terça-feira, 27 de novembro de 2018

ESQUENTANDO OS TAMBORINS

Antigamente o carnaval era mais celebrado, cultuado, esperado.
"Esquentando os tamborins" era qualquer batuque em qualquer lugar. Esperando o carnaval chegar.
Na F-1, logo após o último GP, os pneus estão esquentando.
Apesar de faltarem uns três meses para o início da próxima temporada.

Olhando para a formação das equipes podemos concluir algumas coisitas.
Dizem que Pedrinho Galinha vai sucumbir legal em relação ao seu companheiro de Toro Senior o Mad Max. 
Mas, quando percebeu que perderia o lugar nos Mirins, Brandão "cometa" Halley deitou falação sobre a relação nada amigável com o Galinha.
Lembrando que Pedrinho reclamou em altos brados quando, lá atrás, Kuajato foi confirmado pelos Toro Mirins em detrimento dele, Galinha. Helmut "hammer" Markão deu umas marteladas na cabeça do francês para amansar o irritadinho.  
O tempo passou Kuajato foi limado, Pedrinho entrou na F-1 e ganhou um Toro Senior para brincar.
Se ele vai ficar quietinho no seu canto só o tempo vai dizer. O que espero é que dê umas caneladas no belga/holandês/marciano.

Por falar em Daniel do Kuajato "ói" ele de volta. Justamente nos Mirins com o tailandês Alexander Albon, vulgo Xande Avon (chama), terceiro colocado na GP2.
Não deixa de ser uma equipe nova, apesar do Daniel já ter experiência. Desconfio que vão sofrer com um carro que não é lá essas coisas.

A Williams vem com o ressurgido das cinzas Beto Kudebico e Jorge Russo. Beto pilota com a mão esquerda fazendo de tudo porque a direita não serve nem para o onanismo. Eita maldade.
Com a porcaria de carro que terão nas mãos (três, no caso) podemos imaginar quem estará no fim do grid.

Os Laranjas não ficam muito atrás. Terão Carlos Sains (noção) Jr e (ro)Lando Lero. Briga de foice pelos últimos lugares.

Enfim, acredito que a categoria não dá chance real para a molecada se firmar. Principalmente porque tem molecada supostamente boa no forno todo ano. 
Não acho legal essa rotatividade porque, vide Stofado Vandormi, a impressão que passa é que certos pilotos estão no grid sem apoio tendo que se virar. O resultado já conhecemos. 

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

CAIPIRA

Uma vez li, ou ouvi, alguém dizer que iria aposentar comprar um sítio e ver a grama crescer.
Ou seja, sentar na varanda e ver o tempo passar sem mais preocupações.
Bom. Tivemos momentos como esse nas nossas miniférias lá em Socorro. Nosso quarto tinha uma varanda com vista para um lago e um morro.



Muito bucólico. Nosso momento caipira/aposentado deu-se na contemplação da paisagem. Regada a vinho que somos caipiras chics.

Logo uma cena chamou a atenção. Vacas e um cavalo intruso passavam o dia perto da cerca que separa o miolo do morro na foto acima e a rua. Dá para notar os pontinhos ruminantes.

Ficavam ali deitados com ar de enfado comentando sobre os passantes. Feitos os moradores das cidades do interior de antigamente. Punham cadeiras na calçada e dedicavam-se a comentar o assanhamento da vizinha do lado que não saía da padaria. Ou o comprimento da saia da filha daquela orgulhosa que não sentava junto com as comadres. Ou ainda o filho da vizinha da rua de cima que é muito sem educação sempre com o nariz escorrendo.
Começamos, eu e a rainha da mansão, a imaginar as falas das vacas e do cavalo intruso.


Mário é o boi preto junto à cerca acima da árvore. É tímido e fugiu da foto.

