segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

MUDANÇA DE ARES

Sabemos que a equipe Toro Rosso (os mirins) vão mudar de nome. Vão responder por Alpha Tauri, marca da roupa dos Toro.
Sabemos, também, que os proprietários da escuderia são fabricantes de uma bebida energética.

A sugestão do blog para as mudanças é a da foto abaixo.
Mudança radical. Toro Loco como nome da equipe, vinho ao invés de "bebida energética" e a contratação dos pilotos lôcos da Haas.
Garanto que vai ser um sucesso.


quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

GENTE COMO A GENTE

Bernie Ecclestone é aquele duende que já foi dono da F-1. Famoso pelas abobrinhas esparramadas. Bom, com a grana e posição ele está podendo falar quantas abobrinhas quiser.
Tem o outro lado, no entanto, na vida do sujeito. 
É lado gente como a gente.

Em 2010 foi assaltado juntamente com a namorada ao sair de seu escritório em Londres. Roubaram uma cacetada de coisas no valor estimado de duzentas mil alfacinhas inglesas. Um pouco antes Jenson Button havia sofrido uma tentativa de assalto lá em sampa no fim de semana do GP do Brasil. Ele, Bernie, foi irônico ao dizer que os assaltantes procuram pessoas mais lentas, dando a entender que ele, no alto de sua magnifica altura estaria a salvo. Sifu.

"levei porrada, mano!"
Seguindo o baile, em 2016 sequestraram a sogra dele. Ele casou com uma brasileira e o sequestro se deu em Cotia. Uma história muito mal contada, em verdade. Pediram uma fortuna pelo resgate. Nada, porém, foi pago, os sequestradores presos e o acusado de ser o chefe da quadrilha disse que armaram contra ele.
Sei que ele, espero que por brincadeira, declarou que não pagaria um centavo por ela. Sogra é sogra.

Finalmente o capítulo atual da série "gente como a gente".
Ladrões entraram na super protegida  mansão de sua filha em Londres e roubaram jóias e quetais no valor de 50 milhões de libras. Preciso repetir 50 milhões de libras. Só a casa está avaliada em 70 milhões de libras. Tem 57 quartos. Presente de papi.
Ela é socialite, modelo, personalidade de TV. É filha de Slavica Ecclestone, que foi mulher do duende.
Bom, dizem que gente de dentro da mansão ajudou e etc. 
Para nós, mortais, o que importa é que, de vez em quando, a realidade atropela essas pessoas.

"Tô tiste e irritada."



quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

O JURAMENTO

Completando o post anterior.
Fui dispensado do exército "por excesso de contingente". Está escrito no meu certificado de reservista. Por sinal não sei o paradeiro dele.

No início de 1972 (sim, faz tempo) foi marcado o dia do recebimento do certificado e o juramento à pátria.
Tudo no estádio do Pacaembu.
Para variar a cerimônia foi marcada para muito cedo.
Véio Mero não podia me levar e acabei numa efeméride busal (de ônibus). Como morava fora das rotas acabei por fazer um tour por sampa. Mas, cheguei ao estádio são e salvo e a tempo.

A rapaziada, feliz por escapar do serviço obrigatório, enchia a arquibancada coberta. Muita gente.
E, lógico, os recos estavam lá. Fardados, fazendo cara de poucos amigos e (surpresa) baionetas no fuzil. Aquilo não era bom. Não sei se o cara que me classificou como um alemão estava lá. Não procurei, é claro.
Havia uma mesa enorme instalada no gramado lá embaixo e um sistema de som estridente. Repentinamente entram os fardados graduados dando início aos trabalhos. Tome discurso na base da ordem e progresso. Lembrem-se, ditadura militar. Vários discursaram no mesmo sentido. Não era porque não iríamos "servir o exército" que estaríamos livres de defender o solo sagrado.
E, por aí vai.
Bom, fiquei imaginando que os certificados iriam ser entregues via correio ou algo assim. A gente iria jurar e pronto.
Qual nada. Começaram a chamar um por um dos zilhõe que ali estavam. Foi um balde de gelo. Aquilo iria demorar. Pelo menos não esperavam o agraciado descer. A chamada era do tipo batelada. Chato é que alguns faltaram e foram execrados pelos fardados no discurso final (sim, teve discurso antes juramento e hino). Sem saber o porque da ausência.

Num dado momento a gente começou a ouvir sirenes no entorno do estádio. Muitas. O medo era algum atentado ou algo assim. O tal servir a pátria poderia vir mais cedo do que pensávamos.

Bom, séculos depois acabou a entrega dos certificados vindo o juramento. Antes cantar o hino nacional. O famoso "ouviridum"
Aqui cabe uma observação. Naqueles tempos bicudos vira e mexe os alunos eram obrigados a ir ao pateo das escolas e cantar o hino nacional. Eu estudava no famoso CEDOM em Santana no horário noturno onde os alunos eram bastante engajados. Ante a nítida falta de vontade da maioria em cantar a prática acabou esquecida. Inevitável associar o hino à ditadura e a obrigatoriedade em cantá-lo tipo ordem unida. E, jogue a primeira pedra quem, da minha época, lembra a interminável letra sem uma colinha.

Voltando, lá estávamos nós pronto para a execução do hino. E, os recos de olho nos"cantores". Estava na beirada das cadeiras (não lembro exatamente se eram cadeiras) próximo a um dos recos.
Pensei melhor e fui para o meio da turma porque não sabia a letra por inteiro.
Fiz bem. Começou a cantoria e os recos vinham com a baioneta no pescoço de quem exitava ou fingia que cantava. Diziam coisas tipo "não sabe a letra, mané?" Com aquela cara de maluco beleza.
Lá no meio eu mexia a boca todo pimpão (como dizia minha avó) dublando a música.

Terminada a tortura fomos dispensados. Lá fui eu de volta ao tour pela cidade.
Na rua observava a passagem dos caminhões de bombeiros, polícia, ambulâncias e quetais.
De dentro do primeiro ônibus vislumbrei a TV de uma padaria. Estavam transmitindo ao vivo um incêndio de grandes proporções.
Este é o lado triste do meu juramento à pátria.
Foi no dia 24 de fevereiro de 1972. Dia do fatídico incêndio do edifício Andraus.





terça-feira, 10 de dezembro de 2019

EU ALEMÃO

Sempre fui um sujeito tímido e seguidor das regras.
Mas, dependendo da situação subia nas tamancas (como dizia minha vó).
Há muito tempo atrás chegou a época da inscrição no exército para fins do serviço militar obrigatório.
A rapaziada, como hoje, não queria saber de "servir o exército."
Véio Mero, no entanto, estava entusiasmado com a ideia porque o mais velho dele iria ver o que era bom para a tosse (como diziam naquele tempo) e tomar jeito na vida. Não sei muito bem o que ele queria dizer. 

O clã Onofri morava em sampa. Como hoje os jovens, antes de completar os dezoito anos, faziam a inscrição na junta militar mais próxima tendo que acordar antes das galinhas.
No meu caso a inscrição era na vila Guilherme.
Antes de amanhecer lá estava véio Mero com aquele prazer mórbido em me levar até o local.
Já havia uma puta fila. Uma certa quantidade de pessoas eram atendidas por dia. Quem sobrava voltava em outra ocasião. Lembro que contei e estava entre os atendidos do dia. 
Aqui entra o que ocasionou, lá na frente, um grande problema para mim.
Alguns recos estavam designados para tomar conta da fila. Reco é aquele cara que esta cumprindo o serviço militar. Ou seja, um sujeito da nossa idade, fardado com um fuzil na mão. Sim, os caras adoravam apontar o dito como se fossem atirar quando julgavam haver um tumulto qualquer.

