Assistindo esta corrida ao vivo, há 17 anos, tive certeza de que Schumacher tinha sido um filho da puta. Hoje, revendo a cena, acho a mesma coisa.
quinta-feira, 29 de junho de 2017
quarta-feira, 28 de junho de 2017
PITAQUINHOS
- errei quando escrevi que Hamiltão iria ser desclassificado caso sua proteção cabeçal voasse fora.
(cara de William arrependido por ter votado no Neves Sobrinho). "Desculpem nossa falha".
Na verdade, o piloto de dona Mercedes seria chamado ao boxes para dar um jeito na bagaça.
- A FIA (FIA das puta, na sigla em inglês) pode estender o drama mexicano que se tornou o chega para lá dado por Vetor em Hamiltão no GP de Báku. Estão considerando denunciá-lo ao tribunal internacional da porras loucas e ensandecidas. Ele já foi levado ao tribunal por ter xingado o diretor de corridas Charlie (bráu) Whiting após o GP do México no ano passado. Aquele envolvimento nada amoroso com Mad Max, lembram? Naquela ocasião passaram a mão na cabeça dele recomendando que não xingasse o véio. Agora, mamã Ferrari vai ter que rebolar levantando a saia para proteger seu pimpolho esquentadinho.
Até vejo a cena. Mamã, com uma rosa branca na boca, dança lascivamente ameaçando levantar a saia. Os bam-bam-bans, segurando o riso, pedem pelámô que não faça tal barbaridade. "A gente perdoa o lemão. Má, poupe-nos dessa visão dantesca".
- Piada pronta. Carlinhos (cada vez mais) Sains Rumo reclamou da atitude dos pilotos nas relargadas em Báku. Meio confuso uma vez que que criticou quem acelerava e freava na hora em que o carro de segurança iria para os boxes. Ou seja, a critica vai para Luís Hamiltão, que dita o ritmo na relargada.
Lembrando que Carlinhos é o sujeito que perpetrou aquela patetada na largada do GP do Canadá.
Ah, entendi. Largada pode. Relargada não.
- Por falar em Carlinhos, este foi aconselhado por Mimadon a ir para a McLaren. Conselho de amigo da onça.
- Por falar em Mimadon, este saiu feliz de Báku. Deu a entender que seu futuro é rosa, apesar de ser hétero. Não rosa porque vai correr na Força Aí Índia. Mas, pelo fato de ter conseguido um belo assento para o ano que vem. Não assento de privada, como está hoje. Um assento que pode, finalmente, levá-lo ao tão sonhado terceiro título. Ou seja, a Mercedes.
- para que Mimadon vá para os braços de dona Mercedes Hamiltão tem que sair. O piloto inglês já deu a entender que não quer dividir a equipe com o espanhol conhecido por tudo querer e passar o tempo desmerecendo o companheiro para se sentir o maioral. Tudo com a complacência da imprensa em geral. Portanto, Luís deve sair. Para onde?
Se for para mamã Ferrari Vetor tem que sair.
E, Vetor iria para onde?
Grandes nós a serem desatados. Voltaremos ao assunto na próxima edição.
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terça-feira, 27 de junho de 2017
ENQUANTO MASSA DORMIA
Bandeira vermelha. Prova interrompida.
Massinha de modelar em terceiro. Lancei Troll em quarto.
Papi Troll é dono da Williams. Tanto que aparece mais na TV que todo mundo da equipe.
Massinha dorme, dentro do carro, o sono de quem vai fazer e acontecer na relargada. (Tá certo. Não dormia. Licença poética, no entanto).
Alguém vem, sorrateiramente, e "quebra" o amortecedor de massinha, que dorme.
Sim, sou adepto da teoria da conspiração.
Como um amortecedor quebra parado? Ou durante a volta de aquecimento, em baixa velocidade, quando da relargada?
Nhein, nhein?
Como diria Bob "the answer is blowin' in the wind".
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QUEM SABE, SABE
Quando Hamiltão despontou no mundão véio da F-1 a rainha da mansão, Valéria, começou a chamá-lo de "filhote de shushu (de schumacher e não chuchu o vegetal). Isso lá em 2007. Nem lembro bem qual, dos vários, incidentes perpetrados pelo inglês fogoso levou ao apelido.
Enfim, na corrida de Báku lembrei do que ela sempre diz do piloto Mercediano.
Shushu, o Dick Vigarista, era craque em sacanear para atrapalhar, ferrar mesmo, os adversários. Um piloto sujo, como se diz.
Vejam o que ele fez em 2004 durante um safety car em Mônaco. Pensou que, dentro do túnel, sua façanha passaria despercebida. Só que não. Freou tão forte que travou a roda dianteira esquerda. Montoya não conseguiu evitar a batida. E, Vigarista sifu.
Em Báku, o filhote de Shushu (não resisto) armou algo parecido.
Notem, na "ibagem" onboard, que logo após a curva em mais ou menos 50 km/h dá um toque no freio o que pegou o lemão de calças curtas.
Algumas observações cabem neste lance. É preciso dar uma distância para a relargada entre o carro de segurança e um F-1. Até aí morreu Tancredo (o tio). Vetor sabe disso, calejado que é.
O problema que se coloca (ou cloaca, porque deu merda) é que, logo após contornar uma esquina o sujeito diminui de um tanto que parece alguém procurando um lugar para estacionar.
Hamiltão sacaneou mesmo.
E, o "italiano" que mora em Vetor fez que com que tudo fosse esquecido pela sua insana atitude.
Foi feio. E, Hamiltão não perdeu a oportunidade em aproveitar o lance "esquecendo", óbvio, que deu azo ao acontecido.
A nós, pobres mortais, só resta esperar os próximos rounds, uma vez que os dois vão estar sempre, até o final do campeonato, um vendo a bunda do outro com aquela vontade de morder. Pornografias à parte.
segunda-feira, 26 de junho de 2017
LAMBÃO EM BAKU
Após a corrida maluca em Aquivaifeijão, GP de Báku, Dona Gertrudes ligou com seu habitual berreiro.
Cada vez mais ela quer influenciar na escolha do lambão. Grita que "o leitão é meu. Nada tenho a temer."
Mas, normalmente concordamos com a escolha.
E, desta vez foi escolha coletiva.
"Todo mundo", berrou do outro lado. "Já mandei pro saco quase toda a vara. Sem trocadilhos...."
"Estou pedindo para o Joesley Safadão o 747 emprestado para levar os bichos assados. Ou, porcamente assados como você diz".
Então, vamos lá.
Incorporei as "grandes luzes" do Youtoba sem saber se vão tirar do ar como fazem habitualmente.
Em todo caso acompanhemos os eleitos.
- de cara Vokdanem e Botas lembrando antigo amor e se esfregando no muro. Malucos de primeira volta. Na minha opinião, no entanto, Botas não tirou o pé, acertou a zebra (pobre quadrúpede) e pimba no meio da Ferrari. Coisas do futebol.
- em 1:05 Carlinhos Sains (rumo) e o sustinho ao ver um Toro Mirim voltar para a pista. Pelo rádio, que não vai ao ar, " Uiii. Kuajato me assustou...."
- em 2:00 o abandono de Mad Max. Ele quebra o carro ou o carro quebra? Ele andou embutido em Chapolin Perez o que pode ter contribuído para a quebra do pum atômico. Os carros de hoje são cheios de mimimis. Não encosta aqui, não pula ali, não passe a mão na traseira. E, finalmente o Finish Him, "estou gorda?"
- em 2:20 o menino mimado, dono da bola. Vamos fazer um post sobre o entrevero e a, na minha opinião, sacaneada de Hamiltão. Mas, Vetor mostrou que tem sangue latino nas veias. Deveria segurar a onda. Perdeu a chance de vencer a corrida nesta bobagem homérica (de "seu" Homero). Coisa de motorista da 23 de maio (em sampa, naturalmente).
- 3:10 efeito Canadá. Não só os fiscais (alguns) de pista foram importados. A bronca entre Cocô e Chapolin também. O mexicano foi pior na relargada mas, não deixou espaço para o Escovão que, por seu lado não cedeu. Das duas uma. Ou se promove um jantar à luz de velas ou, uma briga de facão num quarto escuro.
- quase ao mesmo tempo Mimadon mostra quem manda na porra da bagaça ao determinar a red flag.
