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terça-feira, 1 de outubro de 2019

Sobre o que esperamos de nossos heróis

A Julianne Cerasoli fez um vídeo analisando por que os ingleses não torcem para o Lewis Hamilton na mesma proporção de seu grande sucesso na Fórmula-1. Achei muito interessante a opinião da jornalista-guru deste blog, mas fiquei pensando que não torço e nunca torci para o Hamilton - acho que nem mesmo contra o Alonso - e que isso não tem nada que ver com as razões expostas no vídeo, e nem têm relação direta com a admiração que nutro pelo piloto em questão. 
Evidentemente, sabemos o quanto o sujeito é bom de corrida, sabemos o quão bem sucedido ele é, mas o outro lado também é verdade: acompanhamos corridas e vimos pilotos suficientes para sabermos das (poucas) qualidades que ele não tem. Agora, torcida mesmo é algo muito pessoal. Por que torcemos para algum time de futebol em especial? Por causa do pai, tio, avô, primo, porque ganhou alguma campeonato de forma marcante quando tínhamos seis ou sete anos, etc. Ou será que, talvez, os times carreguem alguma mensagem que nos toca e gera identificação? 
No automobilismo, torce-se em regra para um piloto, não para um time, sendo a Ferrari, evidentemente, a exceção. Na Alemanha, ninguém liga muito para a Mercedes, a não ser quem trabalha para a marca. A torcida e a mídia se ligam mesmo no Vettel e no Hulkenberg. O piloto para quem torcemos, e não seu time, é quem carrega a mensagem com que nos identificamos. O piloto contra quem torcemos - os nossos Prosts, Schumachers, Alonsos - carregam a mensagem antagônica. Mas que mensagem é esta e quem verdadeiramente a propaga?
Chamou muito a minha atenção, após o GP da Rússia, o fato de que, até onde pude ler na mídia internacional, apenas a brasileira ter atribuído ao Vettel o papel de vilão na lambança organizada pela Ferrari - Vettel, aliás, foi escolhido "piloto do dia" por meio da votação da F-1 na internet. Chegou-se ao ponto de desmentirem com estatísticas o comentário de Vettel sobre os motores V12 após seu abandono, num desvirtuamento completo do sentido da reclamação do alemão: 


No outro lado da garagem vermelha, só há sorrisos e elogios ao "predestinado" Charles Leclerc. Isso me incomoda, me irrita mesmo, pelo reducionismo que implica e porque grande parte da história recente da F-1 fica soterrada pelo culto ao novo. Claramente, a situação na Ferrari parece extremamente complexa, especialmente desde a morte de Marchionne e Leclerc é um moleque muito esperto que tem sido muito bem orientado sobre como navegar dentro da equipe - lembrando que sua carreira é gerenciada por Nicolas Todt, vulgo Todtinho, filho de Jean Todt, atualmente presidente da FIA e antigo dono do botão vermelho da Mamã Ferrari. Seus choramingos e mimimis não são apenas de um menino minado, mas de quem sabe muito bem que, se pedir, ganha. 
Carlinho é, então, retratado como um prodígio que exige muito de si, que aprende muito rápido e a quem nada abala, nem a morte do pai, nem a morte de um de seus melhores amigos - ambos eventos que foram sucedidos por triunfos seus na pista. E, aqui, podemos voltar à mensagem que o piloto carrega e que transferimos a nós mesmos quando ela gera identificação. 
A história da morte do pai de Leclerc, seguida da vitória do filho no GP de Baku de F-2 em 2017, bem como de sua primeira vitória na F-1 em Spa-Francorchamps, após a morte do amigo Antoine Hubert na mesma pista no dia anterior, me fez lembrar do quanto fiquei abismado quando Michael Schumacher venceu o GP de Ímola de 2003 logo após a morte de sua mãe. Lembro de ter pensando, antes daquela corrida: "hoje este cara não vai ganhar. Talvez não vá nem correr". Correu e ganhou. Leclerc, tendo sabido do passamento do pai, concluiu que pouco mudaria caso ele deixasse de correr e que o pai gostaria que corresse. Correu e ganhou. 
O contraste com Vettel e com o próprio Hamilton é evidente. Lewis esteve a ponto de sucumbir, segundo boatos, após o rompimento com antiga Pussycat Doll Nicole Scherzinger. Fosse pelo motivo que fosse, Lewis bateu, rodou, andou mal pra burro. Lewis, como Sebastian, é humano
Para quem cresceu vendo Ayrton Senna como o modelo de piloto, seria fácil se encantar pela resiliência demonstrada por quem vê o pai ou a mãe falecer e, horas depois, arrisca o próprio pescoço para vencer uma corrida. No entanto, estas demonstrações têm implicações éticas importantes. A maneira como Schumacher se comportou ao longo de sua carreira demonstra que ele passaria por cima da morte da mãe e de qualquer coisa que se colocasse entre ele e o seu objetivo. 
Muito do sucesso no automobilismo se dá pela maneira como se ocupa espaço: espaço na equipe, espaço na pista. Ocupar espaço significa necessariamente, neste ambiente de competição, tirar o espaço de alguém. Evidentemente, isso é do jogo: ser o mais rápido não significava nada se há alguém na frente impedindo que a velocidade se desenvolva. No entanto, se se colocar no caminho do outro é parte do jogo, o jogo não admite todas as formas de atrapalhar o concorrente. Schumacher parou o carro na pista para Alonso não passar, arremessou o carro contra adversários, ganhando e perdendo, arremessou adversários para fora da pista, ganhou corrida sem cumprir a penalização que lhe havia sido cominada e a lista poderia ir facilmente madrugada adentro. 
O cinismo de Schumacher, como o de Leclerc, começou a aparecer muito cedo em sua carreira. Quem não se abala com nada pode ser um grande piloto, mas também pode ser um grande psicopata. Fico com a mensagem de quem se descabela com a perda de uma pussycat doll.

