segunda-feira, 28 de outubro de 2019

LAMBÃO NO MÉXICO

Muito fácil escolher o autor da maior maldonadice no GP do México.
Ainda no sábado Mad Max atuou como um pimpolho mimado com a certeza da não punição, no caso da batida de Sandálias. Arrogância pura.

No início da corrida veio o esperado enrosco com alguém, uma vez que paciência ele tem só quando está correndo sozinho sem nenhum outro piloto por perto.
Levou a pior. Hamiltão foi para cima jogando-o para fora da pista.

E aí veio a cereja do bolo. Tentou passar Sandálias numa espécie de pulo do gato. Num ponto de difícil ultrapassagem. O finlandês não viu e acabou por navalhar o pneu traseiro direito do belga/holandês/marciano.

Maldonadice da grossa porque, todos concordam, mesmo fazendo uma corrida de recuperação tinha grandes chances de vencer a corrida. Como no ano passado.
Essa atitude atabalhoada só faz crescer a impressão de que ainda falta muito para Mad amadurecer e liderar uma equipe.
Ouvi um "entendido" dizer que ele é jovem e tem muito a aprender.
Mano, o cara pode ter 22 anos mas, está nesta bagaça desde 2015. Tempo suficiente para um mínimo de maturidade. 

Enfim, pelo conjunto da obra no fim de semana Mad Max foi premiado com o leitão porcamente assado de dona Gertrudes. 
Ele será entregue assim que ela se recuperar de sua viagem ao México. Não sabemos se está acometida por uma monumental ressaca ou pelo mal de Montezuma. O fato é que não responde nossas mensagens.





domingo, 27 de outubro de 2019

SINCERÃO PUNIDO

Preliminarmente vamos considerar que a F-1 escolhe, de tempos em tempos, o piloto para chamar de meu.

Foi assim com Shushu e seus carros fora do regulamento. Berne Aquistone admitiu que fecharam os olhos muitas vezes diante das falcatruas.
A exceção foi Senna perseguido com unhas e dentes pelo detestável Jean Marie Balestre.

Mad Max já aprontou um monte. Tem o lado Verstappen herdado do pai malucão.
Em 2016, como exemplo, venceu na Espanha jogando o carro várias vezes para cima de Kiwi Vodkanem.

No treino oficial de ontem não tirou o pé quando da batida de Sandálias, apesar das bandeiras amarelas. Melhorou o tempo e fez a pole.
Nós esperávamos punição imediata até pela lembrança do acidente de Jules Bianchi.

Que nada. A FIA (da puta) fingiu não ter visto seu garotinho mimado chutar as regras por debaixo da mesa.
Mas, ora ora.
O próprio admitiu, nas entrevistas, que não tirou o pé. Disse que não viu as bandeiras amarelas. Elas estavam lá. As câmeras mostraram. Vetor, que estava na frente, tirou o pé.

Então não teve jeito. Com muita dor no coração e aquelas explicações sem pé nem cabeça Mad Max foi punido. Perdeu a pole, três posições e leva dois pontos na "carteira".
Em tempo. Se tivesse diminuído a velocidade ainda assim, provavelmente, seria pole pelo tempo que já possuía. 

A única coisa boa que sobrou é que teremos, espero, um piloto com sangue no zóio neste domingo.

biquinho de quem perdeu o doce

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

CONFUSÃO TEU NOME É REGULAMENTO

Leio que os carros da Renault foram desclassificados do GP de Suzuka por usarem freios fora do regulamento. Consistia, em resumo, num sistema ilegal de balanço dos mesmos.
A Força Aí Índia, ou Racing Point, chiou após a corrida dizendo que estavam sacaneando. Como eles descobriram só dona Gertrudes para descobrir. Mas, numa hora dessas ela deve estar tomando banho de tequila no México.

