sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal

O Formula-1 Literária deseja a todos um feliz natal, ao som de uma bela interpretação de uma bela canção.

ENTÃO É NATAL

O natal já foi uma época de grandes emoções para mim.
Lá em Curitiba, e crente no bom velhinho, as manhãs do dia 25 de dezembro eram cheias de alegria pelos presentes e alguma frustração.
A frustração era por conta da famosa bicicleta que eu pedia e o fidapu do véio Noel não trazia, se fazendo de surdo.
Enfim, hoje o pai Noel sou eu e o natal tem outro sentido.
É um tempo em que os familiares se reúnem, trocam presentes, farpas, bebem, e falam mal uns dos outros.
Mas, é aguardado com grande ansiedade uma vez que a maioria não se reúne o ano inteiro.
O que é uma pena.
Mas, como diz o luizão "assim caminha, e tropeça, a humanidade".
Sim, a frase ("assim caminha a humanidade") é o título em português do filme "Giants", mas eu adotei sua variação como bordão.
Revirando o velho baú, que aliás fica no armário embutido do quarto do chefe do blog, descobri esta revista "Quatro Rodas" de 15 setembro de 1972 (!!!!!) e esta foto que merece uma reflexão.
Todos sabem que comecei a gostar de F1 pelas mãos e capacete do véio Emersão.
E, 1972 marca o ano do primeiro título do Brasil nesta categoria que hoje não é um esporte, mas um negócio.
Se bem que essa afirmação merece um post em separado.
Enfim, o cara havia se sagrado campeão em 10 de setembro, data do GP da Italia em Monza de 1972.
Portanto, quando eu lia a revista (que saía com uma semana de atraso) já sabia que o Emersão era campeão e babava na foto que ilustra este post.
Ele vinha de lado, como era relativamente comum na época, e o Hulme atrás dele pronto para dar o bote.
Era o GP da Africa do Sul e o Denny Hulme, de fato, passou o Emersão que chegou em segundo.
O que importa é que o "Fintimpaldi" (como dizia o véio Mero) levou o título e mostrava ser um piloto do carai. Rápido, agressivo quando precisava, e cerebral quase sempre. Na minha opinião, o piloto mais completo que já vi nas pistas.
Mais tarde, abandonou tudo para ser piloto da "família", e, é outra história.
Lembro, no entanto, que neste natal de 1972, passado em sampa na nossa casa lá no alto do Mandaqui, junto com a primaiada e já com algumas na cabeça (apesar de ser "de menó"), eu falava sobre a conquista de um brasileiro na categoria máxima de um esporte dominado por europeus endinheirados.
Ninguém ouvia, mas, eu falava.

sábado, 18 de dezembro de 2010

E PUR SE MUOVE



Estou relendo algumas revistas e suplementos antigos e achei esta curiosidade de 1975 no suplemento da revista Quatro Rodas nº 179.
Um March 751 que foi pole position nas mãos do Vittorio Brambilla no GP da Suécia daquele ano, disputado em Anderstorp.
Eu gostava dos March porque vira e mexe surpreendiam andando bem.
Agora, esse é feio que dói. Em 1975 existiam carros com desenhos modernos como os UOP Shadow e os lindos Lotus 72 com letras no fim do alfabeto, já que o modelo sobreviveu durante muito tempo. Na Suécia, por exemplo, eram os Lotus 72-E.
Mas, o inusitado é que o March em questão é um Fórmula 2 adaptado como diz o texto.
Ou seja, é como se um carro de GP-2 "mexido" fizesse uma pole qualquer por aí nos dias de hoje.
Notem os "limpa trilhos" que são as asas dianteiras. Nem sei se ajudam ou atrapalham.
Também de destaque os enormes pneus traseiros sem pensar na economia de borracha.
Ah! Para encerrar, não satisfeitos com o "limpa trilhos" os caras adaptaram uns penduricalhos aerodinâmicos nas laterais das asas. Tão às pressas que não houve tempo para pintar com a cor "laranja mecânica" do resto do carro.
Penso que foi esse o detalhe que valeu a pole......
Em tempo: na corrida o Vittorio não sentiu o gosto da vitória (não resisti!)
Teve problemas, foi trocar pneus e chegou em 23º.

