domingo, 28 de fevereiro de 2010

Emerson, 40 anos

Este ano, precisamente no dia 18 de julho, completar-se-ão quarenta anos da estreia de Emerson Fittipaldi na Fórmula-1.
Para comemorar a data e celebrar a vida e carreira deste sensacional piloto, o Fórmula-1 Literária fará uma série especial contando as vitórias dos dois títulos mundiais de Emerson.
As fontes para a tal série serão as revistas Placar e Quatro Rodas da época, que traziam reportagens, imagens e, principalmente, no que se refere à Quatro Rodas, relatos feitos pelo próprio Emerson sobre as corridas.
Ao longo do ano, vamos colocando os textos e imagens por aqui. O primeiro passo já foi dado hoje: vascullhamos os imensos armários de uma de nossas sedes, localizada em Ribeirão Preto, separando o material a ser utilizado, tomando todo o cuidado para que ele não se desmanchasse em nossas mãos.
Em meio à muita poeira e revistas sobre automobilismo, algumas coisas muito interessantes foram encontradas: diversas revistas Placar sobre a Copa de 1970; uma revista O Cruzeiro especial sobre o bicampeonato mundial do Brasil em Copas, em 1962; um pôster do time do Flamengo (?!), Campeão do Povo (?!?!?!) de 1972.
Agora, é só esperar nossa própria boa vontade - e disponibilidade de tempo - para começarmos.
Enquanto isto, um vídeo bem legal - umas das minhas primeiras lembranças automobilísticas:


terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Mulher no volante

Acabo de ler no Grande Prêmio que Bia Figueiredo será a sexta representante brasileira na abertura da temporada da Indy 2010, que ocorrerá no Brasil no dia 14 de março. A notícia completa está aqui.
Tenho simpatia pela pilota, e já escrevi algo sobre ela em outra ocasião.
Bia não tem presença garantida em todos os GPs. Estará no GP do Brasil e nas 500 Milhas de Indianápolis, correndo com o terceiro carro da Dreyer & Reinbold, ao lado de Justin Wilson e Mike Conway.
Resta-nos desejar a ela boa sorte e celebrar a primeira mulher brasileira a chegar a um categoria top do automobilismo mundial.

Tinha, não tenho mais

No dia 22 de outubro de 2006, eu e meu dileto pai assistimos, pela primeira vez, ao GP do Brasil de Fórmula-1 em Interlagos, no maravilhoso setor G.
Naquela ocasião, ganhamos diversos brindes: queimaduras de segundo grau no sábado, por termos esquecido o protetor solar - coisa de principiante altamente mirim; vimos de perto a conquista do segundo título de Fernando Alonso, em meio à grande torcida espanhola que, vestida de toureiro, povoava as arquibancadas; vimos à primeira vitória de Felipe Massa no Brasil, a segunda de sua carreira; vimos uma grande atuação de Jenson Button, que saiu de décimo quarto na largada para terminar em terceiro; e, mais até do que tudo isso, vimos a última corrida de Schumacher na Fórmula-1.
Bom, aquela ainda é a última corrida de Schumacher na Fórmula-1. Mas, o alemão, voltando às competições, toma de mim um dos meus brindes de 2006. Se quiser de volta, terei de ir ao GP de Abu Dhabi em 2012, última corrida antes do término de seu contrato com a Mercedes.
Como com certeza não irei à Abu Dhabi, não vou poder contar para os meus netos que vi a despedida do Schumacher da F-1.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Fórmula-1 Literária atrás do volante

Sentar aqui, atrás do computador, e escrever que o Fisichella isso, o Badoer aquilo, o Barrichello aquilo outro, é uma tarefa fácil, que demanda, apenas, paciência e boa vontade. Agora, sentar atrás do volante de um veículo de competição e acelerar é algo realmente trabalhoso.
Pensando nisso, o F-1 Literária lançou mão de parte de seu (apertado) orçamento e enviou um representante para o Kartódromo Internacional da Granja Viana, que, aliás, não fica na Granja Viana, mesmo sabendo dos protestos da ala patriarcal do blog que certamente viriam. Afinal, onde já se viu gastar dinheiro com este tipo de coisa?
De qualquer forma, lá foram eles. Quatro "pilotos" dirigindo-se ao kartódromo, com grandes expectativas, ansiosos por colocar as mãos e pés no kart e mandar bala. Só não contavam com um dilúvio no caminho. Nosso representante, diante de tanta água, já se conformava: não iria dar para correr.
O traçado utilizado nesta semana no kartódromo é o chamado "traçado 3", com 1.140 metros de extensão. Talvez seja a variação mais rápida da pista da Granja, como se pode perceber neste vídeo:



Quando os bravos competidores se aproximaram da pista, constataram que haviam chegado antes da chuva. Haveria corrida.
Mas o céu negro e as nuvens carregadas não deixavam dúvidas de que a chuva chegaria depois, mas chegaria com certeza.
E não deu outra. Em poucos minutos, leves pingos se transformaram, mais uma vez, em dilúvio.
Naquele momento, havia uma bateria em curso. Pilotos semi-profissionais, com seus capacetes impecavelmente pintados, seus macacões e sapatilhas a prova de balas, penavam para manter o kart dentro da pista.
A chuva, no entanto, ia diminuindo e nosso representante tinha certeza de que iria correr. Tinha certeza, também, de que iria passar muita vergonha com a pista naquele estado. Era a primeira vez na Granja Viana e a primeira vez na chuva.
Mas, todo mundo passa por isso. Quem nunca ouviu aquela história do Senna? Dizia ele que sua primeira corrida no kart debaixo de chuva havia sido uma lástima de tão ruim. Então, nosso representante não precisava ficar constrangido. Teria uma estreia na chuva muito ruim, assim como o Senna teve - embora o muito ruim do Senna seja anos-luz melhor que os "muito ruins"ordinários. Quem quiser vê-lo contanto a história, basta ver este vídeo, a partir de 1min50s.
Chegada a hora da bateria, lá foram eles assistir ao sempre útil briefing, em que é ensinada a diferença entre bandeiras amarelas e azuis.
Na Granja Viana, não há sorteio de karts; os próprios pilotos podem escolher aquele que lhes parece mais simpático. Corrida no molhado, nosso representante correu para o kart nº 12. A explicação:

Senna com a Lotus nº 12 no GP de Estoril de 1985. Sua primeira vitória, sob muita água. Fonte da foto: F-1 Um outro ângulo


Nosso representante estava com medo. Todo mundo ali com macacões, luvas, capacetes e muita pose de piloto.
Então, vem o mecânico ligando kart por kart. Era o momento.
A saída dos boxes é em descida, dá em uma reta, também em descida, e uma curva à direita. A pista toda molhada - e o kart com pneus slicks - e a primeira sensação de "agora f****". O representante do nosso blog freia e vira o volante. O kart segue reto, como se nada tivesse sido feito. À direita, passa um outro piloto, já rodando na freada e indo parar na área de escape. Era o caos.
Mas, depois de algumas curvas, toda a insegurança se transforma. O prazer de pilotar começa a fazer efeito, e todo o medo dá lugar à vontade de ir cada vez mais rápido. Pilotar na chuva é uma sensação ímpar. Você acelera e a traseira vai embora; você corrige. Você vira o volante, e o kart continua indo reto; corrige-se com o acelerador. E assim vai, deslizando curva a curva. Não houve uma volta em que nosso representante não foi passear na ondulada área de escape da curva 1 do traçado e voltou pulando para a pista.
Nosso kartista, apesar dos pesares, qualificou-se em quarto, já totalmente encharcado. Passou para terceiro na largada. Avistando os dois líderes logo a frente, lembrou que estava com o kart nº 12 e foi para cima. Coração na boca, adrelina correndo nas veias e então... rodou na curva 2, sendo ultrapassado por todo mundo - ou, pelo menos, pelos que não tinham rodado também. Todavia, a situação era tão crítica que ao final da primeira volta, já estávamos em terceiro lugar de novo. E nesta posição ficamos até a bandeirada, não sem passar por umas 4 ou 5 rodadas, uma batida em um retardatário que estava virado ao contrário e muita água que subia para lavar a alma.
Um excelente fim de carnaval.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Títulos em campo

Os matemáticos do F-1 Literária andavam meio sem ter o que fazer. Então lhes ocorreu uma coisa: 2010 talvez seja o campeonato com mais títulos de pilotos alinhados no grid da história.
Teremos 7 títulos de Schumacher, 2 de Alonso, 1 de Hamilton e 1 de Button, totalizando 11 triunfos.
Em 1991, por exemplo, havia 2 títulos de Senna, 3 de Piquet e 3 de Prost, perfazendo 8. Em 1985, havia Lauda com 3 títulos, Piquet com 2, Alan Jones com 1 e Rosberg com 1, totalizando 7.
Claro que os matemáticos não olharam ano por ano desde 1950, afinal, não são tão desocupados assim. Mas, parece ser 2010 o ano com mais títulos de pilotos em campo.
Outro dado curioso é que, caso Kimi Raikkönen estivesse na F-1, teríamos no grid todos os campeões da última década: Schumacher, Alonso, Raikkönen, Hamilton e Button. Contudo, o finlandês está feliz da vida capotando por aí no Campeonato Mundial de Rally.

