sábado, 28 de março de 2020

MENINO PASSARINHO

Não. Não é o post sobre a canção do grande xará Luis Vieira "menino passarinho" eternizada como "prelúdio para ninar gente grande".
Senta que lá vem história (como muita gente diz hoje em dia. Eternizada pelo Rá-Tim-Bum).

Lá nos anos setenta havia o famoso e tenebroso trote aplicado aos calouros das faculdades quaisquer que sejam. Nada mudou centenas de anos depois.
Eu sofri (o trote) e sofri o fato que a humilhação sofrida não me integrou àqueles "veteranos idiotas".
Mas, vejam só.

Eu também fui um idiota veterano.
No ano seguinte ao meu trote (puta que la merda, em 1976) já havia um movimento forte na Filô Rib's (aeeeee, inesquecível) no sentido de receber os calouros com abraços beijos e etc (dependendo do sexo do calouro). Na verdade, os trotes, criavam uma barreira entre os que chegavam e os idiotas que lá estavam.

Avancemos. Em 77.  Por sinal um ano cheio de significados. 
Vamos abrir um "parente".
Tivemos um 07/07/77. Diziam que a porra da bagaça da data iria foder a porra da bagaça. Mais ou menos como a virada de 99 para 2000. Chacrinha deitou e rolou em 1977. No seu programa a data era a data da data. Bão, eu só me interessava pelas chacretes.

Me perdi. Ah, me encontrei.
No início de 77 nós os veteranos iríamos receber os calouros. Eu integrava a comissão de "recebimento das calouras mais bonitas". Mais ou menos isso.
O combinado era não aplicar o  trote humilhante tal e coisa.
Beleza.
Só que havia um problema.
O tal menino passarinho.

Era, o pequeno alado, calouro da Psico. Tinha que ser.
Um sujeito esquisito. No início de 77, ele calouro, cismava em subir em uma árvore na entrada da Filô (para quem vinha dos lados do tenebroso prédio do IML ( de Rib's)) feito um menino passarinho com vontade de voar.
 Era uma visão, no mínimo estranha chegar à Filô e vislumbrar um pombo/pardal/corvo/ maluco trepado na árvore. E, pior, não respondia ao chamado da realidade. Nós falávamos "oi" e ele continuava com aquele olhar de passarinho agarrado ao  ninho. 

Como integrante da comissão de recepção expliquei para o dito, quando ele estava no chão, que estávamos tentando implementar uma nova filosofia acerca do acolhimento dos que chegavam e etc e tal.
Ele riu e respondeu algo como "vá se foder".

Então aconteceu o que aconteceu. A comissão de recepção era composta por gente que havia recebido trote no ano anterior e queria  descontar em alguém.
Eu, até hoje, me recuso em frequentar terapia acerca da porra do trote que me decepou as madeixas.
Eu era contra o trote até "dialogar" com o menino passarinho, como dito acima.

Fiz um relatório, verbal, e o veredito era "pau no imbecil".
Simplificando, ele se tornou o único alvo da "recepção" aos calouros.

Naquela época havia uma confraternização na Filô mais ou menos no início do ano letivo.
Chopada para ser mais exato. Na famosa cantina.
E, o "alvo" apareceu por incrível que pareça. Ele sabia do que o aguardava. A Psico era composta de várias garotas tipo coração de mãe e algumas sabiam que o passarinho iria receber um belo trote.
E, papo vem chopp entra  e o fidapu falando para que quisesse ouvir  "num tô nem aí".
Então, veio o grito, tipo "vão estripá o porco".
Instala-se o caos
O passarinho, logo após o grito, saiu correndo porta afora com uma turba ensandecida atrás.

Confesso o seguinte: estava tão bebo que no grito "pega o dito" demorei meia hora para entender.
Mas, saí em busca do alado.
Mano.
Naquela época a Filô era mucho lôca.
Uma escuridão feito filme de terror. Confesso que, na correria, não enxergava os pés. O piso era de paralelepípedos. Portanto, cheio de imperfeições. 
Saímos, a liga da justiça, correndo atrás do passarinho.
Ninguém encontrou o alvo.
Estraguei o único sapato que pegava menina.  Na missão meu sapato perdeu a sola.
E, eu a vergonha.  Sim, naquele tempo pensava que sapato conquistava as "mina".

