terça-feira, 27 de abril de 2010

PAU NO LEMÃO

Em todos os lugares o assunto é o lento lemão shuchu.
Então vamos lá.
Nem preciso dizer que nunca gostei dele desde que entrou para a F1 chutando a porta feito um menininho mimado trazido pela dona mercedes que, literalmente, comprou um lugar para o, então, pequeno lemão.
Daí para a frente só carros bons e equipes trabalhando para ele.
Lembrem-se que ele é o genio, o cara das estratégias mirabolantes, o homem que anda na água como ninguém e etc.
Lá na China levou foi uma lavada. Até o Petrão passou a bola no meio das pernas do shuchu.
Agora leio uma declaração do estilingue moss que lavou minha alma (por falar em água, né?). Ele disse "seus sete títulos são, para mim, um numero enganoso". Tá lá no sítio da Globo.
Eu sempre vociferei coisas parecidas para o chefe deste blog.
Na linha do bueno nosso de cada dia "eu já dizia, eu já dizia".
O futuro?
Vão trocar o chassi do dito. Vão enquadrar o roseberg. O seu bráu vai ficar com o dedo no botão vermelho. Se o roseberg se assanhar vai levar um motor estourado na cabeça.
E, o lemão vai voltar a ser o primeiro. Só que entre os últimos, a não ser que avisem aos outros pilotos para respeitar o genio.

domingo, 25 de abril de 2010

Felicidades

Só para constar, neste domingão, 25 de abril, é aniversário de Felipe Massa. Como lembrança, a volta da primeira pole position numa pista em que ele manda.


Alonso, o vilão

Muito do que se comentou após o GP da China decorreu da manobra de Fernando Alonso sobre Felipe Massa antes do pit-stop das Ferraris.
A ultrapassagem representou bem mais do que o ganho de uma posição. Como os dois carros vermelhos iriam parar ao mesmo tempo, aquele estivesse a frente ganharia muito tempo sobre aquele que ficasse atrás, já que esse teria que esperar a equipe completar a troca dos pneus do primeiro.
Colocando-se a frente de Massa, Alonso não só ganhou a posição do brasileiro como conseguiu uma boa vantagem sobre ele.
Fez-se uma alarde geral: Alonso é picareta, é desleal e etc. A questão é a seguinte: se há um acordo entre eles para que esse tipo de manobra não seja realizada, é problema deles, e não nosso. Alonso não fez nada de errado do ponto de vista desportivo.
Aliás, me parece muito positivo que isso tenha acontecido. Uma disputa interna na Ferrari é algo que não se vê há, pelo menos, dois séculos, desde que foi inaugurado o estilo pasteurizado marrom-tedesco insuportável e cínico que dominou a última década da F-1.
Agora, é torcer para que a disputa não vire briga e acabe com campeonatos na base da batida...

sábado, 24 de abril de 2010

McLaren à la Peixe

Quem diria que, de quatro corridas realizadas até aqui na temporada de 2010, duas teriam sido vencidas por Jenson Button? Bem, eu não diria.
Imaginei, no final do ano passado, que Hamilton comeria Button vivo, sem dó nem piedade e, ainda, com a típica frieza inglesa. Nada disso.
Hamilton tem sido, sim, uma espécie de piloto show do ano. É uma pena, contudo, que o show dure até metade da corrida - com exceção da corrida da China, é claro. Parece que o talento de Hamilton consome todo pneu antes dos demais. E, principalmente, antes de Button.
Dizia um outro piloto, que também usava um capacete amarelo e corria pela McLaren, que vencer uma corrida é saber dosar a hora de acelerar feito doido e a hora conservar o equipamento para sobrar fôlego no final. Hamilton é jovem e, assim que aprender, não tem para ninguém.
De todo modo, isso não se aplica à corrida da China, em que o inglês da McLaren nº 2 foi fantástico do início ao fim, conseguindo um excelente segundo lugar, dadas as circunstâncias da corrida.
Mas, mesmo assim, o vencedor foi Button, seu companheiro de equipe, que parecia não ter chances contra Hamilton antes do início do campeonato.
O estilo do inglês nº1 é exatamente o oposto daquele de Hamilton - muito menos apaixonante, diga-se. Tudo é feito na medida certa, e o arrojo está, principalmente, no desenho da estratégia, e não em ultrapassagens ousadas.
O fato é que a McLaren de Martin Whitmarsh vem dando show, com Hamilton, e conseguindo resultados, com Button. Parece um certo time de futebol do litoral paulista. Resta saber se os ingleses de Woking conseguirão aplicar uma goleada na temporada. Como disse o próprio Button, eles estão na frente nos dois campeonatos, mas, na verdade, estão ainda perseguindo a Red Bull, que, em termos de performance, continua dois passos a frente.

