terça-feira, 30 de junho de 2020

AGORA VAI?

Finalmente, se nada de última hora acontecer, a F-1 começará a temporada neste fim de semana.
Lá nas terras dos Toro Seniores, na Áustria. 
Engraçado é que as notícias sobre 2021 impactaram tanto que nem lembrava, por ex., que Vettel é, ainda, piloto de mamã Ferrari.

Algumas coisas legais estão acontecendo num mundo tão fechado que é a categoria máxima (ah, ah) do automobilismo.
Uma manifestação contra o racismo está sendo discutida pelos pilotos.
Seria no domingo antes da corrida.
Além da mudança de cor da Mercedes,


para uma pintura onde prevalece o preto. Uma vitória para Lewis Hamilton que adotou uma postura mais consciente nos últimos tempos. Demonstra, entre outras, preocupação com o meio ambiente em atitude inédita em se tratando de pilotos da categoria e o mundo que os cerca.

Acredito, mesmo pela falta do público, que será um GP meio melancólico onde os protagonistas vão sentir a falta de atividade e um evento que soará fora de lugar por causa dos acontecimentos muito mais relevantes que assolam o mundo.
O tal do novo normal.
Estaremos, de qualquer modo, firmes e fortes diante da tela.

domingo, 28 de junho de 2020

SÔDADES

Quando exatamente experimentei a (experiência) saudade?
O fato de ter que superar a ausência de alguém que. como um super herói, enfrentaria o universo?
Tipo o dentista e sua anestesia do araque?
Saudades tem um monte de explicações e etc e tal. Na minha opinião é a dor da distância.
Quando a gente sente falta de alguém basta ir até a pessoa e abraçá-la (ou algo equivalente) e pronto.
O arquivo saudade zera. Fácil, só que não. Quando a distância (ou algo equivalente) torna-se um problema a saudade transforma-se em dor.

A primeira vez que experimentei a dor para valer foi quando voltei para minha terra natal "pramó!" de estudar Química.
Trezentos e  tantos Km que não eram transponíveis facilmente. Telefonemas eram caríssimos e não tínhamos o aparelho em casa (sampa).
Dor da ausência de mamis, de meus amigos (poucos), de meu amor juvenil, da minha existência até então, e tudo o mais. Muita choradeira debaixo do chuveiro.
Então, como aplacar a ausência de tudo o que era meu mundo?

O que restava? As cartas. Aquelas tipo papel, envelope, idas ao posto do correio e etc.
Escrevia uma por dia para a minha "base" em sampa. Acreditem.
E, as cartas rareavam na medida em que as raízes eram fincadas na nova vida.
A saudade, depois de um tempo, não era mais cortante e sim algo que sabia seria aplacado logo na primeira oportunidade em uma viagem para sampa.

O tempo passou, as comunicações ficaram mais fáceis.
E, mais acessíveis.

Como imaginaria na década de sessenta que as ligações no decorrer dos tempos se tornariam tão simples e baratas?

E, vamos aos tempos atuais.
Todos sabem que o chefe do blog está morando lá na Alemanha.
E, por mais que a saudade bata forte penso que ele, e Dani tem mais é que ficar por lá.
E, quem ninguém nos ouça, preparar nossa ida....... para as terras germânicas.






E, trabalhando em casa, tenho estes quadros, tipo caricaturas, a aliviar a dor da saudade.
Estão na parede bem defronte ao lap que possibilita o post.
Enquanto o chefe do blog interagia, nesta data, via zap-zap ,olhava os quadros na parede.
Foram feitos em um evento que reuniu o clã dos Onofris. Ou, parte dele.
 Hummm, o caricaturista ajudou no modo capilar.....
Mas, um sem números de vezes, ergo os olhos e as sôdades são aplacadas pelas caricaturas tão simples e presentes.
É a modernidade a favor das ligações familiares. Além das ligações via apps.
Aliviando a dor das sôdades......

V.I.P.


A primeira vez que me deparei com a expressão "V.I.P." foi na década de sessenta. Li, numa coluna social, e procurei saber mais. O que significa?
Lógico que dona Alzira não sabia nada sobre a expressão.
Pesquisa aqui e ali (sem google, lembrem-se) e descobri que a expressão se refere às Very Important Person".
Ou seja, àquelas que entram nas festas por serem "importantes". Tipo o fornecedor das drogas que seriam usadas em alguma festa.

