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sexta-feira, 9 de novembro de 2018

INTERLAGOS

O fim de semana de GP do brasil-sil-sil é um prato que vem acompanhado por seguranças, assaltos diversos como o clássico "mãos ao arto", preços abusivos no entorno e dentro do autódromo e principalmente a grande questã: vai chover?

Sim. Vai chover. Em algum momento dos carros na pista a água vai cair do céu. Ou em treinos não oficiais, oficiais ou na corrida. 
Digo isso porque é uma época de chuvas neste território (terra de ninguém para ser mais exato). E, é um saco aguentar o bueno berrar que "se está escuro no lado da represa, chove". Repete 'centas vezes..... 

Lembro das transmissões da F-Indy lá dos tempos de Emersão com o locutor da band conjecturando se determinado piloto iria fazer um "splash and go". Ou seja, se o cara vai até o final da corrida sem parar para reabastecer. Quase sempre errava nas previsões. Mas, o grande objetivo, estourar nosso saco, estava cumprido.

Ultimamente tenho procurado locuções alternativas para os GPs. O delay pode ser encarado como uma pimenta no prato da corrida. E, podemos encher o peito e berrar "eu já sabia, eu já sabia."


quinta-feira, 24 de novembro de 2016

OBSESSÃO TUCANA

Neste mato com onça que se tornou o país, um poste foi eleito prefeito de sampa. Marionete do governador tucano. Aliás, é muito estranho que nenhum tucano esteja, pelo menos, na iminência de ser preso. São todos santinhos.
Enfim, tucano adora falar que o estado pesa, que é preciso privatizar, tirar o estado de cima das coisas tal e bagaça.
Tivemos 'centas privatizações com o decano dos tucanos na presidência e nada melhorou. Grandes negociatas foram feitas com o dinheiro do BNDES e o povaréu saiu, mas uma vez, enganado.
Bom, a postagem é para comentar que o poste eleito quer privatizar Interlagos. Dá um monte de motivos como se o autódromo fosse culpado por déficits e mais déficits, por má administração e corrupção deslavada. 
Não é só. Fala até em dar (a melhor maneira de definir) o parque do Ibirapuera para a iniciativa privada.
Claro que, não demora muito, e tudo vira uma floresta de prédios. Assim funciona a cabecinha tucana.
E, estranhamente, a grande mídia não esfrega na cara do poste que as desculpas para privatização são apenas desculpas para privatização.
Interlagos traz receita para a cidade em cada GP sediado. Sem este autódromo o país não terá uma corrida da F-1. Por sinal, já cambaleante porque o duende mor quer mais grana do que já leva.
Enfim, este país cansa. 

o poste


quarta-feira, 15 de junho de 2016

AMEAÇAS DUENDINAS

Não é de hoje que o duende mor da F-1, Berne Aquistone, ameaça o GP do Brasil-sil-sil.
Ano passado deu declarações no sentido da falta de ação de dona Globo em promover a categoria, uma vez que, cada vez mais, corta a presença na grade de programação. Já falava em tirar Interlagos do calendário.
Este ano ficamos, lá em Floripa, esperando um cisco que fosse do treino oficial para o GP de Mônaco e tivemos que amargar um programa chulé dos encostados da emissora. Nota: não havia TV paga no apê!
As corridas realizadas à tarde, em nosso fuso horário, são substituídas por jogos chulé de futebol chulé de algum campeonato chulé aqui do brasil-sil-sil chulé.
Lógico que é um desrespeito aos fãs de automobilismo que perdem a proximidade com seu esporte preferido. Não temos piloto brasileiro nas cabeças dos campeonatos já há algum tempo. Por isso, cada vez mais, a emissora trata a F-1 como tapa buraco em sua programação. A tendência lógica é perder os patrocinadores e acabar de vez com a categoria em TV aberta. A não ser que alguma outra emissora tenha zilhões de verdinhas para oferecer. Coisa inimaginável no Brasil-sil-sil de hoje.
Pois, nesta semana, lá vem o duende mor lançar ameaças à presença do GP verde-amarelo no calendário do ano que vem. O motivo maior, que ele não declinou, é justamente a (vamos dizer), deselegância com que a vênus platinada trata o produto.
A FOM (que gerencia os negócios da F-1) tem contrato com a prefeitura de sampa até 2020. Diz o representante da corrida no brasi-sil-sil que é impossível tal fato (a corrida sair do calendário) acontecer. Mas, cláusulas contratuais podem ser rompidas. 
Enfim, fico com o esperneio do duende. Queremos assistir treinos oficiais e corridas e não a programação chulé que oferecem no lugar.

