quarta-feira, 30 de junho de 2010

Encontro entre presente e passado

Interessantíssimo este viral da McLaren. Lewis Hamilton e Jenson Button são mostrados visitando um galpão repleto de carros antigos da equipe.
Joe Saward, em seu blog, comenta que não havia qualquer roteiro para a gravação e que as câmeras foram postas longe dos pilotos para que eles pudessem "esquecer" que elas estavam lá. O resultado é realmente bem espontâneo.
Particularmente interessante é a reação dos dois pilotos atuais da McLaren, ambos já campeões mundiais, ao se depararem com um velho e muito especial carro da equipe...


segunda-feira, 28 de junho de 2010

HUUMMMM!!!!!!

A Ferrari, que adora mandar na F1, soltou os cachorros contra a suposta demora na punição do Hamilton que, por uma fração de segundo, entrou na frente do safety car e conseguiu um segundo lugar no GP de Valência.
A prima dona alfonsina vociferou uma manipulação do resultado no que foi acompanhado pelo montedemerdazorro.
Esses fatos nos levam a dois huuuuummmmmmm.
Primeiro hummmmmmmmm: a atitude do Hamilton lembra aquela história do "vou não vou. Vou não vou. Vou não vou." Se for e der errado o enterro é as quatro. Se for e der certo a medalha é de ouro.
O Hamilton foi, errou, não morreu, não ganhou medalha (só o troféu do segundo lugar) foi punido e mesmo assim querem que cortem o saco do menino.
Segundo huuuuuuuuummmmmm: a Ferrari é aquela equipe que sempre lança dúvidas sobre as outras quando seu carro anda menos. Quem não se lembra das imagens exaustivamente levadas ao ar que mostravam (não lembro o ano. É duro ficar véio) a asa dianteira do carro do Dick Vigarista (claro!!!!) com um dispostivo que abaixava a dita com a pressão aerodinâmica quando nas retas? A TV alemã mostrou até os milímetros. Pois é.
Na época nem foram punidos. "Foi sem querer", disseram.
E, depois de Cingapura em 2008 o Alfonsinho tem coragem de falar em manipulação?????
Cartão amarelo para eles dona FIA.

sábado, 26 de junho de 2010

Kid Vettel começa bem...

... mas ainda está devendo.
Como o próprio alemão prodígio afirmou hoje na coletiva de imprensa após o treino, o problema da Red Bull tem sido os domingos e não os sábados. De fato, todas as poles, com exceção do Canadá, ficaram com um dos pilotos dos energéticos enlatados. Com relação às vitórias, que são o que interessa, a McLaren venceu mais que a Red Bull, somando 4 triunfos, dois com Button e dois com Hamilton; a Red Bull levou três, dois com Webber e uma com Vettel; e a Ferrari venceu uma prova, com Fernando Alonso, na abertura do mundial.
Sair na frente é importante, mas não é fundamental em Valência. A pista não apresenta muitos pontos de ultrapassagem, mas a corrida pode apresentar surpresas. Basta lembra que, no ano passado, Lewis Hamilton saiu na frente mas acabou perdendo a corrida para Rubens Barrichello, que largara na terceira colocação.
Amanhã, teremos os dois carros da Red Bull dividindo a primeira fila, com Lewis Hamilton em terceiro, e as duas Ferraris logo atrás, com Alonso a frente de Massa. O brasileiro, desta vez, ficou mais perto do espanhol, mas ainda está atrás.
A Red Bull não vence desde o GP de Mônaco. A última vitória de Vettel foi na Malásia, no dia 4 de abril. Vamos ver se, amanhã, o time austríaco converte a superioridade de seus carros em pontos.

