segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Pit Stop

A volta do Schu-Schummy não é a única novidade para 2010 na Fórmula-1. Como já sabemos faz tempo, na próxima temporada não teremos mais os reabastecimentos, que são o "ponto alto" das corridas desde 1994.
A história dos reabastecimentos na F-1 não começa, contudo, em 1994. Em 1982, a Brabham, time liderado por um tal de Bernnie Ecclestone, resolveu arriscar alinhar os carros com menos combustível e, no meio do caminho, pará-los para completar o tanque e ir até o fim.
Houve várias tentativas frustradas por percalços no caminho: falhas mecânicas, batidas e uma luta de karatê entre Nelson Piquet e Eliseo Salazar.
Finalmente, o plano quase funcionou no GP da Áustria, não fosse uma tentativa de Riccardo Patrese de escalar um barranco de marcha-ré.
De qualquer modo, a Brabham inaugurou o reabastecimento na era moderna da F-1. Não foi, todavia, a primeira vez que se encheu o tanque de um carro em uma corrida. Na década de 1950, isso já era feito.
O filminho abaixo, encontrado por acaso no YouTube, conta a historinha, com toques de bom humor do narrador.


EU SABIA! EU SABIA!

Hoje li na uol que o irmão braço duro ráu-ráu schumizinho está se oferecendo desesperadamente para alguma equipe visando voltar para a F1.
Quem conhece a história do ráu-ráu sabe que o irmão Dick Vigarista está ligando para todo mundo vivo e morto para encaixar o chato do pentelho do irmãozinho caçula.
Foi assim que ele, digamos, adentrou ao circo. Mas, não serve nem para ser palhaço, função exercida no ano passado pelo Loucas Vaidoer, nem para marabalista, função exercida pelo campeão butão (que caiu da corda mas não quebrou a perna). Penso que poderia concorrer ao cargo de limpador de bosta (ou fezes se quisermos honrar o nome do blog). Pelo que vimos no ano passado matéria prima tem de monte.
Enfim, não esqueçamos do Free Willy que gerencia a carreira (?) do ráu-ráu assim como a da estrela da companhia Dick.
Free Willy tem a força das camisas nada a ver. E, voltando a ganhar quatrilhões arruma saco para carregar o braço duro da família.
Concluindo, tudo leva a crer que vamos ter que aguentar mais uma prima dona. Só que uma prima anda. A outra só tem pose.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

OH-OH-OH

Nesta época natalina onde todos se confraternizam, perdoam seus inimigos assim como são perdoados (ah, ah) fico imaginando o teor das cartinhas que os pilotos escrevem para o Papai Noel.
Sim, o velhinho pentelho de barbas brancas é uma espécie de terapeuta. Todos que escrevem para ele (mentalmente ou não) contam com o sigilo que deve prevalecer nessa relação, digamos, maluca.
O massa por ex. iria pedir que todas as molas passem longe, bem longe.
O Raikonem um carro de rallye com frigobar (maldade!).
O hamilton um carro bom à altura de seu charme e beleza inigualáveis.
O butão um carro bom à altura de seu charme e beleza inigualáveis.
O bocó roseberg uma equipe para 2011, porque a dona mercedes só tem olhos para seu dileto mimado.
O Dick pede um grid composto de um só carro. O dele naturalmente. Não tem mais aquela juventude para chutar os outros pilotos por debaixo da mesa.
O rubim pede que o esqueçam. Quem sabe funciona.
O vetor pede que continuem achando que ele é um moleque de fraldas a encantar com seu arrojo e falta de experiência.
O véber que caia da bicicleta nas férias e quebre a outra perna. Em 2009 quebrou uma perna e foi seu melhor ano.
A prima dona afonsina pede que baixe um santo alemão e que a véia ferrari pense que se trate de uma reencarnação divina.
O menino senna pede que o tio dê uma força lá de cima. Aí, não é com papai noel. Quem entende sabe que a carta foi enviada para quem não tem competência para julgá-la.
E, olhando a fauna que povoa a F1 constatamos que pululam uma quantidade assombrosa de duendes. Desde o toddy até o berne. Todos são donos da verdade e decidem tudo.
Pobre F1.......

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

DICK CAIU DO TELHADO

Finalmente confirmou-se o que vinha sendo ventilado em tudo quanto é canto.
Schumacher volta pela dona mercedes. Como já lemos num post do Renato ele deve o início de sua carreira a essa velha senhora que bancou sua entrada na F1 bem ao estilo alemão: chutou a porta e colocou seu mimadinho no primeiro carrinho de F1 que viu pela frente.
Engraçado é que sempre diziam que o nosso mimadinho iria, qualquer dia destes, correr pela dona mercedes via McLaren.
Todo ano as mães dinás cantavam essa bola.
Agora que elas esqueceram do assunto lá vem o Schumi de mãos dadas com a dona mercedes e chutando o bocó roseberg por debaixo da mesa.
Falam muito na questão da idade do lemão. O cara tem 41 anos e penso que ninguém é inválido nessa idade a ponto de não conseguir virar o volante (?) de um F1. Sim, hoje em dia os pilotos só servem para virar o volante (?). O resto vem mastigadinho mastigadinho.
Então, vai ser legal o lemão desafiar a macacada toda. Daqui do alto do morro dá para ver que o Dick tem lenha para queimar, a dona mercedes grana para gastar e uma praia ensolarada sem nenhum surfista de destaque.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Suturas

E mudaram o sistema de pontuação da Fórmula-1. Ficou igual ao da Stock Car. Não parece ter sido uma boa mudança.
Primeiro, porque não afeta a proporção de pontos entre os concorrentes que pontuam. É vantajoso para quem chega em décimo, que terá mais exposição, agradando mais aos patrocinadores. Será vantajoso para o piloto que ganha dinheiro por pontos conquistados, cláusula que as equipes vão abolir a partir de agora. Mas, no geral, não mudou nada, já que 5 pontos entre o primeiro e o segundo colocados é pouco em um contexto em que o vencedor soma 25.
Segundo, porque descaracteriza o campeonato e as estatísticas. Na década de 1980, o sujeito, para marcar 25 pontos, teria que vencer duas corridas, chegar em segundo em outra e em sexto em outra (o sistema era 9-6-4-3-2-1 e só os 11 melhores resultados contavam), ou seja, levaria, pelo menos, 4 corridas para atingir tal somatória; na década de 1990, teria de ganhar duas, e chegar em segundo em outra, levando, pelo menos, 3 corridas (a partir de 1990, passou ao 10-6-4-3-2-1, sem as exclusões). Agora, com um calendário com cada vez mais corridas e esse sistema de pontuação, os pilotos de sucesso encerram suas carreiras com bilhões de pontos, coisa que era impossível há um tempo atrás (claro que "bilhões" é ironia, né).
O campeão também somará dez mil pontos por campeonato, e já era o recorde do Schumacher de campeão com mais pontos somados em uma única temporada.
Enfim, eu gostaria de ver de volta o sistema de 10 pontos para o vencedor, que valorizava bastante as vitórias. O que fizeram foi uma verdadeira "banalização" dos pontos.