Bem isso. Pessoas importantes tem um significado diverso para as pessoas e ocasiões. Numa overdose o usuário vai considerar importante o médico e não o fornecedor.
Bom, queria dizer que temos uma V.I.P. aqui em casa nos tempos que correm.
Cookie é o nome da figura. 
Quando resolve brincar vem com algum "brinquedo" na boca e interrompe o que a vítima está fazendo cutucando pedindo atenção.

Recentemente Mariana descobriu que melhor que ração é preparar a refeição do peludo em casa.
Lembram do post sobre a cachorrada lá atrás? Atrás no tempo e post. Cachorros que comiam restos dos humanos e ficavam felizes? Apesar de vomitar de vez em quando?
Esqueçam.

Bom, hoje domingão Cookie ganhou uma refeição digna dos V.I.P.s. Até, pasmem, arroz integral. Mariana dedicou uma receita animal ao animal
Mas, o lado selvagem do cachorrão me salvou. 
Jogou para o lado a cenoura toda trabalhada em vídeos do Youtube.
E, eu louco para dar uma cervejinha para acompanhar.





o descanso do V.I.P.

sábado, 27 de junho de 2020

SOTAQUES

Passei por várias situações em que o sotaque linguístico afetou minha existência.
Quando contava com uns quatro anos fui para Curitiba com sotaque daqui. De Rib's.
Que não é caipira, como pensam. Normal, diria.

Lá na capital do Paraná assimilei o sotaque sulista. Que, por sinal, é muito bonito. Por causa das palavras que saem "cantadas". Fora as gírias regionais. Eu, por exemplo, era um piá.
Enfim, fomos para sampa em 1966.
Foi um desses anos para esquecer. Apesar de irmos no começo do ano o trauma foi inesquecível.
Novos ares, novos "amigos", novos sotaques, novos costumes. Nova escola. Repeti de ano.  Detestei tudo aquilo e meu sonho era voltar para Curitiba.
Sonho que nunca se concretizou.
Meus novos amigos eram os mesmos que exerciam o que hoje é conhecido como bullying. Na verdade ninguém era amigo de ninguém. Uma selva.
E, para piorar, o sotaque sulista.
Eu era tímido para carai. Alguns professores adoravam que eu falasse qualquer coisa como exemplo do sotaque do sul.
Puta que la merda.

Não lembro muito bem mas, com o tempo, perdi o sotaque do sul e não assimilei o paulistano. Então, não falava como minhas primas da capital "einteinde"?

Aprendi, com tudo, a admirar os diversos sotaques desta terra brasilis e a fala regional que exerce um fascínio para aqueles que entendem o tamanho do país (e, a encrenca em que nos metemos).

Bom, séculos depois, realizei o desejo de conhecer Portugal. Mais precisamente o lugar de partida das caravelas desbravadoras dos campos e tempos virginais do mundão véio. A torre de Belém.
Tem um post apocalíptico sobre em algum lugar por aí. Fiquei locão com o lugar. Descobri que, em outras vidas, fui um mísero marinheiro que morreu num naufrágio antes mesmo de alcançar o mar.

Mas, o que interessa é que estava só com a rainha da mansão. E, sabia, que a língua seria um problema.
Sim, pensam vocês. Que língua fala este cara?
Português......

Mas, e o sotaque? E, as gírias? E, etc.?
Tudo começou em Porto e uma visita à uma vinícola. O rapá que nos guiou falava uma língua que não entendia. E, não tinha bebido nada. Num certo momento dirigiu uma piada à minha pessoa. Todos riram. Até a rainha da mansão. Eu, não entendi nada. Mas, ri. E, anotei numa caderneta mental, a encomenda da morte daquele sujeito. Brincadeira.

Muito chato ter que pedir para a pessoa falar pausadamente para entender o que ela diz.
De toda sorte o sotaque e a velocidade da fala torna-se uma identidade regional.

