domingo, 31 de maio de 2020

LÁ VEM BOSTA

Quando não há turbulência no voo (em muitos setores) alguém inventa uma reunião/evento qualquer para justificar seu lugar ao sol.
Tudo vai nos conforme (como diziam os antigos), ou seja, nada de preocupante a nos preocupar. Mas, "alguém" tem que justificar o lugar que ocupa.
Então, vem aquelas reuniões com pauta em aberto. Uma desculpa qualquer para dar palanque.
O baixo clero, normalmente, sai dessas reuniões com uma pergunta que não quer calar.
Por que a reunião? Nada de produtivo foi falado.
Pois é. O grupo mais descolado e sem compromisso com esses compromissos (ui!) solta uma frase tipo "lá vem bosta" ao ser informado das ditas reuniões.

Ross Brawn, voltando à F-1, propôs um formato inusitado para as segunda corridas disputadas num mesmo circuito.
Lá vem bosta.
A volta da F-1 seria na Áustria em 05 e 12 de julho. Nem vamos falar de Silverstone que viria a seguir porque a coisa tá feia na casa da rainha.
Enfim, a segunda corrida (no dia 12/07, no caso da Áustria) teria a classificação substituída por uma corrida de classificação. Cuma?
Seriam, mais ou menos 100 km com grid invertido. Trocando em miúdos: Verstappen, que vai vencer a primeira corrida, iria largar em último na corrida de classificação para a segunda etapa.
Trocando em mais miúdos, ele dificilmente se classificaria numa boa posição para a segunda corrida. São vários fatores e o mais forte é o efeito Grosjean que sopra forte nas paragens austríacas. Por sinal, em todas as paragens.
Contra a bosta da ideia muitos obstáculos. Primeiro. A vida útil dos motores. O que mais ocorre nas corridas atuais é a preservação do equipamento para evitar trocas que significam perda de posições no grid. Muito comum ouvirmos o rádio do piloto perguntando se "posso colocar no modo fodão?"
E a equipe negar a permissão porque o orçamento está estourado e temos que preservar a imagem porque fica chato o carro encostar com a porra do pum estourado e a gente nem sabe porque estourou.
Enfim, a F-1 não é para os fracos. 
Um saco para os não iniciados.

Bom, não sabemos o que vem por aí.
Tal qual no brasil-sil-sil querem passar a boiada aproveitando o momento do pandemônio (de demônio). Lembrando que o autor da frase (no caso verde e amarelo) é um sujeito condenado por corrupção,  com trânsito em julgado e tudo. Mas, está lá num governo que brada ao gado que "aqui não tem corrupção".

Ôpa!
Melhor não falar disso.   
Esperamos que, pelo menos, a F-1 volte à normalidade. 
Sem corridas de classificação e pau na máquina.



sexta-feira, 29 de maio de 2020

AÍ SIM!

Muito legal a homenagem e presente de mamã Ferrari ao Kimi Raikkonen (nosso Kiwi Vodkanen).
Presentearam o finlandês com  a Ferrari (SF71H) com a qual venceu o GP dos USA (e não abusa) de 2018. 
Ele não vencia desde Austrália em 2013 com a Lotus (essa não aquela).
E, quem não gosta de Kiwi?
Ah, lembrando quem foi o último campeão por mamã Ferrari?
Em 2007?
Mimadon?
Non!!
Ele, o homenageado.
O cara é bão.
 
Aoooooooo!  
Já imaginou?
Colocar os fi no cockipit e dizer, "aqui tudo era mato?"

O REBELDE

Não sou a mãe de Cookie. 
Portanto ele nem disfarçou a rebeldia quando levou uma bronca por fazer algo errado.
Mostrou a língua para o repreendedor sem qualquer pudor.



quarta-feira, 27 de maio de 2020

BROCHADA

Sim. O título do post é propositalmente pornográfico.

Mas, não tem relevância ao desempenho masculino.
E, sim ao foguete que seria lançado hoje naquele país grande e bobo. 
O Space X, foguetão privado, enviaria ao espaço astronautas para a ISS (Estação Espacial Internacional).

Sou do tempo em que a corrida espacial significava um campeonato de pirocas mais potentes. 
A corrida besta (porque não uma parceria?) espacial entre os soviéticos (olha o Temer soltão aí, geiiinte!) e os americanos (do norte, naturalmente) era o grande assunto espacial dos anos sessenta. 
Os lançamentos norte-americanos dos puta foguetes Apollo faziam sucesso entre todos os interessados na conquista da lua.
E, vários lançamentos eram transmitidos (ao vivo!) no brasil-sil-sil.  
Eu, molecão acompanhava na medida do possível. 
Tanto tempo depois a conquista do espaço esvaziou. A lua nem mais foi xavecada. Um ou outro robô e nada mais.
Marte e seus encantos é o novo xodó. O problema é a distância e o mistério envolvendo o nosso irmão vremeio.

Fugi ao motivo do post.
Naquela época distante e pré-histórica assistia, ou não, aos lançamentos dos foguetes Apollo na grande missão de conquistar a bela e gloriosa e gostosa lua.

Enfim, eu molecão, ficava defronte à TV (preto e branco) esperando a grande ejaculação que lançaria o rocketão para o alvo branco e imaculado.
Mas, em algumas oportunidades, havia uma brochada. 
Lá em cabo Canaveral, campo dos grandes lançamentos, nuvens implicavam, no passado, em DRs entre os foguetões e as condições para o lançamento. O que acontecia?
Os dois, nuvens tempestuosas e os foguetões prestes a "explodir", concluíam que era melhor adiar a subida.
E, para nós os voyeurs, restava esperar a próxima oportunidade.

Hoje, infelizmente, não foi diferente.
Cientistas norte-americanos, na forma de astronautas, são/eram levados para a ISS (Estação Espacial Internacional) por veículos russos.
Então, um  ricaço criou um veículo particular, vamos assim dizer, para levar os norte-americanos ao espaço.

O lançamento de hoje seria o primeiro da parceria com a NASA. No horário de Brasília, 17,32m ocorreria a partida do foguete.
Desde quatro e pouco, trabalhava e acompanhava o lançamento.
E, observava as porras das nuvens esquisitas no cabo Canaveral, relembrando meus tempos de infância/adolescência e as Apollo. 
Se as enormes Apollo sofriam com o mau tempo, os traques Space X não escapariam.
E, como algumas vezes no passado, o lançamento foi adiado devido ao mau tempo.
Fico pensando, risos contidos, em como o tempo (clima) manda na caminhada humana no planeta terra. 
O rapazinho lá dos anos sessenta fica frustrado tanto quanto o véio dos anos 2020.
Mas, sábado tem mais. Um belo dia para um lançamento/ejaculação.