"não façam ouvidos moucos"

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

O LAMBÃO DE INTERLAGOS

O título de lambão e ganhador do leitão gorduroso vai para Kiwi Vodkanem, claro.
Esse passeio pelo saudoso traçado antigo de Interlagos foi impagável.
lógico que, lambão pelo lado humorístico da corrida.
Kiwi continua sendo um de nossos preferidos.



falhou o GP

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

O tricampeão dos tricampeões

Sebastian Vettel sagrou-se, neste domingo, o tricampeão mais jovem da história da F-1. Mais que isso, ele é apenas o terceiro piloto a conseguir três títulos consecutivos, depois do lendário Juan Manuel Fangio e Michael Schumacher. No entanto, é o primeiro a conquistar os três primeiros títulos em sequência.
A temporada foi emocionante, mas com uma boa dose de politicagem, o que não contribui, de forma alguma, para o espetáculo. Sem querer ser muito chato, como venho sendo ultimamente, a corrida de ontem foi uma pequena amostra de como as coisas funcionaram em 2012: Prima Dona "solicitou" pelo rádio um safety-car e foi atendido; a decisão de punir Hülkenberg foi tomada em tempo recorde e, claro, foi para beneficiar Alfonso, que herdaria o terceiro lugar para que Felipe Massa recebesse a ordem de abrir-lhe passagem (diga-se de passagem que não havia razões para a punição, já que, apesar de Nico ter arriscado, foi uma batida de corrida).
Mas Vettel foi espetacular em alguns momentos da temporada, soube aproveitar as oportunidades que teve e, ontem, sua recuperação após a batida da primeira volta foi fantástica. O alemão subiu de último para quinto em 5, 6 voltas. A Red Bull cometeu um erro estratégico - que pode ter sido decorrência do problema com rádio - de não colocar o pneu de chuva para o Vettel em sua segunda parada. Poucas voltas depois, ele teve de voltar para vestir os calçados corretos.
O ritmo de corrida do alemão na pista seca não era bom por causa dos danos causados no carro na batida da primeira volta. No entanto, no molhado, Vettel tinha os melhores tempos, desmentindo de forma vergonhosa o pessoal da emissora oficial, que insistiu o fim de semana todo que o piso molhado era melhor para el Alfonso. 
Sebastian consegue, aos 25 anos de idade, com apenas 101 GPs disputados, um feito incrível: entrar para a galeria dos tricampeões, ao lado dos fabulosos Ayrton Senna, Jackie Brabham, Jackie Stewart, Niki Lauda e Nelson Piquet. Com poucos anos de vida, já ao lado de algumas das maiores lendas do esporte, dá para arriscar dizer que nasce um multicampeão sem precedentes. Vettel pode correr, tranquilamente, por mais dez anos. Quantas glórias ainda o esperam? 
Em tempo, esclarecemos que este post deveria ter ido ao ar ontem, mas quisemos comemorar com um rango típico em homenagem ao campeão. 


sábado, 24 de novembro de 2012

Vamos ver...

Tenho medo do que pode acontecer amanhã na corrida. Alfonso tem procurado, de todas as formas, provocar Vettel, e, em uma recente declaração, disse que se lutasse contra Hamilton, seria impossível vencer - claramente, mais uma vez, procurando diminuir os méritos do piloto alemão. 
A F-1 adoraria ver a Ferrari campeã e ouvir a transmissão pela rede Globo é terrível, pois a torcida pela equipe do Banco é incrível - lembrando que o banco que patrocina a Ferrari é o mesmo que patrocina a transmissão global e tem um setor inteiro exclusivo no GP Brasil. 
Imediatamente após o fim do treino, o pai do blog me ligou ventilando a possibilidade de que Felipe Massa force um acidente com Vettel na primeira curva amanhã. Seria um papel ridículo e espero que nada disso ocorra. Afinal, Vettel fora da corrida não torna Alfonso automaticamente campeão. 
A chuva pode atrapalhar, eles insistem, mas Vettel anda muito na água, assim como a Prima Dona. 
Agora, é só sentar e esperar o anúncio de que Massa teve o lacre do seu copo d'água aberto e perderá cinco posições no grid... 