Ao cair da noite um boizão líder, damos a ele o nome de Mário, levantava e se encaminhava para o alto do morro onde havia uma trilha para a "casa" dos quadrúpedes. No caminho sempre havia tempo para mais uma refeição. 
A marcha era lenta como deve ser no interior dos velhos tempos. Um passo aqui. Um comentário sobre a cor da grama ali e vamos que vamos. Mário, o boizão líder, era rápido e logo estava bem à frente do grupo. Parava, olhava para trás e punha as mãos nos quadris como a reclamar da demora dos liderados. Conhecemos alguém assim.

os atrasadinhos para desespero do Mário
Quando o sol estava dando até logo o grupo contornava o morro, voltando no dia seguinte para a mesma rotina de fofocas e comilanças.
E nós na varanda vendo o tempo passar e a grama ser comida (no caso).

pelo tamanho da criança é uma vaca parida e não "sortera"



domingo, 25 de novembro de 2018

LAMBÃO EM ABU DHABI

Desta vez houve um consenso sobre a maldonadice do dia em Bubu Dadá.
Kiko "incrível" Hulk sofre de pane mental em algumas oportunidades. Foi assim lá em Spa no começo da corrida quando saiu encoxando todo mundo como se o mundo fosse acabar em 3, 2, 1, e agora em Yas Marina.

Espremeu Romã da Granja na primeira perna da curva e contornou o resto como se sozinho estivesse. Aprendeu com Mad Max a ser "invisível".
Só que não.
Levou uma pernarda do francês, capotou e ficou lá vendo o mundo de cabeça para baixo para pensar na vida.

Dona Gertrudes ligou esbravejando que não se fazem mais pilotos como antigamente.
"Lembra do Senna na Peraltada? Capotou legal, cavou um túnel e saiu do carro todo pimpão. Agora o enjoadinho fica sentado tomando todynho esperando os caras desvirarem o carro. Sou mais piloto raiz".

Nós também.
Pelo tilt mental incrível Huk leva o leitão porcamente assado de Dona Gertrudes. Será enviado via Tartarudex na terça porque como ela diz "segunda é dia de curar a ressaca".

sábado, 24 de novembro de 2018

NADA DE NOVO, DE NOVO, NO FRONT

Nos treinos oficiais da F-1 nada de novo. 
Hamiltão, Botas (botando a cabecinha de fora), Vetor, Vodkanem e o resto.

O resto tem  Ricardão na frente do mimadinho Mad Max. 
Havia uma certa expectativa sobre o pimpolho porque se fizesse a pole seria o mais jovem da história a largar na frente.

Mas, uma pista improvável para os Toro Seniores. De qualquer maneira, aparentemente ele pensou que seria possível. O belga/holandês/marciano tentou ser mais rápido que o carro errando em várias oportunidades. Resultado: ficou atrás de Ricardão. Vai render mais uma noite insone agarrado no ursinho laranja chupando o dedo.

"cadê minha chupeta?"

ABAIXA AÍ, FI!

Na largada da primeira prova da GP2 agorinha mesmo lá em Bubu Dadá houve um acidente envolvendo os carros de Arjun Maini e Nicolas Lafiti (lembram que o papi dele comprou uma tonelada de ações da McLaren?)

Ninguém se machucou mas, no vídeo em 10s, Charles Whiting se abaixando defecando de medo é a imagem do sábado.

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

DROPS

- Agora é quase oficial. Roberto Kudebico vai pilotar para dona Clara Williams ano que vem. Vai ser companheiro de Jorge Russo. A equipe limou Sergin Tironokuzim que está esperneando. Como é russo em pouco tempo haverá vodka radioativa nos boxes da equipe.

- Mimadon está em vários sites nesta manhã. Como bom noveleiro diz que haverá surpresa sobre seu rumo em 2019. Um saco. Descobriram, por sinal, que ele chantageou Ronron Pênis no famoso caso spygate de 2007 quando entregou a espionagem sobre mamã Ferrari. Queria que não completassem o tanque de combustível de Hamiltão na corrida da Hungria para ferrar o inglês. Gente fina o espanhol. Li também que venceu uma corrida de categoria de acesso na Espanha ultrapassando em bandeira amarela. Todo mundo viu mas, disseram que o reclamante reclamou (ui!) de maneira errada. Sabem aquela história de inépcia da inicial? O cara é espertinho faz tempo.
Aliás, esteve no centro dos dois maiores escândalos da F-1: o já citado spygate e a batida de Piquetezinho em Cingapura. Rivaliza com Shushu....

- Hamiltão foi sarcástico ao declarar que precisará estar firme e forte para enfrentar Mad Max e Carlinhos Lacraia ano que vem. Nem considera Tião Vetor. E, sabemos que os Toro Seniores vão sofrer até acertar o cheiro do pum atômico da Honda.