Para encerrar. Na faculdade de Direito havia um aluno mais velho que a média e formado em Filosofia. Ele tinha um sotaque do sul da Bahia, segundo ele. Nunca tinha ouvido nada parecido. Quando ficava nervoso a coisa piorava. Ele falava, fazendo uma comparação, como aqueles bêbados que tropeçam e vão "trupicando" até cair. Ninguém entendia nada.
Fico imaginando uma sustentação oral dele.






sexta-feira, 26 de junho de 2020

UM BAILE NO CHEFE

Um dia, na vida profissional, quase todos nós fomos subordinados a um chefe.
Chefe chato, chefe que sabe das coisas, chefe chato, chefe que não sabe das coisas, chefe chato, chefe que te usa para "aparecer" para o chefe acima do chefe (seu), chefe chato, chefe que te ajuda, chefe chato e por aí vai.

Em várias situações profissionais tinha a impressão que era o único índio (sem preconceitos, por favor) nas paradas. Um monte de cacique e eu no meio carregando a aldeia nas costas.

E, de vez em quando, a gente dá um baile no chefe. O cara fala uma baboseira qualquer e a gente, com o ânus na mão, bate de frente com o "home". Lógico que, com a certeza de estarmos certos. Caso contrário, é "morte" certa.
Sempre lembro de um "deus" dizendo que "não erro" quando eu (índio) apontei um erro. Era uma defecada homérica (de véio Mero).  Deus errou, ninguém é perfeito. Corrigir é preciso. Mas, deus não erra, segundo este "deus".
Na ocasião não sabia se ria ou se mandava o "deus" à merda. Ri (por dentro) e o mandei à merda (por dentro).

Mas, o blog é sobre a f-1.
Em 1980 a finada equipe dos irmãos Fittipaldi (Copersucar como é mais conhecida) comprou a tal Theodore Racing e adotou entre outros o piloto Keke Rosberg e o projetista Adrian Newey, este em início de carreira.
Na primeira prova do campeonato, Keke destruiu vários chassis nos treinos. Mas, lembro muito bem, era muito mais rápido que o chefe Emersão. De cara, nos treinos, botou dois segundos e o carai no chefe. Tá certo que era um cavalo novo encarando um cavalo véio que já estava de saco cheio por carregar o carro "brasileiro" nas costas desde 1976.
Nesta corrida o novato chegou em terceiro lugar. Um puta baile no chefe que acabou por abandonar na volta 37.
E, foi assim durante a  temporada toda. O segundo piloto bailando em cima do dono da equipe.
Lembro que, na época, vislumbrei a aposentadoria de Emersão. Não aguentaria, por motivos acima expostos, um novato fogoso como o finlandês, sendo mais rápido que ele.
Deu no que deu. No final da temporada Emersão disse adeus.
Voltou para a glória (essa gostosa) em outras paragens. Mas, é outra história.
E sem o menino que (então) que lhe deu um baile.
Keke é um dos meus pilotos preferidos com menos títulos que mereceu ao longo de sua carreira. Um destemido.


"Tá vendo este pedal do meio? É o acelerador!!"


sábado, 20 de junho de 2020

SONHO - ZIZI

DO KART À FÓRMULA UM

LÔCA QUARENTENA


"caminhada ao cair da tarde"

cair da tarde da janela da cozinha enquanto lava louça

olhos satânicos. "nem tente pegar meu petisco palitinho"

quarta-feira, 17 de junho de 2020

terça-feira, 16 de junho de 2020

A PROVA

Já postei esta panca do Gerhard Berger em Estoril/93.
Dizem que a suspensão ativa da Ferrari estava desativada. Pelo que entendi ela entrava em standby quando o carro parava e Berger esqueceu de apertar o "butão" para ativá-la.
Ou defecou nas herbáceas mesmo.


OS LÔCOS POR VELOCIDADE

Nigel Mansell é um daqueles pilotos meio atabalhoados que dão, mais ou menos, certo. 
Poderia ter ido mais longe se não enfrentasse os melhores pilotos de sua época.
Mas, o grande adversário de Mansell era ele mesmo.

Bom, tem uma história que não sei se verdadeira mas, condizente com a cabecinha de vento do piloto.
Nos tempos da suspensão ativa a Williams (ela mesma!) dominava o espetáculo.
E, dizem, que a suspensão falhava, de vez em quando. Parava de funcionar e quando acontecia o carro ficava "duro" meio que impossível de guiar. Nos segundos posteriores à falha o piloto tinha que apertar um botão para resetar o sistema e ativar a suspensão ativa (ui!). Até aí é pumba no muro.