- 4:40 Incrível Hulk e sua maldonadice solitária. Tadinho do inocente muro. Se bem que eu também cometi uma maldonadice no domingo à noite passando por cima de um canteiro num shópis da vida. .
- 5:00 a bizarrice da coisa. Quando esta proteção lateral foi lançada, em uma corrida (não me lembro qual) David Coulthard perdeu a dita no meio de uma reta. Em Báku, Hamiltão iria perder a peça resultando numa bandeira negra, ou seja, desclassificação. Andou segurando a proteção nas retas, em atitude perigosa até que foi aos boxes sanar o problema. Ao mesmo tempo Vetor foi punido. Ficou um tempão perguntando "que fiz?"
- 6:50 e por falar em bizarrices. Botas "janta" Lancei Troll na linha de chegada para subir ao segundo lugar. Sim, vocês "ouviram".
Lancei Troll por pouco não chega em segundo. Botas que ficou uma volta atrás, passou o pimpolho canadense que foi ao pódio. Chupa Bueno.
Para encerrar o pessoal do bar de mamã Ferrari e Força Aí Índia merecem um leitão por não andarem com o regulamento debaixo do braço. Consertaram o carro de Vodkanem e Chapolim, respectivamente, dentro dos boxes, o que não é permitido. O serviço tinha que ser feito no pit lane.
Sim, o regulamento é uma idiotice mas, existe para ser respeitado.
Então, todo mundo cometeu sua maldonadice e merecem a quantidade estratosférica de leitões porcamente assados que, nesta altura, estão sendo levados de 747 emprestado do safadão.
Doidão
Vettel perdeu a corrida ontem por causa da estúpida manobra para cima de Lewis Hamilton, durante uma das centenas intervenções do safety car. Isso é para acabar com a lenda de que alemão tem sangue frio e não se abala com nada. Isto é conversa para boi dormir.
Duas coisas me provocaram estranheza: a) nas entrevistas após a corrida, Vettel resolveu ignorar o que tinha feito. A repórter: "mas houve contato com Lewis"; Sebastian: "sim, toquei em sua traseira porque ele fez um brake test"; repórter: "mas e depois, ao lado do carro de Lewis?"; Sebastian: "eu acenei para mostrar que não concordei com a manobra"; repórter: "mas houve contato com o carro de Lewis, não houve?"; Sebastian: "sim, eu acertei a sua traseira". Psicopata total; b) a conclusão de que Hamilton não teria freado ou tirado o pé do acelerador foi muito esquisita, pois dá para ver na imagem que, sim, ele diminuiu a velocidade. Na câmera onboard do carro de Vettel dá para ouvir nitidamente e ver pelos dados da telemetria que o alemão não saiu acelerando da curva. Tentei encontrar algum vídeo onboard do carro de Lewis que tivesse também os dados da telemetria, mas não achei.
Enfim, a coisa ficou desnecessariamente caótica, coisa de jogo de futebol entre bêbados. Para Sebastian, não houve nenhum ganho. Mesmo tendo chegado à frente de Hamilton, perdeu pontos importantes para o campeonato em um momento em que a Mercedes dá mostras de ter voltado à velha forma, impondo-se soberbamente sobre os demais tanto em classificação quanto em ritmo de corrida. Além de que, Lewis vai agora dar as cartas em um jogo que ele tanto gosta: o de palavras, fora da pista.
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quarta-feira, 21 de junho de 2017
PINGANDO PITACOS
- De quando em vez noticia-se a ida de Chapolim Perez para os braços de mamã Ferrari. Depois do que se viu, no entanto, no Canadá dificilmente ele cairá nos braços da dita. Estevão Cocô era mais "fast" do que ele que, simplesmente não abriu caminho, desobedecendo ordens (as famigeradas) para sair da frente. Os italianos preferem alguém que cumpra as determinações. Até mesmo porque, pensando só em seu umbigo, o mexicano fez a festa de Vetor que ultrapassou as duas Força Aí Índias terminando em quarto.
- Outro dia li que a única manda chuva da F-1, a tal Monisha Karltenborn (vulgo Mônica Cadêobolo) fez um trabalho excelente para rebaixar a equipe Sauber. De média para bosta. Sexismo à parte eu concordo. Vejam, por ex., o acordo com mamã Ferrari para usar motores do ano passado em carros de hoje. Totalmente diferente dos de ontem. Agora Mônica é história. Dizem que ela não concordou em mandar mais brasa na sardinha do Filho do Eric. Queria igualdade de direitos. A gente sabe que isso só funciona na teoria. Puxa daqui, puxa dali a corda arrebentou para o lado da dita.
- Kuajato e Carlinhos Sains (rumo) andam se estranhando nos Toro Mirins. Uma história esquisita de um aproveitar o vácuo do outro alternativamente. Essa pornografia não podia dar certo. Nada que mude os rumos do universo.
- Tem chinês brincando de lançar equipe da F-1. Mas, a coisa é um labirinto. British House Companies (sei lá que porra é essa) revelou uma nova equipe chamada China F-1 Racing Team Limited. Ela era uma coisa que virou outra que era dirigida por um advogado. Pronto. Para tudo que tem merda no meio. A F1, através de seus pentelhos mandões, diz que não sabe, que não é assim, que tem que abençoar de um ano para outro. E, eu aqui perdendo tempo com essa especulação.
Enfim, neste fim de semana tem GP de Báku. Alonso vai carregar a McLaren até o final, quando vai quebrar e sair de mimimis mundo afora.
- Haja saco.
terça-feira, 13 de junho de 2017
LAMBÃO DO CANADÁ
Dona Gertrudes ligou antes mesmo da poeira abaixar.
- o que há com Carlinhos? Tá Sains rumo?
E caiu na gargalhada.
Sim. Sains perdeu o rumo.
Pior. Foi justificar a maldonadice dizendo que o "espeiínho" de seu carro é muito pequeno, causando justificada ira do chefe da Rá, equipe de Romã da Granja, o primeiro a ser tocado pelo espanhol cegueta.
Massinha de modelar, que estava todo pimpão nem viu o que aconteceu, levando a segunda bordoada.
Por sorte ficou só nisso.
Como já correm as especulações sobre a dança dos pilotos para o ano que vem o jovem e fogoso espanhol tenta mostrar serviço.
Por enquanto leva o leitão porcamente assado de dona Gertrudes.
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sábado, 10 de junho de 2017
FAÇO FILMES
Eu faço filmes.
Sobre uma menininha moradora em uma propriedade perto de um riacho. Numa manhã qualquer ela estava no gramado em frente à casa com os olhos vidrados em direção à água. Sua mãe, recebendo visitas, chamava sua atenção dizendo, "está encantada com o mundo, Princesa?"
E a menina respondia "Rã-rã".
"É um belo dia de sol não é, minha Rainha?"
E a menina "Rã-rã".
Todos sorridentes e felizes com a manhã ensolarada e o fim do embargo sobre as casas que perduraram décadas. A família comprou aquela propriedade numa verdadeira pechincha. Não havia mais o perigo da radioatividade.
A mãe pergunta para a menina. "Está com fome, minha princesa?"
A garotinha, linda com cachinhos loiros, volta-se, finalmente, e diz sorridente "Rã-rã!"
Do riacho, enormes rãs saltam em direção à casa. São do tamanho de vacas. E, com mandíbulas de tubarões. E, sim, estão com fome. Mas, não se preocupem. O filme tem final feliz. A garotinha era sim uma rainha. Das rãs. E, sobrevive à carnificina. A cena final do filme mostra a linda garotinha partindo com o exército de rãs, alteradas pela radioatividade, em direção à cidade.
Eu faço filmes.
Sobre um enorme macaco que invade e destrói uma fazenda. Atira vacas e ovelhas para todo lado. Desfere socos em homens e mulheres que viram verdadeiros cacos. Close no rosto do macaco (se é que macaco tem rosto.). Tá. Reformulando. Close na cara do alucinado macaco. Ele notou uma criança em um cesto de vime no fundo do que parece ser um quarto extremamente simples. Apanha a criança que não solta um gemido sequer. Olha fixamente para o rebento e resolve fazer dele sua refeição. A Câmera afasta-se. O enorme macaco morde a criança. Faz, no entanto, uma careta de nojo e a atira longe, como fez com as ovelhas. A criança cai e espatifa-se em vários pedaços, louça que era. O enorme macaco fita a câmera que afastando-se cada vez mais revela que um sagui fugiu do cativeiro e invadiu o presépio do vizinho.