Com a cara na porta

No meu tempo, era possível, no fim de semana da F-1, chegar de manhã ao autódromo e comprar ingresso para aquela sessão de treinos em particular. Então, era legal, na sexta-feira de manhã, ir à bilheteria, comprar um ingresso que custasse menos de R$ 500,00 e passear nas arquibancadas até achar o melhor ponto para acompanhar o treino livre. 
Com "espírito de aventureiro", ontem, saí cedo de casa em direção ao autódromo, passei 1h40min no trânsito para descobrir, na bilheteria, que só é possível comprar o pacote de ingressos para os três dias de evento. Já que estamos em clima de "F-1 Jurídica", fica o toque para a organização (não cobro a consulta) de que esta conduta pode ser considerada abusiva em vista do Código de Defesa do Consumidor: 

"Art. 39: É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas: 

I - condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites equitativos;
(...)"

Ora, como consumidor, não posso ser obrigado, se quiser assistir a um treino livre, a pagar por todos os três dias de evento. Não há uma indissociabilidade inerente às sessões que se passam na sexta, sábado e domingo que justifique que se vendam os ingressos em conjunto. 
Aliás, os preços praticados para o público assistir a F-1 no Brasil já são, por si só, um abuso. O "assento" mais barato fica no Ponto G (setor G, para os menos íntimos) e o pacote para o fim de semana custou, neste ano, R$ 510. No G, não há cobertura, não há assentos marcados, a arquibancada é tubular, e a gente tem que lutar contra os gaúchos que dormem no autódromo e pegam os melhores lugares para os amiguinhos. O lugar decente mais barato é o F, que custou R$ 1.320. Fica próximo ao "S do Senna" e tem cobertura. 
Existem outras pistas de F-1 no mundo. Silverstone, por exemplo, que abrigou o primeiro GP da categoria em 1950. O ingresso mais caro para todos os dias de evento custará, em 2013, £ 430 - com o câmbio de hoje, R$ 1.441,79. Quer dizer, o ingresso mais fodão em Silverstone é quase equivalente a um dos nossos mais baratos. Parece absurdo, não? Se considerarmos o setor mais barato da pista inglesa, o "General Admission", cuja vista é da curva Stowe (isto é, uma vista fantástica), pode compensar mais ir para a Inglaterra ver o GP lá do que comprar um bom ingresso para Interlagos. 
Amo a pista paulistana e fico emocionado só de passar lá por perto. Infelizmente, o desrespeito ao consumidor no Brasil é patente, não só na F-1. É uma pena que os verdadeiros apaixonados pelo esporte sejam afastados do autódromo em favor daqueles que só querem ver e ser vistos. 

quinta-feira, 29 de março de 2012

FD 01 E 02



Sempre falei para o chefe do blog que o Fittipaldi FD 01 era um carro, como diria um arquiteto amigo nosso, “à frente do seu tempo”.
Foi criado em 1974 sendo apresentado ao público da pior maneira possível: em Brasília da ditadura militar.
Mas, deixando este triste episódio de lado, o carro foi desenhado por Ricardo Divila e estreou no GP da Argentina em 1975.
Pilotado por Wilson Fittipaldi, o irmão do home, pegou fogo na 12ª volta abandonando, evidentemente, a corrida.
Vejam na foto que o carro tinha um desenho arrojado para a época com bico composto e carenagem inclusive cobrindo o motor.
Ocorre que este desenho, segundo a lenda, contribuiu para que o carro sofresse problemas de refrigeração.