- Nunca fui fã do GP de Macau. Disputado em circuito de rua, estreito e perigoso. Vi as "ibagens" do acidente da pilota alemã Sophia Floersch e fiquei admirado por ninguém ter passado o portal para a vida eterna. Ela foi operada da coluna e diz que voltará a pilotar. Espero que sim. Já o acidente foi estranho. Ela vinha pela reta, tentou ultrapassar um carro mais lento, bateu saindo de traseira. Em seguida decolou caindo sobre um ponto de fiscais e fotógrafos. É preciso investigar para evitar acidentes futuros.


 - Por falar em Mimadon, ninguém deu manchetes sobre as seis horas de Xangai disputada pela WEC.
Tudo porque o espanhol e seus asseclas foram prejudicados pelo próprio time que soltou o carro dos boxes, em uma das paradas, com o "semárfe" vremeio. Ou seja, o xiliquento teve que esperar a abertura dos boxes e não conseguiu se recuperar. Mesmo numa prova disputada sob um dilúvio. Parece que só tivemos treze voltas limpas. 

- Agora vamos à última corrida da temporada lá em Bubu Dadá. Normalmente é uma corrida sacal, que é uma expressão do meu tempo de adolescente. Tipo "Vanderléia é gostosa mas, sacal".

terça-feira, 20 de novembro de 2018

A MORTE VISITA

Um título bem poderoso para uma noite triste. 

Em primeiro lugar reminiscência sobre fatos vividos por várias pessoas e as lembranças de cada um.
Quando encontro pessoas após vários anos e relembramos do passado em conjunto, normalmente detalhes de um não coincidem com de outros. Até mesmo fatos marcantes para uns não são minimamente lembrados por outros. Muitas vezes convenientemente "deletados" pelo subconsciente.  São vários fatores a influenciar e não vou me aprofundar nas questões psicológicas/etílicas.

Nos comentários sobre o post do meu diário, Ana, a usurpadora (além de minha irmã mais nova), lembrou de dois membros já falecidos do clã Onofri.  Cachorros gente boa. Diana e Lobinho.
Então vamos às minhas lembranças. 
Sempre tivemos mascote desde quando criança era (como diria mestre Yoda). Lá em Curitiba havia a primeira Diana. Meninos, ela sofreu na minha mão. Eu era do mau. Agarrava a pobre coitada pelo rabo e rodava no ar. Hoje sinto no coração a dor que ela sentia no rabo. Bom, mudamos para sampa e peixinhos eram comprados. Aqueles japoneses. Criados em aquários improvisados e alimentados com pão. Até inchar de tanto comer. E, sério? Aquário tem que ter bombinha de ar? Fui descobrir bem depois.....
A mortandade de peixes era enorme lá em casa. Certa vez tivemos uma festa e, no dia seguinte, descobri que alguma visita havia dado aos peixinhos um torete de bolo de chocolate. Boiavam no aquário pedaços do bolo e os peixes. Mortos porém felizes. 

Bom, vamos aos cachorros.  Lembro que o primeiro a entrar em nossa vida na Djalma foi Lobinho. Filho do Lobo (ah, vá!) um vira-lata metido a besta do já citado Chinho. Lobo era uma mistura de alguma coisa com pastor alemão. Um cachorro meio sem noção. Certa vez estávamos encantados com um gatinho encontrado na rua. Lobo escapou de casa e literalmente mastigou o pobre bichano. Cenas dantescas.
Enfim, quando manifestei a vontade de ficar com um dos filhos do sem noção, a mãe do Chinho logo se livrou do filhote. Lobinho foi morar no quintal de casa que não era murado e sim limitado por uma cerca frágil. Recordo que a vizinhança era dominada por um sem números de cachorros do demo. Além do Lobo, um pastor alemão legítimo que descia do salto quando escapava para a rua afugentando os seres viventes. Um outro baixinho invocado que vivia acorrentado perto do portão. O dono dele era avô de alguns colegas meus de brincadeiras na rua. Italiano legítimo e um cara puto da vida. Quando a gente fazia algazarra perto da casa ele soltava o pequeno diabo, que corria de boca aberta como se a petizada fosse linguiça da friboi. Certa vez mordeu meu irmão que foi mais lento. Sim senhores, o mundo é selvagem.
Por essas e outras Lobinho ficava em casa e só saía na corrente. Lógico que, vira lata raiz sempre dá um jeito de contrariar as regras.

