Mostrando postagens com marcador MetaBlog. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador MetaBlog. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 15 de abril de 2016

A foto da capa

Não tinha me tocado, até ver o post do véi, ontem, que o GP da Espanha de 1986 completava 30 anos. Como eu mesmo tenho 31, não lembro de ter assistido o certame. A provocação é no sentido de explicar o porquê de ser esta a foto da capa do blog. Não ter visto a corrida está implicado neste porquê.
Enquanto estava crescendo, não havia internet, muito menos YouTube, como repositório de imagens e vídeos a ser acessado a todo tempo. Todo meu imaginário em torno do GP da Espanha de 1986 se formou em função de uma revista, uma espécie de anuário que saiu como publicação da Grid, que contava, corrida a corrida, a história daquela temporada. Creio que este exemplar ainda esteja guardado nas minhas coisas, lá em Ribeirão Preto.
A primeira foto que ilustrava o relato do GP da Espanha era a de Senna, no podium, agitando a garrafa de champagne com um sorriso meio amarelo, meio entendiado. Havia um contraste gritante entre aquele sorriso e a descrição da corrida, vencida pelo brasileiro com apenas 0,014s de vantagem sobre Nigel Mansell.
Depois, já mais velho e com acesso à internet, mas ainda sem YouTube, fiz o download de um vídeo que mostrava três lances da corrida e as três últimas curvas. Pelo que me lembro, demorou 12 horas para baixar. Era este aqui:


Basicamente, por anos, fora uma foto ou outra, um videozinho ou outro, isso era o que eu tinha visto do lendário GP da Espanha de 1986 que, como disse o narrador, logo no comecinho do vídeo, havia sido a chegada mais próxima entre dois concorrentes na história da F-1 moderna. Este dado continua sendo semi-verdade. Em 1971, houve uma chegada muito próxima entre quatro pilotos no GP de Monza (o vídeo está neste post do ano passado), mas os cronômetros ainda não se preocupavam com a casa milesimal, então a diferença registrada foi 0,01s; depois, veio esta entre Senna e Mansell, cuja diferença foi 0,014s, como já dito; e tem a outra famosa e quase patética chegada do GP dos EUA de 2002, quando Schumacher e Barrichello tentaram empatar a corrida. No fim, Rubim ganhou por 0,011s, sendo esta a menor diferença já registrada, desde o acréscimo da casa milesimal, entre primeiro e segundo colocado em um GP. Convenhamos, entretanto, que aquele "deixa que eu deixo você ganhar" não conta, vai. 
O blog foi criado em 2008, ano em que nos graduamos e ao longo de que eu ainda não tinha acesso à internet em casa. E-mail era só quando ia para Ribeirão ou em uma lan house. Impensável, hoje em dia, e nem faz tanto tempo assim. 
A foto da capa estava salva no meu computador há algum tempo e eu a utilizava às vezes como pano de fundo da área de trabalho. Agora, por que ela veio parar no blog? É muito simples, na verdade: a fotografia é, simplesmente, linda. Quando olhei para ela a primeira vez, demorei para entender que não se tratava de alguma montagem, pois seus elementos estão postos de maneira tão perfeita na composição que dá impressão que alguém os arranjou ali apenas para foto: o vencedor e o segundo colocado em primeiro plano, a bandeirada logo acima deles, o público prendendo a respiração, o podium colocado atrás do homem da bandeira quadriculada e, como arremate, o "Circuito de Jerez", que parece colocado ali pelo pessoal de marketing. Fora que o ângulo da fotografia não é lá muito convencional, com o fotógrafo no nível da pista do lado oposto ao dos boxes. 
Além disso, a foto é um resumo de uma época do automobilismo que gera saudade pela suposta competitividade e esportividade, tempo em que pilotos eram mais valorizados, exerciam mais influência e eram mais determinantes que os engenheiros. Tudo isso é verdade, em alguma medida. O que a foto não mostra - já que a foto só mostra o que ela quer, ou o que queremos nela ver - é que apenas três pilotos chegaram na mesma volta: os dois da foto e Alain Prost, em terceiro, 21s atrás; de Keke Rosberg, o quarto, até Patrick Tambay, o oitavo, todos tomaram volta; Tambay chegou com 6 (!) giros de atraso. 
Sim, é verdade, havia muito mais carros na competição. Nesta prova em Jerez, largaram 25. No entanto, Tambay - repito, o oitavo - foi o último dos que estavam na pista: do 9º ao 25º, 2 pilotos bateram e os outros 15 quebraram. Chegaram, portanto, 8. Muito mais competitiva aquela F-1, em que chegavam 8 carros e apenas 3 na mesma volta. 
Sim, esta última frase é uma ironia. Aquela F-1 era melhor, não tenho dúvida, mas não era pela competitividade. Tratava-se de pessoas reais, que fumavam, bebiam, iam para a gandaia, xingavam os outros e sujavam a mão de graxa que faziam as corridas. O gestor de marketing, o gestor de imagem, o gestor financeiro, gestor disso e daquilo, gente estranha que não entende muito de nada e artificializa tudo, eram ainda figuras em gestação, em um mundo sem YouTube.  

