domingo, 29 de março de 2015

QUEQUEFIZ?

A saída de Mimadon de mamã Ferrari tem contornos de novela mexicana. Na verdade, foi nebulosa.
Montedemerda deu uma entrevista no ano passado que ele deveria sair se mamã não entregasse um carro decente.
Em verdade havia uma cláusula sobre pontuação, lugares em shows do Reibeto Carlos nos cruzeiros da vida, camarotes no desfile de escola de samba em Castanheira do Centro, água de côco (ou cocô, ou coco, nunca sei do acento) colhidos em menos de 24 horas na ilha da Conceição, primeira fila no espetáculo do Molha Rougido e coisitas do gênero.
Como dizem, El Mimadon exerceu o dito e escrito no contrato.
Mas, a frase do cappo soou como  uma declaração de incompetência em relação ao que uma equipe de competição deve construir. Bons carros e boas relações com seus empregados.
Na minha opinião mora neste ponto a questão da saída de El Mimadon.
Ele ultrapassou a linha do bom senso e fez valer as alfaces que levou para os italianos. Passou a mandar e não soube agregar a equipe em torno de seu interesse maior que é provar ao universo que é o gostosão dos gostosões. Mas, o caminho para tanto não é pisar em pescoços amigos. Mimadon é uma pessoa que (como dizem) se acha. Comparado ao Shushu (vulgo Michael Schumacher) vemos que este soube, vamos dizer, ficar na dele. A equipe de mamã Ferrari orbitava em torno de seus interesses ou mesmo caprichos. Creio (até com quase certeza) por questões contratuais. Desde o capacho do Edie Irvine até rubim. Shushu, na minha opinião, era um piloto comum que surgiu na hora errada (morte do Ayrton) e lugar certo (F-1 precisando de um piloto "gênio" pós Senna).
Ganhava corridas e campeonatos sem precisar mostrar (na verdade era escondido) sua arrogância.
Havia uma blindagem em torno do lemão. Blindagem que caiu por terra quando voltou a correr pela dona Mercedes. Surgiu então, o verdadeiro shushu. Piloto comum que nem conseguia ser mais rápido que roseberg, seu companheiro de equipe.
Mas, isso é motivo para outras conjecturas.
Nosso foco é El Mimadon e o fato que perdeu espaço na mamã Ferrari. A relação ficou insustentável porque Mimadon cansou em dar declarações dizendo ser o the best entre os bestas e não ganhava nada porque tinha um lemãozinho conduzia o melhor carro do grid. 
Conclusão: o best não tinha carro porque a besta da mamã Ferrari não era competente para tanto.
Acrescentem as declarações de Montedemerda e pimba, tchau belo.
A escolha da nova equipe não poderia ser pior. 
Havia brigado com dona McLaren, tempos atrás, feito uma barraqueira de cortiço (preconceitos à parte).
Mas, pensem no grid de 2015. As opções reais apontavam para a equipe em que está. Mesmo porque a parceria antiga McLaren/Honda vencia tudo e todos.
O que Mimadon não esperava, nem nós, é que o começo fosse tão trágico.
Tanto que apostei em um ano sabático após o choque nos treinos em Barcelona.
Na corrida da Malásia Mimadon acabou abandonando. Mas, fiquei com a impressão de que abriram as porteiras de seu carro e Butão para que tentassem algo digno. Um abandono numa boa posição. Os dois tiveram problemas e saíram antes do final.
E, essa situação toda levou-se a algumas reflexões. Se Mimadon fosse mais humilde e pensasse (ou alguém pensasse por ele) no futuro, não teria saído do colo de mamã Ferrari. Uma equipe cheia de dinheiro em uma F-1 falida. Não ficaria, a Ferrari, por baixo tanto tempo assim. Tanto que veio toda reformulada para 2015.
Dispensaram Matattuci antes mesmo que ele esquentasse a cadeira. Hoje o cappo é um cara que tentou fazer caras e bocas na vitória de Vetor. Não vibrou nem quando o lemão cruzou a linha fazendo zig-zag. Mauricio Aquivabão, no entanto, parecia prestes a ter uma síncope no cercadinho onde os pilotos param os carros antes de ir ao pódio. Ele precisa aprender com Vodkanem que, tudo bem em ser gelado mas, uns berros de alegria de vez em quando evitam infartos.
Vetor caiu na equipe certa na hora certa. Motivo para um futuro post.
E, motivo para Mimadon dar centas cabeçadas na parede. Levou sua relação com mamã Ferrari a um ponto insustentável e saiu na hora errada. Ganhamos nós.

"devolve meu carro, fidapu!"

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