Bom, a FIA (da puta) examinou o paciente e declarou que os mesmos não estavam fora da carta magna. Mas, viola uma regra segundo a qual o piloto não pode ser ajudado por porra nenhuma a não ser seus pés, mãos e cérebro (em alguns casos o cérebro não ajuda).
Ou seja, estavam fora do regulamento. Ou não?
Pelo sim pelo não os franceses não vão recorrer. Certamente porque não entenderam nada da conclusão.

Regulamentos, e leis, estão aí para serem burlados. 
Seja na F-1, Stock, F-chocante e etc.
O problema é a confusão que se instala quando da aplicação.
Depois de 'centos dias vem a punição. 
Estamos acostumados com estes absurdos quando partem, por ex, da F-chocante. Por sinal, o regulamento é tão enrolado que nem o autor sabe interpretar. Lembram quando Louco de Graça foi desclassificado num treino porque apertava o freio com força excessiva?

Enfim, a caça agora é o motor "de outro mundo" de mamã Ferrari.
Todo mundo diz que está fora do regulamento. Mas, não está. Só que, dizem, está. 
Vamos aguardar os próximos capítulos.

terça-feira, 22 de outubro de 2019

O VEGANO SEM SABER

A dieta vegana anda na moda. Muitos atletas o são.
Hamiltão, por exemplo, é vegano.

Eu tenho uma história curiosa sobre a dieta.
Láááá no início dos anos noventa estava no alto da gangorra de meu peso. Ou seja acima do peso. Assim tem sido minha vida. Altos e baixos em relação ao peso. Mais alto, por sinal.
Bom, nesta época havia um médico homeopata espetacular em Rib's. 

Fui até esse médico para uma consulta tipo "qual milagre para comer feito a última refeição e  ainda assim emagrecer".
Ele, com muita paciência, explicou que iria me passar uma dieta onde não seria consumido nenhum produto de origem animal. Não falou em veganismo e eu nem sabia em que barco estava entrando.
Além disso, um monte de florais e complementos vitamínicos.
E, entrei nessa. Salientando que tenho aquele tipo sanguíneo que adora carnes. 
Mas, dois fatores ajudaram. Caminhada e os florais que não deixavam a peteca do humor cair. Eu não entrei naquela depressão típica de quem faz dieta radical.
E, perdia trezentos gramas por dia. Caminhava toda noite passando na mesma farmácia e pesando na mesma balança. 
Morava em Jaboticabal e, quando vinha para Rib's carregava meu prato de xuxu, alface e quejandos. A família ajudava dizendo que não iria aguentar. Afinal, logo eu. Nem cerveja estava bebendo.

Quase um ano depois um amigo nosso casou e eu fui com o terno do meu casamento.
Inacreditável. Tem até uma foto para provar. Mas, estou parecendo um cadáver. Havia parado de tomar uma pílula de urucum para manter a cor. 
Nesta altura do campeonato a vida não estava fácil e não ia ao médico. Todo mês ele trocava as vitaminas e florais. Cada ida era uma cacetada no bolso. Sem essa de plano de saúde.

Então, a crise nos obrigou a voltar para Rib's e recomeçar a vida. Mesmo assim, para comemorar, a família promoveu um churrasco. Eu, caí de boca em tudo o que era animal e cervejal. Pensava que poderia controlar o peso dali por diante.
Claro que não. Em pouco tempo engordei tudo de novo e mais um pouco. Fraqueza da carne.

Agora o lado trágico e cômico.
Quando mudamos para esta infernal terra estava magro. Com aquela cara de zumbi.
Quando estava voltando ao sobrepeso normal (o alto da gangorra) encontrei um conhecido lá de Jaboticabal. Ele me abraçou meio que afastado. Aquele abraço hétero se me entendem. Encostando o mínimo possível. Não estranhei porque sou assim. Conversa vai conversa vem ele entregou. 
Disse que o pessoal de minha convivência em Jaboticabal dizia que havia saído da cidade porque estava com o vírus da AIDs. Por causa da minha magreza. Era o auge dos problemas oriundos do vírus.
As pessoas são, acima de tudo, maldosas. O cara emagrece não para ficar saudável mas, porque pegou um vírus.
Durma-se com um barulho desses.