MÃE É MÃE

Mães não são do nosso planeta. Elas tem uma percepção que escapa aos parcos conhecimentos dos demais seres. Filhos principalmente.
Dona Alzira, Ziri Yonara para certa parte do clã, era dessas que olhava e entendia.
Muitas vezes ela lançava um olhar "escaneador" para um de seus rebentos e, sabíamos, vinha o diagnóstico. Mas, nem sempre ela informava aos filhos, discreta que era.

Aqui, como diria Zequinha, meu açougueiro predileto, vou abrir um "parente". Chamo minha mãe de Ziri Yonara e, certamente, a maioria da nova geração não entende.
É que a véia gostava de um horóscopo. Na época, década de sessenta, fazia sucesso no rádio a astróloga Zora Yonara. Daí, .......

Bom, todo filho é um rebelde sem calças (como diziam). Eu, para ficar no "eu", não fugia do regulamento. 
Ziri era do bem. Aguentava minhas traquinagens até certo limite. Quando a bolha estourava restava a este que vos tecla correr. Confesso que tinha minhas artimanhas. Enquanto corria, normalmente em volta da mesa de jantar, soltava umas coisas engraçadas. Como exemplo, "ora veja que a Hebe soltou um palavrão ao vivo", mesmo que não fosse verdade. A véia, ou por não conter o riso, ou por perder o fôlego, começava a rir e perdoava o primogênito. 
Tantas traquinagens e tantas palhaçadas levaram dona Alzira a dar um conselho. Eu deveria tentar a televisão já que era tão engraçado. Não sei se foi uma ironia mas, fiquei aborrecido.

Enfim, muitas vezes ao levar uma bronca fazia caretas nas costas de minha mãe. Mostrava a língua e tudo o mais.
Um belo dia ela entregou. Já adulto tinha conversas de adulto com a senhora. E, ela disse que sabia das minhas caretas e "mostração" de língua. "Mãe sabe de tudo", disse ela para minha agonia.
E, completou.
"Sabia de suas revistas pornográficas escondidas debaixo da gaveta de seu guarda roupa".
Meninos!
Tal esconderijo era mó trabalhoso. Eu tirava a última gaveta, escondia as revistas, colocava a gaveta de volta. E, era a mó logística para ir com alguma para o banheiro.
E, a véia sabia!


Sei que depois dessa revelação passei a admirar ainda mais uma mulher que passou poucas e boas e manteve a fleuma. Se hoje não está fácil para o sexo dito frágil, imaginem naquela época.
De qualquer maneira ela entregou ao mundão véio três rebentos que, como ela, são do bem. Lógico que há um certo limite. Como diria Lulu Santos "não desejo mal a quase ninguém".
Ah, ah.

terça-feira, 26 de maio de 2020

PROFISSIONAL

Alguns esportistas agem como se não tivessem compromisso ou são verdadeiramente irresponsáveis.
E, ditos profissionais.

Não costumo assistir a Fórmula chocante por motivos já amplamente declarados
Nesta pandemônia (de demônio) muitos esportistas participam de eventos, digamos, virtuais.
 Futebol, basquete, cuspe à distância, automobilismo, lançamento de pedras no telhado vizinho e por aí vai.
Apesar do grafismo estar zilhões de anos à frente do tempo em que jogava basquete no Mega drive não mais me interesso por esportes virtuais. Coisa de véio. 

Mas, vejam só a que ponto chegamos. 
No último fim de semana a Fórmula chocante promoveu mais uma corrida virtual com seus pilotos reais.
Foi a quinta corrida. 
Daniel Abt, companheiro na Audi de Lucas Di Grassi é um desses fidalgos, ou seja filho de algo. Trocando em miúdos rico pacarai. Filho de um acionista da equipe e fundador de uma empresa alemã especializada em modificar modelos Audi. Tem 27 anos e maturidade zero.
Nas outras etapas pouco fez. Lembrando que não fazia feio nos carros reais. Mas, já havia sido multado em evento virtual anterior por má conduta.
 A corrida em comento se deu no circuito virtual do Aeroporto de Tempelhof em Berlim, que, por sinal existe de fato. 
Para resumir, ele não mostrou o rosto quando da competição despertando suspeitas. Principalmente porque correu bem e chegou em terceiro quando foi mal em etapas anteriores. Uma investigação mostrou que, em verdade, quem correu em seu lugar foi um austríaco de 18 anos especializado em corridas virtuais. Um tal de Lorenz Hoerzing.

Um rapaz de 18 anos tentando dar um olé na turma profissional de carros reais até que a gente entende. 
Mas, um suposto profissional cedendo seu lugar para, segundo ele, "brincar" não faz sentido.

Bom, ele se desculpou, disse que não corre mais pela Audi (virtual ou real) e Lorenz punido não participando de mais nada relacionada à Fórmula chocante. 

Lógico que, de qualquer modo, a situação gera um desconforto para a categoria e coloca em cheque estas corridas "de computador".
E, pensando bem, Daniel teria sido mais esperto se fingisse pilotar enquanto por detrás (êpa!) o rapazinho pilotasse de fato.
Fica a ideia.


segunda-feira, 25 de maio de 2020

HOMENAGEM AO LAMBÃO

Achei esta "homenagem" ao inspirador do troféu "lambão da corrida"
Pastor Maldonado e suas maldonadices. Parece que existia uma certa treta entre ele e Hamilton, que teria jogado nosso inspirador no muro em um GP de Mônaco.
E, vamos combinar, em algumas pancadas ele estava no lugar errado na hora certa.



De qualquer maneira saudades de quem animava as corridas. Hoje em dia seus herdeiros não chegam aos seus pés.