Em uma dessas ocasiões o piloto inglês acabou por acelerar ainda mais o carro. Talvez pelo pânico da situação. Mas, voilá!
A suspensão voltou a funcionar imediatamente. 
Reza a lêndea (que vira piolho) que assim aconteceu. Aumentando a fama de lôcão de Nigel.

Pensando neste fato lembrei que já fui um desses pilotos sem noção, ora vejam só.
Já contei que lááá nos anos setenta apanhava a famosa Brasília de véio Mero, enquanto ele trabalhava com o carro da firma, "pramó" de dar um rolê nas redondezas. Um dos circuitos que armava incluía a Av. Santa Inês no alto do Mandaqui. Havia um trecho que adorava. Este aqui:

"a curva"

 Na seta a curva desafiadora. Esta curva:

"a curva"
Naquele tempo tudo era mato. O posto de gasolina era um terreno baldio. Neste sentido (centro/bairro) era possível ver a saída da curva.

Não havia muito trânsito nas tardes. Então, quando a saída da curva estava limpa eu acelerava como o "Emersão" faria.
Numa dessas a Brasília começou a escorregar e eu comecei a ver a viola em cacos (como dizia minha avó). Que fazer?
Frear ? Rezar? Chamar mamãe? Confessar os pecados?
Na aflição e pouco tempo para reação, acelerei.
Sim, Na minha cabecinha de vento o pé estaria no pedal do freio. Só que não. Ele continuava no acelerador. Que eu pisei com toda a sofreguidão.

Meninos. Por sorte não havia mais nenhum veículo nas redondezas. A Brasília véia de guerra entrou na curva de lado (literalmente) e por obra divina aprumou na saída da curva. Foi quando tirei o pé do acelerador ouvindo os aplausos e gritos do pessoal do bar dos bêbados. Ficava bem ali naquele predinho branco no meio da curva.

Enquanto me encaminhava para os "boxes" não sabia se ria ou chorava. Não foi a única maluquice que fiz com a Brasília (não lembro se a azul ou branca) de véio Mero.
Mas, esta foi a que me fez trocar de cueca logo que cheguei em casa.

"Tamu junto, Luizão!"

MÃO AMIGA

Bernie Ecclestone andou dizendo, tempos atrás, que Schumacher (o que vale) foi campeão do carai a quatro devido a mão amiga dos poderosos.

Vendo onde está a mão do duende entendi tudo.

"totoso!"

NUM TÁ FÁCIL

O lado de cá do blog (o único em funcionamento) está curtindo férias de 3 dias. Sim, loucura. A gente começa, cancela e joga para a frente (se houver) o restante.
Trabalhando em casa é o que nos resta.

Sim, num tá fácil a vida neste país (?).
Não bastasse a pademônia (de demônio) temos um (des) governo que sonha em tornar-se ditadura.
Procuro fugir das notícias, cansado que estou, mas algumas coisas "passam".
O discurso fascista atual é que as fake news, responsáveis pela eleição "dele" são legais. E, combatê-las, isto sim, é um crime contra a livre manifestação garantida pela constituição.

Enfim, o que "pega" neste espaço é um certo escapismo com pitadas de F-1.
Ou, no caso, a vitória de Emersão em Indianápolis/1989.
Olhando esta foto fico imaginando se as notas são verdadeiras.
E, se no final do evento ele contou a dinheirama para conferir se ninguém levou algum maço sem querer querendo.

lá o gesto é "tudo ok". Aqui é VTC mesmo

sábado, 13 de junho de 2020

"DISMINÓI AÍ!"

Todo mundo passa por situações na vida que, vista depois de algum tempo, parece um filme que assistimos e não acreditamos que protagonizamos.
Não vou entrar em detalhes acerca nossa vida numa cidade perto de Rib's. Comerciantes do ramo de tinta, principalmente automobilística, a gente tentava balançar de acordo com o balanço do mar.
Tempos bicudos.