quinta-feira, 17 de outubro de 2019

ANIVERSARIANTE DO DIA

Nosso Kiwi Vodkanem, Kimi Raikonen deles, completa quarenta anos hoje, 17/10.
O cara é uma figura e preferido do blog.
Não diz que para este ano. Tem contrato até o final do ano que vem. Mas, desconfio que se levantar com o pé esquerdo põe a garrafa embaixo do braço e se manda para as terras geladas de onde veio.

primeira vitória no GP da Malásia em 2003!
hic. Parabéns. hic

TROFÉU XEPA!

Dona Gertrudes ligou da feira com falando de boca cheia. Berrou que estava comendo pastel de vento e  bebendo garapa vencida.
Comprou vários restos para sua famosa torta e pegou uns tomates podres que estavam no meio fio.

E, disse que a torta iria para "o Palmer". Perguntei se para o Jonathan. "Não", gritou. "Para o filho dele, Jolyon". 

Who?

Sim, tive que pesquisar porque não lembrava dele. Deve ser a idade.
O cara correu pela Renault durante um ano e pouco e foi defenestrado pela ruindade.

E, leva a torta mal assada de dona Gertrudes porque encontrou uma explicação surreal para a defecada de Carlinhos Lacraia em Suzuka quando deu aquela bundada em Mad Max.
O culpado foi Tião Vetor. Quando o lemão supostamente queimou a largada a concentração do monococôdesco foi para o saco. Ainda continuou com a merdança dizendo que Lacraia perdeu o carro porque estava no ar sujo de Tião. 
Santa Rita do Passaquatro! O único que não tinha ar sujo era Sandálias, que ia todo faceiro em primeiro (rimou).

Nem vale a pena continuar. 
O problema é que existe uma tendência da mídia em queimar Vetor e etc. Agora todo mundo vem dizer que Carlinhos é melhor que ele. Desconfio que muita gente vai queimar a língua.

Agora dizer que um cara perde a concentração porque outro carro deu um pulo à frente é demais. 
O grande rival do monochato é Mad. Minha sugestão é que o piloto dos Toro Seniores contrate uma dama que mostre os gêmeos (se me entendem) momentos antes da largada. Ela pode ficar na grade lateral empunhando uma placa com os dizeres "pit breasts". Garanto que funcionaria com metade do grid.

terça-feira, 15 de outubro de 2019

MELHOR CALADO

De vez em quando Flavio Briatore, nosso Britadore, sai do túmulo para falar besteiras.
A sandice do momento: dizer que mamã Ferrari precisa de Mimadon, o Fernando Alonso deles, para voltar a ganhar.
Claro que ele tem que dizer essa merda porque é empresário do espanhol. Engraçado fingir que os italianos não querem Mimadon Aliás, não precisam. Até esconderam o cara na festa dos 90 anos da escuderia. E, olha que ele foi até Monza fazer caras e bocas.

Uma coisa está ficando clara no horizonte vremeio. Vetor está sendo cozido em fogo brando (como dizia dona Sidália, minha avó). Lacraia é o cara do momento. E, pelo andar da carruagem Ricardão vai sentar num dos carros. 

Britadore precisa voltar para o túmulo. E, calado.
"meu garoto"

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

LAMBÃO EM SUZUKA - 2019

O lambão foi fácil.
Depois de 'centos baldes de pipoca ingeridos por mim dona Gertrudes ligou com a voz empastada. Disse que estava tomando várias cervejas para ficar acordada. "Desde os treinos", bradou.
"Pipoca não resolve. Só aumenta a sede", disse com toda a razão.

Após a corrida veio aquele arrependimento por só considerar a maldonadice dos pilotos na pista.
Quem merecia levar é o equipamento sideral que veio de outra galáxia que conta as voltas. O troço falhou e um tal de painel deu a corrida por encerrada na penúltima volta. Mesmo que a bandeirada física fosse no momento certo a defecada já estava no vaso sanitário.
Com isso Chapolin Perez, que havia batido na última, levou a nona posição e prometeu pagar uma rodada de cerveja para o equipamento obtuso.