Então, veio o tumulto provocado por este que vos tecla. Alguns jovens chegavam e furavam a fila. Conversavam com os recos e entravam no meio da fila. Não sei se havia uma troca de favores ou algo assim. Longe de mim dizer que há corrupção neste país.
Quem estava no prejuízo começou a contar os integrantes da fila. Eu estava mais ou menos como nos treinos da F-1: na zona de corte. Ninguém reclamava e fui ficando puto. Naquele tempo quando ficava num certo nível de putice baixava um santo enfezado que me punha em situações difíceis.
Num dado momento explodi e comecei a reclamar em altos brados da furação de fila.
Veio um dos recos, com o fuzil em riste, perguntando que "caraio é este". Expliquei, berrando, a situação. Morava na casa do caraio e não iria voltar no dia seguinte. Mesmo porque meu pai não entenderia como passaram  o filhão dele para trás daquele jeito.

Meninos do céu. O cara estava vermelho. O fuzil (sei lá se tinha bala) babando de vontade de me dar uns pipocos (como diz o chefe do blog). 
Pensei que minha hora havia chegado. Pelo menos ficaria livre de "servir o exército".
O reco me olhava de alto a baixo. Virou e foi para o início da fila. 
Bom, abriram o portão da junta e a boiada começa a preencher a ficha.
Como, dentro do pátio, formaram duas filas o reco do fuzil e orelha quente pelos meus berros me chamou para formar em uma delas. Furei a fila.

Antes que pudesse ficar feliz notei que ele falava com os outros recos encarregados de datilografar (sim, uma demora do cacete) os dados dos infelizes. Passou por mim com olhar de riso. 
Entendi, de imediato, que iriam me sacanear no preenchimento.

Não deu outra. Por volta de meio dia peguei minha ficha. Ela era encaminhada para algum lugar. Os "fichados" tinham que conferir os dados, assinar uma declaração e ir embora.
Olhei e percebi a sacanagem. Altura: 1,85m. Tenho 1,77m. Cor dos olhos: azuis. Meus olhos são castanhos. Cor dos cabelos: loiros. Cabelo castanho.
Um perfeito alemão. Ideal para ingressar nas fileiras do exército.
Falei para o encarregado que não iria assinar porque estava tudo errado.
O cara disse algo como "não tem importância". Mas, bati o pé.
Nesta altura do dia quase ninguém na junta. O reco de orelha quente havia sumido. Para minha sorte.
Mudaram minha ficha e fiquei feliz com o meu santo enfezado. Foi um dia extenuante mas, venci.

A ironia veio depois. Lá em sampa zilhões se inscreviam para o serviço militar. Então, de cara, havia um sorteio no fim do ano para o primeiro corte. Mês par ou mês ímpar. Saía, o resultado, na imprensa. No meu ano o mês ímpar foi sorteado. Nasci em julho, ímpar.
Poderia ser um alemão no meu certificado de reservista
Mas, foi melhor não arriscar.....


quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

O DILEMA DA FOLHA EM BRANCO

Há muito tempo atrás comecei a batucar textos numa máquina de escrever portátil que véio Mero trouxe de seu trabalho. Já escrevi sobre ela mas, não achei o link.

Quando sobrava  um tempo, cursava o colegial em sampa, corria para o quartinho transformado em copa para escrever o que viesse na telha. Em algumas ocasiões tendo loiras geladas para apimentar a relação com a máquina.
De lá para cá muita coisa mudou mas, não uma característica pessoal.
Sento, olho a folha em branco imaculada, virgem mesmo, tentando concatenar a ideia que veio durante o dia ou segundos atrás.  Lógico. Hoje a folha é o word.
Começo a batucar e o texto final sai completamente diferente. Tanto que, podem perceber, aqui no blog a impressão é de falta de revisão na hora do "enter".
É proposital porque resolvi só mudar quando o parágrafo fica sem sentido ou perdido no contexto.

Diria eu que sou um escrevinhador raiz.

Quando sento e me ponho a escrever vem o dilema da folha em branco. A sensação de estar sentado no vaso olhando o papel higiênico. Será que vai ser o suficiente?
A sensação de imprimir o exame de sangue nosso de cada mês (sim, hoje nós temos que imprimir o dito) e torcer para que os limites não estejam tão longe do ideal. Porque ideal não estão faz tempo.
A sensação que tinha quando montava gráficos no curso de Química torcendo para que os números da experiência resultassem numa esperada curva desaguando numa nota dez.
O famoso branco quando as provas escolares eram todas "abertas". Dizíamos que se sobrevivêssemos nos primeiros quinze minutos nem tudo estaria perdido.

O pessoal aqui de casa está acostumado a me ver balbuciar "preciso fazer um post" quase todo dia.
O dia a dia dessa loucura chamada vida não permite inspirações cotidianas que dizem respeito ao nosso pedaço da infernal internet. 

Então, vem o dilema da folha em branco. Que, por sinal, virou tema deste post. E, a inspiração veio na hora do jantar. Levantei correndo para pegar aquele caderninho que ganhei do chefe do blog para gravar as inspirações etéreas assustando a rainha da mansão. Deve ter pensado que a mistureba que comia já fazia efeito gerando o dilema do papel higiênico.

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

LAMBÃO EM ABU DHABI


Finalmente um campeonato longo, vinte e uma corridas, e extenuante chega ao fim.
Pelo menos houve demora em abençoar o que já sabíamos desde o início: o campeão seria Hamilton.
Houve sim uma tentativa de incluir na briga um e outro para vender jornal. Mas, dona Mercedes tinha o melhor carro e o melhor piloto.
Agora só nos resta esperar 2020 e mudanças que prometem deixar a categoria...... como está.

Indo ao que interessa.
A maldonadice do dia foi perpetrada pelo braço duro dono da extinta Força Aí Índia.
Lance Troll não é, esclarecendo, piloto pagante. É dono da equipe.
Logo de saída acertou Gasly, que do pódio do brasil-sil-sil foi para os boxes com a asa dianteira quebrada. E, para o fim do grid. Por sorte, dos outros, o maior prejudicado foi ele, Pierre. Chegou em décimo oitavo espumando de raiva, certamente.

De outro lado, Lance acabou abandonando depois de problemas no freio. 
Mas, sai agraciado com o leitão porcamente assado de dona Gertrudes pela falta de visão ao dar uma bica no pobre Gasly logo no acender das luzes (poético, não?).

Hilárias são as reações no bar dos Toro Mirins. Penso que são amigos, namoradas, esposas,  e por aí vai.
Uns estão no celular e nem percebem o que se passa, outros tentam explicar para o pimpolho o óbvio: Gasly levou uma pimba. A dona da pensão (penso eu) bate a mão na cabeça e olha como quem não compreende nada. 
No frigir dos ovos essas imagens deveriam ser mais divulgadas pela diversão que causam.




sábado, 30 de novembro de 2019

REIS DA ESTRATÉGIA FURADA

Como dizem acabou de acabar o treino oficial para o GP de Abu Dhabi e os estrategistas de mamã Ferrari mais uma vez se superaram.
Soltaram seus carros para a última tentativa com o tempo apertado.
Ou seja, estavam correndo o risco do cronômetro zerar antes de abrirem a volta.
Pois é. 
Na volta de aquecimento havia uma McLaren à frente de Vettel e Leclerc comboiando o lemão.
E, o monogagochato ficou na lembrança. 
Quando foi acelerar o tempo já estava zerado.
Reclamou no rádio jogando a culpa em Vettel mas, culpado mesmo são os babacas que esperam o último segundo para soltar as criaturas.
Como se um segundo para cá e para lá fosse decidir os destinos do universo.