Pelo sim pelo não reparem que o carro usado no GP do Brasil do mesmo ano, na foto acima, já com a denominação FD 02 é mais parecido com seus pares. Motor descoberto e enormes entradas de ar para os radiadores laterais.
Apesar de tudo, ainda considero o FD 01 um dos carros mais bonitos da F1. Até a pintura prateada e aquele beija-flor estilizado na lateral. O patrocínio era de uma cooperativa de produtores de açúcar e o “seu” Homero foi um dos primeiros a batizar o carro de açucareiro.

quarta-feira, 14 de março de 2012

O início da temporada

Como bem lembrou o pai do blog, semana que vem tem o GP da Austrália de F-1 abrindo a temporada 2012. No entanto, o campeonato mais importante do ano teve início no dia 14 de janeiro, no célebre kartódromo de Interlagos: o Campeonato Mundial de Kart da Maria Paula, contando com dois participantes, recorde na história da categoria.
Houve muita emoção na ocasião. A primeira aventura foi chegar ao local. Duas horas e meia antes da largada, os dois competidores chegam ao metrô, um com um boné azul do Banco Nacional e outro trajando uma camisa com a inscrição latina "qui est un bando de loucos". Tudo parte das habituais provocações recíprocas.
Pegamos metrô para um lado, trem para o outro até chegarmos na estação "Autódromo". O membro sueco da equipe constatou: "não tem autódromo aqui, não". Pergunta para um, para outro, anda para um lado, para o outro e lá chegamos.
O nome do kartódromo é Ayrton Senna e tem fotos do dito cujo lá. Um dos dois competidores ficou espantado ao saber que naquele traçado quase todos os grandes nomes do automobilismo brasileiro correram e que, em instantes, profanaríamos com nossa falta de habilidade um solo sagrado.
A corrida foi boa. Larguei em terceiro, fui para segundo, caí para quarto, voltei para terceiro, não perdi os dois primeiros de vista e, na última volta, enquanto lá na frente eles se engraçavam, enxerguei a possibilidade da vitória. Saí muito mais rápido de uma curva do que o menino que ocupava a segunda colocação, mas me afobei, tentei passar de um jeito insano, acertei o kart do cara no meio e girei na pista. Da possibilidade de vencer, passei a um resignado quarto lugar, quase vinte segundos a frente do quinto colocado - espantoso, considerando a rodada na última volta. Não tivesse eu bobeado, os quatro primeiros teriam chegado ao final com uma diferença de menos de um segundo.
Houve dois fatos inusitados. Para descrever o primeiro, precisaríamos da ajuda da ala sueca da equipe. No fim da corrida, o sujeito me perguntou se havia sido eu quem passara por ele voando por cima de uma zebra. Expliquei que era o local mais seguro para ultrapassar naquelas circunstâncias. Pedimos ao piloto norte-sueco para que deixe sua descrição do evento nos comentários.
O segundo fato inusitado aconteceu dentro do táxi, na volta para casa, rumo ao pint da vitória. Havia chovido e um carro passou por cima de uma poça d'água. Ambos fomos atingidos pelo líquido, mas apenas um de nós engoliu água. Teria sido normal se tivesse sido eu. Mais uma vez, pedimos a contribuição da contraparte para descrição do ocorrido.
A segunda etapa do Campeonato teria acontecido no último domingo. No entanto, o certame foi interrompido na segunda volta e meia por conta da tormenta que desabou sobre o kartódromo da Aldeia da Serra. De acordo com o regulamento, a gente se divertiu pra cacete.
Para fins de documentação, segue o resultado da primeira etapa:


segunda-feira, 28 de novembro de 2011

GP DO BRASIL

Falando de F1.
Assisti a corrida lá na chácara em uma TV com imagens cheias de pontinhos que iam se destacando na medida em que abria latinhas.
Algumas impressões: o problema do Vettel só existiu na cabeça de algum roteirista sem imaginação. Estava na cara que iam deixar o Uéber ganhar e ficar um mísero ponto à frente da prima dona no resultado final do campeonato. Não vale nada, mas, o Afonsinho merecia estar na frente do Mark. Bruno sobrinho incorporou o massa e deu uma pimba no shushu. Deveria ter deixado o lemão passar e ir cuidar da vida. Por falar nisso, o massa não tem ido participar das corridas. Ficou em quinto.
Espero que o rubim esteja no grid, como piloto, no ano que vem. Este é um cara verdadeiramente otimista. Sempre diz que o amanhã será melhor. Tá certo que exagera quando fala que vai disputar o título. Mas, como diria o super herói “para a frente e avante”. A fala não é bem essa. O que importa é o recado.

domingo, 27 de novembro de 2011

Sei...


O problema no câmbio do Vettel ficou mais estranho que este bigode à lá Mansell. De qualquer modo, foi bom ver o Webber de volta ao lugar mais alto do pódium. E bom também que o vice tenha ficado com Button.

