quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

PILOTOS

Este post é inspirado no comentário sobre o "Life".
MC (espero que o "doutor" seja ironia....) dentre outras considerações pergunta se a Mari é pilota.
Mari, para quem não sabe, é a minha filha.
Este comentário me remeteu aos tempos remotos de minha adolescência quando iniciei meu aprendizado de maneira autodidata a dirigir automóveis.
Claro que foi escondido do "seu" Homero.
Morávamos em uma casa em São Paulo, com uma garagem que na verdade era um corredor de passagem para outras casas. Havia uma parede, de concreto, que fazia parte de uma dessas casas.
Meu pai guardava neste corredor um Jeep ano 1956 com câmbio seco (ou seja, só entra marcha no tranco) e três marchas, além da ré.
A ré, por sinal era onde fica a primeira nos velhos fuscas.
Diz a lenda que O Jeep participou honrosamente da guerra da Coréia.
Lógico que não porque a guerra em questão durou de 1950 a 1953.
Mas, fazia parte do histórico familiar contar para os incautos que era um Jeep famoso.
Foi neste carro que comecei a dirigir escondido do véio Mero.
Eu ligava o dito, engatava a ré e subia até quase a rua. Depois, desengatava e ele descia sem que eu conseguisse colocar a primeira marcha.
Um dia consegui. Engatei a primeira e antes que pudesse dizer "shazam" bati na parede.
Minha primeira barbeiragem.
Por sorte a parede era de concreto e o Jeep tinha um parachoque dianteiro que mais parecia um trilho de estrada de ferro.
Bom, para encurtar, evoluí para o fusca e a brasília (mais tarde). Sem meu pai saber (pelo menos era o que eu pensava)
Eu fazia faculdade em Ribeirão Preto e só tirei carteira de motorista em janeiro de 1980, já véião.
Um pouco antes de seu falecimento eu estava conversando com o véio Mero e ele disse que sabia que eu pegava o carro escondido.
Como eu gastava parte da mesada recolocando o combustível gasto perguntei: "má como?"
E, ele com a voz empostada, como adorava fazer nas horas de marcar jurisprudência disse: "você repunha a gasolina mas, eu olhava o hodômetro."
O bacana é que ele sabia e não falava nada.
E, o homem era bravo.
Enfim, que eu saiba meus filhos nunca pegaram o carro escondido.
Tiraram CNH direitinho e dirigem como manda o figurino.
Ralo mais o carro que eles.
Agora, sempre gostei de andar rápido.
Eles também.
A Mariana também. Ela é, numa linguagem da minha época, bicudinha.
E, ela é pilota.
E, MC parabéns pelo bom gosto.
Também tenho esse DVD do Jorjão.
Não há como não chorar a falta desses meninos
Ainda bem que o moleque Paulo está vivo e forte.
Consola.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

LIFE

Bom!
Algumas postagens são determinadas por fatores extras.
Não exatamente a F1.
Aliás, a F1 anda muito previsível.
Então, hoje o motivo dese post não tem muito com as corridas materialmente falando.
Tem com alguns liames que embasam a vida desses caminhantes do que podemos chamar de terráqueos.
Sim, meus caros e parcos leitores, eu bebi algumas.
Fora o embaçamento da tela, outros fatores fazem com que eu tecle no éter.
Tivemos uma comemoração de aniversário de um sobrinho, de um sobrinho, de um sobrinho de um sobrinho que sempre fez parte da família, se me entendem.
Ninguém, católico, apostólico, romano, evangélico, macumbeiro, curintiano, santistia, sum paulino e etc, está neste mundo áspero, cruel, e maravilhosamente inesperado à toa.
Hoje eu vim no banco de trás do carro.
Minha filha veio dirigindo e eu pude admirar as paisagens que sempre mudam quando mudamos de banco.
Como trilha sonora desta viagem, os "Britos".
Músicas do ano de 1964.
As paisagens não são as mesmas do ano de 1964 considerando Ribeirão Preto
Não são as mesmas considerando o luizão que vivia em Curitiba na época do lançamento dessas músicas.
Não são as mesmas de quando eu ouvi essas músicas pela primeira vez tendo como pano de fundo as paisagens do caminho que hoje percorremos.
Esse caminho percorrido tendo com pano de fundo esta trilha sonora (como uma tatuagem sideral) é imutável na concepção terráqua e movediça do ponto de vista cosmológica.
O mundo é absurdamente mutável.
Ontem, eu chorava ouvindo "in my life".
Hoje, eu choro ao ouvir "in my life".
Nada mais definitivo do que "All these places had their moments, With lovers and friends I still can recall, Some are dead and some are living, In my life I've loved them all."
Meninos e meninas.
A vida é feita de uma colcha de retalhos do que somos e do que seremos.
Vivam tudo o que tem que ser vivido.
E, quando vierem da chácara no banco de trás, ouvindo a trilha sonora de suas vidas tenham a certeza de que tudo valeu e tudo vale.
Tendo a vida que sonharam e as pessoas as quais você ama.
Estando estas pessoas lá ou cá, mas, sempre em seus corações.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