E, como a volta de Sebastian foi tão horrível não duvido nada que, por castigo, tenham pedido para que ele levantasse o pé. Meio que para consolar Charles que larga em quarto e ele em quinto por não melhorar o tempo. 

De qualquer sorte ficamos de queixo caído com o amadorismo de uma equipe com o maior orçamento da categoria.

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

IMÃ

Descobri o poder cósmico/absurdo do imã lááá´em Curitiba na minha tenra idade.
Aquelas porras que se atraíam de um lado e repeliam de outro. Mais tarde descobri que a natureza dos imãs funcionam com as pessoas. Tipo de frente blarg e de costas uáu. 
Bom, sexismo à parte podemos dizer que o poder do imã é real em relação aos seres humanos.
Algumas pessoas são dotadas do poder de atrair, feito o imã, coisas boas e, principalmente, coisas ruins. 
Assim é Romã da Granja.
Esclarecendo: não me perguntem o porquê do dito cujo permanecer na F-1. Seu tempo de mostrar a que veio passou. Pelo que entendi o maluco de todas as voltas só permanece para fazer nossa alegria em termos de maldonadices.

Enfim, para o GP de Bubu Dadá, a escuderia Rá ressuscitou, para o piloto em questão, um chassi que foi utilizado nos treinos extra-campeonato em Barcelona no século passado. Ou seja em fevereiro.
E, funcionou. Sei lá que bosta de equipe é esta que depende de museu para um bom desempenho.
O que vale é que Romã vinha bem nos treinos que não valem nada quando, por detrás (êpa!) um tal de Sandálias, com uma Mercedona,  meio que pensou estar na corrida que vale as porras dos pontos e foi ultrapassar o retardatário Romã. Só que não. 
Era um daqueles treinos, fi. Daqueles que só o Luizão assiste porque todo mundo testa isto e aquilo, pneus assim e assado, cuecas borradas e limpas, voltas e mais voltas em "condições de corrida". Enfim, um saco.
Româ da Granja agiu como se espera de um piloto braço duro. Contornou a curva como se não existisse ninguém no universo e o choque foi inevitável. Culpado?
Penso que se alguém for pagar multa, perder pontos na carteira e subir ao cadafalso seria Sandálias pelo otimismo em ultrapassar um piloto que não sabe para que serve um espelho. Penso até que a equipe Rá poderia berrar na zoreia do dito que, por detrás, vinha um bólido muito mais veloz.
Não sabemos e não saberemos se houve a grita na zoreia do francês. 

Mas, o que fica é a certeza que Romã é o tipo de gente que atrai coisas ruins.
Se o mundo fosse um filme de ficção científica Granja seria o cara a ser devorado por um T-Rex trazido de volta à vida pelos cientistas loucos. Centenas de pessoas vidradas chamando mamã e o bichão só de "zóio" no Romã. 
O filme terminaria com o volante, orfão, rolando escada abaixo. 


quinta-feira, 28 de novembro de 2019

O DONO DA BOLA

Começo lembrando um episódio de minha infância que ilustra bem o que o dinheiro faz pelo esporte e quetais.
Morava em sampa, na então Av. Santa Inês, e gostava de jogar bola "cozamigos".
Era assim. Normalmente a gente jogava na rua que desemboca na famosa escola G.E.S.I, onde estudava.
Olhei no "Maps". Era no entrocamento das ruas Sgt Advíncola e (hoje) Av. Capitão José Parada Gonçalves.
Lembrando que naquele tempo tudo era mato. Quase não havia movimento nas ruas em questão.
Mas, já havia o asfalto a ferir nossos pés. A maioria jogava descalço ou de chinelos. 
Bom, um belo dia "capinaram" o terreno ao lado da rua e construímos um campinho. Nada de traves. Coisa de várzea mesmo. Tijolos, pedaços de pedra, chinelos, e irmãos menores serviam de trave.
Outro problema era o que usar como bola. 
De plástico uma merda. A gente dava uma bicuda e ela saía em zig-zag louco pelo campo sem atingir o alvo. E, furavam à toa. Qualquer unha comprida dava cabo da redonda.
A chamada bola de capotão era cara e ninguém tinha dinheiro para tanto. Nem para a vaquinha.

Porém, um belo dia tivemos uma surpresa. O pai de um menino novo no bairro colocou traves de madeira no campinho de terra. Sem rede o que seria um luxo extremo. 
E, forneceu uma bola de capotão. E ainda mais. Botou ordem nos times. Dali para a frente times com e sem camisa. A gente estava acostumado com a balbúrdia em termos de identificação dos amigos e inimigos. Muito comum lançar a bola para um adversário e culpar ou o vento ou a redonda. Míopes sofriam porque era melhor jogar sem óculos a correr o risco de perdê-los numa bolada qualquer.
Mas, logo descobrimos que a pré-história do campinho era melhor.
O pai exigia que o "meu garoto" jogasse. E, no melhor time. Que ele escolhia. 
Para piorar o "garoto" era menor que os outros jogadores e jogava mal para cacete. Qualquer trombada no pimpolho resultava em queda e advertência do pai à beira do campo orientando os dois times. Sim, técnico duplo.
Nós passamos a jogar com todo o cuidado para não acertar a canela ou cabeça do filho do home.

Até que chegou o dia do dia em que tudo acabou em risos e lágrimas.
O pai não apareceu para o evento de sábado pela manhã.
O bambino filho veio com a bola.
Começa o espetáculo. E tome porrada represada no garoto mimadinho.
Noves fora ninguém passava a bola para ele.
Até que houve aquela explosão de mimadice em grau 10 da escala Richter.
O filho do home pegou a bola e saiu do campo choramingando e dizendo que ninguém passava a bola para ele. Portanto, não haveria mais jogo.
Rimos do moleque e depois choramos a perda da bola. Não havia nada para substituí-la.
Nossos jogos perderam a graça amadorística. Com o tempo poucos apareciam e o campinho ficou meio que abandonado.

Mais tarde mudamos da Santa Inês, mudei de escola e nunca mais fui ao campo. Mas, lembro bem do dono da bola encaixando o filhinho no melhor time e berrando na beira para lançarem a bola para o perna de pau.

Pois é. 
Na F-1 não é diferente.
Papai Stroll, um quaquilionário, comprou uma equipe para seu filhote Lance. Um braço duro.
No ano passado um tal de Michael Latifi enfiou zilhões de abobrinhas no rabo da equipe Williams.
E seu filhote braço duro, Nicholas, vai sentar no cockpit que foi de Kubica em 2020.
Se o esporte continuar assim logo logo o campinho vai estar abandonado.


"meu garoto no melhor time (só que não)"

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

UPA UPA CAVALINHO

Impensável nos dias de hoje era comum pilotos darem carona para seus companheiros.



