sexta-feira, 30 de setembro de 2011

TEMPOS BICUDOS

Eu era mais jovem que hoje quando a ditadura militar mandava e, principalmente, desmandava no país.
Não vou aprofundar o tema uma vez que incabível neste tipo de blog.
Mas, a música tema da faixa que ilustra o post foi lançada nesta época e provocou a mesma celeuma de outras músicas do Francisco Buarque de Hollanda (esta em parceria com Gilberto Gil).
Mas, naquela época a gente tentava decifrar o grande código secreto que havia por detrás de tudo o que era, ou mesmo não era, censurado pela ditadura.
Tínhamos poucas informações dos órgãos da imprensa que, ou eram a favor do regime, ou censurados.
Lembro que passava horas fazendo conjecturas com um dos meus primos.
Soubemos depois que a música foi inspirada em acontecimentos da época que prefiro, mais uma vez, não comentar.
Ontem, no entanto, tive uma revelação cósmica envolvendo a música.
Vejam a faixa e ouçam a música pelo link (peço ao chefe do blog que “arrume” o link para o acesso direto ao vídeo).
A citada faixa está inserida no blog Kibeloco (muito bom por sinal) num post intitulado “pracas do braziu” onde são postadas placas diversas com erros de português ou fatos engraçados.
Ouvindo a música notamos que o coral, em determinado momento, repete a palavra “cálice” que, depois desse croc, ouço como um “cale-se” genialmente repetido na faixa.
Várias são as conclusões.
Primeiro a minha ignorância em não alcançar um dos significados do “cálice” na época do lançamento da música.
A erudição e genialidade daquele que elaborou a faixa.
E a atual ignorância de quem olhou e não entendeu o verdadeiro significado da frase na manifestação envolvendo o circo, replicando como ignorância alheia.



segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Pressão

Lewis Hamilton está sob pressão. E não é de agora.
O inglês, no ano passado, iniciou a temporada muito bem, com paciência, mas sem perder o estilo agressivo, andou com regularidade na frente, apesar de um carro que não fazia frente a Red Bull.
Acho que poderia ter saído campeão em 2010, caso não tivesse cometido tantos erros.
Todavia, de repente, a coisa degringolou, erros elementares começaram a aparecer e não desapareceram até hoje. Todos nos perguntamos: o que há com o talentosíssimo Lewis Hamilton?
Não é uma pergunta fácil de responder. Talvez nem ele próprio possa dar uma resposta adequada. Sem dúvida que um piloto do nível de Lewis recebe uma sobrecarga de incumbências com patrocinadores, além dos compromissos normais internos da equipe. Fora, é claro, a enorme pressão por resultados que se sofre, ainda mais quando seu companheiro de equipe está andando tão bem.
Pobre Lewis. Eu não entendo - e talvez ele também não - como existem pessoas capazes de dizer que só sabem trabalhar sob pressão. A pressão é terrível, a sobrecarga é horrível.
Imaginem como está Hamilton hoje, com a cabeça recostada no travesseiro, repassando todos os erros das últimas duas temporadas, enlouquecido a espera da próxima corrida, a próxima oportunidade de mostrar que ele não desaprendeu.
Talvez, encostado no travesseiro, Lewis sonhe em ser um monge cartuxo, isolado, em silêncio, contemplando o mundo sem, necessariamente, interagir com o as pressões do mundo secular, com o cansaço, com as palavras mal proferidas de pessoas descuidadas.
Deixe disso, Lewis. Amanhã tem mais. E esperamos que seu talento volte a nos deleitar.

CORRETOR ALADO

Continuando do quesito pássaros.
Chegamos em rib’s estranhando o calor infernal que faz nesta cidade.
Estávamos guardando algumas coisas e o bichinho aí da foto começou a chamar, xingar, cantar, reclamar ou algo assim. Eu pensei que ele estivesse dentro do apartamento tamanha era a algazarra.
Nós temos alguns inquilinos que moram na parte externa dos aparelhos de ar condicionado.
São andorinhas que constroem ninhos na época do acasalamento.
Mas, esse sujeito com jeitão de feirante esganiçado esta mais para corretor de imóveis anunciando que a moradia atrás dele está vazia.