Diana foi trazida por meu pai em uma das viagens de treinamento lá no interior de Minas. Era uma linda filhote de pastor alemão. Subimos na escala social graças a ela. O dono do açougue, de olho na reprodução, fornecia restos de carne para a alimentação. A vizinhança olhava com inveja a cã com porte de lady.
Não houve problemas com Lobinho. Mesmo porque o baixinho não iria se meter com uma cachorra muito maior que ele. Deve ter pensado em arrumar uma escada para certas pornografias.
No recesso do lar Diana era uma palhaça. Quase derrubava a casa com suas correiras e me acordava todo dia pulando em cima do sofá da sala onde eu dormia.

Um dia adoeceu. Ainda "criança". Foi piorando ao ponto do véio Mero levá-la ao veterinário. Um luxo. Não houve um diagnóstico definitivo. Fomos assistindo Diana definhar dia após dia. Algo que doía na alma.
Mais tarde, relembrando seus hábitos, concluímos que Diana cedeu aos instintos vira latais comendo restos de caranguejo que estavam no lixo. Houve uma perfuração estomacal causando hemorragia interna. Única explicação plausível para o ocaso de um cachorro jovem e cheio de energia.

Na noite em que Diana começou a uivar já estirada no chão, a casa entrou em polvorosa. Todo mundo acudindo e Lobinho aproveitou para escapar. Não fomos atrás porque imaginamos que não iria longe.
Bom, Diana morreu e Lobinho não voltou. Pela manhã choradeira por causa da caçula e preocupação pelo sumiço do baixinho. Um colega meu veio dizer que havia um cachorro atropelado na avenida e parecia o Lobinho. Fui com meu irmão ao local e era verdade. Nunca Lobinho havia ido tão longe.
Perdemos, numa noite, dois mascotes queridos. A morte visita.
Ficamos semanas com o coração apertado.
Pensei que nunca mais iríamos ter outro cachorro. Até, alguns anos mais tarde, surgir Pipi Dog.



quinta-feira, 15 de novembro de 2018

MEU DIÁRIO

Lá nos anos 60 era comum os jovenzinhos (outros nem tanto) terem seus diários. Serviam para muita coisa naquele tempo sem (por sorte!) redes sociais que tanto afastam as pessoas. O diário guardava segredos como amores platônicos, amores literais, xingamentos aos professores, aos pais, aos vizinhos. Enfim, falar sobre o mundo ao redor e interior.

Em conversa com um amigo resolvi começar a escrever o meu. Comprei um caderno e no dia 25/10/1968, com treze anos, realizei meu primeiro post. Nele cito o colega Nilo, vulgo Chinho, da minha idade e filho de um japonês legítimo (importado do Japão, como dizíamos) que era full pistola. Também a bronca que levei de minha mãe (a famosa dona Alzira) por ter comprado o caderno sem permissão. Dinheiro curto. Morávamos na também famosa Djalma Forjaz, em sampa.

Daí em diante vários escritos descrevendo meu cotidiano. Dias quase sempre iguais. Um ou outro post mais profundos como descrições de acidentes muito comuns na Av. Santa Inês que era mais estreita e sinuosa que hoje, convidando os malucos a pisarem um pouco mais no da direita. Fora isso nada dos amores já vividos e amores secretos apesar de citar algumas musas. Nada de elucubrações filosóficas.  Nada sobre o momento político. Normalmente escrevia à noite e contava sobre os programas da TV. Programas como "Essa Gente Inocente". Escrevia sobre a escola dando apelidos para os professores e colegas. Falava das notas. Baixas, evidentemente.

A última postagem vem na última folha do caderno, em 10/07/1969. Como o caderno tem 50 folhas nota-se que não fui muito diligente. 

Enfim, não dá um livro. Perdi a chance de eternizar a visão de um garoto da periferia ante um mundo em mutação, apesar da ditadura militar.

Na última linha do último post da última página uma observação óbvia "vou comprar um caderno novo". E, lembro que minha saga "diarística" acabou. Não houve o caderno novo.

