sexta-feira, 30 de setembro de 2011

TEMPOS BICUDOS

Eu era mais jovem que hoje quando a ditadura militar mandava e, principalmente, desmandava no país.
Não vou aprofundar o tema uma vez que incabível neste tipo de blog.
Mas, a música tema da faixa que ilustra o post foi lançada nesta época e provocou a mesma celeuma de outras músicas do Francisco Buarque de Hollanda (esta em parceria com Gilberto Gil).
Mas, naquela época a gente tentava decifrar o grande código secreto que havia por detrás de tudo o que era, ou mesmo não era, censurado pela ditadura.
Tínhamos poucas informações dos órgãos da imprensa que, ou eram a favor do regime, ou censurados.
Lembro que passava horas fazendo conjecturas com um dos meus primos.
Soubemos depois que a música foi inspirada em acontecimentos da época que prefiro, mais uma vez, não comentar.
Ontem, no entanto, tive uma revelação cósmica envolvendo a música.
Vejam a faixa e ouçam a música pelo link (peço ao chefe do blog que “arrume” o link para o acesso direto ao vídeo).
A citada faixa está inserida no blog Kibeloco (muito bom por sinal) num post intitulado “pracas do braziu” onde são postadas placas diversas com erros de português ou fatos engraçados.
Ouvindo a música notamos que o coral, em determinado momento, repete a palavra “cálice” que, depois desse croc, ouço como um “cale-se” genialmente repetido na faixa.
Várias são as conclusões.
Primeiro a minha ignorância em não alcançar um dos significados do “cálice” na época do lançamento da música.
A erudição e genialidade daquele que elaborou a faixa.
E a atual ignorância de quem olhou e não entendeu o verdadeiro significado da frase na manifestação envolvendo o circo, replicando como ignorância alheia.



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