Entre Vuvuzelas e Jabulanis

Entre o insuportável som das cornetas e os disparos nem tão precisos de Jabulanis, acontecerá o GP da Europa de F-1, no circuito de rua em Valência.
A maioria dos entendedores não gosta da pista. Eu, como não entendo nada, tenho simpatia pelo traçado, até porque a paisagem é muito bonita.
Hoje, a prima donna Fernando Alonso cravou o melhor tempo, com as duas Red Bull logo atrás - Vettel à frente de Webber.
A Ferrari parece ter encontrado um equilíbrio melhor com as modificações feitas na parte traseira do carro e com o teste disfarçado que realizaram com o subterfúgio de ser uma filmagem comercial. Como se sabe, testes ao longo da temporada estão proibidos na Fórmula-1.
É esperar mais nove horas e ver o que acontece.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

REI BETO


Sábado, 19 de junho, esta infernal (de quente) cidade apagou velinhas. Dentre outras comemorações, rei Beto Carlos realizou um show no campo do Botafogo. Como vocês podem notar, na foto tirada do meulular, casa cheia. O sujeito em pé é um japa que não sentava nem com reza brava (mais uma expressão do tempo de vovó). Então, resolvi esperar que ele virasse para poder registrar a multidão. Notem que a casa estava cheia. A foto foi tirada um pouco antes do show ter início. O que vale o registro é o carisma do Roberto Carlos. Havia público de todas as idades. Alguns de tão novos acabaram dormindo antes da festa começar. Mas, a energia que percorre as pessoas quando aquele pontinho branco (ah, se não fosse o telão) entra no palco é de arrepiar. Eu não sou de freqüentar multidões e muito menos de ir a shows deste e de outros tipos. Confesso que valeu a pena pelos bons momentos. Gosto das músicas antigas do homem. Afinal, quem nunca se apaixonou pela namoradinha do amigo?
Então, este hiato dentro de um blog que respira fumaça de carros de competição.......

terça-feira, 15 de junho de 2010

Copa do Mundo

Copa do Mundo rolando e, por uma razão misteriosa, todos paramos para assistir pelo menos os jogos da seleção brasileira.
Eu sempre me emociono nestas grandes competições esportivas. Menos pelo calor das competições e pelo barulho da torcida, mais pelos sonhos realizados, pela superação e pelas dificuldades deixadas para trás que ficam estampadas no rosto de alguns atletas, seja na vitória, na derrota, no esforço exigido pela competição.
Por quem se compete? Os atletas estão lá pelo país? Pelo regime? Pelo dinheiro? Pela fama? Sabe-se lá. Os livros têm a vantagem de a dedicatória explicitar para quem foram escritos. Mas, em geral, não sabemos por que ou por quem se pratica a maior parte dos atos da vida. A vida, por si mesma, não é tão explícita quanto os livros.
O que se sabe é que cada indivíduo tem uma história; cada um carrega consigo uma bagagem que poucas pessoas conhecem. Você é filho da sua mãe, do seu pai, irmão da sua irmã, neto dos seus avós, sobrinho dos seus tios, primo dos seus primos, amigo dos seus amigos. A história de vida de cada um tem uma porção de traços da individualidade alheia que compõe a própria. Por mais sozinhos que estivermos, carregamos todos conosco.
Hoje, o momento mais emocionante - talvez o único momento de emoção - do jogo realizado entre Brasil e Coreia do Norte - ou República Popular Democrática da Coreia do Norte - foi protagonizado por um jogador desse país, cujo nome e história desconheço, mas que foi às lágrimas ao longo da execução de seu hino nacional.



Ignoro por quem ele compete; ignoro ainda mais por que ou por quem chorou. Certo é que, naquelas lágrimas, rolaram muitas histórias e personagens.
Eu, sozinho na sala de casa, me emocionei - como sempre me emociono - e fiz força para não chorar. Talvez tenha lembrado das minhas histórias e personagens, de quem vejo pouco, de quem não vejo mais e de coisas que não mais vou viver.
Talvez tenha me emocionado pela saudade, saudade que aquele atleta de vermelho, quem sabe, também estivesse sentindo. Mas, quer saber? É boa a saudade. A vida sem ela seria um vazio. A saudade é sinal de que atravessamos portas que ficaram abertas atrás de nós, convidando-nos a voltar. E a vida tem que ser saudade.
Quem sabe, no fim das contas, por que chorou o atleta de vermelho? Quem sabe por que me emocionei com ele? Quem sabe, quem sabe?
Quem sabe, no fim das contas, tenha me emocionado simplesmente porque queria poder chorar com ele.