Meninos. Ninguém, até hoje, sabe como o passarinho desvaneceu. A gente dizia que ele voou, áras.
Aqueles que tentaram honrar as tradições da Filô se reuniram e decidiram em atitude inédita deletar o fujão. Naquele tempo era colocar no gelo.
Ele até que tentou se enturmar, nos dias seguintes. Mas, a gente ficou firme.  Conviveu poucas semanas com os pares e voou para outras paragens.
Até hoje, apesar da desistência precoce, penso no que virou o menino passarinho da filô.
E, se acaso encontrá-lo vou cobrar o sapato de pegar as mina.


 




terça-feira, 24 de março de 2020

2020

Quando não era do grupo de risco o futuro era um enigma. Muitos dando palpite e previsões sobre o que viria.
Algumas malucas como carros movidos à água.
Outras apocalípticas como a última guerra mundial. Porque as bombas H seriam lançadas.
Adorei um livro, que li por volta do final da década de setenta, de um general norte-americano que previa como seria a tal última guerra. Uma invasão da Alemanha Ocidental pelo Pacto de Varsóvia (a nova geração nem sabe do que se trata) que resultaria em disparos ferozes de mísseis nucleares. E fim de papo para os homens. As baratas iriam sobreviver..... (dentre outros seres).

Hoje, faço parte do grupo de risco. Mas, até que não me espanto com o caos em torno.
Porque comungo da ideia segundo a qual a humanidade não vai morrer pela mão do homem.
Virá um super vírus que dará conta destes seres soberbos e idiotas.

Mas, dou um pitaco. 
Vamos deletar 2020 da história. Fiquemos todos na toca. Tudo já foi adiado/cancelado mesmo. 
Então a história vai registrar a passagem do ano assim: acabou 2019 começa 2021 (espero).
Toc, toc na madeira. 

domingo, 15 de março de 2020

TUDO PARADO

Interessante nesta crise toda é observar como o mundo fica atarantado.  O que fazer? Fechar tudo?
Fechar mais ou menos?
Alguns lugares adotaram uma interessante estratégia: trabalhar seis horas com revezamento. Assim, as pessoas não ficariam juntas o tempo todo. Problema: se alguém depender de informação de quem não está presente ou improvisa ou não concluí o trabalho.

Enfim, a F-1 vem com aquela solução patronal.
Ross Brawn quer cancelar férias e mandar ver em agosto. Um GP atrás do outro. Ele diz que vai ser legal.
Lógico, é uma ideia. De Jerico, claro. Ninguém sabe até quando o vírus vai estar na crista da onda (como dia minha avó).
Vamos ver no que dá.

quinta-feira, 12 de março de 2020

BOTÃO DO PÂNICO

Abriram as porteiras do coronavírus na F-1. Os carros nem foram para a pista e o cancelamento do GP da Austrália é inevitável.
Apertaram o botão do pânico.
A McLaren informou que não vai correr porque um funcionário foi testado positivo e foi para a quarentena. A Haas tem quatro infectados.
Como as escuderias precisam da força máxima esses funcionários são essenciais e sua falta compromete toda a programação. 
Lewis Hamilton já esbravejou contra a presença e a "normalidade" da F-1 em Albert Park enquanto o mundo esta paralisado em função do surto provocado pelo coronavírus.
Lembrando que a Organização Mundial da Saúde já decretou pandemia causada pelo vírus. Ou seja a capacidade de infecções pelos continentes.

Enquanto teclo provavelmente mais infectados vão surgindo e quando terminar será cancelado o que nem deveria ter a programação normal.

A F-1 que pretende ser um exemplo em várias áreas para o mundo mostra que, como disse Hamilton, o que manda é a grana.
Vergonha.

terça-feira, 10 de março de 2020

NADA DE PÂNICO

A F-1 tenta ficar ao largo dos problemas advindos do coronavírus. Fingem que nada está acontecendo. Porém, já sabemos que o GP de Bahrein, o segundo da temporada, será com portões fechados.  Estamos na semana do início da temporada. Será na Austrália. Os italianos estão na berlinda por conta do alastramento das infecções no bota. Pelo visto, não souberam tratar o problema e agora o bicho pegou.