Bom, uma da adaptações para a sobrevivência na cidade era do ponto de vista da linguística. 
Traduzir para o português certas expressões era recorrente no nosso dia a dia.
Explico: certa vez entra um casal de uma cidade ainda mais distante da "civilização" com uma lista de material para pintar o carro.
O pintor passou a lista e cobraria só a mão de obra. Lógico, estamos no brasil. A lista daria para pintar a frota dos ônibus da Cometa.
A rainha da mansão, de posse da lista e com pena do casal, foi explicando que a lista não precisava ser tão extensa.
Corta aqui, corta ali e o valor foi entrando no orçamento dos clientes.
Pois a mulher, entusiasmada com os cortes, bradou.
"Isso mesmo. Disminói aí."

Em princípio não entendemos o "disminói". Mas, quando entendemos o significado fechamos o negócio.
E, mais um meme interno na família. Tipo,  "disminói a cerveja aí, Luizão!"

Enfim, estou lendo que mais três GPs de F-1 foram cancelados neste ano que deveria ser cancelado do calendário, como já disse.

Estranho que o Japão cancelou seu GP que ocorre no final da temporada. Mas, devido ao fato que o país asiático cancelou todos os eventos internacionais neste ano. Os outros dois são urbanos e, portanto, explicável o cancelamento. Azerbaijão e Cingapura.
Ou seja, o negócio é não marcar na folhinha as datas dos GPs deste ano,
O que vier é lucro.

Por sinal, e acompanhando a carruagem, aposto que o GP do brasil vai ser cancelado. 
Acho que não preciso explicar a razão.
Mas, o bom senso está gritando no balcão,
"disminói aí!!"

quarta-feira, 10 de junho de 2020

FÉRIAS!

Qual a primeira lembrança de férias?
Eu diria que, no meu caso, não envolve escola e coisas do gênero. 
Mas, aquela lembrança de pegar estrada e ir para um lugar diferente de seu bairro, sem eira nem beira.

Minha primeira lembrança foi de uma ida até a praia de Matinhos no Paraná. Não estava nem em  idade escolar mas, tá valendo.
Lembro que foi no carnaval (não sei o ano) e já explico.
Véio Mero não foi. Nas minhas lembranças havia uma criança pequena que poderia ser meu irmão.

Enfim, chegando à cidade a visão da praia ao longe marcou para sempre minha memória. 
"Quanta água!"
Caí de boca, literalmente, no mar, logo que possível.
Outro espanto, para riso dos adultos.
"É salgada!"
E, por aí vai.

Lembro que era carnaval porque houve um baile e alguém, que não foi dona Alzira (porque foi ao baile!!), ficou com os rebentos (não sei quantos) que já haviam adormecido. 
Sei que Araci (quem será?) encheu o boné e mais alguma coisa por conta de ciúme de um dos rapazes. Foi um vexame tão grande que acordou os rebentos, na volta do baile.
Até hoje, séculos depois, lembro do bullying do pessoal cantando a famosa música. 
Primeiro chamavam a "Araci".
Assim, "Araci!! Cê pensa que cachaça é água, cachaça não é água não....."
E, ela sorria sem graça. O tal rapaz se declarou para ela (era antigo namorado) mas, nas minhas lembranças foi só. Ela continuou com motivos para beber todas.

Foi tão intensa a estadia que lembro de sair, com o dia amanhecendo, com o galã da Araci, para apanhar caranguejos na praia. Aos milhões, na areia.
Pelo que entendi vinham à praia pela noite e voltavam ao mar durante o dia.
Fiquei com medo do carai. Mas, fui treinado a pegar os pobrezinhos sem ter algum órgão cortado pelas garras. E, fiquei com muita dó dos coitadinhos sendo lançados em água quente. Mas, que eram apetitosos eram.
O tempo passou mas, este período está mais vivo em memórias do que muitas outros. 

Então é assim. Chega o período de férias e a gente se debruça sobre todas as possibilidades de estadia.
Zilhões de sites, estadias em casas já alugadas. viagens para a Alemanha (entendidos entenderão), praia, campo, outros planetas e muitas outras opções. Planejar férias é muito estafante.