sexta-feira, 7 de julho de 2017

Ferrari começa a abrir mão do campeonato de 2017

Já de se esperar que o time vremeio não pudesse acompanhar o ritmo de desenvolvimento da Mercedes, já que sua equipe é composta de engenheiros com menos experiência em F-1 que os prateados. 
Agora, além de questões técnicas, a Ferrari consegue se complicar escandalosamente nas questões políticas. O motor Ferrari melhorou horrores, está próximo da cavalagem mercedônica e, então, julgou o presidente Sergio Marchione, nada mais natural que demitir o engenheiro-chefe de motores. A notícia está no motorsport.com. Marchione teria dito que "se todos tiverem estabilidade e tranquilidade para trabalhar, tudo fica muito fácil, vencer perde a graça; além de que, bagunçando tudo, meu cargo fica protegido destes carreiristas burocratas safados, que querem ser promovidos porque são bons e eficientes". 
Fontes alegam que Vettel teria aberto a primeira gaveta da escrivaninha para dar uma olhada no pré-contrato com a Mercedes, que ele havia displicentemente jogado ali após o GP da Austrália. 

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Doidão

Vettel perdeu a corrida ontem por causa da estúpida manobra para cima de Lewis Hamilton, durante uma das centenas intervenções do safety car. Isso é para acabar com a lenda de que alemão tem sangue frio e não se abala com nada. Isto é conversa para boi dormir.
Duas coisas me provocaram estranheza: a) nas entrevistas após a corrida, Vettel resolveu ignorar o que tinha feito. A repórter: "mas houve contato com Lewis"; Sebastian: "sim, toquei em sua traseira porque ele fez um brake test"; repórter: "mas e depois, ao lado do carro de Lewis?"; Sebastian: "eu acenei para mostrar que não concordei com a manobra"; repórter: "mas houve contato com o carro de Lewis, não houve?"; Sebastian: "sim, eu acertei a sua traseira". Psicopata total; b) a conclusão de que Hamilton não teria freado ou tirado o pé do acelerador foi muito esquisita, pois dá para ver na imagem que, sim, ele diminuiu a velocidade. Na câmera onboard do carro de Vettel dá para ouvir nitidamente e ver pelos dados da telemetria que o alemão não saiu acelerando da curva. Tentei encontrar algum vídeo onboard do carro de Lewis que tivesse também os dados da telemetria, mas não achei.


Enfim, a coisa ficou desnecessariamente caótica, coisa de jogo de futebol entre bêbados. Para Sebastian, não houve nenhum ganho. Mesmo tendo chegado à frente de Hamilton, perdeu pontos importantes para o campeonato em um momento em que a Mercedes dá mostras de ter voltado à velha forma, impondo-se soberbamente sobre os demais tanto em classificação quanto em ritmo de corrida. Além de que, Lewis vai agora dar as cartas em um jogo que ele tanto gosta: o de palavras, fora da pista.

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

What the fuck?

Foi tanto fuck no rádio de Vettel hoje que o título da postagem não poderia ser outro. Acabo de ler que alemão, former Crash Kid e tetra campeão, perdeu o pódio em função da disputa com Daniel Ricciardo. 
Não vi sentido na punição. A disputa foi linda e absolutamente de corrida, nada de mais. Não dá para comparar as mudanças de posição de Verstappen ao longo das freadas com a de Vettel em cima de Ricciardo. O holandês, efetivamente, põe os demais em risco, esperando que tomem suas decisões e, então, jogando o carro para cima do adversário; a disputa de hoje foi uma freada roda a roda, como uma disputa deve ser; Verstappen é sujo, Vettel não o foi hoje. 
Vocês três que estão lendo, não me entendam mal: acho Verstappen um puta talento, vai ser multicampeão, com certeza, mas... faz suas maldades com o apoio da organização da F-1. 
A impressão que é que Verstappinho pode fazer o que bem entender, pois tem aval da categoria e é bom para os negócios. Lembra o muito o early Schumacher, o que me fez levantar uma hipótese. Após sua estréia pela Jordan, o Sapateiro foi imediatamente alçado para a Benetton, no lugar de Roberto Pupo Moreno, e à situação de gênio do futuro. O trânsito fácil da equipe média para a que o tornaria bicampeão mundial três anos depois, a liberdade com que o alemão testou todos os limites do regulamento, a benevolência com quê foi tratado pelas "autoridades" - basta lembrar, para ficar em um exemplo fácil, que Sapateiro venceu o GP da Inglaterra, em 1998, sem cumprir a punição que havia recebido, e não aconteceu nada com ele -, lembram muito este início de carreira de Verstappen: a estranha ida da Toro Rosso para a Red Bull, às custas de Kvyat, e as inúmeras manobras estapafúrdias que terminam em pizza. 
Schumacher surgiu no momento em que a Mercedes ensaiava o seu retorno a F-1 e a montadora bancou os primeiros passos de Sapateiro. Não se sabia, naquele ponto, se teriam uma equipe própria ou não, mas havia a expectativa de que o investimento em Schumacher resultaria em uma parceria entre a marca e o piloto, o que apenas se efetivou quando do retorno da equipe Mercedes e do próprio Schumacher à F-1, em 2010. 
A ascensão meteórica de Verstappen coincide com o surgimento de um marca holandesa como a principal patrocinadora da F-1; a ascensão e proteção a Alonso coincidiu com a projeção do Santander, que o acompanhava. Que as decisões dos fiscais são incomodamente inconsistentes nos últimos anos é de conhecimento de todos; o que pouco se discute, por razões óbvias, são os interesses comerciais por trás destas inconsistências. 
Só para encerrar este rodeio todo que dei: o cara hoje cortou caminho, na cara dura, e só foi punido por causa do burburinho que a manobra gerou; o "fuck off" de Vettel para Charlie Whitting resultou, por um lado, em uma resposta imediata com a punição a Verstappen e, por outro, com a retaliação a Vettel, que acabou recebendo uma pena maior que a do próprio Verstappen. 
Meu pai, há alguns (muitos) anos atrás, no auge da veneração ao Schumacher, decidiu parar de ver corrida de F-1. No fim, em vez de acordar às 09h, como eu fazia, ele acordava às 09h30, 09h45, e via só a segunda metade dos certames. Não sei, não, mas, do jeito que a coisa anda, estou prestes a não colocar o despertador para tocar. Será que consigo?

