Ou seja, a pole position foi conquistada por Ayrton com mais de um segundo de vantagem sobre todos os demais. Seu companheiro de equipe, Gerhard Berger, ficou a 00:01:674, número que também é conhecido como "uma eternidade".



É difícil entender como ele conseguia ser tão mais rápido. No vídeo abaixo, Jonathan Palmer, que foi piloto de testes da McLaren, tenta explicar. Eu fiquei com preguiça de fazer as legendas desta vez, mas basta saber que a linha azul é a de Palmer, que freia mais e por mais tempo, e a linha vermelha, a de Senna, que além de frear menos e por menos tempo, acelera antes e mais forte. O resultado é que, em apenas uma curva, Senna colocava dois décimos de segundo sobre Palmer, utilizando, em tese, o mesmo equipamento. Dois décimos em apenas uma curva, repito.



Como diria Jorjão, "No one knows quite how he does but it's true they say/He's the master of going faster".

domingo, 27 de novembro de 2011

Presença


Foto: TotalRace
A imagem acima retrata a última vez que Ayrton Senna correu em Interlagos, no já longínquo ano de 1994.
Seu sobrinho com mesmo sobrenome marca presença neste fim de semana, 17 anos após a última participação do tio, com um excelente 9º lugar no grid de largada. No entanto, não é só no nome e na cor do capacete de Bruno Senna que o velho Ayrton está presente no autódromo paulistano.
Sem dúvida, na memória dos torcedores, ainda daqueles que nem sabem direito o que significou o nome Ayrton Senna além da musiquinha da Globo, o piloto vai estar lá, conduzindo sua McLaren capenga à linha de chegada.
Mas tem mais: dois importantes pilotos vão carregar suas lembranças para dentro da pista. Um deles, Rubens Barrichello, que desfrutou da companhia de Ayrton dentro das pistas e já o homenageou da mesma forma no ano seguinte ao da morte do ídolo. Barrichello irá correr com uma pintura alusiva a Senna no capacete.


Foto: Divulgada via Twitter.
É até esperado que um brasileiro que conviveu com Senna homenageie o ídolo em sua corrida de casa. Pode ser surpreendente, por outro lado, que um piloto inglês, que apenas viu Senna na pista enquanto era garoto e que, hoje, é rival quase desafeto de um outro piloto brasileiro lembre de Ayrton. Lewis Hamilton também resolveu prestar seu tributo.
Tomara que amanhã a lembrança fique não só na pintura do casco, mas também no arrojo e estilo, sob chuva ou sol.

Foto: globo.com

domingo, 23 de outubro de 2011

Há vinte anos

Não foi só o primeiro título de Piquetzão que aniversariou nesta última semana. No dia 20 de outubro de 1991, Ayrton Senna conquistava seu terceiro e último título de F-1.
Um dia que me lembro muito bem. No alto dos meus 6 anos de idade, eu não pude ficar acordado para assistir a corrida. Eu acordei e vi a gravação com meu pai. E foi tão bonito.


sexta-feira, 27 de maio de 2011

Exploração

Nas últimas semanas, o pai do blog está tocando todo o trabalho bloguístico sozinho. Tudo sem receber um tostão sequer a título de hora extra.
Para desespero geral de nossa equipe de redação, a Prima Dona Afonsina fez, ontem, o melhor tempo nos treinos. Claro, ainda não vale nada, mas é um indício de que o equilíbrio de forças pode ser diferente nas ruas do principado.
E, para continuar no clima, segue abaixo uma obviedade: Senna em Monte Carlo, com a Lotus John Player Special. Não tenho certeza se o ano é 1985 ou 1986. Mirim da minha parte. De todo modo, o vídeo vale a pena. O som do Renault turbo é muito bonito. A narração explica o que a Lotus fez para conseguir usar o turbo em Mônaco, mas confesso que não entendi muito bem - outra aspecto mirim do post.
Assista até o fim. Um motor estoura logo a frente de Senna e encharca tudo de óleo.


segunda-feira, 21 de março de 2011

Uma boa ideia

Acordei hoje com a sensação de que estava esquecendo o aniversário de alguém. Hoje, Ayrton Senna faria 51 anos de idade. Gosto de lembrar dele porque, no fundo, é um dos dois sujeitos responsáveis pela minha irremediável paixão por corridas.
Um vídeo legal para celebrar: uma volta no treino de classificação para o GP da Bélgica de 1991 sem narração, só o propulsor de 3,5L, V10 da Honda para ouvir.




domingo, 5 de setembro de 2010

Amarelo, Deus e Chuva

Lewis Hamilton venceu magnificamente o GP de Spa Francorchamps, na semana passada. Não deu chances a ninguém, assumindo a ponta na largada e ficando ali até a bandeirada final.
Houve apenas um momento em que os adversários de Hamilton efetivamente tiveram alguma chance: foi no momento em que o inglês escapou na Rivage, quando a chuva já começava a cair, e por muito pouco não acertou a barreira de pneus.
Qual a explicação de Lewis para o acontecido? Como ele conseguiu manter o carro deslizando pela brita sem ficar atolado e sem bater? Perguntas essas que demandam uma resposta técnica, obviamente. Vamos ver o que Lewis disse:

"Eu freei muito tarde e bloqueei os pneus, alargando na curva oito, e - Jesus! -, o Senhor definitivamente tinha sua mão sobre mim ali e eu pude me safar dessa. (I braked quite late and locked my wheel and went wide at turn eight and jeez, the Lord definitely had his hand over me there as I was able to get away with it)".

O inglês ainda declarou que, antes da prova, estava rezando para que tudo desse certo.
O domínio de Hamilton sob condições oscilantes e adversas e sua explicação para tudo na vontade divina me lembrou um piloto muito popular, que também correu de McLaren e que também andava por aí com um capacete amarelo.
Vejam a explicação desse piloto para seu domínio na prova de Donington, em 1993:



Não se trata tanto de comparar as pilotagens de Hamilton e Senna. Mas as semelhanças entre eles chamam a atenção. Ambos pilotos muito rápidos, ambos polêmicos entre seus pares e ambos buscando na fé a explicação para suas performances. Esta atitude era comum em Senna; não me lembro de Lewis fazê-lo antes de Spa.
Dizem alguns que esta confiança de que Deus estava ao seu lado é que fez Senna ser tudo o que foi; dizem alguns que a mesma confiança o levou a colocar seus adversários e a si próprio em perigo em muitas ocasiões. Estaria Hamilton no mesmo caminho? Não sei. Mas o inglês, pelo menos, no mesmo carro já esteve para gravação deste Top Gear especial - vídeo muito legal.



Agora é esperar e ver quais glórias o futuro reserva ao capacete amarelo mais jovem, dono de uma carreira já muito bem sucedida.