Schumacher de Uber e Alesi, após sua única vitória na carreira

Berger dando carona para Warwick

Aqui quem pega carona com Jonhonson é Berger

RENOVAÇÃO

Leio que a Honda renovou com os energéticos para duas temporadas na F-1.
Então, as prometidas grandes mudanças não espantaram os japoneses como muitos profetizaram.

Mas, uma notícia no canto de uma página de um site chamou minha atenção.
Reginaldo Leme pediu o boné e, ainda com contrato para mais um ano, saiu da Globo.
Nem vai comentar a última corrida do ano, em Abu Dhabi. 
Algo, como um terremoto, aconteceu. Provavelmente problemas de saúde.
A saída, no entanto, não afeta minha abordagem durante o fim de semana de corrida.
Dificilmente ouço a transmissão da Globo. Prefiro o rádio.
O estilo de Galvão Bueno não me agrada. Fica naquelas de no meu tempo tudo era mato. Em uma dessas transmissões deu a impressão de que nem sabia qual piloto ocupava qual carro.
E Leme estava naquelas de estatísticas que nem os matemáticos se interessam. Explicando, é legal falar sobre quantas vezes o vencedor saiu da pole. Mas, estatística não pode ser o mote de seus comentários. Parecia que estava de saco cheio. A F-1 mudou para cacete nestes anos todos.
Luciano Burti escapa pelo tempo em que esteve sentado em um dos carros. Mas, precisa atualizar o software. E, a insistência dele em culpar Vettel por tudo o que acontece cheira a perseguição. Questão de patrocínio? 

Na minha opinião, o fato da trinca de apresentadores não irem mais aos circuitos afetou demais a qualidade da transmissão. Agora, um único jornalista está presente.
A presença nos autódromos é importante pela interação com os envolvidos. Pilotos, chefes de equipe, mecânicos, outros jornalistas e tudo o mais. Um jantar bem regado rende belos furos. 

Lembro que, nos sábados no JN, havia o chamado "Sinal Verde" onde Leme apresentava curiosidades sobre a região onde a corrida se passava. Nada parecido existe hoje na chamada transmissão oficial.
Temos que buscar outras fontes de notícias. E, para nossa sorte, elas existem.

De qualquer maneira lá se foi um pioneiro das transmissões da F-1. Espero um livro nada insípido sobre este enorme tempo.

domingo, 24 de novembro de 2019

"PISA, SORTA!"

Estou lendo, estarrecido, que Ricardo Maurício foi desclassificado da corrida 2 da stock brasil lá em Goiânia por um problema na luz de freio. O famoso Caca (bosta) Bueno (o playboy que diz que não) reclamou que a luz de freio do vencedor não acendia quando solicitada. E, três horas depois o vencedor foi desclassificado.
Manos, é doideira ou estou doidão?
Desde quando luz de freio é tão importante assim? Se não acende o babaca que vem atrás não freia?

Bom, essas e outras coisa não colaboram para que a gente leve a sério essas competições.

Mas, o episódio leva a recordações gostosas e perigosas das sagas familiares.

Quando tudo era mato o sogro do cunhado (sacaram?) comprou um sítio na divisa dos estados de Sampa e Minas (e seus montes gerais e lindos).

Bão.
Em muitas ocasiões a família e amigos iam visitar o local. Havia um posto da polícia na divisa dos estados. Não me perguntem em qual estrada. Não havia maiores problemas na "fronteira".Na maioria das visitas ao sítio nenhuma vigilância. Mesmo porque, salvo maiores elucubrações, somos todos brasileiros.
Fomos em várias ocasiões ao estado vizinho atravessando a "fronteira".  Lembrando que, quando tudo era mato, o povaréu bebia tudo e todas. As estradas simples, num passo alcoólico, viravam duplas.
Bão de novo. 
Quando a gente voltava para Rib's era em comboio. 
E, em uma dessas ocasiões, o posto da fronteira estava ativo. Polícia e tudo o mais, Com frio na barriga eu enfrentei a barreira, Lógico que, tinha bebido tudo o que merecia. E, um pouco mais.
Então, aconteceu o evento que resultou no que hoje é chamado de "meme".
Os carros foram passando pelo posto. E, o único conduzido pelo único sujeito que não ingeria nada alcoólico foi parado. Cômico. Sei que olhos esbugalhados estavam fora do critério.
Sei que a caravana parou.  Quem estava na frente, de olho nos espelhos, e quem estava atrás estacionou logo adiante.
Tipo fazer pressão. Meio que afastado para que a autoridade não sentisse o doce sabor da cerveja.
Se algo saísse do controle tínhamos o grande Carlitão como "resolvedor" de qualquer problema.

Bom, chegamos perto como a observar sem tentar qualquer interferência sobre a autoridade ali presente.
Então, documentos legalizados do nosso amigo só restava a inspeção veicular. A autoridade circula o veículo (um Gol quase zero) e começa aquele cheque que conhecemos. 
E, tivemos que conter o riso quando a autoridade ordena para nosso amigo pisar no freio para inspecionar a luz de freio.
"Pisa. Sorta. Pisa. Sorta. Pisa. Sorta"
Ó santa escolaridade primária.

Tudo nos "conforme" nosso amigo foi liberado e, liberado foi, o (hoje) meme.
"Pisa, sorta, pisa, sorta". 
Quando os Onofris passam por qualquer "poliça" na estrada, lá vem a frase, "pisa, sorta, pisa, sorta"
Como todo o respeito, naturalmente.

Espero que não tenha sido esta frase a ouvida por nosso querido Ricardo Maurício. Dói na alma



FÉRIAS

praia ao longe

isso é que é aerodinâmica

isso é que é ressaca

A PRIMEIRA RESSACA NINGUÉM ESQUECE

Parte do blog está curtindo férias. E, a parte que vos tecla, avisou que um dia seria tirado para, digamos, tomar todas.
Não neste momento, esclarecendo.

Uma das características dos excessos "drogalísticos" seja ele qual for é bater (sim, bater) aquela verdade filosofal sobre tudo e todas as coisas. Costumava balbuciar as soluções sobre o destino da humanidade para um sujeito que avistava no espelho do banheiro. Desisti porque o cara replicava tudo o que eu dizia. Não apresentava solução alguma.

Alguém já disse que os governantes do mundo deveriam ouvir o que bebuns falam sobre os destinos do mundo numa mesa de bar. Eis a solução para tudo.
Mas, com exceções, os governantes bebem em separado. E, bebuns tomam decisões amalucadas.
Não vamos entrar em detalhes.

Lembro de um episódio engraçado sobre bebidas e líderes.
Na época da ditadura militar os carinhas do jornal "O Pasquim" (dispenso comentários. Guguem) conseguiram uma entrevista com a famoso bebum Jânio "volto nos braços do povo" Quadros. Era 1977 e a ditadura estava (ainda) buscando comunistas escondidos sob as camas. Bom, a ideia geral que movia essas entrevistas era o fornecimento abundante de bebidas alcoólicas para destravar a língua dos entrevistados. Lembro que um dos famosos jornalistas e bebuns do jornal declarou que o homem em questão resistiu até ao último gole. Todos estatelados no gramado de sua casa em sampa e ele filosofando "sóbrio" como sempre.