PENAS PARA QUE TE QUERO

Nunca gostei de caçar passarinhos. Quando mudamos de Curitiba para Sampa (no século passado) fomos morar no pé da serra da Cantareira.
Muito terreno baldio com muitos pássaros que alguns coleguinhas meus adoravam caçar.
Não lembro de nenhuma carnificina digna desses programas vespertinos cheios de sensacionalismo.
Mas, alguns desses minis caçadores tinham equipamento de primeiro mundo como espingardas de pressão.
Hoje, moramos num prédio vizinho a uma antiga chácara que em breve vai dar lugar a um conjunto desses prédios que destroem principalmente o sossego alheio sem contar com a mata que toma conta do terreno.
Portanto, a ordem é curtir a fauna alada enquanto resistem.
Não estou falando dos pernilongos, os tigres asiáticos e muito menos dos morcegos, que além de não serem pássaros são feios para bedel.
Quando ficamos na sacada ao anoitecer eles vem dar uma cheirada na gente. E, são muitos. O chefe do blog tem uma certa “alergia” a esses amigos do Robin.
Mas, quero falar de um pássaro muito engraçado que agiu como um cachorro abandonado lá onde passamos as férias.
Um cachorro vadio normalmente vem atrás da gente com aquela cara de infeliz tentando fazer amizade e ganhar um pouco de comida. É bom lembrar que a nossa grande timoneira tem pavor de cachorros. Entra em pânico mesmo que eles estejam sorrindo.
Pois esse passarinho apareceu do nada e agiu como um cachorro abandonado. Não ficou com medo da gente e veio atrás como se esperasse um pedaço de osso (?).
Infelizmente eu não tinha nada a oferecer, nem mesmo uma moeda, a não ser esta foto e a homenagem singela.
Vejam que ele caprichou no visual desleixado para impressionar o passante.

RAPÁ!!

Acabei de chegar de merecidas férias. Fomos para um lugar que prometia várias coisas: praia,calor, internet e um bom lugar para fazer minhas caminhadas tão necessárias nesta altura do campeonato.
Ledo engano.
Tivemos frio, nada de internet e a chuva impediu qualquer caminhada decente.
Não fomos para a Noruega.
Enfim, volto e vejo que o chefe do blog postou vários comentários.
Algumas orações e odes aos tradutores vão ter que ser relidas porque meu cérebro anda meio embotado.
Mas, como diria o velho marinheiro "velas ao vento".
Nesta vida de navegação oceânica não devemos ficar na popa olhando o porto que se distancia, mas, sim na proa perscrutando o horizonte em busca de um porto melhor que o anterior.