NINGUÉM ESCAPA

Quando nos deparamos com uma foto como esta,



logo pensamos que o autógrafo está sendo dado por James Hunt que era chegado na boa vida.
Mas, ora ora, o "assinante" em questão é Ronnie Peterson em seu momento glorioso.
Notem que a assinatura saiu trêmula de emoção.

sábado, 23 de maio de 2020

DO FUNDO DAS LEMBRANÇAS

Pois é Tanto falei que, em algum lugar existiam fotos da casa de minha infância em Curitiba que resolvi fuçar nos arquivos para encontrá-los.
E, hoje em dia, arquivos de fotos significam dos mais variados tipos. Em papel, JPG guardados em cd/dvd, em HDs externos, pen drives e tudo o mais. Tudo espalhado em lugares mais remotos possíveis. Outro dia encontrei um pen drive na minha gaveta de cuecas. Pensei que fosse um pornô drive (escondido) mas, era de música.
No caso estas fotos, em papel, estavam num "baú" no armário do quarto. Pesadíssimo com zilhões de fotos.
Enfim, em meio a tantas fotos com tantas lembranças encontrei estas que fazem parte do post. 
São de 2004 quando o clã foi até Floripa passando por Curitiba.
São aquelas do dia em que (já relatei) o chefe do blog me encontrou pirado na batatinha quarteirões distante.

Vamos lá.


Aqui é o que restou da fábrica de pão onde Véio Mero trabalhava. Não sei o que significa este pedaço de carro em frente. No lado direito o escritório. 
Engraçado que, nas minhas lembranças, a fábrica parecia muito maior. Tanto que era uma fábrica alimentando várias padarias no cento da cidade.
Pelo que entendi, nos relatos de meu pai, o dono morreu e os herdeiros perderam tudo.
E, os pichadores tomaram conta.


O mesmo local em 2019.



Por incrível que pareça esta casa não mudou nada em tantos anos. Estava assim em 2004. Apenas o muro foi acrescentado. Nela moravam três irmãos, duas mulheres e um homem, que fugiram da segunda guerra, segundo a lenda. Eles eram absolutamente antissociais. Quando a molecada fazia algazarra na rua surgiam em uma das janelas xingando em uma língua que parecia alemão. O irmão adorava pegar passarinhos em armadilha e arrancar a cabeça dos mesmos na janela ante os meninos pasmos. 
Lindinhos.



A mesma casa em 2019. Meninos, os irmãos estão vivos! Basta Tirar o mato da frente e a casa está lá, toda tenebrosa.

E, finalmente:




Esta casa é exatamente, em 2004, igual àquela que morei até 1966.

E, novamente digo que nas memórias ela parecia maior. Principalmente o alpendre onde está o "simpático" cachorro. Uma vez levei um puta tombo saindo da porta batendo o quengo no chão. Foi tão forte que senti um gosto estranho na boca e pensei que ia encontrar Jesus (naquele tempo acreditava nele). Dona Alzira foi culpada porque estava encerando o chão. Sim, passando cera. Eu não percebi e saí com tudo. Lembro que havia uma certa névoa encobrindo minha visão quando ouvi minha mãe berrando por não tomar cuidado. E, penso eu, me recobrei porque buscava uma explicação para o afobamento. Foi o que me salvou, eh eh. Lógico que dona Alzira preocupou-se quando percebeu o estado em que seu primogênito se encontrava. Muitos berros e água na cara para curar o rebento.
O episódio da salsicha incendiária ocorreu no quarto com janela dando para o alpendre. Se notarem, na lateral da casa, o porão que nos levava para mundos paralelos. 



Em 2019, uma série de "lodjinhas" tomou o lugar da vilinha. 




Para encerrar. A rua Henrique Itiberê da Cunha conserva os paralelepípedos até hoje. Vejam que atualmente o asfalto da rua Emílio de Menezes termina no calçamento. No meu tempo de moleque a Emílio era de terra sem saneamento algum. Significava que a água da chuva desembestava rua abaixo desaguando na Itiberê levando todo tipo de lixo. Desde garrafas de vidro até ratos mortos por afogamento. E, lógico, sapos. Muitos sapos. Eram pegos desprevenidos batendo papo fora do córrego/esgoto. Em frente ao carro branco a única boca lobo da área. Ou seja, festa da petizada na água de enchente  Para desespero das mães. Quando a boca de lobo não entupia por conta própria a gente se encarregava de enchê-la com lixo para criar a piscina dos pobres. E, tome guerra de água e lixo que boiava.
Não sei como sobrevivi mas, cortei os pés várias vezes nesta festança.

Hoje, véião, percebo que a memória afetiva vence a memória realidade. Até as lembranças funestas são transformadas em lembranças festivas. Passamos poucas e boas nesta época. Longe de tudo quanto era parente a família cresceu com dois rebentos orgulhosamente nascidos em Curitiba. Imagino o que Dona Alzira (a Ziri Yonara) passou juntamente com véio Mero para dar conta da crescente família. 
E, de qualquer sorte a vida seguiu. 
Mas, até hoje centenas de anos depois, gosto de dizer que um dia volto para Curitiba de minha infância.


quinta-feira, 21 de maio de 2020

POLICIAL POR QUARENTA MINUTOS

Senta que lá vem história.
Em 1975 o clã Onofri morava no famoso Conjunto dos Bancários, alto do Mandaqui, sampa.
Zilhões de predinhos com oito apartamentos em cada entrada.

Da nossa sala era possível avistar os fundos dos apartamentos que ficavam na rua abaixo da nossa.
As salas ainda tem verdadeiras portas dando para o meio do terreno entre as ruas. Tudo bem, são feitas de ferro mas, nos apartamentos térreos servem de passagem como uma porta dos fundos. Normal a molecada pular para o terreno.
Mais ou menos assim,



Naquela época este que vos tecla assistia ao vídeo tape dos jogos de futebol das quartas feiras. A transmissão começava por volta das onze.
Lá estava compenetrado vendo um jogo tão enfadonho que resolvi olhar pela janela/porta.
Pois no apartamento do prédio do outro lado do terreno vi a cena.
Sabia que uma família havia acabado de se mudar para o lugar.
Duas pessoas forçavam a porta/janela. Gelei.
Não conseguiram abrir e foram para a janela de um dos quartos.
Um filme passou na minha cabeça. No dia em que mudamos para o apartamento, no térreo,  fomos para um aniversário de família. Na volta descobrimos que tentaram entrar pela porta/janela.

O mesmo se passava com o vizinho.
Bom, no nosso predinho de oito apartamentos só dois contavam com telefone, que era algo caro para burro.
Um vizinho do apartamento bem sobre o nosso possuía. Era um casal praticamente em lua de mel.
Cumprindo o que se espera de um cidadão de bem fui bater na porta. Quem atendeu foi a garota.
Meu olhar esgazeado a assustou mas, consegui explicar o que se passava. Ela foi olhar e constatou a tentativa de arrombamento.
Mas, não quis ligar para a polícia. 
Liguei.
Voltei para nosso apartamento e constatei que, ou os meliantes haviam conseguido entrar, ou desistiram uma vez que não mais os avistei.
De qualquer maneira, retornei ao futebol.