Ross Brown, um dos chefões, disse que se alguém (piloto) ou equipe for prejudicada, por quarentena ou coisa assim, vai haver corrida com os sobreviventes mas, sem valer pontos.

Lógico que não dá para fugir do vírus neste mundo global onde as pessoas tem facilidades em comprar uma passagem de avião e fazer turismo em qualquer parte.

Pelo tempo de incubação (14 ou 15 dias) alguém pode ter sido infectado não desenvolver a gripe neste lapso de tempo, voltar ao país de origem e voilá. Infectar os próximos.

Pois então. Um hóspede de um hotel próximo ao circuito onde se dará a corrida está com gripe do coronavírus. As autoridades dizem que está tudo sob controle. Nada de pânico. Porém, corram aos botes salva-vidas Mulheres e crianças primeiro. 
Pelo visto, veremos neste fim de semana a F-1 com máscaras cirúrgicas. Mesmo os pilotos equipados com capacete.

Durma-se com um barulho desses.

PELA MADRUGADA

Direto da sacada. Dezenas de fotos e esta foi escolhida. Preciso aprender a "mexer" na máquina.



segunda-feira, 9 de março de 2020

BOA NOTÍCIA

Para o automobilismo brasileiro.
Sergio Sette Camara foi escolhido para piloto reserva dos Toro Seniores. Em 2016 ele fez parte da escolinha do professor Hammer (Helmut Marko, para os não iniciados) e não foi aproveitado.

Desta vez ou vai ou racha. Sergio resolveu não continuar na F-2 categoria que não acrescentaria nada em sua carreira. Com a superlicença no bolso já pode sentar a bunda num F-1.
No ano passado era piloto do simulador da McLaren. Mas, é uma equipe, digamos, sólida em termos de renovação de pilotos.

Os Toro, pelo contrário, adoram sacanear pilotos chutando uns e dando oportunidades precoces a outros. Em verdade os quatro carros (Toro Seniores e os Mirins, agora Alfa qualquer coisa) são mal administrados. Essa troca troca promovida pelo Hammer não ajuda em nada. Só faz pressão além do necessário sobre os jovens.

Sette Camara já conhece o balaio. Sabe qual olho funciona em Helmut (maldade Luizão) e deve focar neste para ter oportunidades futuras.

Como Danill Kvyat (que nome é esse?) e Pierre Gasly estão na corda bamba as chances de Sette são boas. 
Lembrando que Sebastien Buemi também foi contratado para a função reserva. Mais um para vuduzar.

"agora, ou a gostosa da Glória, ou o brejo"

domingo, 8 de março de 2020

sábado, 7 de março de 2020

DIRIGIR PARA VIVER

Não.
Não é sobre a vida de um motorista de aplicativo.
É sobre a série da Netflix envolvendo a temporada de F-1.
Já disponível a temporada de 2019.
Sinceramente não gostei.
Não há ordem cronológica das corridas. O foco são os pilotos e chefes de equipes fora das pistas onde desempenham um papel sabendo que estão sendo filmados. Engraçado foi assistir a mulher de Christian Horner insinuar que trabalha mais que ele.

Para exemplificar temos um capítulo inteiro discorrendo sobre Pierre Gasly passando a impressão de que ele foi injustamente trocado por Alexander Albon. 
Pior. Não ficou bem claro que chegou em segundo no GP do Brasil devido às circunstâncias e não ao bom desempenho. O fato foi tratado como uma redenção. Por ironia Albon só não chegou neste lugar porque foi tocado por Hamilton no final.
Quem assistiu a temporada sabe que Gasly não se adaptou e a troca foi justa.

Enfim, muitas tomadas de câmera na cara do piloto dentro do carro, com capacete evidentemente, parecem remeter à falta de empenho em editar os vídeos.
Mas, a falta de ordem cronológica foi crucial para meu julgamento.