PNEUS



Ainda sobre o GP do Canadá em 13/06 vejam esta foto tirada da TV.
Sem o bueno chefe por perto o Burtman, que já foi piloto e entende muito de F1, comentou que em se tratando de economizar pneus o Schumacher não ajuda muito.
Dá para notar o desgaste dos pneus traseiros da dona mercedes. E, se prestarem atenção, o Buemi mostrando a língua para o lemão.

AINDA O LEMÃO

O chefe do blog já lavou nossa alma vingativa com um post arrebentador (para não dizer arrebatador) sobre o desempenho do Michael Schumacher, nosso “querido” Dick Vigarista, no GP do Canadá no domingo 13/06. Mas, existe outra visão sobre o assunto. Vejamos o que aconteceu com o Dick quando resolveu pendurar as chuteiras (clima de Copa do Mundo). O cara parou por cima da carne seca (como dizia minha avó). Todos os buenos do mundo babando no maior gênio da história da F1. Estava em uma equipe que trabalhava exclusivamente para ele. O “companheiro” de equipe que se virasse com os restos. Alguns pilotos nem pensavam em atrapalhar seu passeio nas pistas da vida. Acredito que pesou um pouco na sua decisão em parar o fato de alguns jovens de pé pesado começarem a ousar andar mais que ele.
Aposentado, ficava ali nos boxes fazendo gracinhas para a TV fingindo que trabalhava como aspone da Ferrari. Certamente ouvindo que se voltasse iria arrebentar com essa molecada braço duro. Motos e tombos à parte, um belo dia seu gerente o esquisitão Free Willie consegue convencê-lo a voltar. Ferrari de portas fechadas é hora de pagar a dívida com a dona Mercedes que comprou seu lugar na F1 em algum lugar do passado. Até comentei aqui que o João Alesi disse que o Schumacher resolveu voltar porque viu o rubim véião quase levantar o título do ano passado. Se um piloto como o rubim quase pode ele certamente pensou que iria não só dar um baile como também ficar com a menina mais bonita. Afinal, a abóbora bráu se transformou na dona Mercedes, dona das mais belas e possantes pernas (motores para os menos iniciados) da F1.
Tudo muito lindo e maravilhoso. Lá veio o homem de cabelos pintados e pescoço novo (para quem acreditou que doeu quando testou para a Ferrari). Pose daqui, pose dali, descobriu um mundo novo.
Ninguém avisou os outros pilotos para fazer reverencias e deixar o Michael mandar bala. E, a F1 hoje está cheia de pilotos louquinhos para mostrar serviço. Até o Weber. Outra coisa: dona Mercedes tem pernas possantes e belas, porém seus peitos de plástico pesam um pouco e afetam a coluna. Mas, o então companheiro dele, o jovem e fogoso roseberg não se importava com isso e se deu bem com a dona Mercedes, andando na frente do Schumacher.
Então aconteceu o que os amantes de uma boa corrida mais temiam. Sabem aqueles memorandos de cima para baixo? Se bem que nunca vi um memorando de baixo para cima. Bom, deixa para lá.
“considerando que o nosso amado Dick tem toda a história a ser respeitada...... blá, blá, blá.
É inadmissível que o roseberg usufrua da dona Mercedes no estado em que se encontra em detrimento do venerando Dick e sua história de glórias.”
Então, pegaram a dona Mercedes internaram a dita numa clínica e deram uma racauchutada na véia. Tudo para ajudar a libido do lemãozão (já que o roseberg é lemão também). Sabem como é: ele gosta de traseiradas e etc.
O roseberg sentiu o baque e rapidinho caiu lá para trás na tabela do campeonato.
Finalmente, chegamos ao Canadá. Este GP é um belo resumo do momento em que vive o Schumacher. O cara não consegue andar junto com os novos botas. Essa é a verdade. A equipe trabalhou e trabalha para ele. Porém, o carro não ajuda e ele não consegue tirar leite de pedra. Só para lembrar: tinha um cara que corria de capacete amarelo que tirava leite de pedra. No final da corrida, com o seu companheiro andando na frente (certamente pedindo desculpas pelo rádio) Schumacher viu seu carro se desmanchando e os jovens e fogosos botas vindo para cima sem piedade nem respeito. Doeu. E o lemão sentiu a dor no coração e fez o que sabe melhor. Freou antes da hora e seu irmãozinho massinha sifu. Cortou chicanes, gramas e nada adiantou. Todo mundo sentiu o gostinho de passar a mão na dona Mercedes.
E, não tenham dúvidas que essa situação vai continuar. Teremos uma ou outra corrida onde os buenos vão dizer que o home voltou, mas a verdade é que o piloto Schumacher é esse mesmo que nós vimos no GP do Canadá.
Ah! Faltou dizer. Imaginem o véio rubim gargalhando a cada fim de corrida com o desempenho do seu desafeto. Só não cai da cadeira porque a Willians é ruim de dar pena.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