Um brinde à nova cara da F-1!

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Opa! Aí, não...

A gente sempre vê o Bernie Ecclestone falando bobagens e a teoria, já bem abordada pelo Véi, é que ele quer é manter os holofotes sobre seu produto, a F-1. 
Talvez o Hamilton, pensando em uma vaguinha de cartola quando deixar de usar boné e capacete, esteja já seguindo os ensinamentos do mestre. Disse por aí que não deveriam parar de fuçar no arranjo do treino classificatório até encontrem um modelo ideal. Segundo o moço, 2016 deveria ser um ano "laboratório" para encontrar o modelo ideal. 
Estou pensando em propor uma abordagem como esta aos meus alunos, algo para criar o caos e quebrar paradigmas. Em uma disciplina como história do direito, poder-se-ia ignorar a cronologia e começar da época moderna, abordando, em seguida, a antiguidade, pulando, então, de Ulpiano para Savigny e assim por diante, seja lá o que "por diante" signifique. Acho que um curso doido deste teria mais sucesso do que trocar o modelo de classificação toda semana. 
O inglês tricampeão andou reclamando que está fazendo a mesma coisa há dez anos e que a F-1 precisa mudar. Está entendiado, coitado. 
Às vezes, é necessário dar ouvidos ao pragmatismo alemão.

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Ar turbulento

Foi boa a corrida da China, não foi? 
A Fórmula-1 está demais - sem ironia nenhuma! -, mas isso já tem data para terminar. A modificação das regras referentes à escolha dos tipos de pneus e ao modo utilizá-los ao longo da corrida tem sido fundamental para agitar os certames. No entanto, até o próximo GP, na Rússia, as escolhas de pneus das equipes foram feitas "no escuro", ou seja, apenas com base nos testes de inverno. A partir da corrida na Espanha, as escolhas foram realizadas a partir de dados mais reais coletadas ao longo do final de semana do GP da Austrália. Talvez isso torne as estratégias mais uniformes e as corridas, mais previsíveis. 
A corrida na Austrália deu a impressão de que a Ferrari poderia ameaçar a Mercedes em ritmo de corrida. Desde então, no entanto, Vettel e Raikkönen enfrentaram uma quebra cada um e uma corrida acidentada na China não permitiu que se mostrasse se haveria possibilidade de os italianos brigarem para deter Rosberg. Parece que não, pois o ritmo do filho de Keke foi muito superior ao de todo mundo. 
O que ainda deixa uma pontinha de esperança de termos uma briga colorida neste ano é o ritmo fraco de Hamilton enquanto anda no meio do povão. Talvez, sem ditar o ritmo, andando no ar sujo, o carro da Mercedes sofra mais que a Ferrari e Red Bull, embora Hamilton tivesse, claramente, algum problema no carro decorrente da pancada que levou de Nasr na primeira curva. Para tirar proveito de uma eventual dificuldade da dupla anglo-teutônica no ar turbulento, todavia, é preciso deixar os prateados para trás na largada, largar na frente deles ou contar que o imponderável embaralhe tudo. 
Como não há mostras de que isso possa acontecer com regularidade, é melhor deixar a esperança para lá, aceitar que temos mais um domínio da Mercedes e que a graça é que o "outro" piloto é quem está dominando - contra, para variar, os prognósticos de Pai Renatão d'Opum. 

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Enquanto esperamos

Em seu primeiro ano de Ferrari, Vettel operou um milagre: fez este blog converter-se ao vermelho, embora meu pai, desde a juventude, sempre tenha sido meio vermelhinho, como se vê nos textos sobre o período militar. 
Mas o alemão fez muito mais que isso neste ano ocupado. Abaixo, uma edição que conta a temporada 2015 a partir da perspectiva de Sebastian Vettel. Eu gostei; veja aí o que você acha. 

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Bom para os negócios?

Nas últimas semanas, várias declarações de um dos anões e chefão-mor da F-1 Bernie Ecclestone chamaram atenção por esculachar a alemãozada e enaltecer Lewis Hamilton em função de seu papel na promoção do esporte. 
Hoje, a página brasileira do motorsport.com reproduziu parte de uma entrevista em que o Ecclestone diz que Rosberg e Vettel não são bons promotores do evento e que Hamilton talvez seja o "melhor campeão do mundo que já tivemos". Não sei sob que ponto de vista se poderia afirmar tal coisa com alguma correção. Tecnicamente, é difícil avaliar o desempenho de Lewis com os campões de outra época; do ponto de vista dos negócios, a homérica treta entre Prost e Senna, por exemplo, parece ter trazido mais público para o esporte que a cara emburrada do inglês. 
Hamilton é um cara interessado em música, compõe rap e adora o show business. Outro dia, vi uma entrevista em que ele relatava como havia sido incrível sentar-se perto da Oprah em um determinado evento.  É, também, um cara capaz de vencer uma corrida e permanecer com aquela feição blasé, como quem diz "é óbvio que eu ganhei, sou muito melhor que os outros", ou dar demonstrações  de mimadice quando perde um certame.
Entretanto, ainda que Hamilton tenha infindáveis qualidades, acho que os elogios de Ecclestone tem um caráter de retaliação aos alemães por razões que escapam ao grande público Por que ele não achincalha o Bottas, por exemplo, que é muito menos midiático que todos o demais? Talvez tenha algo a ver com o cancelamento do GP tedesco neste ano. O anão inglês disse que a Alemanha é um país é péssimo para os negócios. Engraçado que, muito antes de ter um campeão na F-1, a Alemanha sediava um dos GPs mais tradicionais da categoria e nunca ouvi falar que seria um país ruim em termos de grana. É só ver as arquibancadas do estádio em Hockenheimring. Sem contar as corridas no incrível Nordschleife.
Fato é que a F-1 está em crise e "tornou-se um produto pouco vendável", como gostam de dizer.  E, claro, a culpa por isto é antes do próprio Ecclestone e sua gestão que de qualquer piloto. Será que, do outro lado da conversa, os alemães não estejam dizendo "tivemos de cancelar nosso GP porque este idiota acabou com a categoria"?