Impromptus

Mais um GP do Brasil, mais uma corrida em Interlagos, mais uma vez não se sabe se chove, se não chove, mais uma vez o público está lá e os pilotos acenam empunhando uma bandeira brasileira.Há tempos, nenhum representante do F-1 Literária comparece ao autódromo em dia de F-1. Este ano, papai e mamãe estão na chácara. Nós estamos aqui, na mesa nova, de frente para a televisão, ouvindo pela janela o som que vem do apartamento de algum vizinho que toca, agora, uma coletânea do Queen.
A Mariana Becker nos mostra o simulador da Red Bull, o Nelson Piquet nos mostra a bandeira do Vasco. Em cima da mesa, café e chocolates.
Adoro quando mostram a pista por cima e dá para ver o traçado antigo, que está todinho lá e é tão espetacular. A curva 1, que punha um medo danado no Niki Lauda, o antigo Laranja, que não tinha diminutivo, o Sol, em que se vinha de lado e se separava os meninos dos homens.
Os carros alinham e já é fim de novembro! No meu tempo, a F-1 não passava de outubro de jeito nenhum.Vamos nós de novo, rumo ao fim da temporada, ao fim de ano e seus pontos finais.

Presença


Foto: TotalRace
A imagem acima retrata a última vez que Ayrton Senna correu em Interlagos, no já longínquo ano de 1994.
Seu sobrinho com mesmo sobrenome marca presença neste fim de semana, 17 anos após a última participação do tio, com um excelente 9º lugar no grid de largada. No entanto, não é só no nome e na cor do capacete de Bruno Senna que o velho Ayrton está presente no autódromo paulistano.
Sem dúvida, na memória dos torcedores, ainda daqueles que nem sabem direito o que significou o nome Ayrton Senna além da musiquinha da Globo, o piloto vai estar lá, conduzindo sua McLaren capenga à linha de chegada.
Mas tem mais: dois importantes pilotos vão carregar suas lembranças para dentro da pista. Um deles, Rubens Barrichello, que desfrutou da companhia de Ayrton dentro das pistas e já o homenageou da mesma forma no ano seguinte ao da morte do ídolo. Barrichello irá correr com uma pintura alusiva a Senna no capacete.


Foto: Divulgada via Twitter.
É até esperado que um brasileiro que conviveu com Senna homenageie o ídolo em sua corrida de casa. Pode ser surpreendente, por outro lado, que um piloto inglês, que apenas viu Senna na pista enquanto era garoto e que, hoje, é rival quase desafeto de um outro piloto brasileiro lembre de Ayrton. Lewis Hamilton também resolveu prestar seu tributo.
Tomara que amanhã a lembrança fique não só na pintura do casco, mas também no arrojo e estilo, sob chuva ou sol.

Foto: globo.com

sábado, 26 de novembro de 2011

Oh!

Terminado o treino de hoje, com a fantástica pole-position do Kid, acompanhado de não tão longe por Mark Webber e uma chuva de granizo que caia pra todo lado em São Paulo - inclusive aqui na monumental sede do F-1 Literária -, menos na região do autódromo, viemos ler o que tinha para ser lido em termos de e-mails, notícias e afins no computador.
Recebemos da ilustríssima amiga e habitante dos confins de Guarulhos Juliana Miashiro a tirinha, que, realmente, não é poema, mas tem poesia, que segue:


O Vettel diria "fantastisch". E nos parece incrível o paralelismo com a canção do Rush - de quem a Juliana também gosta - que vale ser ouvida:

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Retirada?