domingo, 25 de setembro de 2011

Dois bons meninos

Com a vitória de hoje, a nona da temporada, o Kid praticamente garante o bicampeonato que, na verdade, já parecia certo desde a primeira metade da temporada.
O menino impôs um domínio absoluto sobre seus concorrentes, algo que poucas vezes se viu na história da Fórmula-1. É um domínio diferente daquele que Schumacher exercia nos tempos mais vitoriosos da Ferrari. Naqueles anos vermelhos, o carro era indiscutivelmente melhor, tanto que o número de dobradinhas entre o alemão-mor e Barrichello é recorde absoluto: 24, dez a mais que a dupla mais espetacular de todas, Senna/Prost.
O número de dobradinhas Kid/Webber é expressivo: 10 em 3 temporadas juntos. No entanto, este ano, foram apenas duas, o que talvez demonstre que a superioridade do carro Red Bull não é tão absoluta quanto possa parecer a olho nú. Houve momentos ao longo de 2011 em que McLarens e Ferraris ameaçaram o domínio dos touros energéticos e Vettel teve que se virar para vencer corridas como a de Mônaco.
Ou seja, há um domínio técnico da Red Bull sobre os concorrentes mas que não é tão inquestionável quanto era o da Ferrari nos anos de 2002 e 2004. Na verdade, o carro é excepcional, mas não dispensa o talento do Kid. E o resto tem mesmo que lutar para ficar em segundo, inclusive o piloto do outro touro, Mark Webber, por quem tenho especial simpatia.
O que acho especial é o fato de Vettel não subestimar nenhuma vitória, abrindo sempre um largo sorriso a cada conquista, agradecendo os "boys" no boxe com o mesmo entusiasmo e trocando o capacete a cada triunfo. Não é comum dirigir um carro de corrida, não é comum dirigir um carro de F-1 e é muito menos comum vencer uma corrida que seja ao longo de uma carreira. Todos os primeiros lugares têm que ser comemorados como únicos e, neste - e em quase todos os outros quesitos - o Kid não decepciona. Por isso, ele é o bom menino número 1.
O outro bom menino é aquele que fez o segundo lugar hoje: Jenson Button, que, aos 31 anos de idade, já não é tão menino assim.
Quando inglês se juntou à McLaren, no ano passado, após vencer o campeonato de 2009 pela Brawn, eu apostei em um massacre de Lewis Hamilton para cima dele. Achei que o protegido de Ron Dennis iria comer Jenson vivo. No entanto, ao longo de 2011, quem efetivamente mostrou serviço foi Button, tanto que ele é o único a ainda ter chances - ainda que meramente matemáticas - de roubar o título do Kid.
Hamilton entrou em uma fase estranha. Parece que mesmo manobras simples - como a que tentou executar para ultrapassar Felipe Massa hoje - dão errado e toda corrida é potencialmente um fracasso.
Button, por outro lado, tem pilotado de forma soberba, com a calma de sempre, e conquistou duas vitórias lindas este ano.
Apesar do título e do sucesso que alcançou na carreira, Button se mantém fiel ao seu modo de encarar a vida, tendo sempre ao lado o simpático John, seu pai, e a bonita namorada, Jessica Michibata, trocando a postura rude e arrogante pelo sorriso fácil e honesto, muito raro neste mesquinho e patético mundo das corridas de carrinho. Por isso, é o bom menino número 2.
Dois bons meninos, realmente, que merecem fazer a dobradinha do ano.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Tradução

Existe aquele velho dito italiano, repetido à exaustão mesmo por nós, que não falamos italiano: tradutore, traditore. Acreditando nisso, há um tempo atrás, resolvi eliminar esse tipo de gente da minha vida, os tais tradutores. Nunca mais li uma tradução do inglês para o português, aprendi na marra a decifrar os textos italianos e um pouco dos franceses, voltei a estudar alemão e latim. A ideia era mesmo exterminar esses malditos intermediários entre o texto e o entendimento - ou desentendimento.
Mas vejam, os senhores, como o mundo dá voltas. No meio tempo entre a absoluta revolta traducionista e hoje, aconteceram coisas interessantes. Li um livro, que me levou a ler outro e mais outro, até que cheguei no Josef Pieper, já mencionado por aqui. Não li Pieper no alemão, tive que buscar as traduções para o inglês e espanhol.
O filósofo, conhecedor que é das coisas medievais, contou para mim a história do Boécio, que ele mesmo chama de "grande tradutor". Boécio teve um papel importante como mediador na transição entre o mundo antigo, e as reminiscências da cultura clássica greco-romana, para o novo ambiente medieval, dominado pelos bárbaros. Se esse cara não tivesse dado um duro danado como um dos fundadores da tradição escolar, os Godos não teriam entendido nada da cultura que os antecedeu.
E tem mais. Boécio cunhou, a partir de uma tradução do grego, uma das palavras mais caras aos cultures do direito: principium. Arché - conceito essencial na filosofia -, em grego, dá ideia de origem e, ao mesmo tempo, de regra. Obviamente, a palavra principium já existia em latim, mas o sentido dual em coordenação com arché só veio depois do grande tradutor Boécio. E o que é o princípio jurídico, assentado onde quer que esteja, senão origem e imposição normativa? Preciso, esse Boécio.
Então, por essas e por outras, não estou mais bravo com os tradutores. Na verdade, graças a eles - ou, pelo menos, a uns dois ou três deles -, uma profunda conexão pôde se estabelecer entre a cultura clássica e a cultura bárbara. Sim, dos bárbaros e barbaras. E outra profundas conexões se estabeleceram depois.
Viva o Pieper, viva Boécio. E viva os tradutores!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Cingapura