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

E do outro lado?

Voltando ao assunto, espero que pela última vez, entre todas as hipóteses para a baixa performance de Vettel em 2014, poucos consideraram a possibilidade de Ricciardo ser um fora de série impressionante e que, com ele, não para ninguém, nem para o Vettel. 
Seu retrospecto na Toro Rosso, ao lado de Vergne em 2012 e 2013, não foi lá muito arrebatador. Em 2012, perdeu para o francês na pontuação: 16 x 10; no ano seguinte, devolveu com um ponto de vantagem: 20 x 13. Empate técnico. 
Contra Vettel foi que o australiano deslanchou. No entanto, ele tem três vitórias na carreira, enquanto Vettel tem quatro títulos mundiais. Se Vettel, a despeito de todos os números, ainda levanta desconfianças, há um longo, longo caminho para Ricciardo percorrer. 

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Entre carro e cabeça

Após conquistar quatro títulos mundiais em sequência entre 2010 e 2013, o Sebastian Vettel de 2014 teve atuações apagadas e ficou muito longe da performance que o colocou entre os maiores campões da história da Fórmula-1. Além de deixar de ter nas mãos um carro verdadeiramente vencedor, foi surrado por seu companheiro de equipe, o australiano Daniel Ricciardo, que venceu três corridas ao longo do ano, terminando a temporada com larga vantagem sobre Vettel na pontuação.
O campeonato ruim fez algumas dúvidas surgirem sobre a própria capacidade de Sebastian como piloto. Os grandes campeões não passaram por isso; pior, Fernando Alonso, apontado por boa parte da mídia especializada como o melhor piloto do atual grid, não teria passado por sufoco deste tamanho com qualquer companheiro de equipe ao longo de sua carreira. A baixa performance de Vettel associada ao massacre de Alfonso sobre seu companheiro de equipe Kimi Raikkönen fomentou a ideia, feita divulgar pelo próprio Alonsito e seus fanzitos, de que o espanhol é um injustiçado e só não tem mais títulos na F-1 pela incompetência ferrarista. 
Antes de tudo, comparações entre Vettel e Alonso, neste momento, ainda tendem a ser imperfeitas. São pilotos em momentos muito diferentes na carreira, já que Vettel é significativamente mais jovem e ainda em ascensão, enquanto Alonso é mais experiente e já há alguns anos está com pressa para achar um bom assento que lhe garanta a volta às vitórias antes da aposentadoria. Em suma, Alonso é experiente sem estar ultrapassado, enquanto Vettel ainda não atingiu a plena maturidade enquanto piloto. 
No entanto, pode-se cogitar uma comparação interessante se olharmos os momentos em que cessaram as sequências de títulos do espanhol e do alemão. Em 2007, após ser campeão em 2005 e 2006 pela Renault, Alonso penou com seu jovem companheiro de equipe Lewis Hamilton na McLaren. Por sua vez, Vettel apanhou feio de Ricciardo após o tetra. Acredito que a semelhança entre as duas situações está na menor experiência do companheiro que antagonizou um campeão, sofrendo menor grau de pressão, justamente em razão da falta de compromisso com os resultados. 
No caso de Vettel, o que chama atenção é o abismo que se abriu entre ele e Ricciardo -  o que não aconteceu na disputa acirrada entre Hamilton e Alonso. Parecia que o australiano havia incorporado o melhor de Vettel em sua própria pilotagem: o controle perfeito do ritmo de corrida e do desgaste de pneus para levar o carro ao máximo de sua eficiência. Ricciardo fez com naturalidade o que Vettel lutou para não conseguir. A rodada no GP da Hungria, com pneus desgastados, enquanto Ricciardo rumava para a vitória, foi um momento significativo da diferença entre os dois companheiros.
Seria Vettel, então, uma fraude? Há, por aí, uma série de opiniões a este respeito e todas valem o quanto custam - inclusive a minha: absolutamente nada. Hoje, ainda considero Vettel um dos melhores pilotos que vi correr. É impossível, entretanto, saber como o resto de sua carreira será. Daqui alguns anos, suas belíssimas atuações podem ser lembradas, apenas, como resultado de um projeto magnífico levado a efeito por Adrian Newey e sua equipe. 
Não creio, reitero, que Vettel seja uma farsa automobilística. Para tentar explica seu péssimo 2014, acho significativa a declaração de Christian Horner informando que Vettel considerara encerrar sua carreira em razão da insatisfação com os rumos assumidos pela F-1 neste último ano. Se o sujeito está tão infeliz com seu ambiente de trabalho, é normal que seu rendimento caia, não importa qual a atividade realizada. Digo por mim, com as minhas recorrentes "crises de meio de semestre", quando penso em jogar tudo para o alto e procurar um emprego que me permita jantar antes das 23h. 
Aventou-se, também, o cansaço em razão da disputa do título por cinco anos em sequência - lembrando, é claro, do vice-campeonato em 2009.  Cansaço pode ser um fator, é óbvio, mas só afeta, efetivamente, o piloto, se sua cabeça não está apta a responder adequadamente. 
Agora, o que não se duvida ter sido um fator crucial na queda de rendimento de Sebastian foi a drástica mudança de regulamento que sofreu a categoria de 2013 para 2014. Modelou-se um conjunto de regras técnicas anti-Red Bull e, consequentemente, anti-Sebastian Vettel. Este é um movimento normal na F-1 quando se assiste um longo domínio de um time: chacoalhemos as possibilidades técnicas para nos livrarmos de tudo o que o time em questão tem de vantagem. É feio, mas é mais feio ainda quando acontece no meio do campeonato, como a proibição dos amortecedores de massa em 2006. 
Eu ainda acrescentaria um fator, mas apenas a título de especulação. Fazer o que Vettel fazia até 2013 e o que Ricciardo passou a fazer em 2014, demanda uma perfeita integração piloto-equipe. O controle do ritmo de corrida e do desgaste do equipamento, mencionado alguns parágrafos acima, exigem um fluxo de informações com pouco ruído. Apesar de se dizer que apenas no GP do Japão é que Vettel contou à Red Bull que a deixaria pela Ferrari, já não haveria um pré-contrato ou algo que o valha circulando que teria feito a equipe anglo-austríaca "frear" as informações que chegariam até Vettel? 
Fossem quais fossem as razões para a queda do grande campeão, Vettel recomeça sua carreira vestindo vermelho daqui a poucos dias. Apenas o retorno das velhas velocidade e consistência dissipará a negra nuvem de dúvidas que hoje paira sobre ele. Torço para que o tempo abra, afinal, tem que sobrar um herói. 