O "velhinho"

E já que falamos tanto do antigo Interlagos no post anterior, nada mais justo do que uma visão do traçado percorrido pelos carros de F-1.
No demoníaco YouTube, tem este vídeo que vai abaixo. É a primeira volta do GP do Brasil de 1980. Uma pena que cortam justamente no contorno da Curva do Sol para mostrar um replay.
A primeira volta foi liderada por Gilles Villeneuve, que largou muito bem, mas a prova foi vencida por René Arnoux, a bordo de uma Renault.



Fruto da largada do GP de 1980 é também esta maravilhosa foto dos carros entre as Curvas 1 e 2 , publicada no fantástico F-1 Nostalgia, do Rianov Albinov.


Para encerrar, eis aqui um gráfico com a sobreposição do novo traçado sobre o velho, em que dá para perceber bem o que foi que mudou.





Um dia para não esquecer

Sábado, 7:55 da manhã, toca o telefone. Dez minutos antes, havia sido meu despertador, e eu ainda relutava para enfrentar o frio e o sono naquela cinza manhã paulistana.
No telefone, era meu amigo Rodrigo Marchini, que já me aguardava em frente ao prédio.
Minutos depois, partíamos os dois desbravadores rumo ao desconhecido. Bem, na verdade, o desconhecido era o simpático e já um pouco idoso - somando 70 anos - autódromo de Interlagos. Posso dizer que, até o último sábado, efetivamente, não o conhecia tão bem.
Ocorreria, no dia 12, a 5ª etapa do Campeonato Paulista de Automobilismo, que reune diversas categorias, como a Classic Cup, a Força Livre, a Stock Paulista etc.
E lá fomos nós, com aquela garoa fina que aumentava ainda mais a sensação de frio. No caminho, expliquei ao Marchini que estacionaríamos o carro mais ou menos onde era a antiga curva do sol, já que o evento permite que se estacione dentro do autódromo.
De posse dessa informação, ao atravessarmos o portão 7, Rodrigo me ofereceu o volante de seu carro, para que eu pudesse ter o gostinho de dirigir, ainda que devagarinho, em um trechinho da pista de Interlagos - gesto que envolve sensibilidade e gentileza só característica das pessoas muito especiais.
E lá fui eu, sem saber muito bem para onde estava indo. A sensação se agravou quando, descendo rumo ao estacionamento, demos de cara com um protótipo que subia - depois soubemos - do reabastecimento de volta aos boxes.
Descemos e avistamos uma fila razoável de carros de competição aguardado para abastecer. E pela primeira vez pensei: "será que realmente posso estar aqui?". De todo modo, havia várias carros estacionados e por ali paramos também. Só quando saímos do carro é que pude perceber que estávamos, mesmo, sobre os restos mortais da antiga Curva do Sol.
O Campeonato Paulista oferece aos seus espectadores a oportunidade de assistir as provas da região do terraço dos boxes. Isso proporciona uma acessibilidade bastante grande a diversas regiões do autódromo. Tanto que, quando tentávamos chegar ao terraço, percebemos que estávamos atrás dos boxes. Caminhamos um pouco, observando os carros, atravessamos um dos boxes, e chegamos à ao pit lane. A essa altura, os carros da Classic Cup estavam saindo para o treino de classificação. E, por uma coincidência do destino, deparamo-nos, assim que saímos da garagem, com o Lada Meianov do blogueiro oficial Flavio Gomes, dono do único site que tem uma cobertura de automobilismo que ameaça a supremacia do F-1 Literária.

O Lada oficial do blogueiro oficial Flavio Gomes, meu concorrente e contendor virtual, ainda que ele não saiba. A foto foi tirada depois da disputa da Classic Cup.