Há tempos não escrevemos sobre Rubens Barrichello. Nem consigo lembrar qual foi a última vez.
Talvez não exista palavra mais apropriada para iniciar, nesta semana do GP do Brasil, último de 2011 e, quem sabe, último da carreira de Rubens, que farewell. Adoro esta palavra, farewell, cuja sonoridade é tão melancólica quanto o significado. Dizer farewell parece dizer muito mais que adeus, tchau, ciao, bye, auf Wiedersehen, auf Wiederhören, tchüs, ou seja lá o que for.
Farewell parece mais do que uma despedida inevitável ou provisória. Parece carregar a sapiência da despedida daqueles que sabem, precisamente, o momento de se retirar.
Barrichello teve uma carreira de sucesso na F-1, apesar de não ter conquistado o título mundial. Venceu corridas maravilhosas, como aquela em Hockenheimring, em 2000, a de Silverstone, em 2003 e, mais recentemente, Valência, 2009. O que mais se pode cobrar de um sujeito que é o recordista de participações em GPs, o sétimo maior pontuador da história - embora tenha feito a maior parte de sua carreira em carros que não lhe davam a oportunidade de brigar o tempo todo por pontos?
O que podemos acusar Barrichello é de ter estado no lugar errado na hora errada, no lugar certo na hora errada, na lugar semi-certo na hora péssima.... enfim, de ter perdido, em algumas ocasiões, o timing da carreira.
É sempre possível, após perder o timing de tudo na vida - o que não é exatamente o caso do piloto brasileiro -, acertar o momento de dizer farewell em vez de desaparecer no escuro. Só existe um cara, todavia, que pode saber a hora certa da despedida. A única alternativa é perguntar a ele. E aí, Rubens, você nos diz: hora de se retirar?

segunda-feira, 4 de abril de 2011

FDS

FDS é uma sigla que pode ser interpretada de várias maneiras.
Como esse é um blog familiar não vou dar a interpretação que gostaria pelo que aconteceu neste Fim De Semana.
Tivemos a morte de Sondermann na tristemente famosa curva do café lá em Interlagos.
Pelo visto, agora que é tarde para o piloto da Copa Montana, parece que vão dar jeito nesta curva.
O chefe do blog foi no show aquático do zumbi mais famoso do mundo.
O nosso comedor de morcegos preferido Ozzy Osbourne.
Uma figuraça.
Bem escolhido o clipe que enfeita o blog. Essa música eu conheci faz pouco tempo e acho muito legal.
Voltando à F1, o chefe dos touros vremeios disse que o uéber não andou bem na estréia da F1 porque o acerto do carro dele foi equivocado.
Só não disse quem se equivocou.
E, estou ficando ligeiramente puto com o Markão porque adora comboiar a prima dona.
Tem mais é que cutucar o menino mimado da dona mafiosa ferrari.
Para encerrar: assisti ao documentário sobre o Senna ( o Ayrton) "Senna, o brasileiro, o herói, o campeão" e gostei do tratamento irônico dado às brigas políticas que envolveram o melhor piloto da F1 (na minha nada modesta opinião).
Só uma pitada. Se em 1984 (no século passado!!!) o Prost (ituto) tivesse sido humilde e não sacaneasse o brasileiro exigindo o final da corrida por conta da chuva (na gesticulação frenética) seria o campeão ao invés do Mickei Lauda. Ele ficou com metade dos pontos (4 e meio) e perdeu o título por meio ponto.
E, por aí vai.
Quem não assistiu faça o favor.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Já levaram

O time austríaco dos touros vermelhos, com a dobradinha que conseguiram na corrida do último domingo, já levaram o caneco de construtores para casa. A Red Bull soma 469 pontos no campeonato, contra 421 da McLaren, a segunda colocada.
É um resultado justo. Os touros são, atualmente, quem mais faz pelo esporte a motor mundo a fora. Competem em tudo quanto é categoria, sempre na frente e de maneira bem humorada. Chama a atenção o fato de que a marca não está relacionada à indústria automobilística. Os caras vendem latinhas com bebida energética dentro - sabe-se lá que outras atividades obscuras são realizadas pela turma do Mateschitz - mas fazem questão de vencer corridas de carro. A marca está estampada em duas equipes do atual grid da F-1. Fora a Marlboro dos tempos de McLaren e Ferrari, não me lembro de fato semelhante, ainda mais se considerarmos que, a rigor, os touros são donos de ambas as escuderias.
Acrescente-se a isso o fato de que a Red Bull mantém um sério programa de jovens pilotos já há algum tempo, e foi deste meio que surgiu o Vettel, reconhecidamente um grande talento.
Este ano, o time perdeu um pouco da minha simpatia, pois utilizaram um discurso de igualdade entre os pilotos, para, veladamente, favorecer o Kid Vettel. Pelo menos não adotaram os odiosos métodos antidesportivos tipicamente ferraristas. Reparem na diferença: a equipe mais tradicional, mais vencedora e badalada da F-1 é uma vergonha esportiva; os sujeitos que chegaram ontem e nem vendem carros dão exemplo do que deve ser o esporte a motor.
Vou trocar minha Ferrari pelo equivalente em latinhas de Red Bull.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