Só a cabecinha do Dick

Schumacher, segundo ele próprio confidenciou a Luca Di Montezemolo, está "muito perto" de correr na Fórmula-1 no próximo ano. É a hora de o alemão pagar sua "dívida" com a Mercedes, empresa onde fez carreira no Mundial de Marcas e que financiou, pode-se dizer, sua entrada na F-1.
Agora, quando o sujeito fala que está perto, já entrou há muito tempo. Teremos "Il Tedesco" de volta; mas, desta vez, ele será "Der Deutsche", mesmo.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

DICK SUBIU NO TELHADO

Novela envolvendo a F1 é a coisa mais óbvia que existe.
Piloto elogia equipe que elogia piloto que visita a tia do dono da padaria em frente à fábrica e coisas do tipo.
Agora, dizem que o Schumacher (o Michael) conversa com a dona Mercedes e tudo pode acabar num motel qualquer.
Quem deve estar com a pulga atrás da orelha (como diria aquela minha avó) é o Roseberg (o Kico). Ou, dependendo do horário da novela, com os chifres nascendo.
Afinal, conhecemos a história do Dick e o que acontece com seus "amados" companheiros de equipe. Se bobear ficam com o carro sobre os cavaletes (remember rubim).
Uma volta do Schummy (é assim que se escreve?) vai ser uma atração a mais?
Craro Crarice.
Afinal, o cara pendurou o capacete (essa é velha), caiu da moto (duvido que permaneçam sequelas. É tudo firula) e etc. Mas, vira e mexe e lá estava ele nos boxes vermelhos com cara de quem fazia alguma coisa e babando nos carros. Eu tinha a impressão que ele ia pular dentro do carro do Raikonen e sair avenidas mundo afora. Não iria fazer isso no carro do massa porque ele (massa)tem contrato com o todinho filho do Toddy. Os brutos também tem ética.....
Não existiria surpresa numa possível volta. Eu acho salutar desde que não haja sacanagens para ajudá-lo. Lembrem-se que agora quem manda é o duende vermelho ( o tal do Toddy). Essa dupla bateu muitas carteiras. Dupla não. Trio, uma vez que o rose bráu (o inglês com ressaca permanente) sempre aparecia com o dedo no botão vermelho para ferrar a ferrari (não resisti!!!) do rubim.
Por outro lado, se ele correr como correu de kart lá no quintal do Massa em Floripa, vai colocar todo mundo no chinelo. Os meninos mimados que se cuidem. O tio está animado.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Inauguração de Interlagos

O link do vídeo chegou até mim pelo Luis Fernando Ramos (Ico) via Twitter.
É uma filmagem de 12 de maio de 1940 na inauguração do autódromo de Interlagos.
Sinto uma espécie de pesar e alegria em saber que o traçado original, quase intacto, ainda está lá, esperando ser restaurado, nem que seja para umas voltas esporádicas de meio dúzia de amalucados.
Aliás, o único blog que o Fórmula-1 Literária segue é, justamente este aqui, em que se propõem e discutem projetos para reviver o traçado antigo. Tomara que um dia resulte em alguma coisa.
É impressionante ver, no vídeo abaixo, como o local era um grande descampado. Hoje em dia, a cidade, literalmente, engoliu o autódromo.
Aproveitem!


sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Di Grassi na F-1

Só uma nota rápida, para não passar em branco - o tempo anda curto demais.
Ainda não é "oficial", mas já é verdade incontestável: conforme divulgado pelo Grande Prêmio hoje de manhã, Lucas di Grassi será piloto da Manor/Virgin no próximo ano. Assim, o grid terá quatro pilotos brasileiros em 2010: Barrichello, Massa, Senna e di Grassi.
Eu confesso que di Grassi é o brasileiro que mais tenho curiosidade de ver na Fórmula-1. Acho até, que pela temporada que fez na GP-2 em 2008, merecia já estar na F-1 já em 2009. Sujeito talentoso, construiu uma carreira bem sucedida sem lá grandes apoios financeiros, se comparado, por exemplo, com Bruno Senna.
Boa sorte a ele!


O próprio avisa, via Twitter, que está na área!

domingo, 29 de novembro de 2009

A BOIADA




Vejam esta imagem da saída do pessoal da área G após a corrida em 2007. Foi feita em cima da passarela. Por baixo o que restou do famoso retão. Notem o perigo. Se alguém gritasse "cerveja de grátis no portão" a correria iria machucar muita gente. Por sorte nada disso aconteceu.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

MODA F1



Na foto dois exemplos de asas: uma lateral e outra traseira. Pelo que consta uma é obra da Renault (meio disfarçada).
Mais uma foto da F1 2007 na área G (sem pensamentos pecaminosos, por favor).
O calor estava de rachar coquinho (como diria aquela minha avó).
Notem que até a camiseta do rapaz da esquerda está derretendo.
Então, o jeito era improvisar para aguentar o "inferno".

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

SKINDÔ SKINDÔ



A F1 quando encerra o ano e começa outro vive de boataria e besteirada.
Até os prostitutos dão as caras e chamam o Raikkonem de vagal e bebum e coisas assim.
Dick Vigarista volta e não volta e etc. Seria interessante a volta do Dick porque até outro dia ele ficava nos boxes vermelhos fingindo que fazia alguma coisa. E agora louro José?
Enfim, resolvi publicar algumas coisas diferentes e achei esse vídeo (caseiro) feito por um grande cineasta a ser descoberto (mezzo Felini, mezzo Buttman).
Mostra um bloco desfilando no carnaval com o carro alegórico mais caro do mundo. Mesmo assim todo arrebentado.
Só faltaram as cabrochas e suas fabulosas bundas.
Falando sério. É o que restou do carro do Kovaslá em interlagos 2007.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Maioridade

Hoje, 24 de novembro, completa-se 18 anos da morte de Faruk Bulsara, líder de uma banda que, pode-se dizer, mudou minha vida.
Abaixo, só a voz, cantando, desafinando, durante a formação de uma das mais belas canções do século XX.


Hamilton x Button

Vai ser interessante observar, no próximo ano, como se comportarão os pilotos e a equipe McLaren tendo os dois últimos campeões ao volante de seus carros.
Os dois, para completar, ingleses.
A temporada de 2010 vai somando particularidades bastante fora do esperado. Uma montadora comprando uma equipe, e uma equipe contratando dois pilotos teoricamente fortes para dividirem o mesmo time, prática em total desuso desde a "era Schumacher".
A última vez que tivemos dois campeões na mesma equipe foi com Senna e Prost em 1989, também na McLaren.
Espero que o time de Woking tenha o bom senso de deixar os dois quebrarem o pau. Pelo bem do esporte.