Para completar a decepção com relação ao diário, minha irmã tomou conta dele. Sim, em algum momento de sua formação escolar ela gostava de brincar de professora. Achou meu diário, que não ficava escondido, e resolveu "corrigi-lo" . Mudou até o nome da capa.

Lá dentro, nos escritos, um enorme "C" de certo e notas. Quase sempre "100", pelo menos.
Já cursava Química em Rib's quando descobri a usurpação. Fiquei puto, guardei o caderno em algum lugar e esqueci.

Aqui entra uma parte não muito feliz da minha vida literária.
Quando estava em Rib's o must era escrever cartas. Não tínhamos telefone e cartas eram "chics".
Escrevia para o pessoal de sampa frequentemente. Fazia uma brincadeira que dona Alzira achava o máximo e véio Mero achar que seu filho tinha dois parafusos a menos. Um ele tinha certeza. Quanto acabava o papel eu envelopava e continuava em outro envelopando até acabar o assunto. Muitas vezes recebiam três cartas que poderiam estar em um envelope só.
Coisa de gênio.
Dona Alzira disse, uma vez, que guardava todas as cartas. Imagino um quarto abarrotado.

O tempo passou. Um belo dia, acho que já casado, pedi a ela as cartas para relembrar tudo que contava. Lembro que falava sobre a política, as manifestações que participava, sobre a bosta dos professores reaças e muito mais. Algumas reminiscências sobre nossa família e a distância, não só física como espiritual, que nos assolava. Estava mudando. Em outra cidade, outras aspirações e vivendo mais politicamente.
De algum modo estas cartas eram um diário.  
Bom, quando pedi as cartas minha mãe disse que tinha jogado um monte de tranqueiras fora. Minhas antigas apostilas, coisas (das quais já falei) que escrevia nas madrugadas na máquina de escrever portátil, cadernos velhos, livros de Química que havia largado em sampa. E, as famosas cartas. Fiquei puto por causa das cartas. E, puto pelo diário. Na minha cabeça ele havia sido eliminado.

Então, outro dia a rainha da mansão apareceu com o caderno nas mãos. Como assim? De alguma forma, que não lembro, ele sobreviveu e estava conosco em algum canto esperando para ser redescoberto. Reli numa noite e houve uma certa decepção pelo conteúdo estéril e erros de português perfeitamente sanáveis. Tá certo que ali está o César Locão, o Chinho e seus irmãos, e etc. Mas, em citações supérfluas. 
Ah, e as notas de minha irmã.

Desta feita não postei o texto acima logo de saída. Normalmente escrevo e solto no blog. Depois releio e me arrependo de certos trechos que acabo por mudar.
Na verdade, resolvi dar um tempo e reli antes de postar. Mudei quase tudo. E, dei uma bronca no Luiz de hoje por criticar o Luiz de ontem. Afinal, aquele garoto sou eu. E, todos já tivemos 13/14 anos e uma visão ingênua sobre o mundo que nos cerca.


"Ana, a usurpadora"







segunda-feira, 12 de novembro de 2018

RESCALDO

Vamos ao que de tudo ficou após o GP do brasil-sil-sil.

Helmut "hammer" Marko mostrou que não entende muito o universo da categoria. Criticou Escovão Cocô pela batida no seu mimadinho preferido e em nenhum momento falou sobre o que Mad Max deveria ter feito. Não brigar com um retardatário. Na pista, porque na pesagem pós corrida o agitadinho deu umas empurradas no francês. Agindo assim fornece jurisprudência favorável à pancadaria que tanto agrada o belga/holandês/marciano.

Mamã Ferrari não combinou com Vetor as desculpas pela apagada corrida. Ele falou em pneus. Ela em sensor do motor defeituoso que obrigou o piloto a mexer no famoso mapa de pum atômico.

Pedrinho Galinha relutou em obedecer e deixar seu "companheiro" Brandão "cometa" Halley passar.
Segundo "cometa" a ultrapassagem foi no estilo raiz. Galinha disse que deixou.
Essa molecada anda muito rebelde.

Enquanto isso Vodkanem anda leve solto. Brigou com Botas (o silente), fez uma bela ultrapassagem sobre seu compatriota (eles se "adoram") e subiu ao pódio em terceiro.