SNIF, SNIF

Cá estou eu dez e pouco da manhã assistindo ao primeiro treino da F1 em Interlagos.
Como prometi ao chefe do blog nunca mais pagar caro e ficar com a bunda quadrada, por ficar sentado durante horas numa arquibancada sem o menor conforto, estou aqui quase arrependido.
Enfim, vou fazer um pé de meia e comprar ingressos melhores para o ano que vem.
Por enquanto o jeito é assistir pela TV confortavelmente sentado na sala de casa.
De cara algumas considerações.
Tem um promotor gaiato que declarou que se o massa deixar o companheiro amigo da onça (nossa! essa expressão é anterior à minha avó) passar vai pedir sua prisão com base no Código do Consumidor.
Gaiato porque o evento é internacional, e o Código, que eu saiba, não se aplica nesses casos. O chefe do blog pode confirmar, já que formado em instâncias superiores à minha faculdade. Mas, principalmente, o massa só vai estar na frente da prima dona se for levar uma volta do espanhol. Será que vai ser preso, neste caso?
Muito está sendo falado que os touros vermelhos não vão escolher um piloto para apoiar.
Que os dois vão continuar tendo o mesmo suporte e que vença o melhor.
Bonito, nâo?
É o que se espera de um evento esportivo.
Mas, é claro que essa papo todo é porque os touros preferm o lemãozinho maluco e não o uéber que tem maiores chances de título.
Com isso, o espanhol que não monta touros e sim cavalinhos vremeios e mafiosos morre de rir.
E, eu constato, cada vez mais que é só começar a torcer contra alguma coisa que essa coisa cresce e contraria minha torcida.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

A Semana

Semana do GP do Brasil de F-1. Nos anos em que compramos ingressos, a esta altura eu já estou sem dormir há uns três dias por ansiedade. Este ano, em princípio, o F-1 Literária não estará nenhum dia in loco no autódromo José Carlos Pace.
A maior dor no coração este ano não é perder a corrida: é perder o Emerson Fittipaldi andando com o Lotus 72 pela pista.
O bicampeão já deu o ar da graça nesta terça-feira, andando na região da Marginal Pinheiros com o carro preto e dourado. Absolutamente fantástico. Pena que não vi.
O carro utilizado no "passeio" é o Lotus 72D, com que Emerson disputou o campeonato de 1972. Ou seja, é a versão "D " do lendário modelo 72. A reportagem que vai abaixo diz que o Emerson ganhou a primeira corrida, o primeiro título e o GP do Brasil de 1973 com este carro. Não exatamente. O modelo é o mesmo, mas as versões são diferentes.
E o nosso querido Escobar, que foi xingado pelo Dunga, diz que os carros eram menores. Não é bem assim. O tamanho é quase o mesmo. Diminuiu aqui, aumentou aqui. Mas é só olhar o tamanho do pneu traseiro para desconfiar que o bólido não é tão pequeno. Mas vale pelas imagens do fabuloso Fittipaldi pelas ruas paulistanas.


quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Barrichello, 300 [5]