Enfim, o lambão oficial vai para Carlinhos Lacraia e sua bundada em Mad Max na segunda, ou terceira curva, logo após a largada.
Não aceitou levar um passão do maluco aposentado (ou não) e deu um chega para lá no  holandês/belga/marciano.

Depois aquela novela mexicana. O carro de mamã Ferrari se desmanchando soltando pedaços que ferraram (verdadeiramente) a corrida de Lando "chuck" Norris por detritos no duto de freio e a desobediência dos italianos em chamar o monochato aos boxes para arrumar a lambança.
O engraçado da história é que o queridinho de mamã não seria punido. Apareceu na transmissão. Grita geral e, no final da prova, a punição pela bundada e a desobediência. 
Mexeu com o resultado da prova e ficamos com a impressão que a F-1 anda com inveja da F-chocante e suas punições esdrúxulas. 

Enfim, Lacraia leva o leitão porcamente assado por dona Gertrudes pela falta de esportividade.
Ela informa que o dito leitão vai numa embalagem especial mergulhado em shoyu.

sábado, 12 de outubro de 2019

"ACORDADO PARA VIVER"

Título Ctrl-C da série da Netflix para o que acontece aqui na mansão acerca das corridas da F-1 que ocorrem madrugadas adentro aqui no brasil-sil-sil.
Sempre aquele dilema. Corrida três de la matina. Ou como a do Japão, duas.
Dormir e acordar no horário?
Gravar e assistir off-line do mundo?
Vale o "aqui agora" ou o gravado?
Se gravamos, assistimos, ainda que sem saber o resultado, algo que já passou. Confuso, não?

Mas, o espaço/tempo é louco. Já passamos. O mundo que conhecemos já passou. Somos uma pálida sombra no cosmo. Um reflexo do que já foi. A via Láctea não existe mais. 
Então, o velho dilema resta resolvido.
A dúvida de sempre (gravar ou não gravar, dormir e acordar e por aí vai) fica em segundo plano quando o horário do treino, ou corrida, se aproxima e ficamos acordados para assistir o que já passou ao vivo. 
Juro que não bebi.
Mas, é assim que o universo funciona.
Neste ano, em Suzuka, Hagibs resolveu a questão em relação aos treinos. 
Vão acontecer no sábado dez da noite e logo após a corrida duas e dez de la matina. Haja pipoca.

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

O FUTURO

Estou lendo, entediado, sobre as mudanças na F-1 para 2021.
O futuro da categoria e equipes.

Lembro dos meus tempos de criança/adolescente e as previsões acerca dos carros e como o futuro seria afetado por eles.
Vi uma reportagem nos anos sessenta (procurei na infernal internet e nada achei) em que um sujeito nos Estados Unidos criou um carro voador. Ele, o carro, saía da garagem e o dono tirava do porta malas o leme as asas e instalava no bruto. Depois colocava as hélices na frente. E, pronto. O risível é que a reportagem terminava sem que o automóvel voador voasse. Faltavam ajustes.
Mas, até hoje o carro voador é falado como uma realidade palpável. Para amanhã.

Cresci ouvindo que nos anos 2.000 não haveria mais gasolina. Urgia descobrir novas alternativas. Não lembro do carro elétrico mas, um brasileiro foi ao Fantástico dizer que inventou o motor movido à água. Foi aos Estados Unidos, sempre eles, vender a ideia e uma das grandes companhias abarcou o projeto engavetando-o. 
Enfim, descobriram petróleo pelo mundo afora e não se fala mais em final do mundo movido a combustível fóssil. 

Ôpa!
Fala-se sim.
Zilhões de países estão criando leis no sentido do banimento dos carros movidos pelos restos dos dinossauros e árvores e bichos estranhos que viveram centilhões de anos atrás. Várias cidades já proibiram a circulação dos carros pestilentos nos chamados centros urbanos.
Até 2040 haverá a proibição total lá na Europa
Sem falar no país do norte. Aquele grande e bobo.