A bela corrida de Lacraia e a quase bela do defenestrado Filho do Eric (enroscou em alguém no "S" e seu carro ficou dodói) me fazem pensar que, ano que vem, Kiwi pode surpreender. E, quem sabe ser contratado por uma grande equipe. Ah ah.

LAMBÃO NO BRASIL

O blog ficou dividido sobre o vencedor do troféu Lambão. 
Dona Gertrudes ligou aos berros dizendo que Mad Max deveria levar o leitão por trocar chutes com um retardatário. Argumentei que Ayrton Senna se enroscava pornograficamente com retardatários. No brasil-sil-sil em 1990 com um tal Nakajima. O argumento dela foi incisivo: "e daí? Levaria o leitão, se houvesse tal premiação naquela época."

Senão vejamos: o terceiro piloto de dona Mercedes para o ano que vem trocou pneus para os mais rápidos e vislumbrou a chance de agradar os home.
Mad Max, o mimadinho de Markão, vinha liderando sobre Hamiltão. Se venceria só os deuses da velocidade sabem. Mas, Escovão Cocô fez o que se espera de um piloto de competição. Mais rápido que o belga/holandês/marciano decidiu descontar a volta e, quem sabe, ajudar os patrões enroscando no líder.

Deu no que deu. Ven no Tápen Zinho não suporta ser ultrapassado e pensa que o mundo deve dar passagem à sua majestade. Lembram que papi declarou que o menininho não dormiu à noite por causa da comemoração de Ricardão quando de sua pole no México? 
Pois é. Então, contornou o "S" como se não tivesse ninguém do lado batendo no francês. Faltou aquele raciocínio básico. Quem tem o quê a perder?
Cocô levou 10s de punição e A+ de dona Mercedes. Mad Max perdeu a corrida.

Pois é. O mimadinho de Markão tem muito que aprender/crescer. 

Por esta maldonadice, principalmente mental, leva o leitão porcamente assado de dona Gertrudes. Para ser saboreado enquanto cumpre os dias em que vai pagar sua punição pelos empurrões que deu em Escovão no final da prova.
Aliás, fizemos leitura labial. Ele disse para Cocô: "seu feio". "Bobão". E o já famoso "tua mãe não é homem".


sábado, 10 de novembro de 2018

MODERNIDADE

Por falar em carrinhos de rolimã vejam a modernidade do carrinho numa praça aqui em Rib's.
Prefiro o carrinho raiz.

tem até assento para não "aquadradar" a bunda

ENROSCO

A F-1 parece aquelas pessoas que se enroscam sozinhas. 
Hamiltão deu uma senhora fechada em Tironokuzim no final do Q2 e saiu reclamando da manobra do russo. "Desrespeitosa". Justificou porque ambos estavam aquecendo pneus para uma volta rápida e o russo resolveu passá-lo. Tá certo que o próprio Sergim disse que o inglês não teve culpa mas, ficou aquela coisa esquisita. Um quase acidente em que o culpado seria o sujeito que levou uma fechada monumental. Ninguém foi punido.

Bom, segue a carruagem e Vetor sempre procurando um "revorver" para um tiro no pé. No final do Q2 foi chamado para aquelas pesagens ridículas que existem na categoria. Ou seja, o cara com a cabeça quente precisando chegar aos boxes para se aprontar para o Q3 e, é obrigado a subir na balança. Pior, tem que desligar o motor. Bom, desligou depois que atropelou o Fred (o cone) e obrigou um fiscal a sair de cima da balança subindo na mesma com o motor ligado, o que não é permitido. O carro é empurrado para a pesagem. Depois disso tudo ainda ficou aplaudindo sei lá o quê. Quando saiu danificou a balança. Mas, passaram a mão na cabeça do desmiolado. Deve ser efeito Lacraia esse momento dããã de Vetor.
O lemão levou uma reprimenda, uma multa e ficou por isso mesmo.

