segunda-feira, 31 de outubro de 2016

What the fuck?

Foi tanto fuck no rádio de Vettel hoje que o título da postagem não poderia ser outro. Acabo de ler que alemão, former Crash Kid e tetra campeão, perdeu o pódio em função da disputa com Daniel Ricciardo. 
Não vi sentido na punição. A disputa foi linda e absolutamente de corrida, nada de mais. Não dá para comparar as mudanças de posição de Verstappen ao longo das freadas com a de Vettel em cima de Ricciardo. O holandês, efetivamente, põe os demais em risco, esperando que tomem suas decisões e, então, jogando o carro para cima do adversário; a disputa de hoje foi uma freada roda a roda, como uma disputa deve ser; Verstappen é sujo, Vettel não o foi hoje. 
Vocês três que estão lendo, não me entendam mal: acho Verstappen um puta talento, vai ser multicampeão, com certeza, mas... faz suas maldades com o apoio da organização da F-1. 
A impressão que é que Verstappinho pode fazer o que bem entender, pois tem aval da categoria e é bom para os negócios. Lembra o muito o early Schumacher, o que me fez levantar uma hipótese. Após sua estréia pela Jordan, o Sapateiro foi imediatamente alçado para a Benetton, no lugar de Roberto Pupo Moreno, e à situação de gênio do futuro. O trânsito fácil da equipe média para a que o tornaria bicampeão mundial três anos depois, a liberdade com que o alemão testou todos os limites do regulamento, a benevolência com quê foi tratado pelas "autoridades" - basta lembrar, para ficar em um exemplo fácil, que Sapateiro venceu o GP da Inglaterra, em 1998, sem cumprir a punição que havia recebido, e não aconteceu nada com ele -, lembram muito este início de carreira de Verstappen: a estranha ida da Toro Rosso para a Red Bull, às custas de Kvyat, e as inúmeras manobras estapafúrdias que terminam em pizza. 
Schumacher surgiu no momento em que a Mercedes ensaiava o seu retorno a F-1 e a montadora bancou os primeiros passos de Sapateiro. Não se sabia, naquele ponto, se teriam uma equipe própria ou não, mas havia a expectativa de que o investimento em Schumacher resultaria em uma parceria entre a marca e o piloto, o que apenas se efetivou quando do retorno da equipe Mercedes e do próprio Schumacher à F-1, em 2010. 
A ascensão meteórica de Verstappen coincide com o surgimento de um marca holandesa como a principal patrocinadora da F-1; a ascensão e proteção a Alonso coincidiu com a projeção do Santander, que o acompanhava. Que as decisões dos fiscais são incomodamente inconsistentes nos últimos anos é de conhecimento de todos; o que pouco se discute, por razões óbvias, são os interesses comerciais por trás destas inconsistências. 
Só para encerrar este rodeio todo que dei: o cara hoje cortou caminho, na cara dura, e só foi punido por causa do burburinho que a manobra gerou; o "fuck off" de Vettel para Charlie Whitting resultou, por um lado, em uma resposta imediata com a punição a Verstappen e, por outro, com a retaliação a Vettel, que acabou recebendo uma pena maior que a do próprio Verstappen. 
Meu pai, há alguns (muitos) anos atrás, no auge da veneração ao Schumacher, decidiu parar de ver corrida de F-1. No fim, em vez de acordar às 09h, como eu fazia, ele acordava às 09h30, 09h45, e via só a segunda metade dos certames. Não sei, não, mas, do jeito que a coisa anda, estou prestes a não colocar o despertador para tocar. Será que consigo?

Um brinde à nova cara da F-1!

2 comentários:

  1. Ah ah. Tô de
    Mini ferias. Mas, pensei num post como o do chefe e, numa atitude de centos a anos atrás. Sei que não largarei o vício. Sei contra quem torcerei. Amém.



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  2. Ah ah. Tô de
    Mini ferias. Mas, pensei num post como o do chefe e, numa atitude de centos a anos atrás. Sei que não largarei o vício. Sei contra quem torcerei. Amém.



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