Os carros chocantes deverão tomar o lugar.
Aqui entra a F-1 e o compromisso com a indústria automobilística. 
Dizem que, em breve, a categoria adotará motores totalmente elétricos. 
Uma bosta.
Mesmo porque já existe a F-E e suas corridas deprimentes. Muito bate-bate e punições esquisitas.
Ainda por cima as corridas são realizadas nos corredores de apartamentos. Ultrapassagem só se o carro for voador.

Como conciliar duas categorias de monopostos com motores elétricos?
Acredito que uma delas vai definhar.
E, a bola da vez é a F-1 e suas cabeçadas infindas acerca de regulamentos, desenhos dos carros, e etc.
Até mesmo porque  a boataria é forte no sentido de que dona Mercedes vai fechar as portas como equipe em 2021. Ela está entrando na fórmula chocante já tendo apresentado seu carro e tudo o mais. Aliás, um de seus pilotos será nosso querido Stofado Vandormi.  Ficaria, em relação à F-1, só no fornecimento de motores.
A Renault, pelo visto, não vai tirar a vaca do lodaçal desistindo, mais uma vez, da chamada categoria máxima.
Junte-se a isso tudo uma dose de soberba em relação ao regulamento a partir de 2021 onde ninguém quer ceder espaço e teremos um desastre a médio prazo.
A F-1 irá para o brejo de onde só sai com a ajuda de um tratorzão movido a diesel.





sábado, 5 de outubro de 2019

MÉDICO POR UM DIA

Senta que lá vem história.
Láááá nos anos setenta cursei Química aqui em Rib's. 
O campus era diversificado com vários cursos e suposto congraçamento entre os estudantes.
Explico: a maioria (e bota maioria nisso) das garotas faziam parte da A.S.M.A. (Agarre Seu Médico Agora).  Neste aspecto a convivência era difícil. Em qualquer festinha ou coisa parecida bastava surgir um estudante de medicina para virar a atração do pedaço. Mesmo que fosse um filhote de cruz credo.
Por ex., o Gafanhoto. Um japonês feio para carai que só andava com o uniforme de atleta da Med. Abrigo verde mamãe cheguei. Como era esquelético o apelido pegou. Até ele era cercado pelas garotas e ficava olhando para os mortais com aquele ar de superioridade. Tipo "sou sensual, nego".
Os biólogos eram os esquisitos que ficavam sentados na rotatória olhando besouros e quejandos. Os psicólogos eram os malucos que cursavam Psicologia para se curar. Os Químicos os viadinhos e seus vidrinhos coloridos. Os da Odonto torturadores em formação. E, outros.

Pois bem, em 1979 um colega meu estava se engraçando com uma estudante de medicina.
Logo ela ganhou o apelido de pilha fraca por causa da voz que começava alta e diminuía na medida em que a frase terminava.
Como esse nosso colega namorava uma garota que já havia encerrado o curso de Química e voltou para sua cidade natal, a pilha fraca ganhou a antipatia geral.

Um belo dia o caldo entornou de vez. Eu já não morria de amores pelo Reibeto por conta de seu afastamento do ye-ye-ye. Roqueiro ele nunca foi. No restaurante do campus, certa vez, falei mal do dito. Pilha fraca tomou as dores e atacou os Beatles. Disse que não gostava dos cabeludos ingleses.
Virou briga de faca. Entrou a turma do deixa disso e ela encerrou a conversa dizendo que não gostava de mim. Como assim? A gente nem convivia. 