Uns dez minutos depois batem à porta. A garota vizinha puta da vida. Disse que os home estavam ligando para ela dizendo que não achavam a rua naquele emaranhado.
Ela era nova no bairro e não sabia. 
Enquanto raciocinava ela disse que os home pediram o endereço dela para uma explicação tipo google maps (que, evidentemente, não existia).
Não consegui recobrar o fôlego imaginando a pobrezinha tendo que explicar o endereço para os home quando ela deu falou "se vira que a criança é tua."

Resumindo: lá fui eu para a rua, mais ou menos meia noite, de bermuda, camiseta e chinelo.
Entra na rua a famosa Veraneio "mamãe meto bala".
Falei que era na rua paralela. Nem me ouviram. 
"Entra aí"! Foi a ordem. 
Entrei. Os caras com os 38 na mão e umas metralhadoras do tempo do onça.

Por incrível que pareça fomos para a rua dos acontecimentos e eles conseguiram chegar à entrada fatídica. 
"Vamu lá"! 
Lá fui eu junto.
Fomos dar a volta no prédio. Notei uma menina de cabelo curto e o namorado sentados na porta de entrada. Ali já pensei "deu merda".
Um dos home mandou que ficassem pianinho (sei lá o que isso quer dizer) e plantou-se na entrada.
Nós (nessa altura já me considerava um integrante da SWAT) fomos para a parte de trás do prédio.
Sim, não conseguiram abrir a porta/janela. Sim, conseguiram abrir a parte de fora da janela do quarto. Estava escancarada. Um policial acabou de abrir a dita e o mané foi espiar para dentro. Afinal, já era da turma. Só não estava armado.
Imaginem. Um cara de chinelo, bermuda e camiseta. Bom, levei um safanão de um dos home que perguntou se eu era louco. Se alguém estivesse lá dentro e armado?

Resumindo de novo. A janela de vidro estava fechada.
Fomos, frustrados para a frente do prédio. Como havia chovido meu chinelo, Havaianas, foi para o brejo. 
Chinelo na mão observei os home enquadrarem o casal. Quatro sujeitos, armas na mão, frustrados por não meter bala em ninguém. Começam a interrogar os dois na base "que tão fazendo aqui?" "Cê trabalha meu irmão?" Acho que eles mijaram na roupa. Os meninos, claro.
Nesta altura eu também era um exímio detetive. Perguntei se eram eles que estavam forçando a janela lá atrás. Os home não gostaram de minha interferência mas, até então não perguntaram nada positivo e operante (como eles gostam de dizer).

A verdade veio à tona. A menina era empregada doméstica da família que tinha acabado de se mudar. Não tinha chave. Saiu com o namorado e o pessoal foi para sabe-se lá onde. Resolveram arrombar a porta/janela e a janela. Sem lograr êxito, como os home gostam de dizer.

Meninos, ainda bem que não estava armado (brincadeira). Fiquei puto. Brandia o chinelo estourado na mão dando mó esporro nos dois. 
"Cêis são lôcos?" "Pensei que eram bandidos!"
A menina de cabelo curto parecia um menino.
Quando acabei o discurso notei que meus colegas estavam dentro da viatura me esperando. Pensei que, já que não conseguiram nada, iriam me dar umas porradas por fazê-los perder tempo.
Expliquei que era perto. Iria a pé. Mágina dar trabalho.

"Entra aí!"
Fodeu. Pensei.
Mas, os caras estavam mais calmos que eu. Pedi desculpas pelo engano. Falaram que tudo bem. A maioria das chamadas terminavam daquele jeito.
Fiquei na porta do predinho olhando meus companheiros irem embora já com saudades da adrenalina.

No dia seguinte fui explicar o ocorrido para a vizinha. Ela nem me ouviu. Daí em diante nem me cumprimentava.

E, assim terminou minha vida de policial. Quarenta minutos com o coração na mão.
Por sorte, no ano seguinte vim cursar Química em Rib's e a vizinha não precisava mais atravessar a rua toda vez que me via.


quarta-feira, 20 de maio de 2020

PARA ONDE VAMOS?

Não. É melhor não falar sobre o momentum fudentino brasileiro.

Mas, falar, também, sobre meu grande e problemático gps interno. 
Sim, desde priscas eras sou famoso na família por encasquetar (como diria Sidalina, minha avó) em tomar caminho que só eu penso correto.

Certa vez, indo para sampa, consegui errar o caminho na entrada da cidade e fomos parar (quase) em Osasco. 
Descendo para o litoral, na Imigrantes, avistei uma placa "litoral" e disse "não quero ir para o litoral. Quero ir para Guarujá". E, nos perdemos, evidentemente. Todos esses enganos viram memes internos.
Com o advento do GPS os familiares pensaram que "seus problemas acabaram". Qual nada. O maps marca um entrada (com caneta marca texto) e eu duvido que seja ali. Passo direto. E, claro, estou errado.
Uma vez, em Lisboa andamos (sim, a pé) por uma avenida interminável de volta para o  hotel. Até a rainha da mansão descobrir que eu estava olhando o maps de cabeça para baixo.
Não pensem que saio a esmo. Já fizemos várias viagens para hotéis na região de Poços de Caldas. Na véspera olho o maps entro na "foto" marco mentalmente a entrada correta e erro o caminho. Da última vez coloquei a culpa numa placa que foi tirada e constava na "foto". Quando voltamos ao ponto, depois de uma volta imensa, descobri que a placa estava lá. Sim, alguém percebeu que estava chegando, tirou a placa e colocou de volta quando passei, todo pimpão, direto. Só pode ser.
Seria hilário se não fosse cômico.

