segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Sobre datas e tons

Não faz muito tempo, resolvi arrumar minhas bagunças e notei que guardava, em um pote de sorvete em cima de uma escrivaninha, vários comprovantes de débito, desses que saem da maquinha depois de pagar a conta com cartão. Procurei reconstituir o sentido daquilo enquanto fuçava naquele mar de papeizinhos azuis - e o sentido estava em me deliciar olhando a data e onde havia sido gasto o dinheiro: eram pistas capazes de me levar a reconstruir com cores vivas um dia qualquer em um ponto do passado. Por exemplo, no dia 19 de julho de 2006, gastei R$ 7,00 no "Pedrinho" às 17h37. Certamente, seria um dia da semana, pois o Pedrinho não abre aos sábados e, pelo horário, devia estar voltando do fórum para o escritório e parei para almoçar (o horário do almoço era flutuante) um cachorro-quente com centenas de salsichas e molhos, acompanhado de uma Coca-Cola enorme. Considerando ser julho de 2006, eu devo ter chegado em casa e lido mais um pouquinho d'Angústia, de Graciliano Ramos, que me deleitava à época, sempre como um soco no estômago. 
Outras datas não são triviais ao ponto de precisarem de um papelzinho azul para serem reconstruídas. Estas não são apenas datas perdidas no tempo. São, ao contrário, um ponto na cronologia da vida em que se despejam outras tantas datas triviais e eventos de dias em que muito pouco aconteceu. São datas em que se resolve um quebra-cabeça e o sujeito, atônito, constata que aquela bagunça toda de peças embaralhadas era para formar aquela figura, daquele jeitinho. 
Por exemplo, eu me lembro que há um ano atrás era dia 25, e dia 25 era um sábado. Comemos pratos típicos japoneses, toda  a família. Não sei quanto custou, não paguei a conta, não guardei o papelzinho azul. Não preciso dele, contudo, para saber que faz um ano e que este ano rompeu com o anterior e os anteriores. Eu, que não sou de pedir, pedi um pedido, e peço, esperando, que este ano, que é tanto e tão pouquinho, não termine e espalhe, por tantos outros, a doçura de reencontrar uma recordação num papelzinho azul. 

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

FUTURO CAMPEÃO?

Neste vídeo, chupado do youtube, um garoto "pilota" um F-1 num simulador. Notem que as reações do carro não tem muita sincronização com o que acontece na "pista". Mas, pelo jeitão do garoto o futuro pode ser em um F-1 de verdade.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

TÉDIO

A pré-temporada não anima nada os tecladistas deste blog.
Acompanho alguns blogs e noticiário pela infernal internet e fico com pena dos escribas porque precisam arranjar assunto.
Hoje, por exemplo, disseram que prima dona superou vetor.
Mas, (oh!) o chato do roseberg foi o mais rápido do treino.
Sabemos que os tempos destes treinos não dizem muita coisa.
Ninguém sabe ao certo qual o acerto que as equipes estão usando.
Ou mesmo se os carros estão dentro do regulamento. Muito comum algumas equipes, pequenas principalmente, usarem carros que estão fora do regulamento e que devem ser ajustados para a primeira corrida da temporada. O regulamento permite estes "devaneios".
Neste ano até agora o alvo tem sido duas equipes que inventaram umas asinhas na saída do escapamento.
Fui dar uma olhada nas fotos e me pergunto até que ponto essas porrinhas ajudariam esses carros num pega pá capá.
A Williams entrou nessa de direcionar os gases do escapamento com a ajuda de um (sei lá) viadutozinho.
Senão vejamos:

Hummm! Além do viaduto temos aquelas suspeitíssimas guelras

Tudo bem. Não sou engenheiro aeronaval/espacial. Mas, dona Gertrudes sempre disse que os caras chutam muito e acabam acertando alguma coisa. É o que parece.
Agora, o escapamento da Katarrã (não resisto. Na verdade o nome é Caterham. Ou seja Katarrã em baianês).

Será que esta lâmina vai fazer diferença?
Bom, fica o registro. E espero que a temporada seja mais interessante que estes treinos.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

PROJETO TAMÃE


Recentemente viajamos para curtir merecidas férias (outras?) e visitamos lá no sul, Santa Catarina para ser mais exato, o projeto Tamãe.
Fizemos este vídeo onde um filhote sai em disparada em busca do mar, tal como suas primas tartarugas verdes ao nascer.




"Rapá! Que banheira grande!!"

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

A mesma pré-temporada de sempre

É interessante como todos os meses de janeiro e fevereiro são iguais para a Fórmula-1. Todos estão preocupados em não desagradar os patrocinadores e patrões, dizendo que os carros estão muito melhores que os do ano passado, todos os dias de testes trazem a nova equipe sensação, a decepção e a surpresa da temporada. 
A verdade é que, para nós, aqui, sentados nas suntuosas sedes de nossos blogs, fica difícil saber quem está realmente bem ou mal, qual a consistência de cada equipe e de cada piloto, pois não podemos efetivamente conhecer as circunstâncias dos treinos, quais os objetivos de cada equipe, etc. 
Então, enquanto as luzes vermelhas não se apagam no dia 17 de março, dando início a mais um campeonato, contemplemos uma pré-temporada cujo desfecho já é bem conhecido.