O tempo passou a gente evitava um ao outro, o que significava almoçar com galera diferente. 
Naquele ano o prédio novo do Hospital das Clínicas da Usp, o já famoso FMRP-USP estava funcionando meia boca. Ainda em obras mas, com algumas alas em ação.
Por ironia estávamos almoçando todos juntos e eu comentei que havia um puta aparelho de tomografia sendo instalado no prédio. Se não me engano o primeiro da Ámerica do Sul. Disse que gostaria de ver o bichão. 
Pois do nada a pilha fraca me convidou a ir ver o aparelho. Como assim?
Acho que ela se arrependeu de não gostar de um cara tão legal quanto eu.
Só havia um problema. Era ambiente restrito por causa das obras e só acessível para médicos e estudantes de medicina. E agora José?

Sem problemas. Marcamos hora na frente do prédio e ela me forneceu um avental de algum colega dela. Virei o Dr. Qualquer Coisa, quintanista de medicina. Mó chic.
Ao adentrar ao prédio ela me avisou para não falar nada com ninguém e aceitar amostras grátis que os representantes da indústria farmacêutica iriam me oferecer. 
Sim, meninos. Desde aquela época e num hospital que nem estava operando (boa essa, hospital operando) a pleno.
Foi muito gozado. Um quintanista barbudo e cabeludo, tipo bicho grilo como diziam, entrando solenemente como se fosse um Jesus Cristo médico.
Mesmo assim fui cercado e ganhei vários remédios. A pilha fraca foi me arrastando e conseguimos escapar para o andar onde repousava o aparelho.
Um túnel enorme de aço escovado. Não era possível chegar perto por causa das obras de instalação. Mas, valeu. Pilha fraca ganhou minha admiração pela ousadia.
Na saída mais remédios. 
Ela ficou com todos menos as cartelas de Cibalena.

Dona Alzira adorava Cibalena. Resolvia tudo. Enxaqueca? Cibalena. Diarreia? Cibalena. Prisão de ventre? Cibalena. Falta de dinheiro? Cibalena. Notas baixas? Cibalena. Quebrou o carro? Cibalena.

Hoje eu lembro desse dia e fico feliz por ter resolvido a questão com a pilha fraca. Ficamos mais próximos apesar dos pesares. Sei que ela é uma médica respeitável em sampa. E, espero que tenha frequentado uma fono para resolver o problema da voz. 


quinta-feira, 3 de outubro de 2019

FUTURO SEM TETO

George Russel, nosso Jorge Russo, disse que apostaria a própria casa dizendo que a Williams não repetirá os erros na F-1.

Veio com aquela que estão reestruturando a equipe aproveitando o ano de bosta.

Duas coisas chamam a atenção. As coisas estão tão ruins que pediram ao Kudebico que parasse o carro no GP da Rússia para economizar equipamento. Parece que a vaca vai continuar perdida no lamaçal.
A outra coisa é que Russo não possui casa.
Mesmo assim é um futuro sem teto.

"Sacaram? Apostar algo que não tenho é certeza de vitória."

COISAS DE FAMÍLIA

Mad Max demonstrou grande humanidade ao se declarar contra o aumento de corridas, 22, para o ano de 2020.
Por um motivo inusitado e pouco pensado (rimou).
Disse que o sacrifício maior será para os mecânicos que trabalham cinco ou seis dias por etapa.
Então, o aumento de corridas significará, para Mad, aumento de divórcios envolvendo os mecânicos por conta do pouco tempo com as famílias.
Quem diria um piloto preocupar-se com uma coisas dessas......

"fala que te escuto"

"OLHA A PRACA FORGADO"

O trânsito em Rib's é algo a ser estudado.
Só como exemplo. Quando temos congestionamentos (que não são nada comparados aos de sampa) ninguém para nos semáforos. Não há explicação lógica. Claro que piora a situação. Mas, é assim que funciona. Hoje, voltando para casa levei três fechadas num espaço de cinquenta metros. Por sorte estou em outro patamar e comecei a rir. Muito comum o cara ficar na esquerda e, repentinamente, entrar à direita. Sem dar seta, claro.

Certa ocasião a rainha da mansão quase bateu o carro porque um idiota não respeitou a via preferencial. Ela buzinou para o estúpido e ouviu um "olha a praca forgada". Pelo que deduzimos a placa de "pare" instalada na rua de onde o maluco avançou significa "não pare".
E, virou um bordão na família. "Olha a praca forgada!"