Brawn e Mercedes

A Mercedes-Benz acaba de adquirir o controle da equipe Brawn GP, como já dito, na contra-mão das demais montadoras, todas abandonando ou querendo abandonar o barco Fórmula-1.
É interessante reparar uma coincidência interessante entre essas duas equipes. A Mercedes já teve equipe própria, na década de 1950, entre as temporadas de 1954 e 1955. Nesse período, disputou 12 Grandes Prêmios, dos quais venceu 9, perfazendo 75% de vitórias em relação a GPs disputados; foi 10 vezes ao pódio, o que significa 83,3% de aproveitamento. A equipe venceu os dois campeonatos de pilotos que disputou com Juan Manuel Fangio (ainda não se disputava o campeonato de construtores); ou seja, 100% de aproveitamento em relação a campeonatos disputados.
Também a Brawn GP tem 100% de aproveitamento em relação a campeonatos disputados, já que a unica temporada em que participou foi vencida por seu piloto Jenson Button. A Brawn levou também o campeonato de construtores. Em relação às vitórias, a Brawn disputou 17 GPs, vencendo 8 deles, o que significa 47% de aproveitamento; a equipe foi ao pódio 11 vezes, perfazendo 64,1%.
Isto é: os números relativos da Mercedes, enquanto equipe, e da Brawn GP são altíssimas, pois tiveram uma trajetória curta extremamente vitoriosa. A Ferrari, por exemplo, disputou 59 temporadas, vencendo 15 vezes o campeonato de pilotos. Isso totaliza "apenas" 25,4% de aproveitamento.
Uma vez li uma campanha publicitária em que uma certa emissora de televisão, para minimizar os números absolutos do Ibope, chamava atenção para o seguinte: "os números não mentem, mas não dizem toda a verdade". E não é que é isso mesmo?

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

TRILHOS

Hoje, 18/11, as notícias são mais alvissareiras como diria minha avó. Raikonem na Dona Mercedes (o que é, de certo modo, normal porque ele andou de McLaren-Mercedes um tempo atrás).
O lindo cavalgando, da tv paga, diz que seria uma vingança pela retirada do butão da bráu pela McLaren. Então, a Dona Mercedes tirou o Raikonem da McLaren. Eu penso que a dona Mercedes ganhou na loteria. O butão mereceu ganhar o campeonato porque não fez besteira e o carro/equipe deu a mó força. Mas, não se compara ao Kimi, na minha opinião muito melhor.
Agora, vai sofrer na mão do pequeno genio genioso, luiz.
Nós, amantes da boa corrida agradecemos a contratação do quase desmpregado Raikonem pela dona Mercedes.
Que, por sinal, começaria muito mal tendo o Mico Rossbife e o Mico Haidfield como pilotos. Um é jovem e nem sabemos se anda de verdade. O outro deveria estar em casa faz tempo. A gente sabe aque não anda.
Aguardemos os próximos capítulos.....

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

CONTRA-MÃO

Leio que a Mercedes deixou a McLaren ( o time MM) e comprou a bráu.
Isso tem um belo significado: a Mercedes sai da moita e assume os riscos em ser dona do nariz e carro.
Outra: o butão pode procurar equipe. Está na cara que todo mundo acha que ele foi campeão em função do carro e das enrabadas no rubim.
Deve estar dormindo na porta da McLaren para ser contratado por ela.
Leio também que a dona mercedes disse que não vai interferir na escolha dos pilotos. Deixa tudo na mão do Rose.
Desde, claro, que os contratados sejam dois alemães. O pior: O mico haidefield tem chance. Esse sim tem estrela na bunda.
E, pelo que sinto, a McLaren está ligeiramente feliz em se livrar dos lemão. Continua a ter motores da dona mercedes, tradição na construção do carro (a Ferrari apanhou e não melhorou quase nada em 09), e etc.
Enquanto isso um pilotaço como o Raikonem fica chupando o dedo esperando um brinquedinho decente para 2010. Essa F1 sabe moer carne....
Vamos ver no que isso tudo desemboca.

sábado, 14 de novembro de 2009

Balls

E já que falamos em "pista de verdade", não se poderia deixar de mencionar esta: o velho traçado de Nürburgring.
A Fórmula-1 andava em um traçado com quase 23km, cujo recorde em corrida pertence a Clay Regazzoni, com 7min06s. Sim, 7 minutos; em treino de classificação, o recorde (de F-1) é de Niki Lauda, com 6min58s - tudo isso tratando-se do traçado de 22.835km.
A filmagem abaixo foi feita em 2005, a bordo de um protótipo SR8, da Radical Sportscars, que competiu na Le Mans Series. O piloto é Michael Vergers.
Na época, esta volta, em 6min55s, estabeleceu o novo recorde deste traçado de 20.832 km, conhecido como Nordschleife:


(fonte: Wikipedia)

Michael Vergers foi campeão da Le Mans Series na categoria P2 em 2006. É um feito digno de nota. Contudo, não precisaria ter conquistado nada: bastaria ter dado esta volta em Nürburgring. Uma verdadeira obra de arte.
O vídeo é interessantíssimo: dá para ouvir o motor, as marchas, o carro batendo no chão, o carro batendo na zebra, dá para ver as correções que o piloto tem que fazer, o carro pulando; na entrada do Karoussel parece que o carro vai escorregar para a parte de baixo da pista.
Tem uma outra coisa que também dá para perceber: não é para qualquer um andar deste jeito numa pista dessa. Para dizer o mínimo, tem que ter coragem.
Vergers ainda quebrou o recorde deste traçado em uma nova oportunidade, em 2009, cravando o tempo em 6min48s.
Eis a obra de arte:



Depois de assistir a esta filmagem, este cartazinho faz muito sentido para mim:


Pista de verdade

O campeonato de 2009 terminou em uma pista encrencada e sonolenta, mas com um entorno muito bonito e bem construído. É uma Fórmula-1 estanha, em que os petrodólares comandam onde ocorrerá a corrida; quando, é o Sr. Ecclestone quem decide, conforme o horário europeu. É por isso que temos corrida ao anoitecer, no escuro, na chuva equatorial do fim de tarde malasiano e etc.
Abu Dhabi foi um furo n'água. Pista chata, corrida chata, um túnel para sair do box e um hotel que muda de cor. Clap, clap, clap... um monte de dinheiro gasto para atrair mais dinheiro para o bolso de uns e outros. O público que se dane.
Entretanto, o calendário provisório para o ano que vem traz uma "novidade" muito boa: a volta de Montreal para o campeonato.
Montreal é uma das poucas pistas "de verdade" que sobraram na F-1. Entre elas, Interlagos, Monza, Spa-Framcorchamps, Suzuka, e algumas outras, ao gosto do freguês. Aliás, Silverstone não está na lista porque, por enquanto, está fora para o ano que vem.
Dei uma olhada no Youtube e achei essas filmagens do circuito canadense em dois tempos: a primeira, com René Arnoux, de Renault, em 1982; a segunda, Juan Pablo Montoya, com a Williams, exatos vinte anos depois.
O traçado sofreu algumas modificações ao longo desses anos, mas, essencialmente, a pista é a mesma. Basicamente, foram suprimidas as curvas de alta após o grampo, e a reta de chegada foi mudada de lugar. Também foi suprimida uma chincane, que ficava antes do que hoje é a curva 1 - que, aliás, se chama "virage Senna".
Mais impressionante nos vídeos é perceber como os espaços de freada diminuíram, o jeito de acelerar mudou, a maneira de entrar na curva... enfim, a pista é a mesma, mas os estilos de pilotagem divergem diametralmente.
Agora, de 2002 para cá, já ocorreram diversas mudanças, e se formos comparar a pilotagem do Montoya no vídeo com a do Vettel este ano, já encontraremos inúmeras diferenças.
A coisa anda rápido...