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

De volta?

Depois de algum tempo fazendo apenas posts semestrais, pretendo voltar a ser mais assíduo neste blog, que, segundo meu pai, encontra-se em estado de abandono. Pode ser verdade. 
Há alguns anos, uma grande amiga notou que eu escrevia para descansar. Estou precisando de descanso. 

domingo, 10 de junho de 2012

Recordando

O GP do Canadá normalmente é um dos mais legais do ano. Agora há pouco, enquanto procurava alguma coisa para escrever sobre a corrida de amanhã - a pole do Vettel, o Massa descontente, a Prima Donna -, lembrei do GP canadense de 1995, a única vitória do francês Jean Alesi na F-1, com as duas Jordans, de Barrichello e Irvine, uma semana atrás em segundo e terceiro. Era o 31º aniversário de Alesi. Vale a recordação. 

(O vídeo bom com o resumo da corrida é este aqui, mas a ferramenta de incorporação não está disponível, motivo por quê colocamos aqui, mais uma vez o link. Para os demais integrantes da equipe do F-1 Literária, para colocar o link em alguma das palavras do corpo de texto, basta selecionar a respectiva palavra, como mostra a figura abaixo:


Em seguida, clica-se no botão "link" na barra de ferramentas logo acima do editor de textos:


Aparecerá a caixa de diálogo. Basta inserir o endereço desejado e você terá, de forma rápida e indolor, um link incorporado ao seu corpo de texto:


Com isso, fecha-se o parêntese e a lavação de roupa suja online iniciada pelo pai do blog aqui. Rá!) 

segunda-feira, 5 de março de 2012

Desempate técnico

Foi interessante o resultado da nossa enquete de ano novo. Nove pessoas votaram - recorde absoluto na história riquíssima do F-1 Literária - e cada uma delas revelou sua principal aspiração para este ano, que já está em curso, mas ainda começando.
Dentre os votantes, um quer muito assistir a corrida de São Silvestre, no último dia do ano (embora possa parecer, juro que não fui eu quem votou nesta). A mesma quantidade de pessoas deseja fazer tudo com amor em 2012.
Mantendo o equilíbrio da votação, uma pessoa deseja cobrar honorários advocatícios, enquanto outra quer fazer coisas legais só por serem legais. De certa forma, ambas são preguiçosas.
Uma pessoa, ainda, votou na opção "surrar o adversário nas corridas de kart". Até agora, este indivíduo só foi surrado.
As grandes vencedoras foram duas alternativas inusitadas. Dois de nossos fiéis leitores querem, em 2012, ler trocentas e setenta e oito páginas por dia. Poxa vida, quanta dedicação. Outros dois leitores escolheram a opção "Paçoquinhas?" como sua preferida. Pela primeira vez na história das enquetes houve desempate técnico. É que andaram comendo as duas paçoquinhas.


sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Anonimato

Li outro dia, não sei onde, um dos profetas do apocalipse dizendo qualquer coisa sobre o futuro do livro em papel e assuntos afins. O sujeito fez uma observação que me chamou atenção: com os novos suportes materiais dos textos, o jeito de escrever muda, pois nada impede o autor de adicionar vídeos, trilhas sonoras e outros confeitos para acompanhar o encadeamento de letras. Seja como for, neste cenário pós-moderno o livro deixa de ter cheiro, fato que pode ser interessante para alérgicos, asmáticos e pessoas que não gostam de pó em geral.
Tem mais. Antes, você podia escrever em casa, em um caderninho qualquer, até sua mão doer e aquilo ficaria eternamente guardado em sua gaveta sem que ninguém deitasse os olhos sobre suas bobagens. Hoje, qualquer imbecil metido a escritor, seja ele novo ou velho, consegue escrever os textos no escuro de seu quarto e dá-los ao público por piores que sejam. Então, surgem espaços como este aqui, que de nada servem, a não ser distrair seus autores.
E tem mais ainda. A maneira de interagir entre quem escreve e quem lê também fica alterada. Quando era menino, lembro do meu pai datilografando por horas a fio uma carta para um sujeito qualquer. As razões eram as mais variadas, coisas como "ela escreveu que em Jaboticabal só tem ignorante", ou "o cara falou mal do Senna" e outros absurdos que são publicados por estes irresponsáveis.
Hoje em dia, sempre que alguma coisa vai ao ar, as reações chegam para quem escreveu quase instantaneamente. Há os comentários feitos diretamente ao texto, mas não só: é muito comum, por exemplo, receber e-mails dizendo "não entendi", "por que você escreveu aquilo?", ou "quase chorei" (impressionante como as pessoas tem chorado ultimamente).
Em um blog como este, cujos leitores - nas palavras de meu pai - cabem em uma van, a interação é bem interessante e intensa. Às vezes preferiria que apenas desconhecidos nos lessem porque quase sempre morro de vergonha. Além disso, é perigoso identificar todos os que nos acessam, pois você pode passar a escrever diretamente para aquela ou aquela pessoa e se perder no meio, como sói acontecer.
No entanto, a proximidade com os leitores permite escolher a direção a ser tomada nos textos conforme o gosto do freguês. Como se sabe, temos que manter altas as taxas de audiência, pois o F-1 Literária rende milhões semanalmente aos Onofris.
Tal proximidade, se nos faz sentir expostos às vezes, permite também que o leitor não se esconda tanto. Pela própria escolha de palavras, é possível identificar facilmente os autores mesmo dos comentários anônimos. Apenas uma pessoa escreveria "amém" como comentário a um texto. Mas esta facilidade de identificação me levou a uma situação embaraçosa dia desses:

"_ Foi você quem escreveu aquele comentário, não foi?
_ Não, não fui eu.
_ Como não? Claro que foi, só pode ter sido você. Não foi?
_ É engraçado porque, quando eu li, pensei que poderia ter sido eu mesmo. Mas, não, não fui eu".

Fui traído pela escolha de palavras de um anônimo e, pela primeira vez, o anonimato no comentário cumpriu sua função de não deixar pista sobre o autor do impropério. Talvez tenha sido a Edna.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Audiência internacional