Eu faço filmes.
Sobre um sonhador. Década de 60. O homem e os soviéticos (notaram a ironia? Fiz a distinção para conseguir patrocínio da CIA) disputavam a chamada corrida espacial.
Numa cidade perdida em meio ao deserto do Texas mora nosso herói. Desde pequeno fascinado pelos grandes espaços. Quando cresceu tinha certa obsessão pelo cosmo. Com o advento da corrida espacial resolveu que era um escolhido para fazer história. O primeiro homem a pisar na lua.
Contava, nos bares da vida, que iria construir uma cápsula que seria lançada em direção ao nosso satélite. Já havia construído a mira. Era muito fácil.
Como todo filme deste estilo os convivas riam dele. Se os americanos (os homens do início da narrativa) ainda apanhavam para colocar uma caixa de metal em órbita, imaginem um fazendeiro do meio do deserto. Iria construir um canhão de peido de vaca? Considerou a idéia mas, haja vaca.
Passa o tempo. Bolei aquelas imagens rápidas com um calendário no rodapé.
A câmera desce do escuro do espaço até o centro da cidade mais próxima da fazenda do sonhador.
Precisamente na praça central. Num palanque as autoridades e o sonhador.
O prefeito, véião, e sua fogosa mulher mirando em algum vaqueiro sarado. O cientista louco dizendo que tudo foi calculado. E, tudo daria certo. E, a cidade entraria no mapa.
Lógico, nos meus filmes existe uma certa dose de humor. Portanto, alguém grita em meio à multidão. "A cidade já está no mapa. Vi agorinha mesmo." O engraçadinho leva uma bifa de sua crente (na missão) mulher.
O cientista cético dizendo que tudo daria errado e a destruição viria em forma de.....de......de um enorme estilingue.
Sim. O sonhador seria lançado à lua a bordo de uma cápsula feita de alumínio tendo como propulsor aquele estilingue fincado no meio da praça que seria puxado por tratores até o ponto, exaustivamente calculado, de soltura. Era ele feito de ferro com tiras de borrachas importadas da amazônia. Tudo de primeiro mundo. Tirando a borracha, claro.
Como é um filme esqueçam detalhes como a viagem de volta, roupas apropriadas para as andanças na lua e quetais.
Sob aplausos o sonhador desce do palanque em direção ao estilingue. Trajando um macacão de motociclista, capacete idem. No capacete um desenho feito por ele retratando a si mesmo e o brasão de sua fazenda. Ou algo parecido. Ele é sonhador e não desenhista. Claro, para agradar a CIA, fiz com que carregasse no bolso a bandeira americana retirada da sala do prefeito. A gulosa mulher do prefeito fez questão de dar uma beijoca na bandeira. E, uma lambidinha porque, nos meus filmes, existe uma certa dose de erotismo.
Sobe a câmera, espetada numa grua. O sonhador entra na cápsula, já instalada no estilingue, sob os aplausos da multidão e avisos ignorados do cientista cético. O prefeito fecha a cápsula. Sua gulosa mulher quebra uma garrafa de uísque (champã é coisa de viado) na dita.
Rufam os tambores. Sim, a escola local mandou sua banda marcial.
Os tratores começam a puxar as tiras do estilingue. Lá dentro, entre lágrimas que não consegue enxugar por causa do capacete, o sonhador relembra toda a sua vida de ilusões e anseios em fazer história. Como todo filme patrocinado pela CIA, existe aquela coisa de família americana suas perdições e reencontros. O sonhador levava uma vida de desilusões. Seu pai não aceitava seus devaneios desferindo cascudos toda vez que falava em viajar cosmo afora. Ou adentro. Seu feito seria sua redenção.
Volta a câmera aérea. Os tratores já perdem o impulso inicial. Começam a patinar. A multidão prende a respiração. Pingos de suor revelam-se nos tratoristas como se eles estivessem fazendo força.
Repentinamente um estalo. Todos procuram a origem. A base do estilingue não aguentou a pressão.
Arrebentou fazendo com que toda a parafernália fosse lançada em direção aos cidadãos e a cidade em volta. Os tratores são lançados pelo ar espalhando seu combustível. Tudo explode, até os hidrantes. Lembrando que é um filme. Licença poética.
A cidade praticamente some do mapa, onde seria colocada. Zilhões de mortos.
Cena final. A cápsula repousando intacta no solo fumegante. Na verdade grama fumegante.
Após algum suspense batidas e a porta é atirada longe. Enquanto a câmera sobe, o sonhador sai do seu habitáculo, arranca o capacete e, olhos esbugalhados observa a cena em volta.
Fitando o espectador, através da câmera, grita triunfante.
Lua, sua linda, cheguei.
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terça-feira, 6 de junho de 2017
PITACOS
- Totó Lobão também quer motores mais barulhentos para a F-1. Ora, ora, ora. E, para quem quiser entender, elogiou Vetor ao dizer que é trabalhador e entendeu antes os pneus. Sim, imagino o lemão sentado nos boxes numa conversa ao pé da "oreia" com os gorduchinhos.
- Mate-me Até Morrer (vulgo Matt Morris) chefão da McLaren disse que o carro laranja é um dos melhores da F-1. Tá. Então os pilotos são os piores. Sinceramente o Morris era desconhecido para mim. Continua sendo.
- Dona Clara Williams defende seu ricaço piloto Lancei Troll dizendo que as críticas a ele são "desagradáveis e injustas". Má que o moleque é ruim, é.
- Mimadon está de volta. O gênio vai carregar o carro nas costas. Tadinho.
- Cristiano Córner, chefão dos Toro Seniores disse que os três próximos circuitos serão difíceis para sua equipe. Humm. Canadá é travado feito Mônaco onde Sorrisão subiu ao lugar mais baixo do pódio (mas, subiu). Tá cheirando desculpa antecipada.
- Além do que sempre chove na ilha.
- Para finalizar, Kubica o desafortunado piloto de competição, uma vez que adora uma boa panca vai testar um F-1 depois de seis anos. O teste é mó esquisito. Não sei para que vai servir. Ao lado do russo Tironokuzim vai testar um carro da Renault de 2012 quando a Renault era a Lotus, essa não aquela. Tudo para dar em nada.
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NOVO FILME VELHO
Só para constar. Sabemos que o dinheiro move o mundo. E, as pessoas. Enquanto nossos negócios, ou "negócios" vão bem você é da "turma".
Mas, quando o esquema começa a fazer água tudo muda de figura. Dizem que Collor caiu por não querer dividir. Dizem que o PT caiu por querer a maior parte do bolo.
Temer não serve mais para acobertar as mumunhas da vida pública brasileira. Eu diria que nunca a vida pública brasileira esteve tão na privada.
Agora, diante do julgamento do Superior Tribunal da Embromação (TSE) o brasil se vê diante de um impasse.
Dona Globo (uma que pensa ser a prisão de Lula o antídoto para a crise) se posiciona a favor da cassação da chapa Dilma/Temer.
O mordomo de filme de terror não serve mais. Já cumpriu seu papel.
O problema é a justiça. O querido Gilmar Dantas (lembram?) já andou dizendo que, se for preciso, alguém pede vistas do processo, senta em cima, e 2018 chega. Seu amigo (quero dizer, o tal mordomo) fica a salvo.
O esquema vai ter que ser outro. Se não houver a cassação, a desmoralizada justiça vai, mais uma vez, jogar no lixo o que resta de sua decência.
Vão falar em zilhões de coisas. Até em retirar dos autos delações que foram anexadas a destempo.
A maior prova que houve Caixa 2, 3, 3 e 5 é daquele que entrou com a ação.
Aécio Neves. Mais sujo que pau de galinheiro. E, lógico, grande amigo do Gilmar Dantas.
Estamos no mato sem cachorro porque a onça domina tudo.
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sexta-feira, 2 de junho de 2017
CANDIDATOS
O blog deste lado viveu momentos tensos após as três batidas retratadas abaixo.
Quem levaria o leitão porcamente assado de dona Gertrudes?
Como dito no post do lambão, o Filho do Ericson veio salvar a lavoura, para ficar no ramo alimentício.
A "arte" perpetrada por Jasão Butão foi, de início, tétrica. Sem saber, primeiro quem era, e depois o estado do piloto "pregado" no gradil seguramos o riso. Descobrimos então, que tratava-se de Vêlánhein alçado ao status de quadro na parede por um piloto que respeitamos.