quinta-feira, 12 de novembro de 2009

SOBRINHO SENNA

Falar do Senna tio é sempre muito difícil pelas circunstâncias em que ele nos deixou.
Vou tentar falar alguma coisa mais tarde. O Senna sobrinho chega à F1 por uma equipe pequena, como o tio.
Por mais que a gente não queira fazer comparações ou algo do tipo, são inevitáveis as lembranças e expectativas. Bueno nosso de cada dia já falou que não sabe como vai comportar seu coração na primeira corrida com a participação de Bruno Senna. Na verdade, nem nós fãs incondicionais do maluco que mais deu certo na F1.
O carro vai ser uma incógnita tal e coisa. A gente não sabe como o Bruno vai se comportar. De tudo, eu sei que vou, junto com o Renato, torcer do fundo do coração para que o garoto (nem tão garoto assim) mostre que tem nas veias o sangue e o talento do tio. E bote para quebrar. E, que haja um pódio só de brasileiros no ano que vem.
Amém.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Williams e Rubens

Os caminhos de Rubens Barrichello e da equipe Williams se cruzaram, finalmente. Digo finalmente, pois houve outras oportunidades em que o acordo parecia que iria sair, mas, no fim, Rubens acabou ficando onde estava.
A primeira oportunidade parece ter sido após a morte de Ayrton Senna. Barrichello, na época um jovem promissor, foi cogitado para ocupar o posto de Senna, incluvise com o envolvimento de Nelson Piquet nas negociações, já que a Arisco patrocinava a ambos.
Posteriormente, Rubens teve oportunidade para correr pela equipe Grove em 1998, mas também ficou sem vaga, já que preferiram Ralf Schumacher, cujo empresário era Willi Weber (o mesmo do irmão mais velho).
Também em 2003 houve rumores de que o brasileiro poderia se transferir para o time inglês. Montoya havia assinado contrato com a McLaren, mas ainda tinha obrigações com a Williams até o final de 2004. O colombiano, entretanto, tentava resilir sua relação contratual antes do fim do prazo. O primeiro na lista de substitutos para o Montoya na Williams era, justamente, Barrichello.
Depois de tanto namoro, as coisas deram certo. É uma união interessante, já que Williams e Rubens são representantes de outros tempos na Fórmula-1 moderna. Williams não tem vínculos com nenhuma grande montadora, embora já tenha recebido motores de BMW e Toyota; a parceria entre Patrick Head e Frank Williams na F-1 teve início em 1977, e a empresa contava com apenas 17 colaboradores. Hoje, é uma das equipes mais tradicionais e vencedoras do grid, com 9 títulos de construtores e 7 de pilotos.
Rubens terá como companheiro de equipe Nico Hulkenberg, mais um alemão assessorado por Willi Weber. É, sim, um estreante, mas o pouco que conheço dele revela que é um sujeito muito talentoso e que promete competir de igual para igual com Barrichello. Vamos esperar para ver uma lutar limpa entre os dois.
É difícil saber onde estará a Williams no próximo ano. Mais uma vez, o regulamento igualou a todos com as mudanças técnicas. Torço por um bom ano para Nico e Rubens.

(Desenho feito por Eduardo Barrichello, representando seu pai na nova equipe; divulgado por Rubens Barrichello via Twitter)

Duende vermelho

Como se sabe, o duende vermelho Jean Todt é agora o homem que manda no automobilismo.
O estatuto da FIA, em seu artigo segundo, inciso III, dispõe que é objeto da Federação "promover o desenvolvimento do esporte a motor, atuando, interpretando, e tornando efetivas regras comuns aplicáveis à organização e administração de eventos de esporte a motor". Trata-se, portanto, de uma organização com fins, entre muitos outros, esportivos.
Este aqui é o novo presidente da FIA:




É, sem dúvida, o homem certo para a função.

Mika, 10 anos

Seguindo em frente, mas olhando para trás com saudades, no último sábado, dia 31 de outubro, completou-se dez anos que Mika Häkkinen conquistou seu segundo título mundial de Fórmula-1.
A temporada de 1999 foi muito estranha. Tudo acontecia normalmente na primeira metade do ano, com Schumacher e Häkkinen disputando a liderança do campeonato palmo a palmo. Contudo, após o GP de Silverstone, quando Schumacher quebrou a perna, Mika embarcou em uma maré de maus resultados, ora por erro dele, ora (muitas "oras") por erros da equipe: quebras, pneus furados por estarem com pressão muito baixa, erros no pit-stop e etc. Também Eddie Irvine, principal adversário de Häkkinen pelo título sofreu com os "erros" da Ferrari. Em uma certa ocasião, Irvine parou nos boxes e não havia pneus a serem colocados em seu carro.
McLaren e Ferrari fizeram tanta força para perder que Heinz-Harold Frentzen, da Jordan, entrou na briga pelo título, constituindo uma ameaça efetiva. Contudo, o alemão ficou fora da briga após sofrer uma falha no carro no GP da Europa, em Nurburgring.
Isso resultou em uma das temporadas com aproveitamento mais baixo da história da Fórmula-1. Mika foi campeão somando apenas 76 pontos.
A despeito da temporada maluca, a corrida final, em Suzuka, aconteceu em uma serena normalidade. Schumacher estava de volta e fez a pole position. Häkkinen, entretanto, fez uma largada fenomenal, assumindo a ponta e mantendo-a até o fim da prova, conquistando, assim, o título pela segunda consecutiva.
Eis a largada e um "micro-resumo" da prova:



E foi assim que os três primeiros viram a corrida:



Häkkinen foi, sem dúvida, um grande piloto, certamente um dos melhores que já vi correr. A despeito disso, Mika não esqueceu seu lado humano. Prova disso foi a sua última vitória na Fórmula-1, no GP de Indianápolis de 2001. Aquela ocasião marcaria a aposentadoria de Jo Ramirez, "lendário" chefe de mecânicos mexicano da McLaren, que trabalhou com todo mundo desde Emerson Fittipaldi. Ramirez era o carequinha que entregava o boné do Banco Nacional para o Ayrton Senna antes do podium. Mika prometera vencer aquela corrida em homenagem a Jo, e, mesmo sem ter um carro tão rápido quanto Williams e Ferrari, cumpriu sua promessa, celebrando a vitória com um longo abraço em Ramirez, em uma cena muito bonita (embora Ron Dennis estivesse puxando Häkkinen pelo macacão para que o finlandês se dirigisse logo ao podium).
Fica nossa homenagem ao grande campeão, com uma grande volta de qualificação, em San Marino, em 2000. Quando os tiffosi já celebravam a pole de Schumacher, Häkkinen jogou água no chopp italiano de forma magistral:


terça-feira, 3 de novembro de 2009

CARLITÃO

Vamos imaginar a vida como se passada em uma pista de corrida. Todos que conhecemos teriam seu carro esportivo e estaríamos na corrida da vida para fazer e acontecer. Alguns carros seriam mais rápidos, mas, a maioria seria equivalente ao nosso. Então, correríamos sempre juntos, ora ultrapassando, ora sendo ultrapassados. Seríamos fechados, faríamos barbeiragens dignas do Mansell, muitos xingamentos e ameaças em geral. Passaríamos a vida nessa diversão. Seria uma corrida diferente sem bandeirada final. Os corredores iriam, na verdade, um a um abandonando a pista. E, de várias formas. Motor repentinamente quebrado, falha de freio e a conseqüente estampada no gradil, pneu furado, batida com outro corredor com os impropérios de praxe, e por aí vai.
Nós saberíamos do abandono quando, passando no ponto, veríamos o carro parado e o pessoal de apoio ajudando o piloto a sair e passar em segurança pelo gradil. Neste caso, não teríamos tempo de acenar ou algo assim.
Outros, como o Carlitão, apresentariam defeito no motor começando a andar mais devagar. Nós passaríamos por esse corredor tendo tempo de acenar, levantar a viseira e sorrir para ele. Ficaríamos o maior tempo possível andando lado a lado como forma de solidariedade e força. Pediríamos aos deuses da velocidade que encontrassem para esse amigo um lugar bacana para encostar o carro.
Finalmente, quando seguiríamos em frente olharíamos pelo espelho até seu carro parar e, lembraríamos dos tempos passados juntos, das curvas difíceis que contornamos, das festas ao cruzar com outros conhecidos nossos (todos, claro, com latinhas de cerveja na mão), das risadas com as besteiras nossas e dos outros e etc.
E, desejaríamos do fundo de nosso coração que o pessoal de apoio transporte nosso amigo em segurança através do gradil até aos boxes e que essa jornada lhe seja leve. É a nossa forma de homenagear um companheiro de jornada pista afora.
E, ao passar novamente no ponto em que parou o carro teríamos, no início, a vista embaçada pelas lágrimas. Mas, depois de algumas passagens, abriríamos um sorriso pelas boas lembranças que nosso amigo deixou. Assim será com o Carlitão que estacionou seu carro em 30/10/09.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

SONO

Pois é.
A corrida que fechou a F1 2009 foi no fim do mundo. Horário mais ou menos para nós. Onze horas.
Lá um tremendo mico. Como cansou de falar o bueno nosso de cada dia, uma pista cheia de encantos no tal do entorno (seria como o entorno das mulatas de escola de samba. Muito entorno e nada de cérebro.....) e uma pista tipo sonífera ilha.
A corrida uma merda.
Enfim um grand finale que lembrou circo furelo. Um monte de turbante, uns mané (ou manézes) na pista e nada de emoção.
Para piorar um fim de dia, por do sol igual ao de milhões de anos (parece que aqueles logo após Krakatoa foram bem melhores) e um lusco fusco que não acrescenta nada a não ser uma consulta ao oftamologista.
Final de campeonato para ser esquecido....

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

TELHADO

Pilotos e equipes.
Rubim subiu no telhado. Elogiou a Williams. Disse que não depende do butão para resolver a vida. Só faltava. Ele está fora da bráu desde que entrou, se é que me entendem. Pelo menos a Williams diz que vai anunciar os pilotos segunda-feira. Mal posso esperar...
Naka disse que nada feito até agora para o ano que vem. Nakaquem?
Legal o Koba ter mais uma chance. Deram um crock no glock e ele continua dodói.
E, por aí vai.
Hoje, num desses treinos que só servem para a gente matar saudade dos feiosos carros atuais, kovaslá deu o ar da graça, mas é tarde demais. Penso que vai se aposentar da F1 com vinte e poucos anos.
Por enquanto é isso.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

ENGRAÇADINHA

A F1 tem seu lado engraçadinha quando todos negam o óbvio. Algumas vezes é caso de se negar mesmo. Mas, lendo as notícias morro de rir quando dizem que o Rosberg sai da Williams mas não sabe para onde vai. O rubim, até o Free Willi já disse, vai para o lugar do Rosberg. Mas, tudo é negado até sob tortura. A McLaren vai contratar um alemão. Aí, já podemos imaginar: ou o Sutil ou o Heidfield. Só para andar atrás do Hamilton que não quer ninguém fazendo sombra. Já chegou a prima dona. Pobre do Raikonem...
Ah, tem a última corrida lá onde o judas perdeu o turbante.
Por fim, leio que o Loucas do Montedemelão disse que a Ferrari não vai intervir na gestão do duende vermelho. Nem vai precisar. O filho do duende vermelho gerencia a carreira do massa. Adivinha qual equipe vai continuar sendo a queridinha?

domingo, 25 de outubro de 2009

TUBES

Para vocês terem idéia da porcaria dos tubes que infestam a internet quando comparados com a nossa memória. Sempre falei para o Renato que o GP de Las Vegas era disputado num estacionamento de hotel cassino (verdade) num traçado delineado por muros de concreto que massacravam os pilotos e, dentre outras coisas, fazendo com que respirassem o escapamento dos carros, uma vez que não havia dispersão suficiente da descarga dos motores. Fora a falta de referência devido ao "túnel" feito de concreto. Hoje não resisti à tentação de buscar alguma coisa de F1 nos tubes da vida e descobri esse videozinho sobre o GP de 1981, com a narraçao "do lá de lá" do Luciano do Valle. Tentarei colocar o link. Se não conseguir o Renato vai fazer o favor de arrumar (afinal ele é o gerente do blog).
Só para dizer que na minha memória o circuito era muito mais travado e estreito. Vendo o vídeo ele é muito melhor que Mônaco (por ex.).
Mas, havia mesmo, na imprensa, essas histórias de ar sufocante e gente vomitando dentro do carro. Sei lá.
Só sei que tenho essa relação de amor e ódio com os tubes.
Lá vai o link. Se não funcionar entrem no youtube e busquem algo como "GP las vegas 1981" que é o que fiz: youtube.com/watch?v=FJ4fBSMaZvk