Um calor lascado mesmo com a corrida sendo realizada à noite, ondulações na pista, um traçado difícil e apertado, com poucos espaços para ultrapassagens, mas o pessoal parece adorar o GP de Cingapura mesmo assim.
Da minha parte, acho bom que, pelo menos, o treino classificatório é às 11h e não às 9h, o que não atrapalha tanto o sono do sábado.
Tenho boas recordações destas corridas, especialmente, da primeira delas, em 2008, ocasião em que trouxeram um parachoque para ver o grande prêmio aqui em casa - desta vez não tem nada escondido, tratava-se, mesmo, de um parachoque.
Eu ganhei o tal parachoque, mas o Massa perdeu o título.


segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Só administrar?

O Kid está naquela fase do campeonato em que poderia só cozinhar o galo até o fim e ser campeão com o pé nas costas, sem estresse. Mas o menino não é assim, não.
A ultrapassagem sobre a Prima Dona, em Monza foi, simplesmente, sensacional. Arriscou colocar por dentro mesmo com pouco espaço, pôs roda na terra, freou fora da linha ideal e, mesmo assim, saiu com a Red Bull a frente da Ferrari.
Coisa de campeão, que ruma ao bi, tri... sabe-se lá.


Enganos

Assisti o GP da Itália indignado porque o Galvão Bueno não percebeu - ou não admitiu não perceber - que o Kid não ultrapassou a Prima Dona depois da segunda di Lesmo, mas depois da Curva Grande, na Variante della Roggia. E ninguém o corrigiu.
Mas agora, vejam vocês, a enquete ao lado contém um erro absurdo a respeito da corrida de Bruno Senna. Mea culpa. E isso que eu tive uma semana depois da corrida para bolar as alternativas - mesmo tendo pensado nelas em pouco mais do que sete minutos e meio.
Conversei com meus superiores no F-1 Literária e parece que, mesmo assim, a questão não será anulada, pois a alternativa do Bruno Senna não é a correta.

Oração

Ansiedade, minha velha inimiga, desta vez, fique fora disso. Não me faça ver tudo com débil antecipação, não me faça responder com ainda maior debilidade. Não me faça confundir saudade e desespero, não me deixe turvar o olhar para quem não merece.
Insônia, você, amiga fraterna da ansiedade, anda sempre a tramar. Mas deixe que eu durma, deixe que acorde com mente limpa e possa ver tudo com clareza. Deixe descansar e que, no dia seguinte, eu possa cuidar de mim, cuidar dela, cuidar de tudo. Não pense que eu não sei ser obra sua aquela propaganda da operadora que faz vibrar o celular de madrugada. Não me cutuque depois que já estou dormindo.
Cansaço, que vem pertinho da insônia, está sempre aqui à toa. Não é porque não dormi que você pode ficar. Vai também.
Autoestima, sua quase inexistência vive, junto com a miopia, embaçando tudo. Para os olhos, uso óculos. Talvez eu vá procurar um oftalmologista que receite lentes que tragam a apreciação por si mesmo e, quem sabe, com isso, tudo o que me deixa inseguro vá embora.
Solidão, faça-me lembrar o amor da família, dos amigos, das coisas extraordinárias e imprevisíveis da vida. Faça-me grato e me receba bem todas as noites.
Vocês todos, não tomem conta de tudo. Não me façam estragar tudo. Não façam chover quando não precisa, não façam demônios aflorarem onde não existem. Deixem espaço para a vida continuar leve, bem leve.
E se, no final, não for possível atender nada disso, que fique, pelo menos, a força para transformar tudo num texto bonito.