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Ao Senhor Lewis Hamilton

Caro Senhor Lewis,
Lembro bem da sua vitória no GP da Inglaterra de 2008. Foi o que? um minuto de vantagem sobre o segundo colocado, Rubens Barrichello? Corrida bonita de ver, aquela: Barrichello, correndo de carroça, chegando em segundo e você mais de um minuto a frente de todo mundo. Aniquilou a concorrência. Sentiu-se bem após a bandeirada, não? 
Coroando a sua irregular temporada - que teve momentos brilhantes, como em Silverstone, e alguns erros patéticos - veio o título no Brasil. Campeonato suado, vencido na última curva, da última volta, da última corrida. Fantástico para o público, mas isso só ocorreu, Lewis, porque você não se garantiu. Tinha a faca e o queijo na mão, mas não conseguiu ultrapassar Sebastian Vettel, que dirigia uma Toro Rosso - carro significativamente pior que o seu - para levar os pontos que precisava para o título. Teve que contar com a chuva que caiu no fim da corrida em Interlagos para tirar Timo Glock do caminho do triunfo. Não se garantiu, Senhor Hamilton. 
Daí você rompeu o relacionamento com a Pussycat, ficou triste, passou dois anos emburradinho, foi para a Mercedes, e vem contando com o apoio do ladrão de plantão Ross Brawn para ficar a frente de seu velho amigo e novo desafeto Rosberguinho. 
Então, após a corrida do último domingo em Cingapura, o senhor criticou aquele mesmo Sebastian Vettel, que você não teve capacidade de ultrapassar em 2008, por ganhar muito fácil. Ora, senhor, foi fácil em Silverstone naquele ano? Ou você mereceu aquela vantagem toda porque trabalhou melhor que os outros? Parece-me que a segunda alternativa seria a sua escolha. 
Eu não estava lá, mas você estava e pode confirmar: quem foi o piloto que por último saiu do autódromo na sexta e no sábado que antecederam ao Grande Prêmio de Cingapura? Foi o Vettel, não foi? Afirma-se por aí que, hoje, não há piloto mais trabalhador que ele no grid. Claro, esta diferença toda dele para os demais não é um mero golpe de sorte, um mero acaso. Lembro-me de ler uma entrevista sua há alguns anos em que você afirmava que, ao largar para uma corrida, o senhor nem sabia em que volta pararia nos boxes. Afirmava que a equipe, a McLaren, na época, tinha profissionais suficientemente capacitados para tomar estas decisões e que você apenas obedecia quando era chamado. Nunca vi tamanho desleixo em piloto de ponta! Nem perguntava pros caras? Nem dava um palpitinho na sua própria corrida? 
Agora vem com esse papo besta fazer coro às vaias do pódium do último domingo. Antes de tudo, a sua preocupação é com outro alemão, o Rosberguinho. Não fosse a ajuda do bandido chefe de vocês, o senhor estaria comendo uma poeira danada. Nico pode não ser mais rápido, mas é infinitamente mais consistente que você. 
Em suma, Lewis Hamilton, vá cagar. 

sexta-feira, 19 de julho de 2013

PERDENDO O BONDE DA HISTÓRIA

O chefe do blog já se cansou de ouvir este véio escriba dizer que a F1 não reconhece talentos.
Incontáveis talentos, por sinal,  que não tiveram chances/momentos de mostrar a que vieram.
Ele, chefe do blog, abraçou um deles outro dia destes. Um tal de Alex Dias Ribeiro, de minhas ternas memórias.
Esbravejo aos quatro ventos dos quatro desertos (que fazem parte do ranking) que o mundo do automobilismo, nos tempos que correm, perde o bonde da história ao ignorar um alemão que está com meros vinte e seis anos (26, negada) de idade deixando sua marca no muro dos imortais.
Bastião Vettor vai fazendo história feito um trator derrubando mitos (shushu?). Mas, por incrível que pareça o mundo da F1 (esta entidade futebolística) insiste em render homenagens ao babaquara Don Prima Dona de Las Choraminguetas.
Ele, Prima Dona, é bão?
Si, desde que não acione a tecla "trago mir granas e quero títros".
Estou lendo aqui que o enorme Emersão está quase se rendendo ao talento de Vetor.
Pôrra!
Começo a pensar que vivemos um conto Kafkiano ( do cara tarado por baratas).
Afinal, o bonde vai passando e ninguém se dá conta que, daqui a algumas temporadas, Vetor vai ser o avassalador de estatísticas e Don Chorão vai ser mais um que abraçou um puta patrocínio e não foi a lugar algum.