Barrichello em Interlagos sempre significou emoção, para bem ou para o mal. Algumas excelentes corridas com final trágico, algumas alegrias e várias frustrações.
Ayrton Senna demorou alguns anos para conseguir vencer em terras brasileiras. Mas, por outro lado, venceu duas vezes em São Paulo de forma épica. Barrichello luta, todos os anos, por uma vitória em casa que ainda não veio.
Uma dessas frustrações aconteceu, justamente, numa das melhores e mais maduras corridas do brasileiro na F-1: o GP do Brasil de 2003.
A corrida ficou marcada pela confusão: a chuva atrapalhou todo mundo, uns sete carros rodaram na saída do Sol - inclusive, o alemão oficial Michael Schumacher -, Webber se estrepou na subida do café e Alonso veio como doido atrás, estrepando-se ainda mais.
O incidente provocou o fim prematuro da corrida, sob bandeira vermelha. A confusão foi tanta que o troféu de vencedor foi entregue ao piloto errado. Kimi Raikkönen, que liderava a prova no momento da interrupção, foi tido como vencedor, mas, quando há bandeira vermelha, o resultado final é dado pela posição dos pilotos na volta anterior. E, na volta anterior, Giancarlo Fisichella, com sua Jordan amarela, havia cruzado em primeiro. O bólido vencedor desse Grande Prêmio, aliás, está na casa do bon vivant Otávio Mesquita.
Mas, quando tudo isso ocorreu, o protagonista da prova já estava fora do certame há um bom tempo. Após um início de corrida difícil devido a problemas com o pneu intermediário da Bridgestone, Barrichello ficou para trás. O brasileiro largara na pole e perdeu posições, uma a uma, porque não podia resistir muito a seus concorrentes melhores calçados.
Conforme a pista foi secando, os pneus passaram a aquecer mais e a funcionar melhor. Com isso, Rubens pôde avançar no pelotão. Quando já estava em segundo, perseguiu Coulthard por algumas voltas, até que o escocês cometeu um erro na freada do "S" do Senna, permitindo que Barrichello avançasse para a primeira colocação.
Schumacher estava fora, a Ferrari nº 2 rendia bem - tão bem que, após a ultrapassagem sobre Coulthard, Barrichello abriu aproximadamente 2, 5 por duas voltas consecutivas. Parecia que, desta vez, era dele.
Antes de prosseguir com um desfecho que todos já conhecem, este GP ficou marcado para mim por outras razões que não a atuação de Barrichello e das emoções da corrida em si.
O ano era 2003, eu contava com 18 anos e cumpria meu dever constitucional perante as Forças Armadas do país. Para variar, no final de semana da corrida, estávamos - os atiradores - todos punidos não sei bem por qual razão. Sábado, o sargento dispensou alguns de nós de irmos ao quartel no domingo, em razão do bom comportamento... sempre fui bonzinho.
Pode parecer uma bobagem, mas não ter acordar às 4h30min da manhã no domingo, naquela conjuntura, era um alívio imensurável. Significava, também, que eu poderia ficar ligado na televisão desde a manhã, para acompanhar os andamentos no autódromo.
Mas, havia uma razão ainda mais forte e íntima para a corrida se tornar inesquecível. O colaborador patriarcal deste blog passou 5 anos trabalhando em outra cidade - trabalhava em São Paulo e todos os outros morávamos em Ribeirão Preto. Desde o GP de Silverstone de 1999, aquela era a primeira corrida que assistiríamos juntos, sabendo que na segunda-feira ainda estaríamos todos reunidos.
Algumas palavras sobre este fato foram ditas na hora do almoço, lembrando que nem sempre foi fácil enfrentar a distância. Naquele momento, este que vos escreve, lembrando que poderia ter ido para o quartel naquele dia, que meu pai, em outro final de semana qualquer, teria que ir embora em algumas horas, e sentindo-se bem que tudo correra da melhor forma, pronunciou a seguinte frase: "Agora só falta o Rubim!".
Então Barrichello ultrapassou David Coulthard, abriu 5 ou 6 segundos em duas voltas, em um ritmo impressionante, e, na descida do lago, deu para ouvir quando o motor apagou. Apagou subtamente, sem fumaça, sem barulho estranho, sem perder rendimento. Pane seca? Pareceu pane seca...
Depois, os panacas de vermelho disseram que houve um erro de cálculo, ou coisa que o valha, e por isso não chamaram Barrichello para o reabastecimento.
Na verdade, pareceu coisa do duende vermelho Jean Todt. Como todos sabem, ele mantinha um botão vermelho para quebrar os carros conforme a conveniência da equipe...
Só para fomentar a teoria da conspiração, Schumacher ainda não havia vencido naquela temporada. Barrichello, vencendo o GP do Brasil, abria a temporada de vitórias para a Ferrari, ficando dez pontos a frente do alemão oficial.
Depois, veio toda a confusão. Fisichella saiu vitorioso, mas só recebeu o troféu na corrida seguinte, das mãos do próprio Kimi Raikkönen.
Confesso que fiquei triste naquele dia. Normal ficar triste quando nossas torcidas são frustradas. Mas, realmente importava? Ah, claro que não. Importava é que na segunda estaríamos ainda todos ali.
O mundo gira. Hoje em dia, sou eu quem vai embora às segundas-feiras.