Enfim, o título serve para o futuro da F-1 e a dança das cadeiras que acabou por se tornar atração uma vez que o campeonato que é bom vai sendo empurrado com a barriga.
A saída de Vettel era motivo de conversas internas do blog porque ele não se adaptou ao carro do ano passado, principalmente. E, o deste ano parece ser uma bosta sobre rodas. Lógico que, como todo mortal, cometeu alguns erros bobos provocando a ira da imprensa italiana que adora descer a lenha.
Penso que, historicamente, nunca houve um acerto de carro e piloto de maneira a deixar o lemão confortável. Ele gosta de um carro com a traseira mais presa. O carro do ano passado foi modificado para acabar com a falta de aderência na parte dianteira, ficando ao gosto de seu companheiro monochatogaguesco. 
Em verdade, mamã Ferrari não construiu um carro de acordo com o gosto de Sebastian. Colocar o cara no colo e perguntar sobre suas preferências. E, ele era o primeiro piloto.
Com a chegada de Leclerc, que teve mérito em várias ocasiões, perdeu espaço rapidamente porque todo mundo gosta de carne nova.
E, o processo de fritura foi inevitável. 
Mamã Ferrari tem em mente que Charles tem gabarito para comandar a nau vremeia. Contratou um piloto que não é bobo, Carlos Sainz (noção) Jr. na certeza de que o espanhol não vai ser obstáculo ao brilho de seu companheiro. A conferir.

Penso, com meus botões e zíper, que o lemão tem em mente ficar de fora da F-1 até Hamilton se aposentar (quando?) e assumir uma Mercedes. Difícil com o cenário atual e um monte de piloto de olho no único cockpit que vale a pena.

Voltaremos ao assunto. Lembrando que, nesta temporada, Vettel ainda é piloto Ferrari. Leclerc que se cuide. Penso que o rala e rola entre os dois vai comer solto.





terça-feira, 19 de maio de 2020

QUARENTENA PENOSA

O título é uma pegadinha. Vejam o motivo.


Calôs em quarentena. "Não mudou nada, tio!"

sábado, 16 de maio de 2020

UM LUGAR AO SOL



COOKIE NO SEU QUADRADO

sexta-feira, 15 de maio de 2020

MEMÓRIAS

Não sei é caso de memória afetiva.
Mas, adoro esses Lotus antigos.
Mário Andretti e a Lotus em 1979.




CHEGADA CHEGANDO

Sempre que revejo esta chegada do Christian  Fittipaldi no GP de Monza em 93 penso na sorte que acompanha os pilotos. No caso não no sentido de estar em uma puta equipe na hora certa. Mesmo porque era uma Minardi. Mas, o filho de Wilson experimentou o significado do "home" não cantar sua pedra no bingo da vida. Viu o mundo girando, o famoso filme da vida passando mas, caiu como um gato, nas quatro chegando em oitavo.
Enfim, ele fez tudo direitinho na última curva, a famosa parabólica, e entrou babando para conquistar o sétimo lugar em detrimento de seu companheiro Pierluigi Martini.. Naquela época o sétimo lugar não valia porra nenhuma em termos de pontos. Mas, o italiano não teve a menor compostura fechando o brasileiro e ocasionando uma chegada icônica.

Mas, hoje é sexta e lembro de algumas jornadas sextadianas de minha época da Química.
E, de um sujeito que chegou chegando. Acabou vendo o mundo de cabeça para baixo.
Meu pessoal mais chegado saía, nas sextas para desopilar o "figo" Tipo, encher a cara num bar qualquer e acabar se acabando nas "tias".
Bom, não vou entrar em detalhes. Tipo um sujeito brandindo um facão atrás de outro sujeito com os nerds no meio. Sobrevivemos.
Mas, uma ocasião viraria um meme se existisse tal mecanismo naquela época.

Marcou tanto os intrépidos e "bebos" estudantes que até hoje lembramos do ocorrido.
Estávamos em uma das casas das "tias" em alegre convescote quando surge, na porta, um bebum mais calibrado que a gente.
Berra todo feliz "putada cheguei".
Com uma cara de quem iria gastar todo o décimo terceiro.
Fez-se o silêncio. As casas das tias eram profissa. Com "seguranças" e tudo. Se alguém saísse do que era considerado ético seria bom correr.
O cara na porta com cara de "e aí, putada?", e as putadas com cara de "quem é esse puto?"
Pelo sim pelo não, nós (os branquelos nerds) saímos de fininho.
E, as tias berraram pelo leãozão de chácara.
Todos em polvorosa correria até bater aquela canseira. Olhamos para o lado e lá estava o sem noção com cara de "quequefiz de errado?"
Como elas adoravam dizer "somos putas. Porém, merecemos respeito". O cara não poderia chegar fechando a moral e bons costumes, ocasionando uma capotada legal.
Enfim, são histórias da vida que nos fazem crescer. Respeito. Hoje, mais do que nunca é o que falta neste país.
E, faltou ao Martini na chegada de Monza/93.




quinta-feira, 14 de maio de 2020

ATUALIZANDO

Toda vez que um dispositivo infernal dessas tecnologias avançadas avisa que há uma atualização pendente meu sangue gela. 
Ultimamente perdemos o Youtube numa das TVs. Meu laptop foi atualizado e não "roda" mais cd/dvd.
Tentei deixar meu celular de fora desta brincadeira e ele atualizou por conta própria. Não percebi nenhuma mudança mas, por outro lado, nenhuma melhora.

A teoria aqui de casa (e de alguns entendidos no assunto) é que essas atualizações forçadas existem não para melhorar desempenho ou algo assim. Mas, para ir tirando aplicativos, ou piorando a navegação para obrigar o sujeito a comprar um aparelho novo. Como se não bastasse a propaganda nossa de cada dia. 

Mas, vamos nos ater à atualizações acerca da F-1. Lembrando que, pelo visto, não teremos corrida tão cedo.

Bom, Vettel saiu dos braços de mamã Ferrari que rapidinho chamou Carlos Sainz (noção) Jr.
Que bestamente, na minha modesta opinião, aceitou. Ele não é um piloto para ficar abrindo porta para o número um da equipe. No caso o monochatoguesco. Será que vai aceitar fazer o papel que Bottas desempenha na dona Mercedes?
A conferir esta atualização na carreira do espanhol. Se vai perder aplicativos ou se fica na mesma.

Na vaga de Sainz (noção) entra o perdidão Daniel Ricciardo. Ele saiu dos Toro Seniores para a Renault e deve ter se arrependido da atualização. Perdeu desempenho porque o carro é muito ruim (do ano passado, lógico). Agora fica feito zumbi vagando e clamando por uma atualização digna de seu talento. Quem sabe nos Laranjas que tem um Lando "chuck" Norris devendo serviço. 