Com os mortos e feridos em bom estado caímos no riso. E, lamentamos a falta de noção de Butão. Não havia como passar naquele ponto.
Já a maldonadice de Chapolin Perez é algo sempre esperado. O menino ainda guarda dentro de si o maluco de primeira volta. Pode não ser na primeira mas, espera-se de tudo do mexicano alucinado.
A verdade em Mônaco é que não há como ultrapassar quem vai à frente. Só esfregando as partes íntimas e contar com a boa vontade de quem vai ser ultrapassado.
Essa curva, La Rascasse, é fudidona. Os caras vem mais ou menos embalados (se isso é possível em Mônaco) e alguém sempre tenta uma gracinha. Dá no que deu. Lembrando que, no ano passado, houve aquele enrosco entre Nariz e o Filho do Ericson, ambos com a carroça da Sauber.
Por falar no marcão Filho do Ericson, ele salvou as paradas leitoreiras ao nos proporcionar mais um momento de impagável comédia ao bater no gradil logo após ultrapassar o carro madrinha (ou de segurança) para descontar a volta atrás. Desbancou do primeiro lugar Chapolin Perez, uma vez que não iríamos escolher nosso parça Butão para deglutir o prêmio pela melhor maldonadice da corrida.
O sueco afirmou que os freios estavam quentes e os pneus frios. Ou vice-versa. Sei lá. Nem prestei muita atenção. Nem ele, na hora de fazer a curva.
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quarta-feira, 31 de maio de 2017
QUEM É O NÚMERO UM?
Após o GP de Mônaco muito se falou na estratégia (ou estratégias) das equipes.
Houve ajuda de mamã Ferrari para Vetor vencer. Houve ajuda dos Toro Seniores para Sorrisão subir ao pódio em terceiro?
Sim e não. Só que não.
Havia diferenças de desempenho dos pneus de maneira que, quem fizesse primeiro a troca, iria perder rendimento.
De fato, Vodkanen e Mad Max pararam antes que seus companheiros e levaram o chamado uppercut no queixo.
Os pneus, na parada, poderiam ter rendido mais. Como renderam de maneira que, quem estava atrás, na frente ficou após a troca troca.
Então, por que Kiwi, que corria sem ninguém à sua frente, não sentou o pé na máquina abrindo distância razoável para seu companheiro?
Mad Max estava preso no trânsito: é outra história.
Os Toro Seniores ajudaram Sorrisão para compensar as rasteiras que aplicaram no pobre moço no ano passado.
Mas, lá no fundo, noves fora, eu sempre disse para o chefe do blog: "na hora do vamu vê não tem essa de estratégia. O negócio é sentar e ser mais rápido que os outros."
Muito simples.
Depois ficar de mimimi nos boxes (ou mesmo durante a corrida, como Mad Max) não resolve as paradas.
Houve ajuda de mamã Ferrari para Vetor vencer. Houve ajuda dos Toro Seniores para Sorrisão subir ao pódio em terceiro?
Sim e não. Só que não.
Havia diferenças de desempenho dos pneus de maneira que, quem fizesse primeiro a troca, iria perder rendimento.
De fato, Vodkanen e Mad Max pararam antes que seus companheiros e levaram o chamado uppercut no queixo.
Os pneus, na parada, poderiam ter rendido mais. Como renderam de maneira que, quem estava atrás, na frente ficou após a troca troca.
Então, por que Kiwi, que corria sem ninguém à sua frente, não sentou o pé na máquina abrindo distância razoável para seu companheiro?
Mad Max estava preso no trânsito: é outra história.
Os Toro Seniores ajudaram Sorrisão para compensar as rasteiras que aplicaram no pobre moço no ano passado.
Mas, lá no fundo, noves fora, eu sempre disse para o chefe do blog: "na hora do vamu vê não tem essa de estratégia. O negócio é sentar e ser mais rápido que os outros."
Muito simples.
Depois ficar de mimimi nos boxes (ou mesmo durante a corrida, como Mad Max) não resolve as paradas.
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Então ficamos assim: O "não sei o nome", Vodkanen e a face enigmática, Vetor com cara de saber quem é o preferido, e Sorrisão mostrando o bom serviço de seu dentista. |
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domingo, 28 de maio de 2017
LAMBÃO EM MÔNACO
E, para salvar Jasão Butão, aconteceu algo, ainda inexplicável.
E, antes de uma explicação plausível, o blog escolheu o lambão da corrida.
O Filho do Ericson.
Ele adorava infernizar a vida de Felipe Nariz, Principalmente por andar na frente do dito.
E, a maldonadice foi algo risível.
O carro de segurança entrou na pista por conta da bicuda de Butão em Velánhein, seu companheiro de Sauber, e quando da ordem que permite os pilotos passarem o carro madrinha por estarem em voltas inferiores ao líder (para não atrapalharem a relargada) aconteceu a maldonadice salvadora de Jasão.
Sim, o asfalto estava esfarelando na prima curva da porra da bagaça.
Mas, não era motivo para estampar o gradil.
O Filho do Ericson ultrapassou o carro madrinha e pimba no gradil.
Não importa a explicação para a maldonadice. O asfalto derretendo etc e tal. Para a escolha do lambão importa a maldonadice do piloto da Sauber
Que resiste tendo espaço na F1, sei lá porquê.
Importa, por outro lado, que nosso amigo Aécio (digo Butão) escapou do leitão porcamente assado de dona Gertrudes.
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QUASE LAMBÃO
Como todos sabem as escolhas do lambão das corridas são absolutamente parciais.
Sim, como Gilmar Mendes (o melhor advogado do Aécio) julgamos de acordo com nossos interesses.
Portanto, quando dessa estranha maldonadice de Jasão Butão este lado do blog, infelizmente, pensou: taí o lambão da corrida.
Porém, ai porém, veio o nosso querido maluco de primeira volta Chapolin Perez, que perpetrou algo parecido contra o pobre Kuajato. Ou seja, ultrapassagem sem considerar as leis da física. Não é possível dois corpos ocupar o mesmo lugar na porra do espaço/tempo nem considerando os efeitos elesideanos (de LSD) da história.
De qualquer maneira o blog ficou chateado com a atitude maldonadice de Butão. O cara é bão piloto e, sabemos lá, o que se passou na cabeça dele.
Mas, como Gilmar diria em relação ao Aécio, ele é nosso parça, e vamos proteger o amigo até a última carreira.
Portanto, apesar de não ter enviado até hoje o telefone para Mariana, Butão escapou de levar o leitão porcamente assado de dona Gertrudes, por uma maldonadice esquisita de outro piloto da Sauber.
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sábado, 27 de maio de 2017
LAMBÃO EXTRAORDINÁRIO
O dia começou diferente para este lado do blog. Fui fazer plantão na Justiça e não assisti o treino classificatório ao vivo. Mais diferente ainda pelo fato de não haver energia no prédio. Os homens energéticos (que cuidam da energia) estavam fazendo um trabalho na rua e ficamos literalmente no escuro. Nem as luzes de emergência funcionavam.
Penso que o ambiente tétrico afastou os advogados que teriam alguma reivindicação plantonística.
O mais engraçado é que alguns computadores funcionavam. Coisa do demo.
Ignorei as chamadas de dona Gertrudes. Fui obrigado a desligar o telefone celular tamanha a insistência. Pensei que a carne fraca tinha chegado até ela.
Assistido o treino devidamente gravado (voltamos para aquela empresa que fornece modem que permite gravação) liguei o celular e imediatamente o aparelho tocou. Meia hora de impropérios contra dona Alzira, dona Sidalina (vovó, para quem não conhece) e vários parentes que nem sei se estão vivos, dona Gertrudes exigiu um lambão extraordinário. Como eu já havia pensado nisso, quando da maldonadice, fechou.
Senão vejamos.
Mimadon adora xingar o carro McLaren nas entrevistas e transmissões. Os babacas da TV entram na dele e vivem dizendo que o cara carrega o carro nas costas (um fala cosssstasssss, porque é carioca).
Só que não. Se prestarmos atenção o carro pode ter problemas de durabilidade de motor ou potência. Mas, não é para tudo isso. Em várias corridas Mimadon se classifica bem e anda entre os primeiros. Até que alguma coisa dá errado e o carro quebra. Ou "quebra", se me entendem.