Bom, reminiscências à parte, o que aconteceu com Kico Magnificúzem no GP da Rússia mostra que o dinamarquês mora em Rib's.
Os caras se reúnem com os comissários antes da corrida e recebem a informação que, se despistar, siga as placas de instruções para voltar com segurança. O maluco da Haas, nossa Rás, simplesmente passou à direita da placa informando que deveria seguir à esquerda passando por detrás da dita.
Foi punido com cinco segundos e saiu xingando todo mundo do planeta. 
Seu chefe Ghunter Steiner, nosso Guenta Sentado, seguiu na mesma linha.
Espero que o Guenta seja punido.

Ele, pela boca suja, foi o grande protagonista da série da Netflix "Dirigir para Viver" (bosta de título, por sinal), junto com seus amalucados pilotos.

Agora, está perdendo a graça. Por renovar com o braço duro do Romã da Granja e disparar palavrões sem razão.



"olha a praca forgado"

terça-feira, 1 de outubro de 2019

Sobre o que esperamos de nossos heróis

A Julianne Cerasoli fez um vídeo analisando por que os ingleses não torcem para o Lewis Hamilton na mesma proporção de seu grande sucesso na Fórmula-1. Achei muito interessante a opinião da jornalista-guru deste blog, mas fiquei pensando que não torço e nunca torci para o Hamilton - acho que nem mesmo contra o Alonso - e que isso não tem nada que ver com as razões expostas no vídeo, e nem têm relação direta com a admiração que nutro pelo piloto em questão. 
Evidentemente, sabemos o quanto o sujeito é bom de corrida, sabemos o quão bem sucedido ele é, mas o outro lado também é verdade: acompanhamos corridas e vimos pilotos suficientes para sabermos das (poucas) qualidades que ele não tem. Agora, torcida mesmo é algo muito pessoal. Por que torcemos para algum time de futebol em especial? Por causa do pai, tio, avô, primo, porque ganhou alguma campeonato de forma marcante quando tínhamos seis ou sete anos, etc. Ou será que, talvez, os times carreguem alguma mensagem que nos toca e gera identificação? 
No automobilismo, torce-se em regra para um piloto, não para um time, sendo a Ferrari, evidentemente, a exceção. Na Alemanha, ninguém liga muito para a Mercedes, a não ser quem trabalha para a marca. A torcida e a mídia se ligam mesmo no Vettel e no Hulkenberg. O piloto para quem torcemos, e não seu time, é quem carrega a mensagem com que nos identificamos. O piloto contra quem torcemos - os nossos Prosts, Schumachers, Alonsos - carregam a mensagem antagônica. Mas que mensagem é esta e quem verdadeiramente a propaga?
Chamou muito a minha atenção, após o GP da Rússia, o fato de que, até onde pude ler na mídia internacional, apenas a brasileira ter atribuído ao Vettel o papel de vilão na lambança organizada pela Ferrari - Vettel, aliás, foi escolhido "piloto do dia" por meio da votação da F-1 na internet. Chegou-se ao ponto de desmentirem com estatísticas o comentário de Vettel sobre os motores V12 após seu abandono, num desvirtuamento completo do sentido da reclamação do alemão: 