domingo, 11 de setembro de 2011

EMOÇÃO

Agora as emoções afloram.
Não existe quem não torça pelo Bruno Senna.
A gente espera que sua carreira ainda nos proporcione grandes momentos e alegrias.
Apesar de ser um quase veterano, não tem experiência com um carro competitivo.
Não podemos dizer que este carro da Renault, que chamam de Lotus, seja um carro dos sonhos de quem precisa de resultados urgentes.
Hoje, mesmo atrapalhado pelo lobo mau que caiu da moita, fez uma corrida dentro do esperado.
Principalmente pela, digamos sobriedade.
Nada de loucuras.
Para nossa sorte a TV que gera as imagens pegou bons momentos e destaco três que vão em seqüência.
A primeira quando chegou no Boêmio com pneus macios e o piloto dos toros vremeio mirins calçados com compostos mais duros.
Ou seja, bastava fazer tudo direitinho que a ultrapassagem estava garantida.
Nesta cena o Boêmio aparentemente tira o pé no meio da curva.
Essa é uma manobra meio gasta, mas muito usada pelos pilotos.
Tira-se o pé do acelerador e quem vem atrás tem que se virar para não bater, perdendo tempo.
Bruno soube evitar a batida por trás e o ex-piloto Jean Alesi definiu tudo com o gesto.
As duas seguintes, a ultrapassagem sobre o Boêmio.
Apesar dos recursos não muito esportivos (na minha opinião), asas que se abrem, pum atômico e etc, a ultrapassagem foi meio que pelo modo antigo.
Pensei que ele fosse desistir porque a aproximação não foi boa.
Qual nada. Quando o piloto da frente menos esperava enfiou o carro conseguiu frear direitinho e um abraço.
O pessoal do bar da dona lotus também gostou.
Mesmo sozinho na sala não resisti ao grito de “tá no sangue.”






BUZINA AÍ, BUTTON!

Aqui o momento “quase merda”.
Rubim, (lembram dele?) resolveu ir para o bar trocar de pneus.
Butão também.
Nosso piloto da Williams não viu o Jasão babando para chegar no bar na frente e pegar a melhor mesa e quase se tocam.

UFA!

Ainda em relação ao duelo Dick e Hamiltão, este reclamou da atitude do lemão e dona McLaren foi pedir providências ao pessoal da Fifa (Federação Internacional dos Fodões Automobilistas).
Sim, algumas decisões tomadas pelos dirigentes da F-1 mais parecem coisas de futebol.
Enfim, dona Mercedes avisou seu piloto que o seu andar de bêbado (para lá e para cá ) não estava agradando.
Então, o Hamiltão pode ultrapassar o piloto dos carros prateados que preferiu perder a posição para não ser punido.
Vejam que sem a sacanagem de mudar várias vezes de posição a ultrapassagem foi tranqüila.


DICK VIGARISTA

Nosso shushu mostrou que continua o velho Dick Vigarista.
Durante as tentativas de ultrapassagem do hamiltão mudava de trajetória duas vezes para se defender.
Só que ele poderia fazer a manobra uma vez.
Está no regulamento.
Mas, uma vez Dick sempre Vigarista.
Aqui jogou o pobre piloto da McLaren na grama.
Por sorte nada aconteceu além do Lewis perder a chance de ir ao pódio uma vez que o esperto Butão passou por ele e acabou a prova em segundo.