AQUELES QUE TUDO SABEM

Neste país do futebol é comum que as pessoas envolvidas com um tema acabem pensando que são os batutas do pedaço (batuta do pedaço é uma expressão de minha avó. Quer dizer os bons). Na maior parte das vezes nem chegam perto disso.
No fim de semana do GP da China tive que exercitar meu lado de monge tibetano. Necessário dizer que esses monges, de vez em quando, exercitam seu lado rambo pondo o templo abaixo. Afinal monge também é gente. E, haja saco!
Enfim, constatada a queimada de largada da prima dona alfonsina fui obrigado a ouvir do bueno da vida aquele “eu já desconfiava”. Pelo menos afirmou que não arriscou dizer por que não tinha certeza. Mas fica aquela sensação de que o cara se acha o batuta do pedaço. Lembrando sempre (uma expressão que ele adora, por sinal) aquela vitória do Berger em 1991 no GP do Japão que deu o título ao Senna, quando o próprio Senna deixou o seu amigo ultrapassá-lo praticamente na linha de chegada. O nosso bueno explodiu em “eu já sabia, eu já sabia” absolutamente constrangedor. Se a gente estivesse no buteco, de madrugada aqui no Brasil, assistindo o GP é claro que todo mundo estaria pulando de alegria, derramando o liquido precioso aos berros de “eu já sabia, eu já sabia”. Mas, o cara é o galvão da emissora mais poderosa do pedaço. Muito chato.
Li também, e pior, um desses pilotos frustrados que virou jornalista escrever que apesar de todos os sensores tal e coisa o alfonsino não queimou porra nenhuma.
Lógico que em alguns casos o cara tem que ser do contra para aparecer. Mas, nessa queimada quem se queimou foi ele. Nem o Alfonso reclamou....

sábado, 17 de abril de 2010

Menino rápido, veterano nem tanto...

E o tal de Vettel, que surgiu como um raio há poucos anos na F-1, mais uma vez sairá na pole position. Basta fazer tudo direitinho para somar mais 25 pontos no mundial.
Webber tem andado bem, mas andar bem não é suficiente para superar o fantástico alemão de 22 anos.
Alonso colocou quatro carros entre ele Massa, que afirma ter perdido muito tempo cometendo um erro na última curva da pista de Xangai. Vamos ver se o brasileiro consegue se recuperar, como fez na Austrália.
Schumacher, mais uma vez, ficou bastante atrás de Rosberguinho. Eu imaginei que na quarta corrida do ano os dois já estariam andando pau a pau. O pessoal tem pegado muito no pé do heptacampeão. Não precisa tanto. Imagino que, sem possibilidade de testar - e sem mecanismo Ross Brawnianos para segurar o Nico - demore até o meio do ano para o Schuchummy pegar a mão da coisa novamente.
Hoje, na transmissão da TV oficial, foi dito que Schumacher nunca respondeu bem à pressão. Isso é verdade, mas em termos. Ele cometeu alguns erros estúpidos em momentos de pressão: as batidas em Hill e Villeneuve são exemplos claros; deixar o carro morrer (ou o carro suicidou-se?) no GP do Japão de 1998, quando decidia o título com Mika Häkkinen, é outro; a batida na traseira de Takuma Sato, também no Japão em 2003, quando lutava pelo hexa foi, igualmente, um erro cometido por ansiedade e nervosismo em momento de pressão . Por outro lado, veja-se a decisão do título em 2000: Schumacher foi soberbo na ocasião.
De todo modo, esses são exemplos tirados de situações isoladas. Uma oposição consistente dentro da própria equipe é algo que Schumacher não enfrentou. Talvez, na Ferrari, tenha havido uma exceção, justamente na temporada de 2003, quando Barrichello foi constantemente mais rápido que o alemão, especialmente após o GP da Inglaterra. Será que andar menos que o companheiro sistematicamente tira Schumacher dos eixos? Ou trata-se, apenas, de um veterano que não corria há três anos e que precisa de rodagem para voltar à boa forma? São respostas que só o desenrolar da temporada vai trazer.
Pessoalmente, ande mais ou ande menos que os outros, eu aplaudo a volta de Schumacher, embora nunca tenha gostado do cidadão. Foi uma atitude de coragem, pois desde o início ele sabia que voltar significaria, necessariamente, dar a cara a bater. E, na F-1, as pessoas batem. Sem dó.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

