segunda-feira, 18 de abril de 2016

Ar turbulento

Foi boa a corrida da China, não foi? 
A Fórmula-1 está demais - sem ironia nenhuma! -, mas isso já tem data para terminar. A modificação das regras referentes à escolha dos tipos de pneus e ao modo utilizá-los ao longo da corrida tem sido fundamental para agitar os certames. No entanto, até o próximo GP, na Rússia, as escolhas de pneus das equipes foram feitas "no escuro", ou seja, apenas com base nos testes de inverno. A partir da corrida na Espanha, as escolhas foram realizadas a partir de dados mais reais coletadas ao longo do final de semana do GP da Austrália. Talvez isso torne as estratégias mais uniformes e as corridas, mais previsíveis. 
A corrida na Austrália deu a impressão de que a Ferrari poderia ameaçar a Mercedes em ritmo de corrida. Desde então, no entanto, Vettel e Raikkönen enfrentaram uma quebra cada um e uma corrida acidentada na China não permitiu que se mostrasse se haveria possibilidade de os italianos brigarem para deter Rosberg. Parece que não, pois o ritmo do filho de Keke foi muito superior ao de todo mundo. 
O que ainda deixa uma pontinha de esperança de termos uma briga colorida neste ano é o ritmo fraco de Hamilton enquanto anda no meio do povão. Talvez, sem ditar o ritmo, andando no ar sujo, o carro da Mercedes sofra mais que a Ferrari e Red Bull, embora Hamilton tivesse, claramente, algum problema no carro decorrente da pancada que levou de Nasr na primeira curva. Para tirar proveito de uma eventual dificuldade da dupla anglo-teutônica no ar turbulento, todavia, é preciso deixar os prateados para trás na largada, largar na frente deles ou contar que o imponderável embaralhe tudo. 
Como não há mostras de que isso possa acontecer com regularidade, é melhor deixar a esperança para lá, aceitar que temos mais um domínio da Mercedes e que a graça é que o "outro" piloto é quem está dominando - contra, para variar, os prognósticos de Pai Renatão d'Opum. 

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