Temos férias emendando com o próximo feriado. Primeiro conferir se o governo não incluiu a data naquela emenda pornográfica que nada serviu (povo burro, santo cristo).
Então, a dúvida. Sair ou não sair?
Da toca, onde estamos desde março.
Ficou decidido que iríamos para um lugar já conhecido, na praia, com vista para o mar. Ir até a praia seria passível de investigação "in loco", devido às restrições de lugar em lugar .
Bom, a decisão seria sair de casa, carro com "sem parar", entrar no apê (com puta vista para o mar) com máscara e ficar confinado na sacada olhando as ondas.
Ah, Luizão proibido de tomá umas.
Ah, ah,

Rapidamente, pesquisei e informei que o bicho está pegando no lugar planejado. Estão colocando obstáculos até mesmo para entrar nas cidades do litoral norte.
E, gastar uma grana para ficar confinado não tem sentido. Ainda mais sem a companhia da cervejinha amiga.

Então, fizemos um combo com as férias. Vamos curtir o feriadão em casa, interromper  e jogar o restante para longe do Covid-19. Se possível.
 
A que ponto chegamos. Muitos companheiros já desistiram de cancelar férias e estão em casa fazendo sei lá o quê. Mas, em férias.
Mesmo trabalhando no lar chega uma hora que o cansaço bate. 
Descansar é preciso. 
E, pensar que uma atitude firme no início do pandemônio (de demônio) das nossas "queridas" autoridades desaguaria numa situação em vive hoje a Nova Zelândia.

E, estaríamos fazendo valer o exaustivo planejamento das férias marcadas para este período.

sábado, 6 de junho de 2020

COOKIE E A FAXINA

Nestes tempos de pandemia a faxina da casa fica por nossa conta. Nossa auxiliar do lar está de quarentena e estamos numa espécie de mutirão da limpeza.

Até Cookie entra na dança.
Tenta morder as vassouras e puxa os panos de chão pensando que é brincadeira.

E, fiscaliza tudo in loco.

O balde está vazio, tio



sexta-feira, 5 de junho de 2020

QUEQUÉISSO?

Quando estudante temente aos professores minha alma e corpitcho gelavam, junto com o resto da petizada, quando algum professor indagava com aquele olhar inquisidor: "quequéisso?"

Claro. O "quequéisso" significava muitas coisas. Um ponto no mapa, um "X" da porra da matemática no quadro negro, um vulto histórico (lindo né? "vulto histórico"), uma data qualquer, uma região no mapa geográfico. E 'centas e outras coisas a atemorizar os alunos.

Era hora de abaixar na carteira, fingir um desmaio, pedir pra cagá, dizer que esqueceu a porta aberta, falar que estava na classe errada, explicar que não estudou porque teve que ajudar a mãe na feira (teve disso!) e tudo o mais. 
Mano. Pesadelos noturnos garantidos.
Enfim, só para ilustrar. No famoso GESI (Ginásio Estadual Santa Inês) onde cursava o ginasial (ah vá!) gostava muito de um professor de história. Não vou dizer o nome porque o chefe do blog não gosta. Tá certo que nem ele lê o blog, mas chefe é chefe. Diz que podemos ser processados e o carai a quatro.
Bom, voltando. Esse professor não sabia que eu gostava da matéria história. Então, quanto ele indagava sobre algo e virava para as vítimas eu estava de boaça porque sabia a resposta. Tipo "quem construiu a pirâmide de Queóps?"
Eu diria: "um egípcio da porra!" Ah ah.
Brincadeira.

Ele gostava de perguntar e andar pela classe enquanto os alunos gelavam e tudo o que escrevi lá em cima procurando alguém para responder, ou não, a pergunta. 
Passando pela minha fileira nem notava que eu estava com aquela seta sobre a cabeça tipo "eu, eu".
E, pegava um outro qualquer.

Mas, o blog é sobre F-1.
Olhando esta foto imagino o sujeito coçando a cabeça atrás do carro pensando "quequéisso?"
Fora os pneus que parecem waffles.
Não consegui descobrir o piloto mas, ali do lado, olhando a bunda do carro está Mário Andretti que dispensa comentários.



Então, a resposta:


Luizão responderia ao professor que o "quequéisso" é a famosa Lotus 80 que foi utilizada em 1979 em três GPs, Espanha, Mônaco e França tendo ao volante o "entendedor" de bundas da foto acima. 
Mário Andretti.