A Renault, por seu lado, fez biquinho com a saída do australiano e nem citou o nome dele em uma nota.
Daniel não ficou o tempo suficiente na equipe mas, vai ser companheiro de um sujeito que adora um rala e rola com companheiro de equipe. Esteban Ocon, que é queridinho de dona Mercedes.  Portanto, é melhor ficar longe.
A vaga francesa está em aberto. 
Torcemos imensamente para que Fernandito saia do túmulo e seja contratado. 
Quero ver ele enquadrar Ocon. Vai ser fogo no parquinho.
No caso não seria uma atualização. E sim, uma regressão.




terça-feira, 12 de maio de 2020

O COZIDO ESTÁ PRONTO

Esta frase, se dita bem alto, provoca correria dos esfomeados à mesa.
Ou não. Se a frase for de dona Gertrudes haverá um silêncio sepulcral seguido de "não estou com fome".
Mas, normalmente a rainha da mansão, com esses pratos, provoca o fim de dietas/regime e etc.
Sempre digo que "amanhã retomo". Não sei porque todos riem.

Enfim, temos uma notícia sacolejante vinda do forno de mamã Ferrari.
Vettel deixa a equipe no final da temporada, se é que vai haver.
A saída do lemão era mais que esperada pelo cozimento perpetrado na cozinha escaldante de Maranello. Depois de vários chutes por debaixo da mesa ficou claro que a dupla de pilotos de mamã não se bicavam. Por mais sorrisos amarelos na tentativa de disfarçar.

Em verdade não houve capacidade da equipe em gerir a convivência entre um piloto consagrado e o monochatoguesco Leclerc. (não sei muito bem o porquê mas, sinto um ar de falsidade no moleque).
Tourear egos nunca é tarefa fácil. A F-1 é pródiga neste quesito.
Puxando o fio, como exemplo, Sebastian enfrentou um novato bão de braço lá nos Toro Seniores. Um tal de Daniel Ricciardo. Saiu fora indo para mamã. Daniel, por seu turno, foi obrigado a aguentar um fraldento que encantou Helumt "hammer" ganhando a preferência da escuderia. Foi para a Renault.

Assim é a vida. Hoje um é cozido, amanhã é outro.

Agora o povo quer saber Quem substituirá o lemão?
Lógico que será alguém que não vá fazer sombra (não no início, pelo menos) ao monochatoguesco.
Ele é o queridinho e vai ter toda a atenção do mundo.
Falam em Ricciardo (hummmm, não), Carlos Sainz Jr (hummmm, pode ser), Rubim (hummmm, perdeu o telefone de Matia) Felipe Massa (hummmmm, está "aposentado" de fato), e tantos outros.

Não podemos esquecer de Fernando Mimadon Alonso que (dizem) já se ofereceu quando sentiu o cheiro do cozido.
Mas, temos que ter em mente que saiu da Ferrari em 2015  queimando pontes.
Para piorar seu escudeiro Briatore (o famoso Britadore) declarou que a equipe não conseguiu desenvolver um carro à altura do espanhol (uáu!). Mamã, segundo o malucão tinha inveja da capacidade de Mimadon.
Com isso nosso favorito à vaga vai ter que rebolar para conseguir um lugar.
É nosso favorito porque adoramos ver o circo pegar fogo.

sábado, 9 de maio de 2020

DESCOBRIDORES DA AMÉRICA

Como numa mesa de bar, uma história lembra outra.
Mais uma envolvendo nosso colega goleiro duplo.

Antes uma reflexão sobre a efeméride que perpetramos.
Os livros nos ensinam que, ao partimos de um fato inicial nem sempre o resultado será aquele planejado ou calculado.
E, grandes descobertas acontecem quase que como acaso. Ou por porquice do estudioso. A penicilina por exemplo. Alexander Fleming, um médico inglês, saiu de férias e deixou as culturas da bactéria que estudava, "Staphylococcus Aureos", largadonas no laboratório. Tá certo, quando voltou e viu a merdança teve o tino de descobrir que o bolor interrompeu a atividade da bactéria. Mas, que a descoberta deveu-se a uma porquice é óbvio.

Um fato que me inspirou, além da porquice laboratorial, foi o sonho de Fredrich August Kekulé Von Stradonitz, nosso querido Kekulé. Às voltas com cadeias carbônicas e tentando determinar a forma da molécula do benzeno, acabou sonhando com uma cobra mordendo o próprio rabo. Acordou com aquela lâmpada sobre a cabeça que indica uma grande ideia. E, "desenhou" o átomo de benzeno como até hoje é aceito. 
Bom, deixei de acreditar que seria responsável por uma grande descoberta no campo das ciências quando li o que disse Louis Pasteur, "No campo da observação o acaso favorece apenas a mente preparada". Não que não tivesse uma mente preparada. Não tinha o que observar......

O que tem toda essa história a ver com o post?
As grandes navegações e suas descobertas.
Os primeiros navegantes saíam pelos mares com a premissa de descobrir, por exemplo, um caminho mais curto para as Índias. Uns davam com os costados no que é hoje a América do Norte. Outros, no Brasil. Se bem que, para variar, o caso do Brasil é tão obscuro quanto a história deste país.

Então, vamos lá.
Nos idos da Química fomos, numa ocasião, em enorme caravana passar um fim de semana num chamado rancho à beira da represa de Furnas em Miguelópolis. 
Pertim, pertim de Minas Gerais como visto no "maps".



Não lembro em qual reentrância dessas ficava o "rancho" porque ele foi vendido logo depois de nossa formatura.
Mas, ouvimos que lá do outro lado do lago fica Minas.
Eu e o colega faixa preta fomos tomados pelo espírito de nossos antepassados desbravadores dos sete mares. 
Vamos navegar até Minas e declarar a terra como pertencente aos modernos bandeirantes. Ou algo assim. Estávamos (para variar) tomados pelas loiras geladas. 
Pegamos um dos barcos a remo e nos fizemos ao lago em busca da glória (aquela gostosa). Puro romantismo. Nem lembramos de levar mantimentos. Nem cerveja.

Porém, remamos. Meninos, remamos. De vez em quando parávamos a olhar o entorno. Visualização de terra que não estivesse à frente do barco era descartada. Depois do que julgamos horas remando chegamos às terras mineiras. Cansados. Sedentos por cerveja já que água não faltava.
Porém, como provar que desbravamos a represa e conquistamos Minas?
Pegamos umas pedras perto do lago e voltamos. Até parece que nas pedras estaria gravado "made in Minas".
O mais incrível desta loucura é que remamos de volta ao ponto de partida depois de navegar a esmo.
Hoje, penso que o mais fácil seria a gente se perder no meio do lago e dar uma trabalheira danada para sermos encontrados.