LOBO MAU

Outro ângulo da pancada proporcionada pelo vitão. Vamos imaginar que o petrão e o roseberg estão andando de mãozinhas dadas pela floresta e o lobo mau literalmente pulando de uma moita sobre os dois.
Imagino o susto.

MONZA

Hoje tivemos o GP da Itália em Monza. É um grande prêmio especial para mim porque no século passado o Emersão ganhou a corrida e o campeonato na versão de 1972.
Lembro que assistia ao GP (não lembro por qual TV) e ouvia a Jovem Pan com a transmissão do pai do home, o véio barão.
Mas, hoje tenho que tirar o boné para a prima dona alfonsina e sua largada. Pulou de quarto para primeiro. Vejam que ele vem por dentro e a grama se aproximando. Tirou o carro na última hora e contornou em primeiro.
Agora prestem atenção no Vitão Luzão. O cara largou lá atrás e veio abanando por dentro, como o Alonso. E aí é o tal negócio: a grama chegando e ele não veio para dentro. Mesmo porque tinha alguém do seu lado. Arrancou alguns tufos continuou na mesma toada (como diria a minha avó), balançou para cá, balançou para lá os cavalos de seu motor gostaram do cheirinho da grama e resolveram voltar para lá.
O resultado foi só “alegria” para a funilaria das equipes. Maior trabalho pela frente.
Por sorte ele bateu nos carinhas de lado e não com o bico. Alguém poderia se machucar.
Em tempo, ele foi punido no fim da prova e perde cinco posições no grid do próximo GP lá em Pingapura.
Não faz diferença porque sempre larga nos últimos lugares. A sugestão é que obriguem o piloto da Hispania a largar uns quinhentos metros do último colocado no grid. No caso, ele mesmo.....


sábado, 10 de setembro de 2011

Preocupante

Schuchummy, na última corrida, realizada na Bélgica, andou muito bem, pontuou, chegou a frente do Rosberg.
A coisa toda parece ter mexido com a confiança do alemão-mor, pois, pela segunda vez na temporada - e sétima desde que voltou às pistas - Schumacão largará na frente de Rosberg.
Para os que o amam, como nos por aqui, é preocupante. Rosberg, caso tivesse ficado à frente do Sapateiro hoje, ampliaria sua vantagem, cravando 12 x 1 no placar do ano. No entanto, com o triunfo do Dick, o placar fica apertado: 11 x 2 pró Nico.
Ano passado, o resultado final foi 14 x 5 para o Rosberg - placar apertado. Este ano, a prometida recuperação de Schumacher não se verificou. Aliás, está pior para ele do que na última temporada. Na 13ª etapa de 2010 - que foi na Bélgica e não na Itália, já que este ano não tivemos o GP de Bahrein -, o placar acumulava Nico 10 x 3 Schuchummy. Este ano, o alemão filho do finlandês que nasceu na suécia tem um ponto a mais de vantagem.
Esperamos que o Rosberg Jr. possa voltar à velha forma nas próximas corridas.

Senninha

Não deixa de ser curioso notar que a "babação" em torno do Senna sobrinho não é um fenômeno estritamente regional. A transmissão do treino, hoje, preocupou-se em mostrar o brasileiro em suas voltas cruciais.
Difícil saber se é o efeito do sobrenome, se é efeito da boa performance na Bélgica ou se é um pedido do Heidfeld para poder "secá-lo" com mais eficiência.
Seja como for, Senninha hoje não fez frente ao seu companheiro russo, que andou mais forte. Não deixa de ser normal, no entanto, já que Monza é uma pista difícil de andar rápido, exige que a confiança esteja impecável para frear no último instante com o carro usando pressão aerodinâmica baixíssima. É natural que Petrov esteja em melhor forma do que o Bruno, que sequer havia testado um carro de F-1 neste ano.
Chegar ao Q3 foi uma façanha, ainda que largando atrás do companheiro. Vamos ver se amanhã a freada da primeira curva sai como esperado.