Continuamos explorando, percorrendo cada centímetro possível das dependências do autódromo, aguardando o momento de sermos expulsos. Enquanto isso, apreciávamos as passagens dos carros por ângulos verdadeiramente interessantes, como este:


Contudo, para mim, as cenas mais memoráveis ocorreram quando resolvemos "conhecer" um trecho do traçado antigo de Interlagos. O carro estava na Curva do Sol, e quando o Marchini precisou ir até lá para buscar mais agasalho, fomos "contornando" a curva a pé, notando, de perto, porque ela era tão interessante: começava mais ou menos em subida e terminava em uma descida considerável.
Aliás, uma das coisas interessantes de ver a pista "de dentro", é perceber os detalhes topográficos que, no caso de Interlagos, faziam - e fazem - o traçado realmente especial.
Fiquei impressionado com a descida entre o Sol e o Sargento. Talvez quem esteja na arquibancada ou vendo pela televisão, não consiga ter nítida ideia de como é.
Caminhamos em direção à extinta Curva do Sargento, que me parece ser a única do antigo traçado que não está mais lá. Por esse caminho, chegamos na saída da Descida do Lago e ficamos um tempo vendo o treino da Força Livre próximos ao guard-rail. Nessa hora, até achei que merecíamos ser expulsos.

Irresponsavelmente passando frio próximo a pista.


Em seguida, caminhamos até o Laranja, onde ficamos um tempo observando os carros de diversos pontos: na freada, no contorno e na saída. Impressionante ver que a roda traseira direita de vários carros levanta na saída da curva por causa do deslocamento de peso.


Vista do Laranja. Interessante notar que, neste momento, estávamos em cima do antigo Laranja. O trecho asfaltado em verde é o contorno da antiga Ferradura.


Vista do Laranja para o lago.


Enquanto explorávamos tudo quanto era canto da pista, um carro de segurança se aproximou e, educadamente, informou que não podíamos ficar ali.
Mas a exploração não acabou. Só depois disso é que fomos para o terraço dos boxes, não sem antes gastar R$ 6,00 em um "X-Picanha" de microondas...
A vista do terraço não é a melhor. A gente enxerga a pista mais ou menos assim:

Dá para ver também o outro lado, o "S do Senna".
Mas, pareceu que, na verdade, o melhor lugar mesmo é o estacionamento, em que se vê toda a parte mista da pista. E, em um sábado como aquele, o local foi providencial para aliviar o frio.
Assisitimos a Classic Cup próximos ao "S do Senna", e a Força Livre do tal estacionamento.
Satisfeitos com o que havíamos visto, satisfeitos depois de passar tanto frio, fomos embora por volta das 14h30min. Foi uma experiência realmente interessante para quem gosta de automobilismo. E é tudo de graça: entrada, estacionamento; só se paga o X-Picanha falsificado.
As corridas são muito boas, com vários pegas. O pessoal realmente manda bala.
É muito legal, também, poder ver o automobilismo mais de perto, já que é possível transitar entre pilotos e mecânicos sem maiores problemas e sem "estrelismos". A atmosfera amadora torna o evento ainda mais atraente.
O Marchini, depois de passar o dia todo ouvindo "ali era a curva 1, ali a 2, ali o Sargento, ali o Sol; aqui subia, e não descia, vinha pelo outro lado, tinha também o anel externo" virou especialista em Interlagos e já enviou seu currículo para a Ferrari.
As fotos não cobrem tudo o que vimos. Na verdade, só tinhamos um celular para fotografar e que, para piorar, estava ficando sem bateria. Mas, de um dia como esses é mais importante guardar as sensações do que as imagens.