Nestas férias, sentado na sacada, olhando o mar pensei no meu primeiro e famoso fogo. E, a ressaca que acompanha o furacão.
Penso que já falei sobre ele. Mas, véio é assim. Esquece do que falou e repete com novas cores (ave véio Mero).
Penso que tinha uns quinze anos e apaixonado pela prima (quem nunca?).
Véio Mero ganhava umas garrafas de uísque no fim de ano. Eu detestava bebida alcoólica (!!??) naquele tempo.
Mas, sabendo que a famosa prima iria almoçar em casa no domingão resolvi tomar umas e outras para ter coragem e dizer o óbvio.
Fiz o que qualquer mirim faria. Escondido da fera (véio Mero) nove e pouco da manhã (!)  tomei um copo de uísque (do bão!). O gosto era horrível e a bebida caiu como uma bomba no meu "estromo".
O mundo rodou a cabeça subiu até marte e um discurso romântico sobre o romantismo em enfrentar a família num amor "julietano" (só que não) floresceu em minha cabecinha de vento.
Mas, pumba.

O mundo rodou numa velocidade tão grande que aquilo que não estava colado em meu ser foi jogado garganta afora. E, tudo escondido da fera (véio Mero).
Onze da manhã, estirado na cama do meu quarto, querendo a morte sem sentir dor, entra "ela".
Expliquei, o que não colou, que a comida da véspera estava relutando em sair do meu corpinho.
Lógico que não consegui lembrar do discurso lindo e libertário que jamais lembrei (ah ah).
E, pela primeira vez na vida prometi nunca mais beber essas "coisas" do demo.

Lembrando que promessas estão aí para serem quebradas.


sábado, 23 de novembro de 2019

VÁRZEA

No post anterior esqueci de escrever que um dos motivos para não assistir a fórmula chocante é a várzea em termos de punições e regulamento.
A corrida só acaba quando os "fiscais" abençoam o resultado.
Exemplo. Na corrida de sábado o lemão Maximillian Ghunter foi desclassificado duas horas após o término da corrida por ter ultrapassado vários carros sob bandeira amarela. Mas, esses carros foram para aquele trechinho da pista que tem o modo Mario Kart a fornecer energia extra. Como saíram do caminho o Ghunter aproveitou a deixa. Mas, acabou punido.
Acho, por sinal, esse modo Mario Kart ridículo.
Bom, entre outras maldonadices da direção de prova o carro de segurança liberou a pista  enquanto os fiscais removiam um carro batidão.
Então, não dá para levar um troço desses a sério.

"corre que a pista está liberada"
Abaixo as grandes luzes.
Notem que um nerd venceu. Alexander Sims. Até este momento Lucas di Grassi herdou o segundo lugar. Porém, tudo pode virar.

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

CHOCANTE

Dizem que a F-Chocante veio para tirar o foco da F-1 por ser mais, digamos, ecológica e quetais.
Bom, não presto muita atenção porque não concordo com várias coisas inerentes à categoria.
Como exemplo o descarte das "pilhas" que equipam os carros. Em dado momento estarão obsoletas e cheias de porcarias que ofendem o meio ambiente.
O que fazer com elas?
Certamente a resposta está nas letras miúdas da carta magna da categoria. Não tenho saco para ler.

Sei que a temporada 2019/2020 já começou mal. Não entendo o porquê de uma temporada de qualquer coisa começar num ano e desembocar em outro. Ridículo. Começou mal também porque  naquele país onde impera a ditadura feudal que adora esquartejar jornalistas. Arábia Saudita. Mas, estão sentados sobre zilhões de barris de petróleo. Então, até os boçais (naros) querem ter uma noite com o príncipe.

Enfim, Sem Passarinho (Sam Bird para eles) venceu a corrida 1 um disputada numa improvável sexta feira. 
O blog promete sair da apatia em relação à categoria chocante. Mas, não hoje.
Lembrando que não podemos desprezar os participantes vips. Equipes como Mercedes (que está chegando toda cheia de charme), Porsche, Jaguar, Audi e etc. Pilotos como o desprezado Stoffel Vandoorme, Pascal Vehrlein, Brendon Hartley entre outros que já marcaram a bunda num F-1.
Não podemos desprezar também o fato da F-1 caminhar a passos largos para a disputa sonora.
Dizem que, em breve em seu canal favorito, tudo será impulsionado com motor elétrico e seu barulho irritante de zabeia zangada.
Ah, massinha de modelar ficou lá atrás, o que é normal. Porém, nosso querido campeão Louco de Graça começou atrás e terminou em décimo terceiro. O que não é normal.

Aqui as grandes luzes da corrida um.

terça-feira, 19 de novembro de 2019

PROFUSÃO DE CORES




GP da Bélgica em 1976. Circuito de Zolder que ameaça voltar ao circo. Carros simplões e zilhões de cores.
Milhões de abandonos. Impensável hoje em dia devido à tecnologia e falta de culhões em soltar os cavalos a correr pela infindável pradaria.
Vinte e seis largaram. Três ficaram na classificação. Entre eles duas feras. Emerson Fittipaldi e Jacky Ickx. O último foi Guy Edwards com um respeitável Hesketh.
Doze cruzaram a linha. O último foi Loris Kessel com sete voltas de atraso.
Só os quatro primeiros na mesma volta do líder.
Tudo era mato.
Os três primeiros: Lauda, Regazzoni e Laffite.
James Hunt, em segundo na foto, abandonou por quebra do câmbio.




MOMENTO ÓÓÓ´!!!

Gilles e Jacques

DA SÉRIE "WTF"?

Até tu Vesgo?

"vesgo mas, gostosão"

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

LAMBÃO NO BRASIL

Quando vi o que vi entre os vremeios lembrei do GP da Turquia em 2010.
O então fraldento Tião Vetor se enroscou gostosamente com Marcão Uéber e ambos abandonaram. Dividiam, então, o boxe dos Toro Seniores.
No fim do vídeo a demonstração de quem era o queridinho.




Neste domingo uma situação muito parecida.
Esfregação entre companheiros de equipe não é nada fora do normal. Senna e Prost (ituto) estão aí para provar.
Mas, evitar maldonadices é tarefa a ser executada porque envolve pontos, gente que trabalha duro no fim de semana, torcida pela equipe, e os scambáu. Mas, queremos mesmo é ver o circo pegar fogo.

Então, dona Gertrudes ligou entusiasmada lá de Interlagos. Ela tem uma credencial falsa e a localização de um túnel no final da reta oposta. Quando menos se espera lá está a velha senhora zanzando como se fosse alguém que já foi. Lembrando que nossa cozinheira preferida (ou não) tem histórias dentro da categoria máxima (ah ah) do automobilismo. Algumas histórias tenebrosas mas, não vem ao caso.

Nem a atitude varzeana de Hamiltão para cima do pobre Álbum foi capaz de mudar a indicação do lambão do dia. Levamos em conta o fato dele (Luís) estar zonzo com o drible que levou de Mad Max.

Nosso problema passou a ser descobrir o culpado. Vetor ou Lacraia. Como em 2010 um culpou o outro que culpou o um.
Então, este que vos tecla, resolveu usar o VAR (pá putaquo pariu).
No modo estratégia de corrida.
Simples. A reta/curva do autódromo e a reta oposta são locais de abertura de asas.
Lacraia deveria pensar de modo fodão.
Passando Tião na reta era de se esperar que o lemão, mordido, tentasse recuperar a posição na reta oposta.
Que fazer?
Entrar na reta oposta atrás de Tião, passar no final e se distanciar da fera no miolo do circuito.
Mas, pensou no modo mirim e sifu. Deu chance do lemão mostrar que não deixa barato. Nem que custe o que custou.