LONGO TEMPO

Estou em falta com o blog há algum tempo.
Em verdade, o motivo é um certo desânimo com as coisas do automobilismo.
As notícias da pré temporada são as mesmas de tempos atrás e a única notícia que mereceu minha atenção foi a porcaria do acidente do beto kubico.
Agora, fico indignado com as escolhas das equipes.
Não entendo o motivo da Renault escolher um piloto que nunca foi para substituir o betão enquanto o dito fica xavecando as enfermeiras. Sim, ele é tão bonito que vai ganhar o troféu "o mais lindo paciente".
Brincadeiras de lado, o Hydefield já deu o que não tinha que dar.
Por que não entregar o carro para o Senna sobrinho?
Seria uma atração junto com o Petrão. Uma equipe demonstrando confiança em seus pilotos que em condições normais seriam número 2, mas, diante da fatalidade do afastamento (espero) temporário do piloto principal teriam a chance de mostrar serviço.
E, que bosta de ironia.
A Lotus, a verdadeira Lotus, no século passado viveu a tragédia de ver o seu piloto número um morrer tragicamente em Monza. Ele, por sinal, foi o primeiro e, até agora, único campeão póstumo da F1.
Naquela ocasião a Lotus entregou seu melhor carro para um rapazinho estreante neste mundo áspero que é a F1. Não é que o cara deu o que falar?
Um tal de Fintinpaldi (como dizia o véio Mero).
Hoje, esse arremedo de Lotus não tem culhões para demonstrar ousadia.
Vai passar 2011 em branco.
Pelo menos até a volta do betão.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Doido de pedra

Não sei bem a razão, mas tenho pensando bastante nesta música ultimamente.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

PQP

Muito triste saber do acidente de Robert Kubica na manhã de hoje. O piloto participava do Rali Ronde di Andora, na Itália. A notícia completa está aqui.
Chegou-se a especular que o polonês poderia ter sua mão direita amputada, o que, felizmente, já foi descartado pelo hospital. Apesar de não correr risco de morte, o piloto foi seriamente ferido e não se sabe se poderá disputar as primeiras provas da temporada de F-1. O favorito a assumir a vaga é o reserva da Lotus Renault, Bruno Senna.
Kubica é um dos melhores do grid. É claro que muito se revela sobre um piloto quando ele é submetido a situações de pressão extrema, como a disputa do título mundial, coisa por que o polonês ainda não passou. Mas, ainda assim, considero-o um dos mais - senão o mais - completo piloto da atualidade.
Quando li sobre a possível amputação, lembrei do caso do Alessandro Nanini, piloto italiano extremamente talentoso que teve a carreira interrompida por conta de um acidente de helicóptero em 1990. Na ocasião, Nanini, que vinha tendo um desempenho excelente na temporada, chegou a ter o braço amputado e reimplantado.
O italiano só voltou às competições em 1992, mas nunca pode dar seguimento à sua carreira na F-1.
Resta esperar que a coisa funcione de forma diferente para Kubica e que ele possa levar a efeito todo seu potencial. Como fã, fica minha torcida.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Não tô sabendo

Todo dia que abro as notícias sobre F-1 percebo que estou muito desinformado com os acontecimentos automobilísticos deste ano.
É motor de Golzinho 1.0, asa que mexe pra cá e pra lá... Acabo de ler que o Schumacher vai voltar ao pódium com o novo carro da Mercedes e vou orar antes de dormir para que o sujeito esteja errado.
Uma coisa que não mudou é a Red Bull andar na frente com o Kid sentando a bota.
Enquanto eu me atualizo, vamos com um das antigas, mesmo.
Ecco John Watson!