Mais informações sobre o Campeonato Paulista, aqui: http://www.automobilismopaulista.net/

Schumacher Patético

A atuação de Michael Schumacher ontem, no GP do Canadá, foi digna de nota. Infelizmente, não pelo que teve de positivo. Muito pelo contrário, o alemão oficial teve uma das piores - senão a pior - atuações de sua carreira.
No início da disputa, ainda parecia que conseguiria brigar pelas primeiras posições. Ocorre que após suas paradas para troca de pneus, a corrida de Schumacher foi uma lambança só.
Após seu primeiro pit stop, o sapateiro se meteu em uma briga com Robert Kubica, que vinha mais rápido atrás. O alemão espremeu o simpático polonês, que foi obrigado a colocar duas rodas fora da pista. Na curva seguinte, ambos escaparam, seguindo reto e saltitando pela grama.
Pouco depois, Schumacher parou novamente para troca pneus. Assistindo a corrida, imaginei que fosse um lance de estratégia. Pode parecer estranho, mas no contexto da corrida, até faria sentido. Todos os pilotos são obrigados a usar os dois tipos de pneus ao longo da prova. Os pneus mais moles estavam acabando muito rápido, entre 5 e 7 voltas de uso. Seria até razoável, então, que se tentasse uma jogada: andar uma duas voltas com o pneu mole, voltar para o duro e ir até o fim da corrida.
Contudo, parece que não foi isso o que houve. Schumacher teria tido um pneu furado após a briga com Kubica, o que provocou sua nova entrada nos boxes.
Até aí, tudo bem. O único problema, para Schumacher, é que ele nunca soube poupar o carro. Schumacher é o piloto paradigma da era dos pit stops, em que não se precisava pensar muito na manutenção dos pneus, em economizar combustível etc. Com o novo regulamento, largando-se com o carro pesado, é preciso pensar a estratégia não só com relação às paradas para trocas. O piloto deve pensar a sua estratégia, quando é a melhor hora para dar tudo, quando é a melhor hora para poupar o que se tem.
O alemão oficial ontem acabou com seus pneus. E foi ficando para trás. Disse, depois da corrida, que não tinha condições de reagir porque usou o mesmo jogo de pneus por muito tempo. É verdade. Mas não foi diferente para os demais, com exceção de Robert Kubica, que fez 3 paradas.
O fato é que Schumacher, andando muito lento na pista, casou sérios problemas a outros pilotos e merecia uma punição. Um drive thru após a manobra em cima de Kubica não seria um exagero. Depois da disputa com Massa, a punição era um imperativo. Depois das brigas com os carros da Force India, o mínimo que se poderia esperar era que fossem acrescentados ao seu tempo final de corrida 25 segundos. Nada disso aconteceu, e todas as peripécias de Schumacher passaram impunes.
Vejamos: 1) empurrou Kubica para grama; 2) defendeu a posição em cima de Massa alterando sua linha duas vezes, tocando, inclusive, no brasileiro; 3) defendeu a posição em cima de Liuzzi cortando a chincane de entrada da reta; 4) na volta final vazou duas chincanes em disputas de posição, primeiro com Liuzzi, depois com Sutil, na última curva.
A imprensa brasileira, idioticamente, insinuou que a punição para o alemão, em Mônaco, só ocorreu porque Damon Hill estava entre os comissários. Então, pode-se dizer que ele só não foi punido ontem porque Emerson Fittipaldi, amigo do sapateiro, segurou as pontas para ele?
Seja como for, Schumacher agiu muito mal. Tanta lambança que lembrou seu antigo companheiro de equipe, Eddie Irvine. É só lembrar que, em 2000, na corrida do Canadá, irlandês metido a engraçadão não conseguia manter seu carro em linha reta na chuva.
E o que ele dirá ao seu patrão Ross Brawn? "Quero um carro que produza mais pressão aerodinâmica". Já tem. "Quero um carro que saia mais de traseira, e dane-se o Rosberg". Já tem, e já danaram o Rosberg. O que sobra agora?



E já chega! Isto está ficando exagerado: escrevo 15 linhas sobre a corrida em geral, e outras 350 para falar mal do Schumacher.