ATUALIZANDO: O "gerente" coloca aqui o vídeo:


sábado, 24 de outubro de 2009

PAPI PIQUET

Piquet (o pai) tem problemas com o Senna (não o rio lá em Paris mas o piloto brasileiro).
Senna surgiu na era Piquet.
O piloto ranzinza dominava a F1 com seu jeitão nervoso de ser. Pilotava como ninguém e ainda por cima tirava um sarro do Prost (ituto).
Eu preferia o Piquet e vibrei muito com a ultrapassagem dele no Senna em Hungria (ia escrever o nome do circuito mas estou com preguiça de procurar a grafia certa), não sei em que ano (preguiça).
Mas, o Senna com seu ar de menor abandonado e o talento obstinado conquistou a todos. Inclusive eu.
Mas, não conquistou o Piquet que vive dando bordoada no coitado.
Agora, veio com uma desculpa abominável dizendo que o fi dele não fez pior que o Senna que andou batendo nos outros para ganhar campeonato.
Como dizem os paulistanos "Ôrra, meu".
Nada a ver.
Primeiro: a batida do piquetezinho desembocou numa chantagem que não deu certo para 2010. Não tem outra explicação a merda no ventilador tanto tempo depois. Não tem nada com decisões de campeonato. Pelo contrário.
Segundo: Senna não era santo. Era um sujeito amalucado que não se conformava em andar atrás. É só relembar a batida dele no Mansell em (pera aí que vou ter que espantar a preguiça)em 1992 na Austrália. Ele percebeu que não pegaria o Mansell, que pilotava um carro melhor, e, resolveu não freiou antes da curva que dava na reta de chegada. Foi visível a intenção de tirar do Mansell uma vitória fácil.
Terceiro: Papi Piquet deveria ficar quieto no canto dele.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

PERDEMOS

João Toldo, o famoso duende vermelho, foi eleito para o lugar do tarado do mochiloslei.
Agora é que a F1 vai conhecer falcatruas de monte. O britadore perde.
Por isso, já prevendo a vitória do dito, o Schumacher (Dick Vigarista) andou dizendo que estava arrependido de ter parado.
Agora, com o amigão no comando de toda a F1 vai poder voltar e ganhar corridas por decreto.
Perdemos uma ótima oportunidade de livar a F1 desses parasitas sujos....
Ou anão de jardim com más intenções.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

O CLUBE

Mais uma do “seu” Homero.
Como já falei o único interesse dele em relação à F1 era me atazanar perguntando o tempo todo se o “Fintinpaldi quebrou”. Outra característica do meu pai era o lado, como dizem os jovens de hoje, “sem noção”. Nos morávamos na zona norte de São Paulo. Pois ele cismou em arrumar um clube para o deleite da família lá onde o Judas perdeu o calção. Sinceramente não sei o nome do bairro. Sei que era às margens da represa Billings, na zona sul. Pertinho, pertinho. Para chegar lá era preciso pegar a famosa via Anchieta. Além da distancia havia o problema da churrasqueira. É que para garantir a carne queimada e a cerveja quente o sujeito era obrigado a estar no clube na primeira hora, ou seja, por volta das nove horas da manhã, para poder entrar na briga por uma churrasqueira. Muitas vezes era preciso sentar, literalmente, na dita cuja. Então era assim. Saíamos, ainda de madrugada de domingo, lá da zona norte, íamos pela Anchieta e seus belos congestionamentos até a Billings. Imaginem o tempo gasto. Não havia a Imigrantes e toda São Paulo queria “descer” para Santos no domingo. Mas, o drama era quando pegávamos a estradinha de terra para chegar ao tal clube. De duas uma: ou poeira ou lama. Meu pai não era nenhum “Fintinpaldi” e dirigia muito mal, apesar de nunca ter batido feio. Quando a estradinha estava coberta de lama a epopéia lembrava um rallye tresloucado de deixar o Ari Vatanem verde de inveja. Meu pai embicava a Brasília (que não era amarela) na estradinha, acelerava tudo o que tinha direito e o carro desembestava dançando feito cabrocha em escola de samba. Havia um trecho em subida que era o ponto alto da viagem maluca. Quem estava sonolento acordava de vez. O dia mais hilariante foi quando meu pai resolveu pegar embalo para conseguir subir a ladeira cheia de lama. Ele acelerou e a velha Brasília num esforço hercúleo chegou lá no alto e imediatamente começou a descer de traseira. Meu pai continuou acelerando e a Brasília descendo teimosamente ladeira abaixo. Os passageiros vendo a viola em cacos e minha mãe, claro, dando chilique. Hoje acho graça. Mas, na época queria matar o véio. Meu drama pessoal era o fato de irmos ao clube no domingão. E, alguns domingos significavam F1. É bom frisar que as famílias antigas lembravam muito um quartel do exército. O pai era o general e o resto era recruta. No sábado o “seu” Homero passava a ordem do dia para o domingo e aos recos só restava baixar a cabeça. Pois tentei uma rebelião num sábado véspera da corrida em Mônaco de 1972. Pensei até em simular uma doença qualquer, mas correria o risco de passar o domingo num hospital sem TV. Criei coragem e pedi para não ir ao clube. Argumentei que era longe, eu não estava a fim, tinha a corrida, seria um peso a menos no carro e etc. Só não chorei porque homem não chora (sou das antigas). Se bem que choro em alguns filmes por aí, mas é outra história. Para resumir, fui ao clube. Naquela época, em 1972 não havia como gravar programas da TV como hoje. Não havia reprise de corridas realizadas no exterior. Portanto, só quando voltamos da tragédia grega dominical é que soube que o Emerson havia feito uma corrida memorável em Monte Carlo conquistando, depois de “acompanhar” o Regazzoni num passeio extra pista, um terceiro lugar memorável na única vitória de Jean Pierre Beltoise na F1..
Hoje, nós temos vários recursos para assistir o que perdemos ao vivo. Desde a gravação caseira até a maldita Internet e seus tubes. Já falei para o Renato que, assistindo as velhas corridas da F1, eu constato que, nas minhas memórias, elas eram mais fantásticas e disputadas que a realidade. Prefiro as memórias. Além do que, se existissem esses recursos em 1972 eu poderia gravar a corrida e passar ao largo desses traumas que o “seu” Homero me proporcionou. E, hoje não teria nada para contar.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Custe o Que Custar

O programa CQC é bem engraçado. Verdade, sem ironia. Mas desperdiçaram uns 15 minutos hoje para zoar o Barrichello. Eu já tinha visto a perguta do Danilo Gentili na coletiva da Bridgestone, pois ela circulou pelos meios jornalísticos especializados em automobilismo ao longo da semana.
Esse mesmo Danilo Gentili esteve na Peruada, na última sexta-feira. Felizmente, minha saudação não foi um aplauso. Se não me engano, pedi que ele fosse tomar ... uma lata de cerveja num copo.
Sim, eu levo para o lado pessoal.