Fomos recebidos com reprimendas por sairmos sem avisar sobre a grande aventura. Fomos obrigados a pegar nossa própria cerveja. Pensamos que seríamos homenageados com estátuas na praça principal de Miguelópolis. Coisa e tal.

Contamos sobre a descoberta e o dono do "rancho" experiente do lugar desatou a rir.
Pelo tempo que estivemos fora ficamos por ali mesmo. Num entorno qualquer nos arredores do lado de São Paulo. Mostramos as pedras. Não adiantou. Ninguém acreditou que nossos braços eram mais poderosos que motores de lancha de corrida. 
Cabisbaixos fomos sentar num canto qualquer tendo loiras geladas como consolo.
E, concluímos que, em verdade, ficaram com inveja de nosso empreendedorismo. 
A história nos fará justiça. 
Se Minas não desbravamos terras novas o foram. Como cientistas sonhadores ou porcões temos nosso legado. Só não soubemos observar.




ÉPOCAS

Voltando um pouco ao mundo da F-1. O campeonato parece distante e distante estará em 2020 por mais que tenhamos corridas enfiadas goelas abaixo. Falam em pistas não usuais e três ou quatro corridas no mesmo evento.
Ou seja, tirando a poesia (se é que existe) da categoria.

Neste vídeo, de nove anos, Piquet mata o mito. 
Muito se fala em melhor piloto de todas as épocas fodonas da categoria máxima (ah ah) do automobilismo mundial.
Nós, aqui do humilde blog, sempre pensamos e dizemos que todo ano é ano diferente. Os carros mudam, as pistas mudam, o regulamento muda, os pilotos mudam/envelhecem. 
Não há como comparar Fangio e Senna, por exemplo.
Gênios em seu tempo. Quem foi melhor?

Enfim, Piquet responde uma pergunta de (ora, ora) Flávio Gomes, então jornalista da Jovem Pan (toc toc na madeira) matando a pau sobre a questão.
A questão é simples. Shumacher seria o fodão nos tempos de Nelson? No fundo, o grande piloto porque detém as estatísticas?
A resposta é interessante do ponto de vista do tal romantismo da F-1. Jack Brabham e seu campeonato concorrendo e sagrando-se campeão com carro próprio. Lindo e impensável hoje em dia. 
Uma questão que, penso, fundamental para a beleza do automobilismo de competição é o conhecimento da mecânica. Hoje os pilotos projetam a imagem de meninos que competem na sala de estar de casa. Outrora os pilotos eram fotografados nas garagens/manutenção/montagem dos carros e o caos criativo (sim!) que as fotos transmitiam eram imagens ícones que adoramos. Os pilotos de então, como enfatiza Nelson, tinham conhecimento mínimo de mecânica. Ou, quebravam o carro por ação própria, por não entender de engrenagens.

Acredito que sem toda a parafernália que sempre o acompanhou, fora as sacanagens admitidas pelo duende Ecclestone, Schumacher não teria chegado onde chegou. 
Foi o precursor do piloto/executivo. Aquele que melhor responde aos investimentos dos executivos. Mas, sem o carisma dos grandes vencedores. 
De Jack Brabham a Nelson Piquet.
E, tantos outros.

Esta "maneira de ser" acabou por influenciar toda uma geração de pilotos e a própria F-1.
Raríssimos pilotos parecem entender mais do que os botões que equipam o joystick, quero dizer, volante dos carros indicam.


sexta-feira, 8 de maio de 2020

GOLEIRO DUPLO

Já falei de um lugar que a rapaziada da Química frequentou em algumas ocasiões.
Uma tapera à beira de um rio perto de São Carlos. Tem este post.

Dentre várias histórias (muitas tenebrosas) algumas são engraçadas.
Numa destas visitas resolvemos, logo que chegamos, jogar futebol num campinho do lado da "casa".
Problema: poucos jogadores. Sabemos que goleiro sempre foi problema no joguinho de futebol entre amigos. Ninguém está disposto.
Mas, nesta ocasião tínhamos um goleiro. Um dos nossos colegas, faixa preta de karatê, resolveu que seria o melhor goleiro da Filô depois de frangar várias vezes em uma partida de futebol de salão. Empenhou-se ao máximo e conseguiu ser um bom goleiro. Precisam vê-lo pulando atrás da bola. Parecia uma perereca ensandecida.

Mas, faltava o outro goleiro. 
Tudo se resolveu quando do aquecimento da galera. Como já havia escrito, levávamos quantidades astronômicas de cerveja. Além de cachaça (que nunca curti), limão e gelo.
O aquecimento consistia em beber. Simples.
Nosso goleiro oficial resolveu fazer caipirinha. E, o rapaz quando se dedicava a fazer algo, tinha que ser perfeito. 
Resultou que, todo mundo no campinho, devidamente aquecido e o goleiro experimentando a caipirinha. Foram várias experimentações e descartes até ficar bêbado, quero dizer, ficar satisfeito com o resultado.
Veio, trôpego para o campo e descobriu que ninguém queria jogar no outro gol.
Não deu outra. Com aquela voz característica de quem já estava para lá de Bagdá disse que jogaria nos dois gols.
Como assim?

Simples: ele começaria o jogo e correria para o outro gol. Defenderia, passaria a bola para o companheiro deste lado, correria para o gol do outro lado, começando tudo de novo.
E, assim foi. Lógico. O jogo acabou quando o goleiro duplo ficou sem fôlego (caipirinha).

Porém, ninguém reclamou. Fomos bebemorar felizes da vida.
Em tempo. Ninguém, depois de passado a bebedeira, lembrava o resultado do jogo


 
 

quarta-feira, 6 de maio de 2020

SALSICHA INCENDIÁRIA

Não. Não se trata de um embutido cheio de pimenta a nos surpreender na primeira mordida.
Trata-se de um acontecimento ocorrido lááá em Curitiba quando este que vos tecla morava na gloriosa rua Emílio de Menezes.