25

Kid chegou à sua 25ª pole position. Vinte e cinco é um número maior do que sua idade e significa que o moleque largou na pole em um terço das corridas que disputou. Significa, também, que superou Niki Lauda e Nelson Piquet neste quesito, e está a apenas 4 de chegar em Fangio (entre parênteses, Fangio disputou apenas 51 corridas de F-1, o que significa que ele largou na pole em mais da metade das vezes que alinhou no grid).
Como já foi escrito, o Kid chama atenção não só pelos números, mas pela maneira como pilota. Hoje, no Q3, ele estava com o melhor tempo, tentou uma segunda volta rápida, vinha 0,2s. mais rápido que ele próprio. Mesmo assim, veio abanando para tudo que é lado e, na Ascari, saiu nas quatro, corrigindo de forma linda e brilhante.
Deixa a impressão que todo o resto é só o resto.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

RARIDADE - 2




Voltando à velha estante mais uma da série "já babei num carro de corridas".
Esta foto não é fruto da minha autoridade patriarcal. Minha memória gasta pelo tempo registra que ele foi com uns primos nessas feiras onde os bovinos e eqüinos são a atração principal.

Esse carro era da safra do Mauricio Gugelmim lá da Fórmula Indy.

Se estiver errado o Renato que me corrija.

Há que se registrar a pose de galã do chefe do blog e o seu primo Rafael ameaçando levantar vôo. Rafael está vestido como o dono da vaca premiada. Mas, entende tanto de boi quanto o Renato, ou seja, nada.

Dessa vez se houver processo por uso indevido de imagem (apesar da puxada de saco) vou ficar em apuros. Até porque o Rafael é mais um daqueles sobrinhos com músculos sobrando.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

RARIDADE!

Vejam como é a vida. Temos aqui em casa na estante do quarto do Renato duas fotos raras.
Essa é uma foto do Renato e a Mariana num shopis aqui de rib’s posando com a Ferrari nº 1 do nosso Dick Vigarista.
Houve uma promoção qualquer e o pai “obrigou” os filhos a posarem com o carro.
Eu sempre procuro imagens antigas em revistas aqui em casa e nunca notei a preciosidade me encarando da estante....
Ah! A outra foto vai depois.

PORQUE ESCREVER

Acredito que a primeira vez que escrevi no blog foi um comentário colocado num post do chefe.
Dei um puxão de orelhas nele pelo horário em que houve o post, mas, eu mesmo fiz contato de madrugada, 0l:09 de um 12 de maio de 2009.
Depois fui “acrescentado”e comecei a postar meus “bosts” como costumo dizer.
Sempre gostei de escrever apesar da vergonha em mostrar algo mais sério.
Quando era adolescente, escrevia numa máquina portátil velha de guerra lá em Sampa no quartinho famoso transformado em copa. Quando possível com algumas loiras geladas na cabeça.
O Renato, nosso chefe de redação, já escreveu sobre o espanto do aumento do número de leitores do blog. Diria que ainda cabem numa Kombi.
Não havia percebido o aumento de quem passa os olhos no blog.
Isso porque, ao começar a escrever, eu sempre tive em mente que escreveria para mim mesmo.
Sim, não escrevo para aqueles que possam ter acesso ao blog, ou seja, o universo todo.
Pois, se assim fosse, não escreveria. Ou não me atreveria a escrever.
Portanto, toda vez que posto alguma coisa estou no quartinho de Sampa na velha máquina de escrever portátil me divertindo sozinho.
Meu caso com a escrita deve ser analisado do ponto de vista da psiquiatria. Eu rio do que escrevo. Dos filmetes, das fotos e dos comentários.
Escrevo o que sai da mente na hora. Não fico matutando (como diria minha avó) o que escrever.Tenho vontade e mando ver.
A única coisa mais ou menos pensada foi a Dona Gertrudes, que por ser pensada ainda não desabrochou. Aliás, é bom não desabrochar porque não tem idade para tanto.
A parte densa e a análise científica (ou quase isso) da Fórmula um e que tais fica por conta do Renato.
Não me atrevo mais a discutir sobre o pum quente que sai do escapamento e sua influência sobre a maré. Por preguiça e por preguiça.
Então, ficamos assim. Eu escrevo e o Luiz se diverte com os “bosts”.
Portanto, mais um a ocupar um lugar na Kombi.