ATUALIZAÇÃO: Em certa medida, blogueiro oficial tem razão ao atribuir a culpa pela zoação à TV Globo. Talvez ele exagere um pouco, mas vale a pena dar uma olhada aqui.

PARA INGLÊS VER

Li em algum lugar e comentei lá.
Transporto para cá (rimou).
Equipe inglesa,dono inglês, piloto inglês, patrocinador inglês....
Alguém parou para pensar?
Rubim, com cara de morador da Moóca, queria o quê?
Tá bom demais.

Torcedores

O Sr. Luiz sempre comenta dos torcedores de futebol que se disfarçam de torcedores de Fórmula-1 aqui no Brasil - digo aqui no Brasil, pois não sei como é em outros lugares.
A primeira vez que fui a Interlagos ver F-1 pensei que iria encontrar um público "diferenciado", quer dizer, pessoas que realmente entendessem de automobilismo e que estivessem ali por gostar do esporte. Não é bem assim. A maioria não sabe nem quantas rodas tem o carro e, de fato, não dá para saber por quê gastam tanto dinheiro no ingresso. Bom, se é que gastam, pois às vezes tenho a impressão que só psicopatas como eu e meu pai é que pagamos (quer dizer, meu pai paga).
O vídeo abaixo é uma boa amostra do que se encontra. Vejam e comentem. Eu paro de comentar por aqui para não ser rude.




Amanhã escrevo mais sobre a corrida e o título de Jenson Button.

domingo, 18 de outubro de 2009

É esse aí que é o home


Ross Brawn é o home. A equipe Honda representava para a Fórmula-1 apenas um projeto frustrado com alguma tentativa de demonstrar consciência ecológica. Abandonaram o barco; Ross Brawn serviu-se de um bote salva-vidas e da grana deixada pelos japoneses, pintou os bólidos de branco e um amarelo duvidoso, botou seu nome na reta e pronto: campeão mundial de pilotos e construtores na temporada de estréia. Fantástico.
A equipe trabalhou na pré-temporada, mesmo sem saber se iriam ou não correr. E quando, na abertura da temporada, os carros brancos sem patrocínio fizeram dobradinha, foi realmente um momento muito bonito da Fórmula-1.
Agora, o ciclo se completa: Button campeão, Brawn campeã. Ao que tudo indica, vem Nico Rosberg, com a Mercedes por trás, rivalizar com Jenson. Uma dupla de pilotos que me parece forte.
Mas com a temporada 2010 vem também a pressão: manter o ritmo passa a ser obrigação, patrocínios não serão mero luxo, e os carros provavelmente não serão só brancos.
De todo modo, foi interessantíssimo ver um sujeito botar seu nome no carro, o carro na pista e vencer com os dois pilotos usando macacões sem estampas. Deu para sentir o gostinho de uma Fórmula-1 de outros tempos.

(Fonte da foto: Globo.com)

Austrália no topo


Mark Webber conquistou hoje em Interlagos sua segunda vitória na carreira e na temporada de 2009. Aliás, temporada essa que vai ficar marcada pelos ressurgimentos que proporcionou: Barrichello, da aposentadoria à briga pelo título; o próprio Button já estava esquecido até pelos compatriotas ingleses, após a aparição fantástica de Lewis Hamilton; e Webber, que no começo do ano teve um terrível acidente em uma prova de triatlo, em que fraturou ambas as penas e alguns outros ossos por aí, quase não treinou na pré-temporada e, ainda, teve que lidar dentro da equipe com a estrela ascendente e novo queridinho da Fórmula-1, Sebastian Vettel.
Webber está, por enquanto, com uma vitória a menos que Vettel. Acho que um dos dois tende a vencer em Abu Dhabi. Mas vai saber. Quando fiz meus prognósticos sobre o GP do Brasil, acabei errando quase tudo. Então, é melhor deixar previsões para a mãe Dinah.
Webber fez uma corrida consistente do começo ao fim, não deixou Barrichello disparar no começo, mesmo com carro mais pesado. Depois do primeiro pit-stop, foi só controlar e não fazer nenhuma bobagem.
Destaque também para a corrida de Robert Kubica, arrancando um importante segundo lugar, com um carro sabidamente abaixo da média.
Também Lewis Hamilton que, ao ultrapassar Barrichello, garantiu seu primeiro pódio em Interlagos.

(Fonte da foto: markwebber.com)

FRUSTRAÇÃO

Deu no que deu.
Não adianta falar sobre a corrida porque um campeonato, como diria o filósofo, é construído ao longo de todas as 'centas corridas.
Butão foi fera quando precisou ser e mereceu ser campeão. Essa é uma das verdades.
Que a equipe bráu foi ferrari com o rubim é outra verdade.
O que sobra?
Na minha opinião o rubim é um cara especial.
Sim, é aquele chato, que muitas vezes fala coisas que não deveria falar.
Mas, é um eterno batalhador. Nesta altura do campeonato, tido como aposentado, escorraçado pelos torcedores de futebol que infestam a torcida de F1 no Brasil, encontrou forças para levar a luta até Interlagos. Imaginem a sua frustração porque fez tudo certinho e o carro, mais uma vez, falou na hora "H".
Ele dever ir para a Williams e ser primeiro piloto a primeira vez na vida! Numa dessas.....

PESO

13:13 do horário de verão (que eu detesto).
Rubim é o mais magrim do grid.
Interessante porque mostra a intenção psicológica de largar na pole.
Faz parte. O Butão diz que a decisão não sai no Brasil-sil. Mas, está torcendo para o rubim estampe o muro.
Vamos ver no que dá.
Em tempo: e sobre o tempo. Totalmente diferente de ontem. Isso quer dizer que o bicho pega, uma vez que os carros terão desempenho diferente com a pista seca e quente.

sábado, 17 de outubro de 2009

EMERSÃO

O locutor oficial da F1, pela globo, informou que estamos comemorando duzentos e tantos anos do bicampeonato do Emersão Fintinpaldi (como diria o véio Mero). Já comentei sobre ele e o Renato postou uma linda homenagem ao “rato” feita pelo não menos fabuloso George Harrinson (aquele dos britos).
Eu queria completar dizendo que antes dele nós, os amantes do automobilismo aqui da terra brasilis não tínhamos um parâmetro de pilotos da F1.Hoje nós falamos do Piquet, do Senna, de tantos outros. Mas, como o próprio Piquet já frisou, o caminho foi aberto pelo Emersão. Antes dele nossa vida na F1 era uma página a ser escrita. E, ele iniciou nossa história de maneira gloriosa. Não tinha para ninguém. Tá certo que tenho algumas ressalvas. Mas, ele mostrou e chacoalhou inúmeras vezes. Valeu Emersão. Longa vida ao rei.
Uma das minhas ressalvas: a decisão de jogar a carreira no lixo por uma equipe dita brasileira. Ele nunca vai admitir, mas, que foi uma tremenda mancada foi.
Depois eu comento sobre isso.