Ela está aqui em 2011


Minha casa ficava nesta construção verde. A esquina era um terreno baldio. A Emílio era de terra. Havia, defronte minha casa, um esgoto a céu aberto. Muuitos sapos.
A vilinha onde moravam os mais variados clãs não existe mais. Tenho uma foto de uma das casas quando de uma visita, creio que em 2005.
Foi engraçado. Íamos para o sul, os Onofris, e paramos em Curitiba. Nunca havia visitado as paragens de tantas lembranças. E pirei na batatinha. 
Resumindo: lembro de sair feito louco contando que "aqui era a casa do Adolfo", "aqui era uma construção que nunca acabava", "aqui tudo era mato", até que o chefe do blog me encontrou uns quatro quarteirões distante.

Me perdi. 
Ah, me achei.
Em Curitiba faz um frio da peste. No inverno nem se fala. 
Nas noites de inverno dona Alzira, a gloriosa, me enrolava em dois cobertores. Sim, dois.
Ficava parecendo uma salsicha.
Para evitar os ataques de pernilongos, uma vez que os sapos não davam conta da demanda, ela acendia aqueles espirais de veneno.
exatamente como este
E, vão dormir com o ambiente cheio de fumaça e enrolado feito a tal salsicha.

Uma bela noite, no entanto, acordei com mais fumaça que o normal. A ponta de um dos cobertores caiu sobre o espiral, colocado muito perto da cama (né dona Alzira?) e pegou foto. Sim. Fogo numa casa de madeira. Lembram deste post?

Quando percebi que a coisa não estava para brincadeira chamei mami.
Papi, porém, foi quem respondeu. Véio Mero levantava por volta de quatro de la matina para ir trabalhar na fábrica de pão. Portanto, estava puto com o chorão chorando por causa da fumacinha do espiral. Berrou para que eu não enchesse o saco. Algo carinhoso assim.
Eu não conseguia me livrar dos cobertores. Verdade. Ficava tão apertado que só pela manhã com a ajuda de dona Alzira conseguia me livrar das amarras. Nem sei como conseguia dormir. 

Sei que, ao perceber as chamas crescendo para cima da cama, berrei feito um bezerro desmamado.
Lembro de abrirem a porta e a luz da lâmpada do corredor lutando para vencer a fumaça. 
Vários cof cof depois os cobertores em chamas foram parar no gramado dos fundos da casa.
Véio Mero ficou com aquela cara de bunda por não acreditar no pimpolho.
Dona Alzira sem entender como uma brasa (mora, diria Reibeto) provocou um fogaréu daqueles.
Enfim, lembro que fiquei sem meus cobertores preferidos. Foi o final feliz, no entanto, da salsicha incendiária.  E, nunca mais dormi feito salsicha.

terça-feira, 5 de maio de 2020

GENTE COMO A GENTE


Bons tempos em que os pilotos faziam xixi com a porta aberta. Se bem que Piquet, na primeira foto, não conseguiu chegar a tempo pois já borrou o macacão e está tentando "lavar" seus companheiros. 




 Alesi e Prost num momento "aliviador".




segunda-feira, 4 de maio de 2020

DO FUNDO DA GAVETA

Brincadeira. Do fundo da infernal internet.

A primeira foto é de uma Lotus 78 toda vermelha no GP do Japão em Fuji no ano de 1977. O outro carro estava com as cores tradicionais preto e dourado. O patrocinador master da Lotus, a JPS (John Player Special) marca de cigarros, resolveu pintar o carro nas cores da subsidiária Imperial mais popular por lá.
O piloto é o sueco Gunnar Nilson.





O carro abaixo é facilmente reconhecível pelo brasão: Alfa Romeo 177. O piloto mais ainda. Niki Lauda.
O ano é 1978 e o carro estava sendo testado em agosto no circuito de Paul Ricard, França. Não me perguntem o porquê do austríaco, contratado pela Brabham, testar este carro. Não encontrei explicações. Talvez o "empréstimo" se concretizou porque a Brabham usava motores Alfa.
Lauda disputou a temporada correndo com Brabham ficando em quarto lugar no geral.
A Alfa 177 só estreou na F-1 em 1979 disputando três corridas e falhando em todas. Os pilotos eram do ramo: Vittorio Brambilla e Bruno Giacomelli.






Uma melhor foto do carro. Sim, era feio pácarai.






domingo, 3 de maio de 2020

DO FUNDO DO BAÚ

Não é bem do fundo do baú mas, tá valendo.
Do fundo da infernal internert.



Vejam que legal. Não consegui descobrir qual GP de 1978.
A Mclaren na frente é pilotada por Nelson Piquet no primeiro ano de sua carreira. É uma M-23
Bruno Giacomelli vem com Mclaren M-26 logo atrás. A Mclaren M-26 é fresquinha. Nascida em 78.

A M-23 foi concebida em 1973 e foi utilizada pela equipe até 1977.
Um tal de Bob  Sparshitt, antigo mecânico da Lotus, comprava carros usados e botava para correr.
Inconcebível hoje em dia. Infelizmente.

Piquet alugou um desses carros, no caso McLaren 23BS e disputou três GPs até o duende Bernie Ecclestone, então dono da Brabham, contratá-lo para a glória.

Para quem interessar possa, o terceiro carro da foto é um Surtess TS-19 conduzida por Vitório Brambilla.





sábado, 2 de maio de 2020

SENNA

Já escrevi aqui que não gosto de mencionar datas de falecimentos.
Muito menos do Ayrton, apesar de alguns posts em homenagem.
No entanto, por estes dias, muito se falou sobre o homem e o piloto.
O ponto em comum é o fato de ninguém saber até onde iria o piloto. Quando do acidente contava com 34 anos. Já combalido com tantos embates no mundo "moedor de carne" que é a F-1.
Pode ser um pensamento mórbido mas, Ímola 94 ajudou a elevar o brasileiro ao panteão dos imortais gênios do esporte. Na minha opinião com merecimento. 
Mas, até que ponto chegaria o piloto com tantas variáveis que comandam a vida/esporte?

Seguindo, já assisti zilhões de vezes a primeira vitória de Senna em Portugal/85. Assistindo a corrida por inteiro vemos que, neste GP Ayrton mostrou a que veio. Correu, em verdade, no seco enquanto os outros se viravam no molhado.


Este é o carro, 





Bonitom mas, uma carroça. Lotus 97T com motor Renault.


sexta-feira, 1 de maio de 2020

O DRAGÃO (BY ZIZI PICTURES)



Ligue o som. Por falta de orçamento a parte que seria dos efeitos especiais foi remetida às novelas dos rádios nos anos 50.