Seu companheiro de equipe Stofado Vandormi nem pode entrar no comentário porque é o pararaio, ou para-raio, ou para raio do momento. Mal consegue se arrastar para fora dos boxes devido aos vários problemas mecânicos que se apresentam.
Hoje tudo mudou.
Mimadon está fazendo suas graças em Indianápolis (onde tem nossa torcida) e chamaram o aposentado Jasão Butão para substituí-lo. Não é que os dois andaram bem?
Todo mundo achando que Jasão não se adaptaria ao novo carro porque nunca tinha andado com a carroça, tal e coisa. Pois mandou legal e conseguiu o nono lugar no grid. Tudo bem, vai perder seiscentas punições pela equipe ter mexido no pum atômico. Mas, para um aposentado mandou legal.
Chegamos ao lambão extraordinário.
Era dia de Stofado sair da sombra de Mimadon (o homem do marketing pessoal isssssperto, diria aquele homem da TV, o carioca).
No Q1 o piloto belga passou com o sexto tempo sendo a surpresa até então.
No Q2 vinha em sétimo e "dentro" dos dez que disputariam a pole. Butão estava em décimo e passou para o Q3 porque Vandormi cometeu esta maldonadice. Tinha tudo para ser a sensação do treino classificatório e pfffffff.
Todavia, os carros McLaren tem vida sem o espanhol xiliquento.
Está ficando difícil engolir as palavras de Aécio, quero dizer, Mimadon sem aquela expressão de "não é bem assim".
Em todo caso amanhã é outro dia.
E, o primeiro leitão porcamente assado já foi enviado via marítima já que não está fácil para ninguém. Haja dinheiro para o Sedex. A promessa de entrega é um pouco antes do Natal. Tá bom, né?
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IMPRESSÕES
Depois de digerir a batida de Lancei Troll na quinta feira e, principalmente, sua desculpa declarando que bate no mesmo ponto quando joga Playstation (sei lá se é assim que se escreve) concluí que alguns pilotos chegam cedo demais à categoria. Claro, os carinhas (como Mad Max) vem sendo preparados desde o berço equipados que são com rodinhas e motor de kart.
Possuem, por outro lado, gasolina no sangue e DNA do automobilismo.
Nem todos, pelo visto, tem maturidade para encarar o pântano lúgubre que é o circo.
Lancei Troll chegou empurrado pela grana que ergue e destrói coisas belas. Diz que sofre críticas devido ao dinheiro da família que pavimentou sua carreira de piloto. A verdade é que é verdade (ai, meu saco).
Não vou a fundo sobre os comentários que pingam aqui e ali dando ciência de exigências sobre companheiros de equipe ou atitudes amalucadas como esta,
empurrando um adversário para a grama provocando a merda toda.
Fico aqui pensando se não é o mesmo caso de alguns tenistas que começam a carreira muito cedo, por influência dos pais, tenistas frustrados, perderam a infância e a juventude e repentinamente se vêem no mundo adulto sem vontade de continuar competindo.
O piloto canadense pode ter entrado para a categoria dita máxima cedo demais. Ou pode não querer ser piloto de competição apesar de papai endinheirado achar que sim. Fosse ele largaria tudo e correira para aquele iate de três andares da família que está ancorado logo ali. Fórmula um? Só no playstation.
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"papi está distraído. Cadê o Playstation?" |
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RAIKKONEN AFINAL
Depois de 128 corridas Kiwi Vodkanen tascou uma pole position na testa do companheiro de equipe. No caso, Tião Vetor.
Surpresa? Nem tanto uma vez que vinha batendo na trave e perdendo posições por instantes quânticos.
Lógico que amanhã tudo pode ser diferente.
Mas, acredito que o blog em peso torcerá para Kiwi em primeiro e Vetor em segundo.
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impressão minha ou Kiwi anda "malhando?" |
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sexta-feira, 26 de maio de 2017
CICATRIZES
Depois de décadas sem maiores atenções percebi uma marca do passado.
Cicatriz.
Ou, cicatrizes.
Cicatriz.
Ou, cicatrizes.
Todo macho que se preze tem cicatrizes a mostrar e vangloriar.
Descobri, no entanto, que as cicatrizes físicas tem prazo de validade.
Ou seja. O corpo as absorve com o tempo. A não ser que sejam profundas. No corpo, ou na alma.
Até que ponto as cicatrizes físicas nos afetam vida afora/adentro?
Minhas primeiras cicatrizes físicas foram "obtidas" em Curitiba. Cidade muito em voga hoje em dia.
Morávamos numa vilinha no (hoje) bairro Bom Retiro e as casas de madeira eram edificações sobre pilares de concreto com vãos lives abaixo do piso "habitável".
Os vãos eram aproveitados das mais diversas formas. Galinheiros, depósitos fechados com tapumes e utilizados como guarda "qualquer coisa", ou como no caso dos Onofri "mundo hostil a ser explorado".
Sim.
Meus pais não utilizavam o vão livre para nada. E, aquele lugar lúgubre era um lugar a ser explorado pela criançada em busca de fortes emoções.
Num belo dia lá fui eu a engatinhar pelo espaço inexplorado. Indo onde ninguém "ainda" foi.
O "porão" era baixo e tínhamos que engatinhar escuridão adentro.
E, lógico, o explorador encontrou um inimigo cortante. Restos de garrafas quebradas, certamente pelo antigo morador. Meu joelho esquerdo foi fulminado pelo inimigo que espreitava durante anos a fio.
Berrando feito um leitão de dona Gertrudes mal abatido corri para os braços de dona Alzira (mamã) que, sem dó nem piedade, jorrou cascatas e cachoeiras de água no meu joelho com o incentivo das broacas vizinhas que vieram correndo.
Meninos, depois de tantas décadas, ainda lembro da água escorrendo vremia como pintura das Ferraris, que já existiam. Lembro de meus berros e do semblante de dona Alzira significando "sei que dói mas, quem mandou engatinhar no "porão?"
Resultado.
Cicatrizes. Meu joelho esquerdo virou um mapa em alto relevo da minha audácia infantil.
O preço a pagar pela busca do sei lá o quê naquele lugar desafiador com suas garrafas quebradas.
Mostrei durante anos a fio, orgulhosamente, o castigo por enfrentar o "tudo aquilo".
Adiantando o relógio da história, vamos para sampa.
Morávamos na periferia .
Lá na consagrada rua Djalma Forjaz.
Uma das brincadeira preferidas da petizada da época era o famoso "pique e esconde".
Numa dessas ocasiões, e da brincadeira noturna ( rock and roll, baby), corri para uma construção, crente que não seria descoberto.
Bom, construção também significa buracos no chão para os alicerces de concreto com aqueles "fios" de aço aparente,
Pois bem. O "tecladista" em questão correu construção adentro e num momento estarrecedor sentiu o chão sumir.
Lembrei do porão em Curitiba,
Uma dor do carai. Ou melhor, perto do carai.
Caí num desses buracos de alicerce com lâminas afiadas a esperar um panaca qualquer..
Berrei feito um bezerro desmamado sem ser amado.
Meus amigos de folguedo sumiram quando viram o sangue jorrar.
Corri para casa e, lógico, mamã Alzira jogou a famosa água "não benta" no meu corpinho.
Resumindo. O corte foi profundo na minha perna direita. Por muito pouco não sofri uma vasectomia sem anestesia. Dona Alzira não economizou na água, nos impropérios, e nas pragas, já que estraguei uma (única) calça comprida disponível no meu guarda-roupa. Não levaram o pobre menino para o hospital porque o estrago merecia uns pontos. Levei uns safanões e conselhos tipo "engole o choro".
Na mesma época, outra cicatriz foi resultado de uma remoção de gesso de um braço quebrado em Rib's. Morávamos em sampa e as férias com os primos malucos eram malucamente esperadas.