Portanto, Carlinhos Lacraia leva o leitão porcamente assado de dona Gertrudes. Mesmo porque somos fãs de Vetor.
Vai ser entregue com recheio de aguardente (como dizia minha avó) e uma porrada de Engov.




terça-feira, 12 de novembro de 2019

TRAÇANDO TODAS

O título é propositalmente capcioso.
Quando era mais jovem que hoje ouvi de um professor de cursinho (nem imagino o nome) que o profissional deveria chamar a atenção para seu trabalho. 
O título é tudo, dizia ele.
Então, se entrássemos na faculdade desejada, o trabalho de encerramento do curso deveria ter como título a palavra "sexo". Em letras garrafais e vremeias.
Lógico que a observação dele não era original tamanha a quantidade de matérias sobre o assunto desde sempre. 

Quando o homem descobriu que era mais eficiente acertar a cabeça dos mamutes com um pedaço de pau ao invés de pular para cima dos coitados na base da mordida, cabeçada e unhada (êpa), um mais espertinho começou a manufaturar os famosos porretes.
Para vender sua obra slogans do tipo "pau para toda obra", "conquiste sua amada", "tigre de dente de sabre morto ou seu dinheiro de volta". Na frente da lodjinha uma sirigaita vestida apenas com uma saia confeccionada com a pele de um leão da montanha, "morto pelo porrete mais eficiente da terra."
Fez o maior sucesso dando largada para o imaginário do marketing. Quer vender? Bota uma mulher gostosa na vitrine. 

Vejam que, mesmo nos dias correntes, associam a mulher aos carros e cervejas. 
Confesso que até eu faço uns comentários sem noção. 
Como véio Mero.
Há muito tempo atrás, quando tudo era mato, fui numa exposição de carros lá no Anhembi.
Havia um Opalão exposto num pedestal e uma garota de minimini-saia sorridente ao lado da porta aberta. 
Nunca desejei tanto ser vesgo. Um olho no opalão e outro na garota.
Bom, não tinha dinheiro nem para o lanche. Mas, o idiota com os hormônios (para não falar outra coisa) fervendo perguntou para um dos vendedores. "Se comprar o carro a garota vem junto?"
Mesmo naqueles tempos levei uma gelada (no mau sentido) que até hoje dói.

Onde estava?
Ah. O post era para, originalmente, comentar sobre as declarações do Mimadon Sênior (Fernando Alonso) segundo as quais poderia correr pela Stock brasileira. 
Cuma?
Ele estava na cerimônia de  lançamento da inclusão da montadora Toyota na Stock brasileira. O que é muito legal, por sinal.
Lembrando que ele é ligado aos japoneses tal e coisa. Quando perguntado disse algo como "porque não?"
Uma corrida ou outra, penso eu, não estaria descartada porque disse saber sobre a categoria por conversas com Rubim e o famoso Piquetezinho (aquele que o ajudou em Cingapura 2008).
E, para a montadora japonesa um evento e tanto a chamar a atenção. 
Melhor que isso um monte de grid-girls vestidas para enfrentar o calor desta terra. 
Brincadeiras à parte, lógico. Somos a favor da igualdade. Mas, sem grid-boys por favor.



sábado, 9 de novembro de 2019

O MURO

Muros são construídos para diversas finalidades. Desde delimitar nossa propriedade até os invisíveis a separar pessoas e suas classes.

Hoje, 09/11, um dos muros mais famosos do mundo começou a cair. Trinta anos atrás.
O muro de Berlim. 
Dividia a cidade em dois lados de maneira bem simplista. Os orientais comunistas e os ocidentais capitalistas. De um lado a influência soviética e de outro os ianques.
Não tão simples como no papel. Famílias foram separadas. Amigos não podiam mais se encontrar. A lógica absurda da política levou ao muro não importando as pessoas.

Bom, o post não vai analisar o lado político da história.
Recentemente visitamos Berlim.
Antes de tudo é uma cidade intensa. Tem resquícios não só da guerra fria mas também da segunda guerra. 
E, notamos um cuidado na preservação da história. Para que esse lado negro não se repita.

Em vários locais partes do muro foram preservados. Aqui virou obra de arte.

Pedaço enorme do muro preservado e grafitado por artistas convidados

O lado triste e chocante. Na entrada de muitos prédios placas na calçada indicando pessoas que foram presas e enviadas para campos de concentração na época da segunda guerra. Aqui, uma família inteira para Auschwitz.

Do mesmo modo prédios restaurados preservando partes originais e as marcas da guerra.

Onde não mais existe o muro, paralelepípedos lembram o local por onde ele passava




sexta-feira, 8 de novembro de 2019

PORTA FECHADA?

Mad Max faz parte do time dos meninos mimados.
Vive dando declarações, digamos, pesadas. Contra outros pilotos, motores (lembram de suas broncas quanto ao motor Renault?), pizzas, potência (do carro, do carro) e por aí vai.

Quando a FIA (da puta) "explicou" o funcionamento do fluxo de combustível antes do GP de Austin aparentemente mamã Ferrari "acertou" seu pum atômico que andava fedendo esquisito. Todo mundo dizendo que algo certo não estava certo.

Pois bem. O belga/holandês/marciano disse que os carros italianos não estavam tendo o mesmo desempenho porque não podiam mais trapacear. 
Êpa!

Aqui entra uma entrevista antiga de Rubim. Ele deu a entender, no final da carreira, que sua estada nos vremeios não foi bem assim. Tipo foi sacaneado várias vezes. Isso todo mundo via.
Mas, perguntaram para o dito se ele iria contar os detalhes.
Respondeu que não porque seus filhos estavam iniciando a carreira no automobilismo (parece que um deles desistiu) e no futuro teriam a porta ferrarista fechada se dissesse tudo o que a gente desconfiava que acontecia.
Certo, ele.
Tanto que estava dando um rolê com o filho Dudu no GP do México.

Voltando ao pimpolho mimado seu paipai, por incrível que pareça, disse que as declarações de seu filho não foram inteligentes. Sim, Mad é um piloto rápido em busca de um carro para levantar o caneco. Uma acusação dessas pode fechar portas. Mesmo porque pegou mal nas trincheiras vremeias.
Em uma entrevista perguntaram para o pimpolho se Jos Ven no Tápen Zão dava na sua orelha quando ia mal em alguma corrida no início de sua carreira. Boatos dizem que sim. Mad Max saiu pela tangente mas, disse que em uma ocasião discutiram dentro do carro, na volta de uma corrida, e seu pai o obrigou a descer e se virar.
Acho que é o caso. Só espero que não obrigue o mimado a descer do avião em pleno voo. 

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

UMA PASSADINHA

Sabem quando a roupa não tá legal para sair?
Falta uma passadinha?

Então, dando uma passadinha porque algumas coisas não estão legais.

Todos estranhando o fato do pum atômico de mamã Ferrari não ter fedido o suficiente para evitar a diferença abissal com que Lacraia cruzou a linha de chegada em Austin. Cinquenta e lá vai cacetada de segundos para o primeirão, Sandálias.
Como a FIA (da puta) soltou uma nota explicando que o fluxo de combustível tem que ser assim e assado e o absorvente tem que estar no ponto ideal parece que os vremeios tiveram que interromper algo que era legal mas, não era legal. Feito os freios da Renault.
Os italianos disseram que nada disso. Não estavam sacaneando com o fluxo de combustível. Não souberam acertar o carro mesmo. Bom, Interlagos está aí para tirarmos a dúvida.