"eu, me preocupar?

quarta-feira, 27 de março de 2013

Isso tem que parar

A temporada começa de um jeito muito amargo. Na Austrália, foi a coisa toda entre Massa e Alonso. É óbvio que a intensão da equipe era inverter a posição entre os dois. Adiantar o pit-stop de Alfonso é uma coisa, mas segurar Massa na pista por mais três voltas, quando o brasileiro perguntava pelo rádio se não seria melhor parar - e qualquer telespectador via que era melhor parar -, foi, claramente, uma manobra programada para que as posições se invertessem sem maiores dores de cabeça para o Mimadinho Alfonsinho, a Prima Dona.
Daí vem a Malásia. Eu estava preparado para ficar acordado até às 5h da manhã e ver 40 minutos de corrida, pois choveria em seguida, depois não teria luz para continuar, e aquela merda de todos os anos. Mas não foi assim. Fiquei animado de ver a briga entre Vettel e Webber e, naquele memento, achei a conduta da Red Bull exemplar, ainda mais em contraste com as ordens explícitas do bandido Ross Brawn na Mercedes.
O desfecho já é conhecido: Vettel ganhou lindamente, mas não podia ganhar, Hamilton levou o carro cambaleante até o fim, mas deveria estar atrás do Rosberg, e tudo isso vem dando muito o que falar. Até John Watson ressurgiu das cinzas irlandesas para dizer que Vettel deveria ser suspenso pela equipe. O alemão ganhou três títulos em três anos, com 27 corridas vencidas na carreira. Naturalmente, com esse histórico e com tudo o que ganhou para a equipe Red Bull, suspender o cara é o mais indicado. Tenha dó, Watson.
Tenho vários amigos que me dizem: "se o Senna estivesse no lugar do Massa, você acha que ele se sujeitaria a escoltar o Alonso?" A resposta é que é óbvio que não. Se o Senna fizesse o que o Vettel fez, seria um herói nacional. Mas não foi o Senna, foi o Vettel.
Acontece que a Ferrari, ainda no tempo do Comendador, se colocava acima da competição entre os pilotos. É conhecida a história de que o Comendador em pessoa teria pedido para que Gilles Villeneuve não brigasse pelo título com Jody Scheckter e foi assim que um dos maiores ídolos da F-1 e da Ferrari morreu sem vencer um campeonato.
Esta cultura de "equipe acima dos pilotos" se institucionalizou na década de 90 quando uma corja de bandidos salafrários tomou conta das equipes de ponta. Na Ferrari, a quadrilha formada por Luca di Montezemolo, Jean Todt, Ross Brawn, Rory Byrne e, posteriormente, Michael Schumacher manipulava a posição de seus carros pista. Gente como Flavio Briatore e Tom Walkinshaw, que não tem qualquer ligação com o esporte, bárbaros fazedores de dinheiro sem nenhuma compreensão sobre a nobreza do esporte, comerciantes procurando diversificar seus investimentos e lavar o que havia de sujo, passaram a comandar equipes vencedoras ou potencialmente vencedoras. É conhecido o golpe que Walkinshaw deu na Arrows, o que, inclusive, atrapalhou fundamentalmente a carreira de Enrique Bernoldi.
Não existe qualquer razão esportiva para não deixar os carros da mesma equipe brigarem na pista. O que a equipe quer preservar é o seu patrimônio e o lucro dos seus acionistas. Nada mais. Por isso, essas ordens de "não passe", "não brigue", "fique na sua", "cuidado com os pneus", "não assuma o risco", são pura bandidagem, fruto da estratégia de maus elementos que tomaram conta do esporte.
Então, o menino vai lá e desobedece a equipe. Antes de tudo, o piloto é educado para pilotar visando vencer. Nenhum moleque vai andar de kart para não brigar para vencer. O instinto que te leva a sentar em um automóvel de competição é ir o mais rápido possível e mais rápido que todos. E, então, quando ele se torna o mais rápido, o mais rápido de todos, a própria equipe o pede para poupar, ficar atrás, levar o carro de volta para a garagem.
Imaginem um jogo de futebol em que os times combinassem que jogariam sério até os 25 minutos do segundo tempo. Dali em diante, porque estava fazendo muito calor, eles tocariam a bola até o fim, sem correr muito, sem cansar, o resultado ficaria como estivesse. Todo mundo ficaria indignado, mas é exatamente isso que tem acontecido no esporte a motor.
O carro é um instrumento para o talento do piloto; a equipe é, nada mais, que um instrumento para o piloto. Ser piloto de Grand Prix sempre significou correr para ser o mais rápido, para vencer e, então, levar o nome da equipe ao prestígio. Mas sempre, ao longo da história, o nome do piloto vencedor aparece em primeiro plano e, só depois, é que se vai olhar qual a escuderia. Repito: em Grand Prix, a equipe é instrumento. Se a ideia não é essa, que coloquem os pilotos para correr no mesmo carro, como acontece no endurance. Enquanto não for assim, quem vence é o piloto, quem briga é o piloto, quem põe seu pescoço à prova toda corrida é o piloto, o risco é dele, e a única coisa que compensa isso tudo é a vitória. Se o indivíduo mais rápido vai ser privado de brigar para vencer e concordar com isso, melhor é mesmo ir vender pastel na feira ou jogar golfe.
A F-1 tem seus bandidos e alguns estão nomeados acima. Sebastian Vettel não é um deles.