Resumindo: quebrei o braço direito em Rib's, fui retirar o gesso em sampa e, (óóó) os carinhas de Rib's não colocaram uma gaze entre o braço e o gesso. Resultado: queimaduras no braço, quando da retirada do gesso, com um aparelho feito aquelas serras de filme de terror. A maquininha não cortava a carne. O enfermeiro com cara de Jason passou a dita na própria mão para me convencer. Mas, queimava com o atrito. Quando Jason começou a cortar o gesso senti uma dor mistura de vidro e aço (lembranças dos cortes anteriores). Desandei a berrar e o enfermeiro junto com véio Mero ficaram tripudiando de minha masculinidade ao invés de prestar atenção na tortura. Até o momento em que removeram o gesso e viram o estrago/queimadura no meu braço. Ferimentos do lado interno e externo. Do punho até quase o ombro. Durante anos as cicatrizes fizeram sucesso com a mulherada. Contava vantagens em como resisti à dor e estava ali para contar a história.
Pois bem.
Depois de tantas décadas descobri algo que, no final, as cicatrizes foram absorvidas pelo corpo e quase não percebi. Significa que o lado espiritual dos acontecimentos ficaram no passado.
Hoje a única cicatriz que restou para contar a história, é um pedaço daquela da construção em sampa na minha perna direita. Foram três ferimentos. Resta a maior.
Tanto tempo vivido e começo a entender que as cicatrizes, físicas e espirituais, tendem a serem absorvidas. Deixam de ter a importância que tiveram.
É a vida que segue.
Post editado no dia 26 pela manhã, apesar da ressaca. Eh eh
Uma das brincadeira preferidas da petizada da época era o famoso "pique e esconde".
Numa dessas ocasiões, e da brincadeira noturna ( rock and roll, baby), corri para uma construção, crente que não seria descoberto.
Bom, construção também significa buracos no chão para os alicerces de concreto com aqueles "fios" de aço aparente,
Pois bem. O "tecladista" em questão correu construção adentro e num momento estarrecedor sentiu o chão sumir.
Lembrei do porão em Curitiba,
Uma dor do carai. Ou melhor, perto do carai.
Caí num desses buracos de alicerce com lâminas afiadas a esperar um panaca qualquer..
Berrei feito um bezerro desmamado sem ser amado.
Meus amigos de folguedo sumiram quando viram o sangue jorrar.
Corri para casa e, lógico, mamã Alzira jogou a famosa água "não benta" no meu corpinho.
Resumindo. O corte foi profundo na minha perna direita. Por muito pouco não sofri uma vasectomia sem anestesia. Dona Alzira não economizou na água, nos impropérios, e nas pragas, já que estraguei uma (única) calça comprida disponível no meu guarda-roupa. Não levaram o pobre menino para o hospital porque o estrago merecia uns pontos. Levei uns safanões e conselhos tipo "engole o choro".
Na mesma época, outra cicatriz foi resultado de uma remoção de gesso de um braço quebrado em Rib's. Morávamos em sampa e as férias com os primos malucos eram malucamente esperadas.
Resumindo: quebrei o braço direito em Rib's, fui retirar o gesso em sampa e, (óóó) os carinhas de Rib's não colocaram uma gaze entre o braço e o gesso. Resultado: queimaduras no braço, quando da retirada do gesso, com um aparelho feito aquelas serras de filme de terror. A maquininha não cortava a carne. O enfermeiro com cara de Jason passou a dita na própria mão para me convencer. Mas, queimava com o atrito. Quando Jason começou a cortar o gesso senti uma dor mistura de vidro e aço (lembranças dos cortes anteriores). Desandei a berrar e o enfermeiro junto com véio Mero ficaram tripudiando de minha masculinidade ao invés de prestar atenção na tortura. Até o momento em que removeram o gesso e viram o estrago/queimadura no meu braço. Ferimentos do lado interno e externo. Do punho até quase o ombro. Durante anos as cicatrizes fizeram sucesso com a mulherada. Contava vantagens em como resisti à dor e estava ali para contar a história.
Pois bem.
Depois de tantas décadas descobri algo que, no final, as cicatrizes foram absorvidas pelo corpo e quase não percebi. Significa que o lado espiritual dos acontecimentos ficaram no passado.
Hoje a única cicatriz que restou para contar a história, é um pedaço daquela da construção em sampa na minha perna direita. Foram três ferimentos. Resta a maior.
Tanto tempo vivido e começo a entender que as cicatrizes, físicas e espirituais, tendem a serem absorvidas. Deixam de ter a importância que tiveram.
É a vida que segue.
Post editado no dia 26 pela manhã, apesar da ressaca. Eh eh
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quinta-feira, 25 de maio de 2017
RÁ! - OU SOBRE O POST ABAIXO
Alguém falou sobre Lancei Troll?
Pior que perder a traseira foi declarar que não consegue contornar a curva no Play-Station. Como assim, cara pálida?
Em que mundo vive o riquinho?
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Lambão apócrifo (e atrasado) do GP da Espanha
Dona Gertrudes ignorou todos os procedimentos burocrático-corporativos estabelecidos pelo F-1 Literária Media Corporation e veio direto até mim:
"Teu pai não te deu o recado?"
"Sim, sim, o Galvão esqueceu completamente das Force India, da corrida espetacular do Wherlein - com uma parada só, diga-se de passagem..."
"Claro que não, moleque imbecil!"
O recado, na verdade, era que, por ter sido a corrida no dias mães, Dona Gertrudes havia sido agraciada com um leitão extra, que deveria ser entregue ao menino.
"Que menino, Dona Gertrudes?"
"O menino, o lituano, que é grosso igual ao pai. Não gosto dele!".
Dona Gertrudes referia-se ao holandês Max Verstappen. Tentei argumentar:
"Mas ninguém pode ser punido por empurrar um carro de volta para a pista, Dona Gertrudes".
A resposta foi simples: "não gosto dele".
A equipe de analistas técnicos do blog foi convocada para uma reunião de emergência a fim de analisar o pleito de nossa colaboradora. Reproduzo, a seguir, a nota informando o parecer final:
O Conselho Técnico Deliberativo do F-1 Literária Media Corporation, após detida análise dos fatos ocorridos no último dia 14 de maio, na curva 01 (um) do Circuito de Montmeló, Catalunya, Espanha, após a largada do Formula 1 Gran Premio de España Pirelli 2017, concluiu o seguinte:
1. Não há atribuição de culpa pelo acidente que tirou do certame os pilotos Max Verstappen e Kimi Raikkönen; três carros dividiram a curva e, certamente, daria merda, como deu;
2. Esquentadinho, o piloto da Red Bull preocupou-se em levantar a mãozinha do volante para reclamar de Raikkönen em vez de frear seu bólido ou direcioná-lo para a área de escape, empurrando, consequentemente, o rival de volta para pista;
3. Com isso, embora não haja previsão específica no regulamento sobre "forçar carro para dentro - e não para fora - da pista", considerou-se Verstappinho culpado pelo incidente, atribuindo-se-lhe o leitão apócrifo da Dona Gertrudes.
Restou inconcluso, contudo, em vista de trocentos carros vindo atrás de outros dois quebrados semi-estacionados no traçado, como o rebosteio não foi maior.
CONSELHO TÉCNICO DELIBERATIVO
F1 LITERÁRIA MEDIA CORPORATION
Todo este trâmite acabou tomando mais tempo do que gostaríamos e, por isso, o leitão só sai agora, às portas do GP de Mônaco. Dona Gertrudes não está feliz, pois terá trabalho dobrado no final de semana. Suspeita ela, inclusive, que Stroll fará tanta lambança no principado que levará uns dois três suínos de uma vez.
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terça-feira, 23 de maio de 2017
POR QUEM OS SINOS TORCEM
Não gostamos do jeito de ser de Mimadon (vulgo Fernando Alonso).
Mas, claro que reconhecemos nele um piloto fora de série.
No último domingo não conseguimos assistir à classificação para as 500 milhas de Indianápolis arrastados que fomos para um cinema.
No entanto, algo dizia que o espanhol iria largar em uma boa posição pelos treinos anteriores e pelo fato de ter passado em quarto no dia anterior dando a chance de disputar a pole no domingo.
No domingo surpreendeu conseguindo um quinto lugar com um carro Andretti e motor Honda. É certo que dois de seus colegas de equipe vão largar à sua frente. Alexander Rossi e (vejam só!) Takuma Sato.
Lembrando que seu carro não tem nada de McLaren.
E, no próximo domingo vamos esperar com ansiedade a corrida e, sim, este lado do blog vai torcer para Mimadon.
Ah. No mesmo domingo vamos ter o GP de Mônaco de F1. Hamitão vai levar o caneco. Anotem aí.