Por alguma razão misteriosa, no dia 12 de dezembro passado recebemos duas visitas da Rússia neste humilde blog. Talvez fosse algum moscovita querendo saber notícias sobre Vitaly Petrov ou se, finalmente, foram confirmados os rumores a respeito de um GP de F-1 na Rússia. Entorpecido pela vodka, o russo - ou russos - em questão não percebeu que estava tudo escrito em português.
A hipótese mais plausível, contudo, é que a pessoa queria ouvir a música do John Lennon que estava por aqui naquela data.
Seis dias depois, houve duas visitas da Suécia, terra do fantástico Ronnie Peterson e que já sediou GPs de F-1. Talvez quisessem saber alguma coisa sobre este novo piloto elétrico sueco de quem se fala por aqui. Não sei o que mais poderia ter atraído um sueco. Pode ser que exista muito pouco para se preocupar em Estocolmo e eles resolveram pesquisar sites aleatórios sobre Fórmula-1 ou, simplesmente, aprender português.
Há outros acessos rapidinhos de países como Portugal, Bulgária (?) e França. Chamou a atenção, no entanto, o aumento da audiência estadunidense. Houve, naquele país, quem passasse, em um único acesso, 40 minutos lendo o F-1 Literária. Várias hipóteses foram formuladas: 1) tratava-se de algum fanático norte-americano alucinado em busca de alguma foto da Danica Patrick; 2) seria algum norte-americano que dormiu em frente ao computador segurando um hamburger na mão direita; 3) Por último, podia ser um fã do Kimi Raikkönen preocupado com o molde do banco do piloto. Talvez o sujeito em questão tenha ficado esse tempo todo nos lendo porque estava traduzindo, palavra por palavra, os posts. Ele não confia no Google Translator - e com razão.
Por conta desses acessos, fui ver os critérios de pesquisa para tentar descobrir o que esses perdidos e o fã do Raikkönen estavam procurando quando chegaram até este manicômio online. Não tem nada que faça sentido: nada escrito em russo, nada escrito em sueco e nada escrito em finlandês ou inglês. Mas temos algumas pesquisas muito intrigantes chegando até nós. Há algumas versões engraçadas do nome do blog, como "f1 loteraria", ou "f1 literararia", mas também coisas muito pouco convencionais. Por exemplo: 1) "chacoalhão colisão automóvel pescoço tomografia"; 2) "esposa nigel mansell", com a variação "mulher do mansell"; 3) "como beber e não esquecer" (fantástico); 4) "documentário conspiração bases militares"; 5) "famosafiladapu"; 6) "fios expostos chuveiro"; 7) "formula 1 tem buzina" (não, não tem); 8) "mc magrinho"; 9) "Pironi maquiavélico calculista" (uau! Merece um texto à parte); 10) "paçoquinha embalada"; 11) "rafa godoy viking" (!); e o meu preferido disparado, não tem para ninguém é: 12) "chucrute é repolho podre".
Para fazer um teste com finalidades científicas, digitei "chucrute é repolho podre" no Google. Aparecem coisas hilariantes, como isto aqui, mas não achei o humilde Fórmula-1 Literária no meio das bizarrices.
Em resumo, nem sempre a gente entende como chegam as visitas e qual a razão para elas resolverem passar um tempo por aqui. No entanto, nem tudo o que nos alegra precisa ser inteiramente entendido. Basta que nos entendamos.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Recordes

O ano não foi de recordes apenas para Sebastian Vettel. O Fórmula-1 Literária também bateu suas recordes particulares.
Em primeiro lugar, o número de postagens. Até agora, foram 282 ao longo do ano, batendo em muito as 152 de 2010, as 130 de 2009 e a única de 2008.
A audiência subiu muito, por razões inexplicáveis. Antes, tínhamos duas ou três pessoas que acessavam por dia. Quando havia cinco ou seis, era uma festa. Hoje, nos dias fracos, há 5 visitantes únicos, e não é incomum que haja entre dez a doze desocupados preocupados com as maluquices que se escrevem por aqui.
As votações nas enquetes foram expressivas. A última delas, que ainda está aí ao lado, foi recorde absoluto, com oito votos! Impressionante. Fiquei frustrado com o resultado, pois contava com a vitória da opção de troca de chefe do blog.
Por último, eu não fiz as contas, mas certamente batemos o recorde de textos escritos sobre qualquer coisa que não seja automobilismo este ano. Já fomos notificados pelo Conselho Regional respectivo para que, de cada dez postagens, uma apenas seja sobre não-corridas, e não o contrário.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Hit instantâneo