"If you no longer go for a gap that exists, you're no longer a racing driver". 

segunda-feira, 25 de março de 2013

ESTA DANDO O QUE FALAR

A desobediência de Vetor está dando o que falar. Até o pessoal dos toro vremeios ficaram ligeiramente putos com o menino impertinente.
Vamos voltar ao assunto.
Mas, por ora a gente se diverte com nosso querido Uéber mostrando o dedo médio para o Vetor.
Notem que nem se o alemão estivesse olhando no espelho veria a falta de educação de seu companheiro de equipe.
Meio escondido tal e coisa.
Seria mais produtivo o australiano arrancar o sutiã no pódio e chicotear Vetor faminto.
Ui!!


domingo, 17 de março de 2013

A ZEBRA BÍPEDE

Nesta madrugada de domingo, depois do chove e molha, aconteceu a primeira etapa da temporada de F1 lá onde o Judas perdeu o guarda chuva. Ou guardachuva, ou guarda-chuva. Sei lá o que virou o acordo pornográfico Pt-Br.
Quase nada mudou, senão vejamos: na largada nosso renomado pé murcho Uéber ficou para trás e nem prestei mais atenção no rapaz.
Massa largou bem e ousou ignorar prima dona babando em seu cangote. Daí, veio o esperado. Mamã Ferrari ferrou seu filhinho de poucas posses para ajudar o filhinho preferido daquele banco.
Grande corrida do Adriano (nada) Sutil. No final ficou sem borracha. Merecia uma melhor estratégia da  Força Aí Índia sua zonza equipe.
Hamilton mostrou que continua fera e dona Mercedes construiu um carro melhor que a McLaren. Pelo menos é o que parece.
E vamos aos destaques: em primeiro a corridaça de Wiwi Vodkanem. Bela estratégia deixando a prima dona Alfonsinha cheia de mimimis. Duas paradas e a vitória zebrada. Ainda esnobou dizendo que foi fácil.Esperamos que continue na mesma toada (como dizia minha avó).
Na parte negativa a corrida do Vetor. Pelos treinos a impressão era de que iria vencer com três rodas. Qual nada. Corrida esquisita, fraca e ficou a impressão de uma certa falta de ânimo. Como é cheio de graça e batizou seu carro de Heidi faminta ou algo assim a gente pode dizer que broxou legal.
Finalmente devemos registrar nossa indignação pela falta de ação dos malucos de primeira volta.
Nem um pedacinho de carro voou durante a corrida. Romã da Granja, Chapolin Perez e aqueles que estreiam não honraram a tradição batista (de bater).
Em certos momentos deu até sono.
Assim não dá. O blog vai enviar uma moção de repúdio ao bom mocismo desse pessoal. Áras!
Tivemos um momento uáu com (claro) Pastor sem ovelhas que errou a freada e deu trabalho para o guincho. Segue o vídeo.
Mas, foi só.


ele vai dar mil desculpas mas, aposto que estava fuçando no rádio

GGRRRRRRRRRRR

"isso nunca aconteceu comigo"

"vira, vira, vira,virou!"

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

A FOTO

Esta eu nunca tinha visto. Quando Vetor parou a primeira vez bateram uma foto dos estragos em seu carro e    o pessoal pode avaliar melhor o resultado da batida.


a prova do crime

ADOREI ERRAR

Confesso que desde os tempos do Senna, aquele e não esse, não ficava tão nervoso em uma corrida de F1.
Principalmente pela torcida oficial dando de barato que prima dona venceria sob chuva.
Então, vamos às impressões de uma corrida vista da sede caipira do blog.
De cara aponto que Vetor largou com muito cuidado. Uéber ficou esperando a atitude do companheiro e ambos ficaram  na alça de mira dos adversários. Vetor acabou no bolo dos malucos da primeira volta.
No final da reta oposta, Vodkanem perdeu o ponto travou tudo o que tinha direito mas, teve o bom senso de sair pela tangente ao invés de bater na traseira do carro do piloto alemão. No entanto, Senna, esse não aquele, encheu a lata da Red Bull numa demonstração de barbeiragem explícita. Quem entende do riscado disse que ele deveria tomar cuidado e não ir afoito no contorno da curva.
Rubim, convidado especial da dona globo e Burti o comentarista oficial. Por sinal Rubim foi muito bem.
Senna disse que Vetor jogou o carro tal e coisa. Que ele, Vetor, não está acostumado a andar no bolo e por aí vai.
A verdade é que o piloto brasileiro faz parte do grupo de pilotos que não consegue evitar batidas nas voltas iniciais. Pensam que a corrida se resume na primeira volta.
Ainda teve uma atitude ligeiramente pedante em jogar a culpa na "vítima" e em não admitir que poderia ter decidido o campeonato numa atitude atabalhoada.
Como bem disse o chefe do blog Vetor mostrou uma força incrível para vencer o campeonato.
Mais uma fez na temporada caiu para último e se recuperou soberbamente mostrando que, de fato, mereceu o título.
Estamos conversados.
Prima dona Alfonsinho nada fez nas últimas corridas a não ser conduzir o carro e ser ajudado por forças estranhas e o funcionário massa.
Neste vídeo o que considerei uma esperteza de Vetor. Percebe-se que ele preferiu deixar massa passar ao invés de brigar. Mesmo porque já havia sido alertado que o piloto funcionário de mamã Ferrari estaria doido para dar uma pimba em seu carro. Lógico que o alerta foi em outras palavras.

Massa faz a alegria no bar da mamã Ferrari

Para não esquecer meu bordão "essas pistas com acostamento que são extensões do traçado ajudam os manés" tem esse vídeo da prima dona errando a freada e passeando ladeira abaixo. Não há um simples obstáculo. Basta ir até o fundo do acostamento e descer beirando o gradil. Ele perde a posição para o incrível Hulk e, na sequência, Uéber mostra que não sabe ultrapassar. Qualquer outro piloto enfiaria o carro e deixaria bater se houvesse resistência. Quem tinha tudo a perder era Alfonsinho. Parece que implico com o piloto australiano e é verdade. Ele ainda segurou Vetor quase uma volta depois de uma troca do companheiro.

Alonso "alargando" a pista

Na foto a situação da corrida na primeira entrada do carro madrinha. Alfonsinho sabia que a única maneira de chegar nos carros da frente seria uma sacanagem como a desnecessária entrada do carro madrinha. Jogaram a corrida na vala comum. Os pilotos que ousaram e permaneceram na pista sem trocar pneus para pista molhada (Butão e incrível Hulk) perderam toda a enorme vantagem.