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segunda-feira, 22 de maio de 2017
À TOA NA VIDA
Recentemente Felipe Nariz deu uma entrevista dizendo que vai voltar ao mundo da F1 em 2018 por uma boa equipe.
Ele submergiu depois que foi defenestrado da equipe Sauber. Surge agora com uma declaração que dificilmente vai se concretizar. Cá entre nós, mais do que perder o patrocínio do BB (vulgo Banco do Brasil) o problema dele é a assessoria que é muito ruim. Estão mais para "aceçores".
Mas, (ó!) eis que surge declaração de nosso grande inspirador das segundas feiras pós-corrida.
Pastor sem ovelhas, idealizador do troféu Lambão, diz que não voltou para a categoria neste ano porque não quis. Diz que "se não estiver com uma boa sensação, se não tiver nenhuma garantia de fazer as coisas do jeito certo..." foi melhor não voltar. Por essas palavras penso que ele está fazendo alguma terapia que não está dando bons resultados.
Como Nariz, Pastor sem ovelhas está à toa na vida.
Gostaríamos imensamente de vê-lo de volta, nem que fosse em uma carroça, só para ter a diversão garantida.
Quem sabe no ano que vem....
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"Here's Pastor!" |
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"Sóóóóó...!" |
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quinta-feira, 18 de maio de 2017
LAMBÃO EM BARCELONA
Ah, os tempos bicudos. Vivemos num país onde tudo acontece menos a normalidade.
Bom, o blog tem que seguir em frente. Mesmo porque Dona Gertrudes já berrou pelo telefone cobrando o lambão. Disse também, num colóquio entrecortado por vários palavrões ("se o Aécio pode porque não eu?", ponderou) que tentou mudar o nome de empresa de suínos para "Carne Fraca" mas, a proposta não foi aprovada nem pelo conselho deliberativo da empresa. Ou seja, ela mesma.
- Como assim?
- Depois que passou a bebedeira concluí que era provocação demais. Ademais (ui, interjeição minha) minha garantia em Brasília está tendo o que "temer".
Enfim, escolhemos o lambão para que o leitão porcamente assado possa ser desovado.
Uma escolha óbvia por sinal.
Mimadon já reclamou dizendo que, na reta, os caras que estão atrás parecem estar em Saturno e num piscar de olhos estão na sua bunda (dele, bem entendido). Vimos que não é bem assim. Pelo menos o carro dele andou acompanhando a procissão lá em Barcelona.
Mas, a observação parece calhar para a situação maldonadiana em que se meteu Stofado Vandormi.
Finalmente o pimpolho estava participando de uma corrida. Seu carro, que nasceu bichado, sempre é escolhido para as falhas das mais variadas.
No caso, a falha foi dele. Desceu a reta todo garboso e contornou a curva como se estivesse só no universo. Só que não. Havia massinha de modelar a ultrapassá-lo. Aparentemente não viu o azarado (na segunda curva havia dado uma bundada no outro McLaren, estragando sua corrida) piloto brasileiro.
Resultado. Uma maldonadice digna do leitão porcamente assado de dona Gertrudes.
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quarta-feira, 17 de maio de 2017
VELHO GAGÁ
Todo começo de transmissão da F1, com o Gavião da rede Bobo narrando, eu envio zap zap para o chefe do blog com os dizeres "galvão está gagá". Na verdade escrevo coisas piores.
Sinceramente penso que deveria se afastar da F1 uma vez que nem presta atenção no que acontece no mundo atual da categoria. Bobagens sempre disse em parceria com o Leme (outro que cansou). Graças às besteiras da dupla vou começar a procurar meios alternativos para acompanhar as corridas. Antigamente abaixava o som da TV e ouvia pela Jovem Pan e o velho barão. Hoje nem rádio temos. Mas, vou providenciar.
O que queria escrever sobre o dito, no entanto, está aqui no blog de Flavio Gomes que não é exatamente uma unanimidade do nosso blog.
Como dizem por aí, matou a pau. Percam um pouco de vosso tempo e leiam.
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"Cumá?" |
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VARRENDO A VELHARIA
De vez em quando vemos Berne Aquistone em circuitos mundo afora. Dizem (cruzes!) que ele é amigo do puto Putin.
Reclama que foi colocado na geladeira tal e coisa. Todos dizem que a F1 chegou onde chegou por causa (e culpa) dele. Pode ter profissionalizado a coisa. Mas, exagerou ao elevar o deus dólar ao lugar mais alto do pódio em detrimento do esporte.
Parece que a atual F1 quer varrer a velharia do pódio.
O menino Thomas Danel foi o grande destaque da corrida de Barcelona. Chorou de cortar o coração com o abandono de Kiwi Vodkanem e vibrou com Sebastião Vetor.
Segundo o manda-chuva (mudou, ou continua assim?) Casei Casei (vulgo Chase Carey) a iniciativa de chamar o menino (e seus pais) para o padock foi da equipe Ferrari e não dos atuais mandões. Liberdade by Liberty.
Foi um toque mágico. Mais ou menos como a despedida, só que não, de massinha de modelar ano passado: por minutos ninguém queria saber da corrida em si.
Pena que a Ferrari não ganhou para alegrar de vez o menino. Mas, certamente vai ter lindas lembranças de Barcelona para o resto da vida.
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"chora não..."
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SOBRE O POST ABAIXO
Também sou fã de Rubem Fonseca. Não vou me atirar em razões porque certos gostos e encantos vem de alguns lugares, muitas vezes, escabrosos. Do coração, do estômago, das tripas. Pode haver, até mesmo, uma mistura de tudo.
Escrever não é batucar as teclas, ou rabiscar palavras com lápis/caneta.
Um tempo atrás (lá em sampa) resolvi que seria jornalista e escritor ao mesmo tempo (quá, quá).
Enchia o rabo de cerveja e batucava a máquina de escrever portátil que véio Mero ganhou como descarte de seu serviço. Depois de alguns escritos resolvi que brigar com as teclas tortas estava atrapalhando minha concentração. No final concluí que não iria ser escritor porra nenhuma. Era ruim mesmo. Porém, fiquei com a cerveja.
Quando leio um livro a primeira coisa que admiro é a coerência da narração. Unir personagens, situações e enredo desde a primeira cena até a última não é tarefa fácil.
E, mais árduo, prender a atenção do leitor. Rubem consegue, pelo menos no meu caso.
Não lembro agora mas, tem um conto (creio que o personagem Mandrake) em que fala-se sobre diversos instrumentos cortantes e a maneira como eles "induzem" a morte. Arrepiante.
Enfim, traçando um paralelo, sempre digo aos meninos que os Beatles são o ápice da música "ocidental". Reuniram diversos ingredientes, jogaram num enorme tacho e mudaram o mundo.
Até suas músicas ruins são boas. Nem liguei quando, recentemente, Keith Richard menosprezou a banda. Pura inveja.
Ôpa!
Chegamos ao ponto. Procurei Sergio Rodrigues no Google (esse instrumento satânico). Desculpem minha ignorância. Sei quem é Keith Richard. Não sabia quem é Sergio Rodrigues.
Sei que, quem nasceu para Sergio nunca chegará a ser Rubem. Por isso, tal qual o músico, vamos descer a lenha no inatingível.
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quinta-feira, 11 de maio de 2017
Rubem Fonseca mudou meu modo de ver a literatura e a vida
Faz algumas semanas, foi lançada ao mercado a mais recente obra de Rubem Fonseca, intitulada "Calibre 22". Para brindar a chegada da coletânea de contos, a imprensa especializada publicou as suas críticas e uma delas chamou-me muito a atenção, a começar pelo título: "Rubem Fonseca parece encher obra com esboços tirados do lixo". Leia lá, depois me conta.
Não conheço o crítico em questão e até fiquei curioso por ler alguma obra de ficção de sua autoria, mas preferi, no momento, ir atrás de adquirir o Calibre 22. Depois visitar diversas livrarias que não haviam recebido o título, uma senhorita teve a bondade de fazer vir do Rio de Janeiro um exemplar.
Li e gostei. Os contos estão longe de serem esboços tirados do lixo ou espelharem "gritante descaso autoral". Sim, muitos deles são constrangedores; alguns, podemos dizer, são efetivamente chatos. Deliberadamente chatos. Se Rubem Fonseca retrata a brutalidade do ambiente urbano, retrata também a sua falta de tempero, a sua mediocridade, a sua mesquinhez e, principalmente, os seus falseamentos; a literatura de Calibre 22 decorre precisamente destes elementos.