domingo, 12 de dezembro de 2010

PASSAGEM PELAS BEIRADAS

Meninos e meninas,
Depois de várias latinhas que fazem parte do “ciclo de comemorações da conclusão do curso de direito etc. e etc.” resolvi dar uma olhada no museu das revistas antigas e etc. etc. (como percebem não estou muito ligado na questão da fundamentação).
Para minha surpresa vejo logo de cara essa reportagem que está na digitalização abaixo.
De quebra imagens de pilotos que admirava como o Clayzão Regazzoni e sua Ferrari, no caso, a number 11.
Ele, segundo as más (ou boas) línguas era, digamos, um dos grandes papadores de garotas da F1.
Coisas do tempo romântico deste esporte.
Na primeira imagem o Rega e a informação acima “no fim da corrida, quando estava em quarto lugar, Jacky Ickx “ e o complemento na imagem seguinte “recebeu ordens da Lotus para deixar Peterson passar à frente”
E, a imagem do Ickx (isso é nome, gente?) com a Lotus nº 2.
A informação é tão banal que li e reli a matéria e não descobri como a ordem foi passada ou se alguém reclamou chutando o balde de gelo do uísque ou cerveja, dependendo do patrocinador da equipe.
Abrindo um parêntese (e não parente porque este é um blog que respeita a família) alguém acredita que uma latinha que te dá asas não tem uma vodkinha básica embutida?
Enfim, hoje nós pulamos do sofá e caímos no tapete quando os massas da vida abrem passagem para quem quer que seja.
Mas, vejam só o sucedido no GP da Alemanha em 1974 !!!!!!! (no século passado, garotada. Não lembro, mas certamente assisti essa corrida. Fazia cursinho pré vestibular!!!!!!!).
O Joaquim Iqsso, piloto que foi respeitado por mim até ser o único que ficou ao lado dos patrões na questão da segurança dos circuitos, anos mais tarde, cedeu lugar ao grande Ronnie Peterson (o filho do Peter, não resisto!).
Ninguém morreu e o complemento da revista 4 rodas (mais o estepe, please), distribuído junto com a revista edição 169 de agosto de 1974 não trouxe nenhum editorial conclamando os leitores a sabotar a equipe Lotus por conta do sucedido.
É o tal de jogo de equipe.
Dois pilotaços (Ickx nem tanto, na minha opinião) obedecendo ordens de equipe.
Hoje, um piloto nem tanto (o massa) obedece a ordens para deixar um piloto como a prima dona alfonsina passar e recebe toda a solidariedade de quem gosta de esporte e f1 pelo despropósito do sucedido, por coincidência no mesmo GP da Alemanha. Episódio, de resto, fartamente documentado e comentado, na ocasião dos fatos.
Mas, esta merda é jogada no ventilador da F1 desde sempre.
Enfim, que equipe teria coragem de mandar uma ordem para que seu piloto, perdão senhoras e senhoritas, fudido, deixasse seu “cumpanheiro” passar?
Imaginem o Senna recebendo uma ordem para que deixasse o Prost (ituto) passar?
Iria, certamente, cruzar a linha de chegada com o dedo em riste para quem quer que ousasse mandar uma ordem dessas. E, com o chorão do Prost (ituto) comendo poeira.
Afinal, como diria o Luizão, assim funciona o bagúio da bagaça..



quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Há trinta anos...

Oito de dezembro. Aniversário do Eduardo, da Andresa, dia da Justiça.

E, em 1980, a data em que um débil mental resolveu dar um tiro em um leão marinho.


MUNDÃO VÉIO

Só para sacudir a poeira algo que não tem muito com F1.
Cresci em meio à ditadura militar e o perigo que era em expressar opinião.
Resumindo, tudo o que era abençoado pelos Estados Unidos era do bem, inclusive as ditaduras militares.
Tudo o que era abençoado pela União Soviética ou eixo do mal, como o idiota do Reagan se referia aos "vermelhos", era coisa do diabo.
Os americanos eram a favor das liberdades e mais liberdades.
A União Soviética comia criancinha. Tive um pensamento malévolo sobre a igreja católica mas é melhor deixar para lá.
Eu costumava dizer, e penso que não era um pensamento inédito, que se trocássemos a placa na entrado do Brasil tudo continuaria a mesma merda.
Coisa mais ou menos "powered by USA" trocado por "powered by URSS"
Nós estaríamos no pau de arara de qualquer jeito.
Pois leio que o véio Sam (o tio) está tiririca (não resisti!) com o site Wikileaks por conta das publicações de documentos sigilosos vazados e publicados no site.
Ora, ora!
Não é que o Sam está dando um jeito de frear as informações que mostram a hipocrisia que permeiam as ações daquele país?
Estranhas acusações contra o fundador do site Julian Assange já o colocam na cadeia.
O site vive fora do ar e podemos pensar que logo logo será alçado à condição de porta voz do terrorismo.
Tsc, tsc!
Pois é, meninada!
Estou vivendo e morrendo de rir uma situação como esta.
Tudo é cor de rosa e eu te concedo a liberdade desde que eu seja o dono da bola.
Tá bom. E, o presidente de lá o Barraco Ôba-ôba fica com aquela cara de babaca que caiu do caminhão de mudança.
Como diria aquele "reclame": "o mundo gira e a Lusitânia roda".
Não percam a esperança: ainda veremos empreiteiros na cadeia.