Alfonsinho não tem braço para chegar? Vamos dar uma ajuda. E, a seu pedido, entra o carro madrinha

Com tudo isso, e, apesar de tudo isso, chegamos ao fim da corrida com Vetor garantindo o título em sexto lugar. Ironia das ironias, shushu em sua última corrida abriu passagem para seu compatriota. A briga pelo título não era um problema seu.
Não aguentei quando o Paulo que Restou batido na curva do café. Comecei a gritar pelo carro madrinha. Alguém ouviu, entrou o carro madrinha e passei a esbravejar "chupa galvão". Liguei para o chefe do blog (coisa que só fazemos no final da corrida) para comemorar.
Ainda aguentamos on line o verdureiro mor dizer que, saindo o carro madrinha, prima dona teria alguns metros para ultrapassar Butão e sagrar-se campeão. Ignorou totalmente as bandeiras amarelas sendo agitadas significando que as ultrapassagens estão proibidas. Tudo bem. Nesta altura o que vale é a cara de tacho deste pessoal todo.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

O tricampeão dos tricampeões

Sebastian Vettel sagrou-se, neste domingo, o tricampeão mais jovem da história da F-1. Mais que isso, ele é apenas o terceiro piloto a conseguir três títulos consecutivos, depois do lendário Juan Manuel Fangio e Michael Schumacher. No entanto, é o primeiro a conquistar os três primeiros títulos em sequência.
A temporada foi emocionante, mas com uma boa dose de politicagem, o que não contribui, de forma alguma, para o espetáculo. Sem querer ser muito chato, como venho sendo ultimamente, a corrida de ontem foi uma pequena amostra de como as coisas funcionaram em 2012: Prima Dona "solicitou" pelo rádio um safety-car e foi atendido; a decisão de punir Hülkenberg foi tomada em tempo recorde e, claro, foi para beneficiar Alfonso, que herdaria o terceiro lugar para que Felipe Massa recebesse a ordem de abrir-lhe passagem (diga-se de passagem que não havia razões para a punição, já que, apesar de Nico ter arriscado, foi uma batida de corrida).
Mas Vettel foi espetacular em alguns momentos da temporada, soube aproveitar as oportunidades que teve e, ontem, sua recuperação após a batida da primeira volta foi fantástica. O alemão subiu de último para quinto em 5, 6 voltas. A Red Bull cometeu um erro estratégico - que pode ter sido decorrência do problema com rádio - de não colocar o pneu de chuva para o Vettel em sua segunda parada. Poucas voltas depois, ele teve de voltar para vestir os calçados corretos.
O ritmo de corrida do alemão na pista seca não era bom por causa dos danos causados no carro na batida da primeira volta. No entanto, no molhado, Vettel tinha os melhores tempos, desmentindo de forma vergonhosa o pessoal da emissora oficial, que insistiu o fim de semana todo que o piso molhado era melhor para el Alfonso. 
Sebastian consegue, aos 25 anos de idade, com apenas 101 GPs disputados, um feito incrível: entrar para a galeria dos tricampeões, ao lado dos fabulosos Ayrton Senna, Jackie Brabham, Jackie Stewart, Niki Lauda e Nelson Piquet. Com poucos anos de vida, já ao lado de algumas das maiores lendas do esporte, dá para arriscar dizer que nasce um multicampeão sem precedentes. Vettel pode correr, tranquilamente, por mais dez anos. Quantas glórias ainda o esperam? 
Em tempo, esclarecemos que este post deveria ter ido ao ar ontem, mas quisemos comemorar com um rango típico em homenagem ao campeão. 


sábado, 24 de novembro de 2012

Vamos ver...

Tenho medo do que pode acontecer amanhã na corrida. Alfonso tem procurado, de todas as formas, provocar Vettel, e, em uma recente declaração, disse que se lutasse contra Hamilton, seria impossível vencer - claramente, mais uma vez, procurando diminuir os méritos do piloto alemão. 
A F-1 adoraria ver a Ferrari campeã e ouvir a transmissão pela rede Globo é terrível, pois a torcida pela equipe do Banco é incrível - lembrando que o banco que patrocina a Ferrari é o mesmo que patrocina a transmissão global e tem um setor inteiro exclusivo no GP Brasil. 
Imediatamente após o fim do treino, o pai do blog me ligou ventilando a possibilidade de que Felipe Massa force um acidente com Vettel na primeira curva amanhã. Seria um papel ridículo e espero que nada disso ocorra. Afinal, Vettel fora da corrida não torna Alfonso automaticamente campeão. 
A chuva pode atrapalhar, eles insistem, mas Vettel anda muito na água, assim como a Prima Dona. 
Agora, é só sentar e esperar o anúncio de que Massa teve o lacre do seu copo d'água aberto e perderá cinco posições no grid... 

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

CALMA LÁ!!!

O video a que o chefe do blog se refere não quer rodar aqui na sede campestre infernal do blog.
Não sei se por culpa das famosas forças ocultas ou pelo fato dos cabos terem sido roídos pelo revisor.
Mas, num esforço de reportagem conseguimos imagens interessantes do que é uma tremenda bobagem dos alonsistas.
Notem que o bico está quebrado (ah vá!). Aquelas anteninhas nas laterais estão soltas dando a impressão de que o bico é tremendamente flexivel.
Como existe um limite para a flexibilidade das asas tal e coisa, lógico que todas as equipes fabricam suas asas de acordo com o regulamento. Só faltava a Red Bull dar outro tiro no pé, como em Bubu Dadá, sabendo que o leão está na moita doido para encaçapar o toro.
Um sujeito que acompanho pelo twiter postou outro vídeo onde, em super slow motion, a asa dianteira do carro de Uéber parece "mexer" mais que o normal. É a chamada caça às bruxas uma vez que alguns carros vivem batendo a asa dianteira no asfalto soltando faíscas e ninguém fala nada.
Estas peças são aprovadas pelos "home" e só faltavam desclassificar Vetor por conta dessas imagens bobagentas.
Os torcedores da prima dona não se conformam com as corridas espetaculares proporcionadas pelo piloto dos toro vremeio e querem de qualquer maneira desqualificar seu talento.

A troca do bico em questão
No segundo vídeo uma tentativa de zoom.