Em tempo. Li a explicação sobre o fluxo meio por alto. São coisas complicadas demais para quem não tem curso de engenharia mecânica/quântica. Sou torcedor raiz. Pau na máquina. Simples assim. 

E o quinto lugar de Hamiltão na largada?
Uma desculpa foi o fato de um dos trilhões de butões do volante estar com a tampa solta. Isso mesmo. Tampa solta. No meu tempo significava que o sujeito iria sentar no vaso e despencar no chão.
Neste caso o piloto não conseguiu jogar o freio decentemente para lá e para cá. Ora, ora, ora.
Bons tempos em que tudo era mato.
O cara sentava a bunda no carro e mandava ver. Volante só para fazer curva. Em alguns casos nem isso. O braço duro passava reto mesmo.

na seta vermelha o culpado

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

FIM DE DOMINGO


terça-feira, 5 de novembro de 2019

LAMBÃO EM AUSTIN 2019

O GP de Austin não apresentou nenhuma grande maldonadice a ponto de não haver dúvida quanto ao agraciado com o leitão porcamente assado de dona Gertrudes.
Por sinal, deu o ar da graça ligando de uma fazenda próxima ao circuito onde, segundo ela, ensinava o pessoal a fazer churrasco vegano. 
"É fácil. Pega a carne, enche de vegetais e joga no braseiro."
Não sei se fez sucesso.

Mas, ora vejamos. Quando ao leitão a TV não mostrou. No entanto Danieldo Kuajato fez a graça tocando em Chapolin Perez na última volta. Já havia feito besteira no México dando uma encochada em incrível Huck na última curva.
O cara pensou que ninguém iria ver. Só que viram. Ganhou punição caindo para décimo segundo e botou a boca no trombone. Não consegui vislumbrar se havia a bandeira amarela no ponto do choque. Mas, o carro de Kuajato era muito mais rápido. O cérebro não ajuda.

Por esta maldonadice ao fechar das cortinas (ave Fiori Gigliotti) o genro de Piquetezão leva o leitão porcamente assado de dona Gertrudes. 
Ela garante que vai assá-lo com um molho condimentado à la México e vodka para compensar.


sábado, 2 de novembro de 2019

"ANTES ERA MELHOR!"

Cresci ouvindo os adultos dizerem que a vida era melhor no tempo deles.
Década de 1950, por ex.. Eu, nos 1960, tinha duas certezas. Poderia ser melhor porque, apesar da turbulência política, não havia ditadura. E, não era melhor porque vivíamos o auge do rock and roll, baby.

Dizem que repetimos nossos pais ao envelhecer. 
Imitando a voz de véio Mero gosto de dizer "aqui tudo era mato".

Os últimos acontecimentos nessa merda de país merecem uma reflexão.
Principalmente sobre as pessoas e as supostas facilidades trazidas pelo mundo moderno. 
Temos o costume da acomodação. O que vem fácil sempre é bem-vindo.
Questionar é trabalhoso. Exige pesquisa, conhecimento, cultura geral. Melhor acreditar naquilo que vem pronto.

Vendo, lendo e ouvindo a maioria das pessoas com as quais convivo fico me perguntando de onde vem essas opiniões prontas, sem o mínimo de questionamento.

Voltando ao tempo em que "aqui tudo era mato".
Eu ia para a escola sem sentir aquele tesão pelo estudo. Tá. Algumas professoras valiam o tesão (tirem as crianças da sala).
Mas, tentava cumprir minhas tarefas básicas de estudante. Ou seja, assistir aula em silêncio, anotar os bagúios que o professor escrevia na lousa, fazer a lição de casa (não era pouca) e etc.

Vamos às tarefas. Até hoje sigo os ensinamentos da inesquecível professora de português, Nobuko.
Ao corrigir minhas porcas redações sempre me incentivava a escrever com clareza e não repetir palavras. Dizia para procurar sinônimos no dicionário.
Sim, o pai dos burros. Lá ia eu aprender a pesquisar num livro pesado, desajeitado e com palavras miúdas. Muitas. Tem que saber o tal abecedário para consultas.  Primeiro as palavras começando com Aa, ab, ac, ad e assim por diante. Hoje, dou uma gugada. O Aurélio anda esquecido por aí.
Alguns trabalhos exigiam uma visita à biblioteca. Ajuda daquela véia chata (porque todas eram velhas?) para encontrar o livro indicado. Então, ou sentava e copiava o texto, ou alugava o livro.
Hoje todos gugam. Nosso conhecimento, pelo menos a meninada de minha convivência, era adquirido através dos livros, algumas revistas e muito papo. Meus professores (de escola pública) ensinavam que era necessário ler, questionar e ter a própria opinião. Nem que nos tornássemos uma metamorfose ambulante.

Viram onde quero chegar?
Não há mais dificuldade em adquirir conhecimentos. A infernal internet supre livros. Trabalhos escolares são feitos na base co ctrl-chupe. Nem o autor da tarefa lê o que entrega.
Escrever à mão? É um castigo. Confesso que nem eu escrevo mais. Aliás, escrevo ideias que podem "virar" um post. O problema é que não entendo minha letra no dia seguinte. 

Quando queríamos entrar em contato com uma pessoa distante sem o uso do telefone enviávamos as famosas cartinhas. Adorava escrever. Hoje existe o whatshapp. Pior, zap de áudio. 

Cheguei lá. Percebam que eleições foram decididas por fake news. No brasil de merda e nos Estados Unidos de merdona.
Por que?
Lá não sei. Mas, aqui aconteceu porque as pessoas não questionam o que recebem pelas mídias. Estão acomodadas e vulneráveis.
Então, o que vem pelas mídias sociais é a mais pura verdade. O brasil de merda iria se transformar numa Venezuela. Mas, como é a vida naquele país? Um colega meu deu uma indireta ao dizer que os "comunistas" deveriam ir para Cuba. Como é a vida em Cuba?
Ninguém sabe. Ninguém quer saber. Tirar a bunda/cérebro do marasmo.
É assim. O governo anterior acabou com o brasil de merda. Eu entendo por governo anterior todos os que vieram após o Cabral fingir que descobriu esta merda. O brasil tem a cultura da corrupção. Não é exclusiva de um partido político.
Por incrível que pareça o melhor desarme para esta gente ignorante é dizer que o Lula tá preso.
Por questionar, pesquisar e informar nas mídias que participava que aquela "notícia" era fake news ganhei fama de "comunista". Saí até mesmo do grupo de zap do meu trabalho porque ali alguns batem no peito dizendo que o nazismo era de esquerda.
Na minha opinião estas falsas verdades encontram raízes porque não estamos mais acostumados a pesquisar, questionar, manter diálogos civilizados. 
E, o discurso de ódio da família miliciana que preside esta merda de brasil não ajuda.



segunda-feira, 28 de outubro de 2019

LAMBÃO NO MÉXICO

Muito fácil escolher o autor da maior maldonadice no GP do México.
Ainda no sábado Mad Max atuou como um pimpolho mimado com a certeza da não punição, no caso da batida de Sandálias. Arrogância pura.

No início da corrida veio o esperado enrosco com alguém, uma vez que paciência ele tem só quando está correndo sozinho sem nenhum outro piloto por perto.
Levou a pior. Hamiltão foi para cima jogando-o para fora da pista.