OBVIEDADES

Certas coisas são tão óbvias que conseguem dar sono e tédio ao mesmo tempo.
Vejamos.
Numa só tacada temos o Schummy dizendo que o povaréu chinês não vai sair "desapontado".
Com o que não sei.
Ah, o rubim. Ele disse que pode vencer em Xangai. Depois reclama da imprensa. Primeiro precisa aprender a apertar direito o da direita (ui!) na hora da largada.
Já estão querendo proibir a suspensão da Red Bull. Lógico, ganharam fácil a última corrida. Se a McLaren ganhar alguma vão dar um jeito de proibir o orifício mágico que tanto encantou o bueno da globo.
O Eclestone de pedra, aquele movido a dinheiro, já planeja ceifar algumas corridas tradicionais e incluir algumas pérolas no calendário.
E, a melhor. O Háu-háu da dona mercedes disse que sem essa de mandar o Schummy para casa antes do final do contrato. Putz!
O homem nem esquentou....
E, tem outra, imaginem o tamanho da indenização que vão ter que pagar para o lemão.
É mais fácil colocá-lo como motorista do caminhão da equipe. Será o mais bem pago do mundo.
Depois dessas, vou dormir.....

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Reabilitação

Tenho sérios problemas com corridas. Não consigo ficar sem assistir, sem ler a respeito, sem comentar. Parece que é uma questão genética que gera predisposição a esse vício.
Nesse último final de semana, contudo, tive que me comportar de forma mais normal. Pela primeira vez em duzentos e trinta e dois anos, deixei de assistir a um treino oficial, que ocorreu na madrugada de sábado.
Antes de dormir, pensei: "não tem importância. Eu acordo e assisto sem som mesmo". Mas logo tomei consciência que, naquele apartamento, só o fato de me mexer iria acordar metade da casa. Não acordei, não assisti o treino.
Uma sensação terrível. O dia todo angustiado. "Quem fez a pole?" Ninguém podia responder. Na verdade, não havia uma única alma preocupada com isso.
No sábado, já estávamos planejando: "um dorme na cozinha, outro no banheiro, alguém na sacada, aí ninguém será atrapalhado quando acordarmos para ver a corrida". Então, veio a ideia genial: por que não assistir no salão do prédio? Uma solução simples e salvadora.
Tivesse tido a ideia 24 horas antes, não teria passado um dia na fissura...

terça-feira, 6 de abril de 2010

AH! O RUBIM

Leio que o rubim está bravo com a imprensa brasileira que falou mal dele (para variar) dizendo que ele meteu o pau no carro e que a equipe Willians não iria gostar. Ele disse que o carro é uma "porcaria". Explicou que tudo não passou de uma brincadeira com o loucas de graça.
Eu acho que tudo mundo pega no pé do rubim algumas vezes sem razão.
Mas, é aquela coisa que vai disseminando e a gente não sabe bem como tudo teve início.
Lembro dos idiotas do casseta e planeta (êita programinha sem graça...) tirando uma dele alguns séculos atrás.
Enfim, já escrevi que ele também não ajuda.
Nesta última corrida ficou no grid como nos velhos tempos da bráu.
Sinal que alguma coisa anda errada com o pezinho e não o carro.
Assistimos a última corrida de uma maneira inusitada. Eu e o chefe do blog estávamos na praia (todo mundo tem que relaxar, de vez em quando) e fomos para o salão do prédio. A TV não ajudava muito, mas o que vale é bola na rede.
Mais ou menos seis de la matina entra um rapaz na sala. Boné na cabeça dando a impressão de que chegava de alguma balada. Mas, penso que era um funcionário do prédio.
Ficou ali olhando e eu pensei qual seria a fatal pergunta que faria.
De repente, olhou para nós e perguntou "e o rubim?"
Ahá!!!!!!
Nada mais interessava. Só que fim tinha levado o rubim, que não aparecia nos primeiros lugares.
E, foi só. Não perguntou mais nada.
Ah! O rubim. Todos adoram o rubim. Pelo sim pelo não o cara sempre está na boca do povo....


ATUALIZAÇÃO: Li, ainda há pouco, no blog do jornalista Felipe Motta, o post que esse escreveu sobre o episódio Barrichello na Malásia. Era o próprio Felipe quem estava ouvindo o Rubens quando o piloto brasileiro, brincando com Lucas di Grassi, afirmou que se carro estava uma porcaria. Aqui está o link para o post que, além do texto de Felipe Motta esclarecendo tudo, tem também os áudios das entrevistas concedidas à TV Globo e à rádio Jovem Pan.
Comparem com o que o blogueiro oficial Flavio Gomes escreveu. Estou começando a achar que, mesmo na era digital, é melhor acompanhar automobilismo com quem está pertinho da ação...