O conto inaugural dá o tom do plano do livro. Trata-se de um sujeito endinheirado que finge ser psicanalista e, mesmo sem ter habilitação, torna-se "um dos melhores e mais caros da cidade". Há, também, a moça que estudou enfermagem, enojou-se ao ajudar pessoas idosas e, então, passa a prostituir-se tendo predominantemente idosos como clientes; a pretendente que, ao ficar nua, revela ser do sexo masculino. As histórias, todas em primeira pessoa, relatam as artimanhas, mais ou menos eficientes, que se encontram para justificar-se e encobrir-se a si próprio; relatam a mesmice e a chatice do cotidiano; passam o "problema do crer-ou-não-crer adiante".
Pode-se gostar ou não gostar, como de todos os outros livros do autor. Pode-se apelar para o clichê de que, "ah, o Rubem Fonseca, coitado, já foi tão bom e, agora, olha só que porcaria", como acontece todas as vezes que ele lança um livro novo. Mas não dá para dizer que o autor perdeu a fé na literatura; mais verossímil que tenha perdido a fé em todo o resto, pois, completando hoje 92 anos de vida, gozando da reputação de escritor consagrado, poderia, simplesmente, rodar por aí - como fazem muitos menininhos mimados - fazendo palestras e ganhando dinheiro para dizer obviedades sobre si mesmo; ou, quem sabe, poderia sentar-se em uma cadeira de praia no Leblon, tomando um sem número de caipirinhas; aos 92 anos, ele se importa tanto com a literatura que a continua. Parabéns.
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segunda-feira, 8 de maio de 2017
CAÇULINHA 171
Senta que lá vem história.
Como sabem nos idos 1970 muitos professores do curso de Química da USP em Rib's eram estrangeiros.
Como em todo ensino, época, curso e etc, existem os professores legais e os malas sem rodinhas. Como professor legal não aqueles que dão nota à toa mas, os que sabem ensinar o caminho por entre as pedras pontiagudas.
Tínhamos naquela época várias malas e, algumas estrangeiras.
Um deles faz parte do time que marca prova no mesmo dia (e depois) que outro professor marcou. E, não muda só por pirraça.
Um deles faz parte do time que marca prova no mesmo dia (e depois) que outro professor marcou. E, não muda só por pirraça.
Esse é daqueles que escolhiam alguns alunos (normalmente mauricinhos "cu de ferro") como modelos a serem seguidos. Ouvi, em certa ocasião, um professor dizer que ninguém tiraria nota maior que "eles".
Dá para imaginar o tipo de babaca com quem lidávamos. Eu sofria de um agravante. Era tido como da "esquerda festiva". Não sei o que isso quer dizer. Nunca fui de esquerda. Mas, festivo sim.
Naquele tempo quem não era a favor da ditadura era comunista. Bem simples. Certa vez fui discutir nota com um desses babacas que, na falta de argumento pela nota baixa, me acusou de ser da "esquerda festiva".
Um desses malas normalmente se deslocava para lá e para cá de moto. Era, seguramente, um dos únicos motociclistas de Rib's a usar capacete. Foi o que o salvou.
Quando este sujeito corrigia meus trabalhos visivelmente tentava baixar as notas pelo que "eu era".
Num fim de ano bateu uma clarividência e eu fui bem numa prova. Ele ficou embasbacado e sabia que eu não tinha colado de ninguém porque sempre sentava isolado nas provas. Mesmo assim eu precisaria, para alcançar a média, fazer uma prova substitutiva.
Aí entra o capacete. Antes de decidir como seria a tal prova o cara caiu da moto, fechado por uma velhinha. Bateu o quengo na guia da calçada, arrebentou a clavícula, sofreu 'centas escoriações. Mas, não morreu.
O capacete partiu (deve ter comprado no Paraguai) deixando marcas no rosto e o olhão inchado.
Todo mundo pensou que ele iria dar nota para os necessitados porque não tinha condições físicas.
Qual o quê. Ressurgiu das cinzas e tal qual um zumbi chamou o pessoal sem-nota-para-passar e marcou sabatina. Não lembro de quantos. Mas, lá estava eu. Marcada a sabatina só restava encontrar vontade em estudar uma matéria que já havia sido exaustivamente escarafunchada.
No interregno marcou-se uma chopada. Para inaugurar o prédio da Química, que por fim iria sair do prédio do IML. Lógico, o prédio não estava pronto mas, motivo para chopada não faltava.
O professor estropiado confirmou presença. Eu não poderia faltar. E agora? A chopada era na véspera da sabatina.
No dia/noite lá estava eu sorumbático no meio da festa. Todo mundo com copo na mão, o chopp descendo fácil. E, o "tio" de longe mirando este pobre coitado com um olho inchado e o outro brilhando de vontade em me pegar bebendo o líquido precioso. Pensei que se bebesse chopp estaria perdido. Seria uma falta digna de se levar um zero de ofício.
Então, aconteceu uma dessas coisas que só o famoso jeitinho brasileiro pode explicar. Não lembro quem. Mas, meus colegas pegaram uma garrafa de guaraná caçulinha, davam uma disfarçada, enchiam com chopp e entregavam para este pobre escriba. Eu bebia fazendo aquela cara de melancolia que só cachorro abandonado faz.
Certa altura da festa eu estava "feliz" e, para minha surpresa, lá veio o zumbi para meu lado. Disse que estava feliz em saber que eu era responsável o suficiente para não beber em véspera de prova. Eu pensando que ele deveria estar espantado com o número de caçulinhas consumido por mim.
Final da história: no dia seguinte lá estava eu, curtindo uma ressaca brava, e ele doidinho para me pegar no contrapé. Esqueci de dizer que ele fazia uso de uma bengala porque a perna não escapou de uma contusão. Lembro que, depois de uma outra pergunta teórica, lá foi o zumbi trôpego para a lousa.
Na prova que fui bem havia uma questão cabeluda que consumiu uma folha e meia. Ele colocou a questão na lousa e disse que finalmente iria descobrir se eu havia colado. Depois de um tempão destrinchei a pegadinha porque realmente havia resolvido na prova anterior. Sem cola (aliás, diga-se nunca colei).
Ele, visivelmente contrariado, nem deixou que saboreasse a vitória. Me dispensou dizendo que havia alcançado a média.
Fiquei feliz porque consegui conciliar uma bela chopada e o fato de (incrível mas, verdade) impedir que um professor se deleitasse com um fracasso, que seria, de resto, dele também. Afinal, quem é o mestre?
Certa altura da festa eu estava "feliz" e, para minha surpresa, lá veio o zumbi para meu lado. Disse que estava feliz em saber que eu era responsável o suficiente para não beber em véspera de prova. Eu pensando que ele deveria estar espantado com o número de caçulinhas consumido por mim.
Final da história: no dia seguinte lá estava eu, curtindo uma ressaca brava, e ele doidinho para me pegar no contrapé. Esqueci de dizer que ele fazia uso de uma bengala porque a perna não escapou de uma contusão. Lembro que, depois de uma outra pergunta teórica, lá foi o zumbi trôpego para a lousa.
Na prova que fui bem havia uma questão cabeluda que consumiu uma folha e meia. Ele colocou a questão na lousa e disse que finalmente iria descobrir se eu havia colado. Depois de um tempão destrinchei a pegadinha porque realmente havia resolvido na prova anterior. Sem cola (aliás, diga-se nunca colei).
Ele, visivelmente contrariado, nem deixou que saboreasse a vitória. Me dispensou dizendo que havia alcançado a média.
Fiquei feliz porque consegui conciliar uma bela chopada e o fato de (incrível mas, verdade) impedir que um professor se deleitasse com um fracasso, que seria, de resto, dele também. Afinal, quem é o mestre?
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"A laranja." |
terça-feira, 2 de maio de 2017
DESSA HAMILTON ESCAPOU
Uma das vantagens de Hamiltão não ter ido ao pódio foi escapar deste papo aranha com o puto Putin.
Pelo que entendi ele (puto Putin) não fala inglês e foi preciso um intérprete para a conversa esquisita.
Não fala inglês?
Então tá.
Pelo que entendi ele (puto Putin) não fala inglês e foi preciso um intérprete para a conversa esquisita.
Não fala inglês?
Então tá.
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"vou mandar Kuajato para a Sibéria" |
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