Precisam melhorar. Uma temporada tão longa rende grandes imagens e falas espontâneas. 

sexta-feira, 6 de março de 2020

MAIS UM PARA O CLÃ

Como diria meu inesquecível professor Siegfried (responsável por minha escolha pela Química):
"O negócio é o seguinte". No caso dele (profê) um monte de fórmulas e quetais.

No meu caso uma resistência homérica (olha o véio Mero aí, geiiinnnnnte!!!) em relação aos cachorros e apartamentos.
Explico.
Quando moramos em casa tivemos dois cachorros. Um deles foi doado pela impertinência de uma certa pessoa em forma de sogra. Outro o famoso Titã. Um vira-lata pequeno com vozeirão. Daí o nome. Vou fazer um post sobre ele.
Mudamos para apartamento e Titã foi doado.
Mariana, nas últimas décadas, chantageou este que vos tecla argumentando que um cachorro era tudo de bão.
Eu morro de dó de peludos e qualquer outro bicho preso onde quer que seja. Apartamento entra na lista.
Mesmo assim vieram as calôs que "gritam" o dia inteiro por liberdade. Reclamam sem razão porque, vira e mexe, são soltas e voam pela casa como se estivessem na floresta que nunca conheceram uma vez que nascidas em cativeiro. 

Mas, água mole em pedra dura (quando jovem nunca entendi esta bagaça) tanto bate até que fura.
Um belo dia Mariana veio conversar comigo e percebi que vinha a velha chantagem. Estávamos num hotel fazenda. Eu, de boaça. 
A velha rocha já estava perfurada e quase cedendo porque Henrique (o famoso Nênes) pedia um cachorrinho. E, este vô derrete por ele.
Nesta conversa saquei que o peludo já estava comprado e tudo o mais.
Enfim, adorei  cachorro. Que ninguém nos "ouça".

E, apresento o mais novo integrante do clã Onofri.

Este é o .......


o....



o.....

o.....




o.....


COOKIE!!


Chegou num domingo chuvoso mas, tomou conta da casa. Acho que é um Yorkshire Terrier. Mas, eu o trato como um vira lata qualquer. Já tomou conta da casa e dos corações. Este que vos tecla já se rendeu. 

quinta-feira, 5 de março de 2020

MÁFIA EM AÇÃO

Vamos tentar entender o imbróglio do pum atômico de mamã Ferrari do ponto de vista culinário.

Pegue um tacho daqueles da fazenda da vovó. Ou seja, tipo ofurô

Acrescente um motor suspeito de 2019. Descia a reta feito o brasil descendo a ladeira. 
Jogue uma tantada de desconfiança. Todos diziam que algo errado estava certo. Uma talagada de FIA (da puta) em silêncio. 
Uma pitada de privilégio vremeio em relação às outras equipes. Mais dinheiro só por existir. Tipo a gostosona da zona. Ainda por cima é a única a ter poder de veto às mudanças de regulamento.
Agora uma bela tantada de falta de senso da mesma FIA (da puta) ao soltar um comunicado dizendo que fez um acordo secreto com mamã Ferrari. Pornográfico, por sinal.
Uma pimenta malagueta curtida em óleo (já fiz esta besteira. O resultado foi usado como combustível de foguete) jogada por cima na forma dos contratos entre a F-1 (dona Liberdade) e as escuderias estarem no final nesta temporada. Negociações e mais negociações. 
Leve ao forno. 

Resultado: as equipes que não usam equipamento vremeio jogaram o batom, bateram o pé e ameaçam sei lá o quê. Querem saber que porra é essa de acordo secreto envolvendo um pum que estava coberto de desconfianças.
Queimou a rosca da dona FIA (da puta).

Tentando salvar o cozido (ou o cuzinho), a entidade máxima da bosta do automobilismo galaxial disse que não chegou a nenhuma conclusão sobre a legalidade do pum vremeio. Ou seja, admitiu a incompetência. Mas, que a pornografia secreta é prevista em algum lugar da porra do regulamento.

Resumindo: vamos esquecer o cozido (ou cuzinho) e bola pra frente.
Com a palavra os "outros".