E aí veio a cereja do bolo. Tentou passar Sandálias numa espécie de pulo do gato. Num ponto de difícil ultrapassagem. O finlandês não viu e acabou por navalhar o pneu traseiro direito do belga/holandês/marciano.

Maldonadice da grossa porque, todos concordam, mesmo fazendo uma corrida de recuperação tinha grandes chances de vencer a corrida. Como no ano passado.
Essa atitude atabalhoada só faz crescer a impressão de que ainda falta muito para Mad amadurecer e liderar uma equipe.
Ouvi um "entendido" dizer que ele é jovem e tem muito a aprender.
Mano, o cara pode ter 22 anos mas, está nesta bagaça desde 2015. Tempo suficiente para um mínimo de maturidade. 

Enfim, pelo conjunto da obra no fim de semana Mad Max foi premiado com o leitão porcamente assado de dona Gertrudes. 
Ele será entregue assim que ela se recuperar de sua viagem ao México. Não sabemos se está acometida por uma monumental ressaca ou pelo mal de Montezuma. O fato é que não responde nossas mensagens.





domingo, 27 de outubro de 2019

SINCERÃO PUNIDO

Preliminarmente vamos considerar que a F-1 escolhe, de tempos em tempos, o piloto para chamar de meu.

Foi assim com Shushu e seus carros fora do regulamento. Berne Aquistone admitiu que fecharam os olhos muitas vezes diante das falcatruas.
A exceção foi Senna perseguido com unhas e dentes pelo detestável Jean Marie Balestre.

Mad Max já aprontou um monte. Tem o lado Verstappen herdado do pai malucão.
Em 2016, como exemplo, venceu na Espanha jogando o carro várias vezes para cima de Kiwi Vodkanem.

No treino oficial de ontem não tirou o pé quando da batida de Sandálias, apesar das bandeiras amarelas. Melhorou o tempo e fez a pole.
Nós esperávamos punição imediata até pela lembrança do acidente de Jules Bianchi.

Que nada. A FIA (da puta) fingiu não ter visto seu garotinho mimado chutar as regras por debaixo da mesa.
Mas, ora ora.
O próprio admitiu, nas entrevistas, que não tirou o pé. Disse que não viu as bandeiras amarelas. Elas estavam lá. As câmeras mostraram. Vetor, que estava na frente, tirou o pé.

Então não teve jeito. Com muita dor no coração e aquelas explicações sem pé nem cabeça Mad Max foi punido. Perdeu a pole, três posições e leva dois pontos na "carteira".
Em tempo. Se tivesse diminuído a velocidade ainda assim, provavelmente, seria pole pelo tempo que já possuía. 

A única coisa boa que sobrou é que teremos, espero, um piloto com sangue no zóio neste domingo.

biquinho de quem perdeu o doce

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

CONFUSÃO TEU NOME É REGULAMENTO

Leio que os carros da Renault foram desclassificados do GP de Suzuka por usarem freios fora do regulamento. Consistia, em resumo, num sistema ilegal de balanço dos mesmos.
A Força Aí Índia, ou Racing Point, chiou após a corrida dizendo que estavam sacaneando. Como eles descobriram só dona Gertrudes para descobrir. Mas, numa hora dessas ela deve estar tomando banho de tequila no México.

Bom, a FIA (da puta) examinou o paciente e declarou que os mesmos não estavam fora da carta magna. Mas, viola uma regra segundo a qual o piloto não pode ser ajudado por porra nenhuma a não ser seus pés, mãos e cérebro (em alguns casos o cérebro não ajuda).
Ou seja, estavam fora do regulamento. Ou não?
Pelo sim pelo não os franceses não vão recorrer. Certamente porque não entenderam nada da conclusão.

Regulamentos, e leis, estão aí para serem burlados. 
Seja na F-1, Stock, F-chocante e etc.
O problema é a confusão que se instala quando da aplicação.
Depois de 'centos dias vem a punição. 
Estamos acostumados com estes absurdos quando partem, por ex, da F-chocante. Por sinal, o regulamento é tão enrolado que nem o autor sabe interpretar. Lembram quando Louco de Graça foi desclassificado num treino porque apertava o freio com força excessiva?

Enfim, a caça agora é o motor "de outro mundo" de mamã Ferrari.
Todo mundo diz que está fora do regulamento. Mas, não está. Só que, dizem, está. 
Vamos aguardar os próximos capítulos.

terça-feira, 22 de outubro de 2019

O VEGANO SEM SABER

A dieta vegana anda na moda. Muitos atletas o são.
Hamiltão, por exemplo, é vegano.

Eu tenho uma história curiosa sobre a dieta.
Láááá no início dos anos noventa estava no alto da gangorra de meu peso. Ou seja acima do peso. Assim tem sido minha vida. Altos e baixos em relação ao peso. Mais alto, por sinal.
Bom, nesta época havia um médico homeopata espetacular em Rib's. 

Fui até esse médico para uma consulta tipo "qual milagre para comer feito a última refeição e  ainda assim emagrecer".
Ele, com muita paciência, explicou que iria me passar uma dieta onde não seria consumido nenhum produto de origem animal. Não falou em veganismo e eu nem sabia em que barco estava entrando.
Além disso, um monte de florais e complementos vitamínicos.
E, entrei nessa. Salientando que tenho aquele tipo sanguíneo que adora carnes. 
Mas, dois fatores ajudaram. Caminhada e os florais que não deixavam a peteca do humor cair. Eu não entrei naquela depressão típica de quem faz dieta radical.
E, perdia trezentos gramas por dia. Caminhava toda noite passando na mesma farmácia e pesando na mesma balança. 
Morava em Jaboticabal e, quando vinha para Rib's carregava meu prato de xuxu, alface e quejandos. A família ajudava dizendo que não iria aguentar. Afinal, logo eu. Nem cerveja estava bebendo.

Quase um ano depois um amigo nosso casou e eu fui com o terno do meu casamento.
Inacreditável. Tem até uma foto para provar. Mas, estou parecendo um cadáver. Havia parado de tomar uma pílula de urucum para manter a cor. 
Nesta altura do campeonato a vida não estava fácil e não ia ao médico. Todo mês ele trocava as vitaminas e florais. Cada ida era uma cacetada no bolso. Sem essa de plano de saúde.

Então, a crise nos obrigou a voltar para Rib's e recomeçar a vida. Mesmo assim, para comemorar, a família promoveu um churrasco. Eu, caí de boca em tudo o que era animal e cervejal. Pensava que poderia controlar o peso dali por diante.
Claro que não. Em pouco tempo engordei tudo de novo e mais um pouco. Fraqueza da carne.

Agora o lado trágico e cômico.
Quando mudamos para esta infernal terra estava magro. Com aquela cara de zumbi.
Quando estava voltando ao sobrepeso normal (o alto da gangorra) encontrei um conhecido lá de Jaboticabal. Ele me abraçou meio que afastado. Aquele abraço hétero se me entendem. Encostando o mínimo possível. Não estranhei porque sou assim. Conversa vai conversa vem ele entregou. 
Disse que o pessoal de minha convivência em Jaboticabal dizia que havia saído da cidade porque estava com o vírus da AIDs. Por causa da minha magreza. Era o auge dos problemas oriundos do vírus.
As pessoas são, acima de tudo, maldosas. O cara emagrece não para ficar saudável mas, porque pegou um vírus.
Durma-se com um barulho desses.