Lógico que estaria escondendo a "cola" em algum lugar. 
Mas, o dez estaria garantido.

quinta-feira, 4 de junho de 2020

COOKIE E A CAIXA DE BRINQUEDOS

Nos meus tempos de criança/juventude os brinquedos dos três irmãos compartilhavam a mesma bagunça. Quero dizer, o mesmo espaço.
Irmão mais velho, no entanto, é um saco.
Como irmão mais velho resolvi maquiar as bonecas de minha irmã. Não lembro muito bem mas, ela deve ter aprontado alguma. 
Ficaram lindas as bonecas. Olhos, contorno da boca, orelhas e algumas sardas feitas à caneta. 
Elas poderiam participar de um filme de terror à la Chuk o boneco assassino.
Minha irmã, Ana, não achou nada engraçado. Armou um berreiro obrigando este que vos tecla a "limpar" a arte. Qual nada. Não havia o que removesse a pintura.
Além de um trauma eterno a situação fez com que Ana retirasse seus brinquedos do convívio fraterno.

Não tínhamos muita coisa uma vez que os brinquedos que gostaríamos de ter (tipo miniaturas Matchbox) eram caras e raramente adquiridas.
Meus brinquedos favoritos eram os pinos mágicos.


Eram os legos da época. Só que muito mais baratos.

Eu montava uma porrada de coisas e inventava histórias de guerra,  naturalmente.

Um belo bombardeiro





Os tempos mudaram. Henrique tem zilhões de bonecos dos mais variados tipos e tamanhos, carrinhos lindos, helicóptero (que voa!), carrinhos de controle remoto e tantas outras coisas que nem sei.
Por sinal, legos por todos os lugares da casa.
Mas, só quer saber dos jogos eletrônicos......

Enfim, o post é para falar de Cookie e seus brinquedos. Mariana comprou vários. Ainda compra.
Ele tem sua caixa de brinquedos com alguns lá dentro.
Só tem um problema. Seu negócio é roer papelão, chinelos, uma bola de plástico amassada e mastigar parede. Sim, mastigar parede.
No vídeo abaixo ele está se desentendendo com algum brinquedo que insiste em ficar escondido embaixo dele mesmo.



terça-feira, 2 de junho de 2020

TEM CALENDÁRIO, SIM SENHOR!

O importante é ter calendário.
Quando mais jovem que hoje os grandes calendários eram o da padaria do Afonso e do açougue das redondezas. 
Grandes com grandes fotos (rá!).
Daqueles de se pendurar na parede da cozinha e ficar sonhando com as paisagens.
Lembro também que havia uma corrida dos comerciantes para ver quem fornecia primeiro os tais calendários.
Os primeiros eram anunciados pelos babantes consumidores como se o distribuidor fosse um poderoso magnata com grana para passar à frente dos outros.
Véio Mero roubou a cena, certa vez, quando apareceu com calendário de garotas vestindo bikini. Fingi que era normal enquanto os hormônios explodiam (sabem como é, ditadura militar e censura brava) mas, sabia o que viria. Dona Alzira soltou os cachorros para cima do véio que sumiu com o objeto de prazer. Quero dizer, com o calendário.

Ainda existem calendários. Mas, perderam o carisma. Aqui em casa tem um que fica atrás da porta da cozinha, tadinho.

Nestes terríveis momentos que parecem não ter fim, a F-1 tenta voltar à normalidade. 
Divulgaram um calendário que pode ser ceifado já na quarta corrida.
É assim: dia 05/07 corrida em Spielberg, Áustria. Terra dos Toro Seniores.
Dia 12/07 corrida no mesmo circuito. Estranho não?
Teremos, ou não, mais duas corridas no mesmo circuito no final de julho. Quarta e quinta corridas.
O local será, ou seria, em Silverstone na Inglaterra. O problema é que o governo britânico pensa em voltar à quarentena se as condições continuarem do jeito que estão.
As corridas teriam que ser canceladas.

Enfim, outros problemas como testes de Covid-19 que podem afastar infectados (lógico) e seis corridas em sete semanas. Imaginem a Haas sofrendo com falta de peças devido ao "entusiasmo" de seus pilotos braço duro.

A Liberty promete o resto do calendário nas próximas semanas. 
Aguardemos.

Por enquanto a temporada tem estas datas:

5 de julho – Áustria
12 de julho – Áustria
19 de julho – Hungria
2 de agosto – Grã-Bretanha
9 de agosto – Grã-Bretanha
16 de agosto – Espanha
30 de agosto – Bélgica
6 de setembro – Itália