No outro lado da garagem vermelha, só há sorrisos e elogios ao "predestinado" Charles Leclerc. Isso me incomoda, me irrita mesmo, pelo reducionismo que implica e porque grande parte da história recente da F-1 fica soterrada pelo culto ao novo. Claramente, a situação na Ferrari parece extremamente complexa, especialmente desde a morte de Marchionne e Leclerc é um moleque muito esperto que tem sido muito bem orientado sobre como navegar dentro da equipe - lembrando que sua carreira é gerenciada por Nicolas Todt, vulgo Todtinho, filho de Jean Todt, atualmente presidente da FIA e antigo dono do botão vermelho da Mamã Ferrari. Seus choramingos e mimimis não são apenas de um menino minado, mas de quem sabe muito bem que, se pedir, ganha. 
Carlinho é, então, retratado como um prodígio que exige muito de si, que aprende muito rápido e a quem nada abala, nem a morte do pai, nem a morte de um de seus melhores amigos - ambos eventos que foram sucedidos por triunfos seus na pista. E, aqui, podemos voltar à mensagem que o piloto carrega e que transferimos a nós mesmos quando ela gera identificação. 
A história da morte do pai de Leclerc, seguida da vitória do filho no GP de Baku de F-2 em 2017, bem como de sua primeira vitória na F-1 em Spa-Francorchamps, após a morte do amigo Antoine Hubert na mesma pista no dia anterior, me fez lembrar do quanto fiquei abismado quando Michael Schumacher venceu o GP de Ímola de 2003 logo após a morte de sua mãe. Lembro de ter pensando, antes daquela corrida: "hoje este cara não vai ganhar. Talvez não vá nem correr". Correu e ganhou. Leclerc, tendo sabido do passamento do pai, concluiu que pouco mudaria caso ele deixasse de correr e que o pai gostaria que corresse. Correu e ganhou. 
O contraste com Vettel e com o próprio Hamilton é evidente. Lewis esteve a ponto de sucumbir, segundo boatos, após o rompimento com antiga Pussycat Doll Nicole Scherzinger. Fosse pelo motivo que fosse, Lewis bateu, rodou, andou mal pra burro. Lewis, como Sebastian, é humano
Para quem cresceu vendo Ayrton Senna como o modelo de piloto, seria fácil se encantar pela resiliência demonstrada por quem vê o pai ou a mãe falecer e, horas depois, arrisca o próprio pescoço para vencer uma corrida. No entanto, estas demonstrações têm implicações éticas importantes. A maneira como Schumacher se comportou ao longo de sua carreira demonstra que ele passaria por cima da morte da mãe e de qualquer coisa que se colocasse entre ele e o seu objetivo. 
Muito do sucesso no automobilismo se dá pela maneira como se ocupa espaço: espaço na equipe, espaço na pista. Ocupar espaço significa necessariamente, neste ambiente de competição, tirar o espaço de alguém. Evidentemente, isso é do jogo: ser o mais rápido não significava nada se há alguém na frente impedindo que a velocidade se desenvolva. No entanto, se se colocar no caminho do outro é parte do jogo, o jogo não admite todas as formas de atrapalhar o concorrente. Schumacher parou o carro na pista para Alonso não passar, arremessou o carro contra adversários, ganhando e perdendo, arremessou adversários para fora da pista, ganhou corrida sem cumprir a penalização que lhe havia sido cominada e a lista poderia ir facilmente madrugada adentro. 
O cinismo de Schumacher, como o de Leclerc, começou a aparecer muito cedo em sua carreira. Quem não se abala com nada pode ser um grande piloto, mas também pode ser um grande psicopata. Fico com a mensagem de quem se descabela com a perda de uma pussycat doll.

LAMBÃO NA RÚSSIA


O blog bem que tentou mas, o VAR (tomá.....) não deixou.
Romã da Granja foi vítima desta vez. O homem é para-raios. Tudo o que tem que cair vem para cima do dito.

Enfim, no vídeo notamos que o causador da batida saiu ileso e faceiro.
Antonio Giovinazzi, nosso Tonho Gigio, agiu como os motoqueiros deste brasil-sil-sil. Enfiou o carro entre Romã e Ricardão. Três numa curva não é possível.
Totó para cá, totó para lá o salame do sanduíche prosseguiu na corrida e as fatias do pão se ferraram.
Depois que colocaram a cabeça de Tonho à prêmio resolveu mostrar serviço e começou a andar bem.
Mas, está querendo entrar no time dos malucos de todas as voltas.
Por essa maldonadice à la entregador de sanduba leva o leitão porcamente assado de dona Gertrudes.