O post abaixo, com o título Formula 1 Ilustrada, se tornou um hit logo de cara. Vinte e nove visualizações em um dia. Pode parecer piada, mas é muito para as humildes pretensões deste blog.
O recorde ainda é do texto escrito no dia do acidente de Robert Kubica, que o mantém afastado das competições automobilísticas até hoje. Na ocasião, foram trinta visualizações. Hoje, ficamos pertinho.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Enganos

Assisti o GP da Itália indignado porque o Galvão Bueno não percebeu - ou não admitiu não perceber - que o Kid não ultrapassou a Prima Dona depois da segunda di Lesmo, mas depois da Curva Grande, na Variante della Roggia. E ninguém o corrigiu.
Mas agora, vejam vocês, a enquete ao lado contém um erro absurdo a respeito da corrida de Bruno Senna. Mea culpa. E isso que eu tive uma semana depois da corrida para bolar as alternativas - mesmo tendo pensado nelas em pouco mais do que sete minutos e meio.
Conversei com meus superiores no F-1 Literária e parece que, mesmo assim, a questão não será anulada, pois a alternativa do Bruno Senna não é a correta.

domingo, 4 de setembro de 2011

Audiência

Por alguma misteriosa razão, a audiência deste humilde espaço cibernético, dedicado ao automobilismo e outras grandes bobagens, teve um aumento nos últimos meses.
Quando tudo começou, no último dia de 2008, tínhamos apenas um leitor, que era eu mesmo. Em 2009, subimos para três leitores, quando obriguei meu pai e minha mãe a ler um texto sobre o 1º de maio. Desde então, acrescentaram-se um amigo, que protagonizou este dia aqui, e uma amiga que nos lê por ser nossa amiga - ainda que automobilismo seja uma tortura para ela, o que pode ser inferido pelos comentários deixados por aqui.
Tudo mudou, no entanto, recentemente. Assim o indica o Google Analytics. Mas, a prova cabal do imenso sucesso deste blog é a enquete encerrada, ali no canto direito. Tivemos nada menos do que cinco votos. Cinco votos, sim! É um número astronômico, se considerarmos que as outras 678 enquetes terminaram, quase sempre, com a média oscilando entre zero e um voto.
Certo, temos de considerar que um daqueles cinco votos é meu. Provavelmente, um outro é da equipe da ala patriarcal do blog, o que deixa três do público em geral. Destes três, um é, sabidamente, de alguém com especial interesse no Gatsby. Portanto, é um voto parcial.
Seja como for, embora não possa tomar as respostas como indicativos do que fazer na vida - acabar o livro, afundar no álcool, etc. -, está claro que os três votos que não são dos autores do blog provam, definitivamente, que viramos best seller no mundo virtual.
Sem dúvida que, com tantos leitores, temos que dar uma especial atenção à qualidade dos textos aqui publicados. Eles podem significar uma enorme perda de tempo na vida de alguém, pois os dois minutos que se despendem para ler cada post poderiam, muito bem, ser utilizados na execução de tarefas úteis. Mais do que isso, os muitos minutos gastos para escrever porcarias poderiam ser melhor aproveitados por nós deste lado também. Mas a ideia disto aqui é que seja, mesmo, inútil, no melhor sentido pieperiano. Escrevemos, apenas, para que nos sintamos mais humanos. Não há qualquer compromisso ou dinheiro envolvido: o leitor pode perder tempo, mas não vai perder grana conosco.
Além disso, lembro-me, agora, de um velho professor que, prevenindo os leitores do seu próprio livro, afirmou que a melhor defesa que tem aquele que lê contra o texto ruim é, simplesmente, fechá-lo. Aqui, não se fecha o livro, mas fecha-se a aba ou a janela. Não ficaremos ofendidos - palavra! Não somos pessoas ilustres - ou ilustríssimas, se preferirem - que não andam de ônibus. Eu, que tomo pela primeira vez o mesmo ônibus todos os dias, sem procurar a vulgaridade das ruas, fecho os livros, fecho as janelas e as abas. Volto, quem sabe, anos depois, quando tiverem diminuído em mim as deficiências que impediram a compreensão do que ficou não lido. Aos domingos, no entanto, prefiro fechar o jornal. É fácil perceber que, ali, os defeitos de compreensão não estão em quem lê.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Chá de Sumiço