domingo, 4 de setembro de 2011

DOMINGÃO

O último post do chefe do blog faz pensar.
Mas, antes de qualquer coisa vejam o vídeo da volta para casa depois do domingão na chácara da cunhada.
Renatão no volante e os Beatles (craro crarice!) nos falantes.
E, um grande domingão esmaece no horizonte.

Audiência

Por alguma misteriosa razão, a audiência deste humilde espaço cibernético, dedicado ao automobilismo e outras grandes bobagens, teve um aumento nos últimos meses.
Quando tudo começou, no último dia de 2008, tínhamos apenas um leitor, que era eu mesmo. Em 2009, subimos para três leitores, quando obriguei meu pai e minha mãe a ler um texto sobre o 1º de maio. Desde então, acrescentaram-se um amigo, que protagonizou este dia aqui, e uma amiga que nos lê por ser nossa amiga - ainda que automobilismo seja uma tortura para ela, o que pode ser inferido pelos comentários deixados por aqui.
Tudo mudou, no entanto, recentemente. Assim o indica o Google Analytics. Mas, a prova cabal do imenso sucesso deste blog é a enquete encerrada, ali no canto direito. Tivemos nada menos do que cinco votos. Cinco votos, sim! É um número astronômico, se considerarmos que as outras 678 enquetes terminaram, quase sempre, com a média oscilando entre zero e um voto.
Certo, temos de considerar que um daqueles cinco votos é meu. Provavelmente, um outro é da equipe da ala patriarcal do blog, o que deixa três do público em geral. Destes três, um é, sabidamente, de alguém com especial interesse no Gatsby. Portanto, é um voto parcial.
Seja como for, embora não possa tomar as respostas como indicativos do que fazer na vida - acabar o livro, afundar no álcool, etc. -, está claro que os três votos que não são dos autores do blog provam, definitivamente, que viramos best seller no mundo virtual.
Sem dúvida que, com tantos leitores, temos que dar uma especial atenção à qualidade dos textos aqui publicados. Eles podem significar uma enorme perda de tempo na vida de alguém, pois os dois minutos que se despendem para ler cada post poderiam, muito bem, ser utilizados na execução de tarefas úteis. Mais do que isso, os muitos minutos gastos para escrever porcarias poderiam ser melhor aproveitados por nós deste lado também. Mas a ideia disto aqui é que seja, mesmo, inútil, no melhor sentido pieperiano. Escrevemos, apenas, para que nos sintamos mais humanos. Não há qualquer compromisso ou dinheiro envolvido: o leitor pode perder tempo, mas não vai perder grana conosco.
Além disso, lembro-me, agora, de um velho professor que, prevenindo os leitores do seu próprio livro, afirmou que a melhor defesa que tem aquele que lê contra o texto ruim é, simplesmente, fechá-lo. Aqui, não se fecha o livro, mas fecha-se a aba ou a janela. Não ficaremos ofendidos - palavra! Não somos pessoas ilustres - ou ilustríssimas, se preferirem - que não andam de ônibus. Eu, que tomo pela primeira vez o mesmo ônibus todos os dias, sem procurar a vulgaridade das ruas, fecho os livros, fecho as janelas e as abas. Volto, quem sabe, anos depois, quando tiverem diminuído em mim as deficiências que impediram a compreensão do que ficou não lido. Aos domingos, no entanto, prefiro fechar o jornal. É fácil perceber que, ali, os defeitos de compreensão não estão em quem lê.