Ah! Houve uma sessão de classificação. O destaque foi Carlinhos Lacraia que no final do Q2 desobedeceu a equipe e continuou na pista obtendo tempo para passar ao Q1. Falaram que estava chovendo e pediram que entrasse. Ele foi bicudim, mostrou personalidade, e melhorou o tempo. Imagino a cara do idiota que mandou "guardar" o carro. Lembram de Mad Max quando nos Toro Mirim? Pediram que abrisse caminho para Kuajato e a resposta foi um "no no no". Deu no que deu.
Resumindo: Lacraia vai ser o cara. Mal posso esperar para vê-lo trançando bigodes com Hamiltão.
Mas, pera lá. No frigir dos ovos Carlinhos ficou atrás do Filho do Eric. O sueco, que resolveu andar depois de perder o emprego, ficou em sexto e Lacraia em sétimo. Por sinal, o miolo do grid está bem interessante. O "S" do Senna espera muito enrosco para amanhã.



sexta-feira, 9 de novembro de 2018

INTERLAGOS

O fim de semana de GP do brasil-sil-sil é um prato que vem acompanhado por seguranças, assaltos diversos como o clássico "mãos ao arto", preços abusivos no entorno e dentro do autódromo e principalmente a grande questã: vai chover?

Sim. Vai chover. Em algum momento dos carros na pista a água vai cair do céu. Ou em treinos não oficiais, oficiais ou na corrida. 
Digo isso porque é uma época de chuvas neste território (terra de ninguém para ser mais exato). E, é um saco aguentar o bueno berrar que "se está escuro no lado da represa, chove". Repete 'centas vezes..... 

Lembro das transmissões da F-Indy lá dos tempos de Emersão com o locutor da band conjecturando se determinado piloto iria fazer um "splash and go". Ou seja, se o cara vai até o final da corrida sem parar para reabastecer. Quase sempre errava nas previsões. Mas, o grande objetivo, estourar nosso saco, estava cumprido.

Ultimamente tenho procurado locuções alternativas para os GPs. O delay pode ser encarado como uma pimenta no prato da corrida. E, podemos encher o peito e berrar "eu já sabia, eu já sabia."


quarta-feira, 7 de novembro de 2018

ATUALIZANDO

- Sergio Sette Câmera foi promovido à Oitto por ter sido elevado à condição de piloto reserva, ou de desenvolvimento, dos Laranjas. Pera aí. Da McLaren? Acabou de ser rebaixado para Sette. Não sei se é bom ou ruim. Os Laranjas estão podres.
Mas, o brasileiro é consistente frequentando o pódio quase sempre na F-2. Quem sabe tenha chance nesta briga de faca no escuro que se tornou o grid hoje em dia.

- Mimadon gosta de aparecer. Agora declarou que não descarta uma temporada inteira na Fórmula Chocante.

- Agora é oficial. GP do Vietnã a partir de 2020.

- Tem um sujeito que foi chefe de Mad Max e o pimpolho Vigaristazinho (Mick Shushu).
Um tal de Fritz Van Amersfoort (vulgo, Fritz Vão Amar no Forte). Sincerão disse que Mick tem mais vantagem porque não é louco feito Mad. Boa essa. Só que, em seguida, disse que o lemão ganha corridas com a mente. Loucos são, louco somos.

- Todo dia Carlinhos Lacraia diz que não sente pressão por ir aos braços de mamã Ferrari. A pressão é essa.

- Ainda por cima vem seu amigo Escovão Cocô (o defenestrado) dizer que ele é favorito ao título de 2019...

- Ano passado o pessoal da ex-atual-Força Aí Índia sofreu com assaltos no entorno do autódromo de Interlagos. Para esse ano tomaram algumas providências como circular descaracterizados. Um monte de brancão saindo de van do circuito.....
Seria melhor andarem com um blindado. Não um carro-forte porque está na moda estourarem os ditos.

terça-feira, 6 de novembro de 2018

PEDRA NA BOTA IANQUE

Na esteira da possível entrada de uma corrida da F-1 no Vietnã vieram à tona algumas lembranças do meu tempo de moleque e a guerra (parecia interminável) do sudeste asiático.
Sim, vários países acabaram envolvidos no conflito além daquele país grande e bobo lá do norte o Vietnã do Norte e Vietnã do Sul (este apoiado pelos americanos). Lembra muito o que se sucedeu à Coréia que foi desmembrada em duas pela guerra de 1950.