O chefe do blog - ou, o filho do blog - está de licença maternidade. Ainda faltam uns seis meses para o bicho nascer, mas a gestação tem que ser cuidadosa.
Voltamos em breve.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Cumpleaños

No último dia 31, coincidentemente, também o último dia do ano, o F-1 Literária completou dois anos de uma fajuta existência.
Tudo começou após a colação de grau na faculdade, a aprovação no mestrado... precisávamos de um hobby. Gastava muito tempo comentando os textos do blogueiro oficial Flavio Gomes, então, o caminho natural foi começar a escrever o publicar os próprios textos sobre Formula-1. E deu no que deu.
Poucos meses depois da inauguração, conseguimos que o pater familias viesse a trabalhar conosco, ganhando uma miséria por hora. Não fosse isso, possivelmente já teríamos ido à bancarrota.
De lá para cá, tivemos altos e baixos: meses com trinta e dois mil posts, meses com apenas dois. Mas é assim mesmo. Não deixa de ser um hobby.
No fim das contas, o que realmente importa é receber os parabéns dos próprios Beatles.

terça-feira, 6 de julho de 2010

200

Só para constar: o post do pai do blog com o título "Dona Gertrudes", personagem da próxima novela do F-1 Literária, cuja leitura é altamente recomendada , foi a postagem de número 200 deste que é melhor sítio sobre Fórmula-1 em língua portuguesa, depois do Bandeira Verde, do Última Volta, do Dentro e Fora da Pista, do Blog do Ico, do Tazio, do Blog do Capelli, do F-1 Nostalgia, do Blog do Fábio Seixas, do Voando Baixo, do Grande Prêmio e, é claro, do blog oficial do blogueiro oficial Flavio Gomes.

Observação: se o seu site sobre F-1 é melhor que este e não consta na lista acima, pedimos desculpas. Informe-nos e acrescentaremos.

sábado, 6 de junho de 2009

Novo autor

O Formula-1 Literária conta agora com um novo colaborador, que por coincidência é meu pai. Vai ser bom para movimentar isso aqui, já que eu ando muito devagar com as postagens.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

A título de introdução

Escrever é a arte de combinar palavras, ajustar forma e conteúdo, transformar o que é tinta no papel em emoções na alma, informações na mente e, se a escrita é realmente boa, contribuir para a formação do ser humano. É óbvio que escrever é um dom de que poucos dispõem. Combinar vocábulos da melhor maneira e expresar idéias e sentimentos é tão difícil quanto combinar notas musicais sem ter um instrumento às mãos. Lendo essas poucas linhas acima, não é difícil perceber que o autor não conta com qualquer talento. Portanto, se você, digno abstrato leitor, perdeu tempo lendo essas coisas, peço perdão. Alerto, entretanto, que antes de se revoltar, lembre-se da lição do grande professor português: a melhor defesa para o leitor insatisfeito é fechar o livro. Aqui, no nosso caso, fecha-se a janela. Mas caso a sua ainda esteja aberta, saiba que nossa intenção aqui é escrever sobre coisas interessantes e promover, na medida do possível, algum intercâmbio de idéias. Coisas interessantes, para este que deixa estas mirradas linhas, são, basicamente, automobilismo, literatura, história, quem sabe a ciência do direito e da política. Coisas muito diferentes entre si, é verdade, mas que se conectam pela paixão que liga o autor a elas. Opiniões são benvindas. Em raríssimas oportunidades faço questão de ter razão a respeito de determinado assunto, o que pode tornar o diálogo mais fácil, ou pelo menos mais agradável.
Assim, despeço-me pela primeira vez, com muita insegurança, pois publicar é automaticamente expor suas deficiências e sujeitar-se às críticas, sejam elas fundadas ou infundadas.