domingo, 13 de junho de 2010

Hamilton impecável

A corrida no Canadá foi excepcional. Uma pista que proporciona bons momentos; uma pista de verdade, não um desses kartódromos modernos, como já dissemos em algum lugar do passado. Muitas ultrapassagens, muitas disputas, muitos problemas em uma pista que oferece dificuldades para o equipamento; muitas bobagens por parte de um certo piloto alemão.
Pelo visto, o pessoal dos pneus avaliou mal como seria o desgaste na pista do Quebec, e vimos os compostos de borracha se desfazerem no asfalto com uma rapidez inesperada.
Isso proporcionou uma dose extra de incerteza quanto ao resultado. Até o fim, eu estava acreditando que todo mundo faria mais um pit stop, e que, por ter se aguentado na pista com os pneus gastos, Mark Webber faria sua segunda troca ao mesmo tempo que os outros fariam suas terceiras e que, desse modo, o australiano levaria a vitória. Não foi o que aconteceu. Webber terminou em quinto, depois de ter tido problemas no câmbio que levaram sua equipe a trocar o componente e fazê-lo perder cinco posições no grid.
Eu, fiel adepto da teoria da conspiração, creio que a troca pode ter ocorrido para que Vettel largasse, pela primeira vez desde Barcelona, a frente de Webber. Mas deixa isso para depois.
No meio disso tudo, Lewis Hamilton fez hoje uma corrida impecável. Não cometeu erros, enfrentou bem a briga com Alonso - que, aliás, também fez uma ótima corrida -, e, no fim, quando parecia que não tinha mais pneus, fez três voltas inacreditáveis, com tempos na casa de 1min17s.
Para mim, o único problema de o Hamilton andar na frente é que toda hora a TV mostra a insuportável pussycat sua namorada. Nada contra ela, na verdade; mas detesto gente fazendo "caras e bocas". E quem era aquela criança no colo da donzela hoje? Vai saber...
Jenson Button, bem ao seu estilo, fez uma corrida discreta, mas muito eficiente, ficando atrás, apenas, de seu companheiro de equipe, tanto na corrida, quanto no campeonato.
Com mais uma dobradinha, a McLaren mostra muita força na briga pelo mundial. Os dois pilotos estão na ponta da tabela, com duas vitórias cada um. Mais importante, eles vêm brigando sem se dilacerar. Para mim, a equipe de Woking tem os dois candidatos mais fortes ao título. Depois explico porque.
Alonso mais uma vez no pódium. Mais uma vez, Felipe Massa não conseguiu acompanhar o espanhol ao longo do final de semana. Claro que a corrida do brasileiro foi muito problemática, mas Alonso vai se distanciando no campeonato e, pelo visto, Massa não será adversário na luta pelo campeonato.
Quanto ao placar particular do blog, Rosberg aplicou uma goleada no alemão oficial - goleada que será comentada em post específico, pois a atuação patética do sapateiro hoje é digna de um destaque.

terça-feira, 1 de junho de 2010

ESTOQUE


Praticamente não se fala em outras categorias neste blog a não ser a F1.
Dia 30 de maio tivemos as tradicionais 500 milhas de Indianápolis com as mesmas coisas de sempre.
Assisti duas bandeiras amarelas e perdi a última.
porque é assim que funciona a coisa por lá. As corridas são decididas pelas bandeiras amarelas. Quando alguém não bate eles arrumam uma bosta de passarinho para acionar a dita (a famosa frase é do Piquetesão).
Mas, teremos aqui em Rib's em 06 de junho uma etapa da Fórmula Cacá Bueno, ou melhor, stock car. Eu não assisto porque não passa na globo. Eles fingem que passam alguma coisa. Outro dia cortaram os três minutos finais de uma corrida. Acho que de pirraça porque não tinha nenhum bueno na frente.
Peguei birra (como diria minha avó) da stock porque é constrangedora a maneira como os globais torcem para o cocô. Então, deletei a categoria de minha agenda.
Mas, meus colegas ficam perguntanto a cada três minutos se não vou assistir a stock in loco aqui nesta maravilhosa e infernal (de quente) cidade. Quando explico porque não vou todos me olham significativamente. Não enxergam a postura ideológica por detrás da atitude. Bão, deixa para lá.
Domingão, fui no shopis (mais precisamente no Novo Shopis) e lá estava repousando numa das praças internas um carro da stock. Do Nono Figueiredo. Daí, aproveitei para tirar umas fotos. Essa aí é uma delas.
Além disso, fui testar a pista de rua que vai ser usada e, asfalto novo, consegui andar a uns cinquenta por hora. Todo mundo resolveu dar umas voltas no circuito e não consegui desenvolver toda a velocidade que minha Lamborghini 1.0 Total Flex oferece. Tinha até um mané dando ré em plena avenida. Só nesta cidade de trânsito amalucado mesmo.
É isso.