Os chamados vietcongues, guerrilheiros apoiados pelo governo do Vietnã do Norte, usavam trilhas nos vizinhos para abastecimento e via de ataque aos sulistas. Então, países como Cambodja, Laos e até a Tailândia acabaram fazendo parte do teatro de guerra. E, levando bombas dos americanos.

Bom, o final todo mundo conhece. O Vitenã do Norte acabou por vencer e unir os dois países. Os ianques saíram correndo com o rabo entre as pernas. Todo o poderio bélico e o espírito genocida não funcionou. Digo espírito genocida porque um dos presidentes americanos envolvidos levou a sério o uso de armas nucleares contra Hanói, a capital do Vietnã do Norte. Acredito que um dos maiores fatores a findar o conflito foi o chamado Flower Power. Um movimento jovem que promovia atos pacifistas também contra a guerra. Era comum a gente ler que "só os negros jovens vão para o Vietnã." Lembrando que o futuro presidente George W. Bush fugiu da convocação sendo alistado na Guarda Nacional, por um político amigo, cujos membros não são chamados a sair do território nacional. Um escândalo.

A guerra tornou-se um problema interno tão grande que não restou outra saída a não ser cair fora não sem antes devastar o pequeno e fodão país.
E, a cultura de massa, após o final humilhante, dá a entender que os americanos venceram.
Alguns filmes de Hollywood retratam o conflito da maneira que os otários gostam. "Eles" são do mal e "nós" somos os mocinhos. Tal como os filmes de "farveste", que véio Mero tanto gostava. Os índios são o mal e os brancos os bonzinhos.

Para encerrar um pouco da grotesca ignorância brasuca. Fui assistir "Apocalipse Now" (filmão) acredito que no início dos anos 80 (o filme é de 1979). Começa o filme e um babaca iletrado comenta com o colega ao lado "mas, é filme de japonês..."

Tanto tempo se passou e, possivelmente, teremos uma prova automobilística bem no centro de Hanói.
Inevitáveis lembranças serão comentadas durante a transmissão. 
Porém, corremos o risco de não passar aqui no brasil porque vai promover um país comunista.
Pobre brasil.

sábado, 3 de novembro de 2018

QUEM ENTRA, QUEM SAI

Dona Liberdade quer enfiar mais corridas no calendário da F-1. Seria legal se não trouxesse uma certa banalidade. Aquela expectativa entre uma corrida e outra deixaria de existir. 

Mas, a tendência vai se concretizando. Diante das reclamações das equipes pelo excesso de corridas, alguns GPs estão sendo empurrados para a prancha dos navios piratas.

Para 2020 parece certo a realização do GP de Hanói. Sim, na capital do Vietnã. Esse GP vai ser realmente interessante. Voltaremos mais tarde a falar deste país do sudeste asiático.

O efeito Mad Max provoca a volta do GP da Holanda, que seria disputado em Zandvoort, reformado para tal. Sabem como é. Peitos novos, botox nos sulcos, terraplanagem e asfalto novo nos buracos mais fundos, tintura da moda nos cabelos e por aí vai. Será difícil reconhecer o antigo autódromo.

Em contrapartida, os GPs da Alemanha, e Inglaterra vão caminhando para a tal prancha.

São corridas tradicionais que não trazem mais a grana, ou glamour, de antes. Ah, o modernismo.

MEMÓRIAS DE 2008

O blog estava em peso lá em Interlagos em 2008. A história todos conhecem. Existe post por aí.
Dez anos depois a promessa de não voltar e ser tratado como lixo está valendo.
Só voltaríamos se ganhássemos entradas para um lugar vip.
Não voltamos, evidentemente.
O filminho do desfile dos pilotos reflete bem o lugar que ficamos. Não era possível distinguir alhos de bugalhos. Os carros passavam numa velocidade tal que saber quem era quem virou loteria. Setor A, mais caro que o setor G, onde fomos anos anteriores.
Selvageria, no entanto, igual.
O momento em que tomei a decisão foi quando precisei ir ao banheiro. Desde a madrugada em Interlagos.....
Ao entrar no banheiro químico, saltando por coisas esquisitas e o cheiro nausebundeante, deparei-me com um submarino nuclear à espreita no "vaso", que estava quebrado. Ainda bem que não era um crocodilo.
Então, adeus Interlagos.