Campanha pelo laranja


Este ano que se inicia vê a volta da "Lotus", que da velha Lotus não tem nada, exceto o nome e a pintura do carro. Vê, também, a volta da Mercedes com equipe própria: as velhas flechas de prata com dois pilotos alemães ao volante.
Pensando nisso, eu me pergunto: por que a McLaren não volta a utilizar a pintura alaranjada em seus carros? Já que a Mercedes tem equipe própria, essa, sim, prateada, bem que a McLaren podia voltar a sua cor original.
Na verdade, a montadora alemã ainda não deixou a McLaren de vez. As operações de venda de ações estão sendo feitas aos poucos, e devem terminar até 2011.
A foto acima é de 1971, em Silverstone, na última vez em que a McLaren utilizou o laranja em seus carros. O piloto em questão é Peter Gethin. A foto foi surrupiada do fantástico site F1 Nostalgia, do Rianov Albinov. Vale a pena dar uma olhadinha por lá. As fotos são, realmente, fantásticas.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

MAIS BOCEJOS

Em meio aos treinos que ocorrem antes do início da temporada, que mais colocam dúvidas do que esclarecem, reflito sobre as novas equipes que nasceram as que nem nasceram, e outras que vão morrer antes da primeira largada.
A F1 é uma tremenda vitrine para os mais variados tipos de produtos. Patrocinar uma equipe significa ver sua marca mostrada em muitos países. No entanto, desde que acompanho este esporte surgem as mais variadas formas de picaretagem em termos de equipes e mesmo patrocínios.
Antigamente a maioria do dinheiro vinha da indústria do tabaco e houve quem dissesse que a F1 acabaria sem essa grana. Não acabou.
Lembro que a Hesketh, simpática equipe que comprava chassi March e andava mais que os oficiais, chegou a ter como patrocinadora uma importante revista literária chamada Penthouse. Fora a Coopersucar que bancou os Fittipaldi. O véio Mero adorava chamar os carrinhos amarelos de "açucareiros".
Enfim, hoje estou vendo, entre bocejos, que nada mudou.
A maioria das equipes novatas não tem patrocínio e muito menos carro para mostrar. Carro que ande, lógico. Carro para aparecer dando umas voltinhas até eu monto.
Algumas equipes apresentam carros que foram projetados sem o uso de um simples túnel de vento. Vi outro dia na TV uma dessas equipes apresentando o pessoal responsável pelo projeto do carro: uma salinha com uns quatro computadores e uns carinhas que, aposto, estavam passeando em páginas pornô.
Agora eu entendo a resposta do Senna quando perguntado quem seriam os favoritos para a temporada prestes a se iniciar: "os mesmos".
Porque, "os mesmos" são aqueles que levam a coisa minimamente a sério.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

BOCEJOS

Nestes séculos em que acompanho a F1 nunca me interessei pelos testes antes, durante ou depois dos campeonatos. É um blefe só.
Confesso que nem sabia da tal equipe Stefan (de onde saiu esse nome?) que vai levar equipamentos para não sei onde, sem ter pilotos anunciados ou mesmo mostrado um carro.
Não tem inscrição e dizem que pode tomar o lugar da Campos que não tem dinheiro. Bocejos à parte, andei dando uma olhada nos tempos de hoje lá na Espanha e pelo visto as coisas vão andar conforme o script: massa na frente (na frente também em número de voltas), e aquele povo todo atrás. De bom o Koba em segundo. Não sabemos o acerto dos carros e etc.
De resto, o rubim falando bobagens, o Dick chamando o massa de "ermão", o roseberg dizendo que o rubim perdeu para o Dick por seis anos, e, portanto, deve ficar de bico fechado.
Mas, o leitão da quermesse vai para o Aquelesoares (vulgo Jaime Alguersuari) que afirmou que o Schuchu é "como outro qualquer". Era melhor colocar uma melancia no bico do carro......

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Quench my thirst with gasoline

Shows do Metallica em São Paulo, testes da F-1 comendo soltos.. então...

Gimme fuel, gimme fire!




P.S.: o vídeo é velho, mas não tem problema.