UHÚ!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Por enquanto é "nóis" na fita.
A cara do Rose Bráu quando o rubim vinha que vinha diz tudo
Ele está fora da Bráu.
Mas, está dentro da F1.
muito bom. Valeu esperar e ficar sem as amarelinhas. Já tô no pretim. Café.
É mole?????
Depois eu volto....

SUTIL

Na hora do "vamo vê" mostraram o sutil nada sutil.
O bueno que vinha bem ignorou.
Mas, até agora funcionou a dança da chuva. O Butão tá fora. O Rubim tá dentro.
Vamos aos finalmente. Aliás, para informação geral, sem latinhas amarelas.
Saco!

O CIRCO

Treino parado.15:35.
Permito uma reflexão.
Eu sempre ouvi falar no circo da F1. Desde os anos 70 sempre ouvi ou li sobre o circo da F1.
Lógico que pela mobilidade,em comparação ao circo tradicional, a F1 que hoje se apresenta de de circuito em ciruito lembra um pouco o pessoal do circo que todos nós conhecemos de nossa infância. Hoje em dia a F1 é só glamour. Já comparei a F1 a uma, digamos, limpeza que nada lembra uma oficina mecânica. Tendo em vista que a F1 começou de maneira gloriosa e artesanal. Coisa de doidos criando carros fantásticos em fundo de quintal (amém, Colin Chapman).
Aqui da varanda de meu apartamento em Ribeirão Preto vejo a montagem (em fotos) de um circo. Nada do glamour da F1. Gente, no fundo, sofrida, que de cidade em cidade vai sobrevivendo mostrando sua arte. Este circo é diferenciado porque tem como dono, ou gerente, um ator global. Marcos Frota. Desde que o conheço ele sempre se identificou como "de circo".
Por isso, minha comparação, homenagem e reconhecimento. Não me incomoda nada o som que vem lá do circo do Marcos. Não é o som de um motor oito cilindros cheio de Viagra. Mesmo considerando o momento em que toca o hino do "curíntias" (toc, toc). É o som de quem exerce uma arte que resiste ao mundão moderno e sua maldita internet.
Amém, Marcão.
Lá vai, se eu conseguir, uma foto da minha sacada tendo ao fundo o circo que não é da F1 mas merece, talvez até mais, nosso reconhecimento.


STOCK

São 15:02.
Graças ao Tony Luizi (sei lá se é assim que se escreve) o treino parou de vez.
Mano, as latinhas estão acabando....
O pessoal de apoio aqui de casa está reclamando da festa etílica em que se transformou o treino.
Não sei se perco o resto do treino indo para o mercado para comprar mais combustível ou se fico e assisto o restante no seco, apesar do treino ser no molhado (ruim esta!)

RAPÁ!!!!

Virgem santa!
Treino com dilúvio dá nisso!
Tião Vetor fora logo de saída. Eu apostava nele como aquele que iria levar o trófeu bosta para casa. Ficou difícil.
Meu amigo Lewiz (com "z") também fora. Com direito a cortar grama. Ganhou do Granja.
A coisa está esquisita. Vamos abrir outra latinha...
Ah, imaginem que se o Noé tivesse uma equipe de F1. Seus famosos carros em forma de arca, com patrocínio divino, levaria tudo em corrida disputada na chuva. Aliás, como o Noé tem o celular do home todas as corridas seriam debaixo de dilúvio.
Voltemos ao treino.

IH! ACERTEI

São 14:16 do treino oficial.
Chove para carai.
Eu adoro chuva. Mas, imaginem um véio ranzinza, pagando os tubos para, além de tudo, ficar molhado até os ossos.
Portanto, estou aqui em casa, em frente ao computer, vendo os treinos (parados neste momento), tomando uma cervejinha e morrendo de rir.
Ah, o Renato não foi no treino de sexta. Mas, compensou indo numa tal de peruada (reunião de peruas?)
Foi tão bom que perdeu o celular.
Eh, eh.
Pera aí que o treino voltou......

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

TÁ CHEGANDO!

O brasil que vive a F1 está fervendo com a chegada da corrida em Interlagos.
Neste ano resolvi que não iríamos gastar os tubos e ser tratado como quarto mundo. Nada de ficar com a bunda quadrada por sentar horas a fio. Nada de banheiros imundos. Nada de agüentar sulista babaca. E etc. Só se ganhássemos os ingressos. Como até agora não houve Papai Noel adiantado...
Desconfio que o Renato vai dar as caras amanhã, sexta 16, nos treinos. Como no ano passado.
Vale a pena porque o ingresso é barato e quase ninguém vai. E, temos dois treinos para agradar a torcida.
O resto é aquela lenga-lenga tradicional. O rubim dizendo que tem chance. Se ganhar o campeonato até eu (que sou fã do rubim chatim) vou ter que dar a mão à palmatória. A prima dona do Alonso dando uma de Lula e dizendo que nada sabia. Duvide-o-dó. Lembra o Dick Vigarista.
Ninguém sabe para onde vai. Só nós sabemos. Os pilotos fingem que não sabem a gente finge que não sabe e quando vem o anúncio do óbvio todo mundo fica com cara de “oh!!!!”.
Ridículo.
Para finalizar: se alguém perguntar penso que o Tião Vetor leva o troféu (com formato de bosta?) para casa.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

RUBIM BOBIM

Certamente o rubim tem assessoria de imprensa. Certamente sua assessoria também é corintiana. Porque só pode ser essa a explicação para a nova “bobice” do rubim. Ficar desfilando com aquele pano de chão.
Será que ele pretende fazer dupla de área com o ronalducho?
Porque desfilar pela Gaviões no carnaval nem pensar. Aquela sambadinha é coisa de retardado.
São os mistérios da F1 quando encontra o futebol. No caso é pururuca e não pororoca.
Se bem que pururuca é coisa de “parmerense”.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

EQUIPES

Engraçada a guerra por patrocínio. O público de maneira geral quase nunca sabe o que ocorre nos bastidores. Mas, vejam as notícias: Ferrari apóia o 14º time e a Williams (que foi ridiculamente ofendida pela Ferrari tempos atrás) diz que não aceita. A equipe seria um genérico da Sauber. Portanto, a Ferrari enxerga na nova velha equipe uma aliada porque fornecia motores para a antiga Sauber. Já para Williams o interesse é mais embaixo. O bolso. A antiga patrocinadora da Sauber estaria em negociações com eles. Então, por dinheiro, não querem a nova velha assombrando nas pistas. E, assim vai. Enquanto isso fico pensando: seria a 14ª equipe, e seriam 28 carros no grid. É isso? Pois então. Lotar o grid de carros, como antigamente não parece ser uma boa solução. As corridas não ganham com tartarugas tentando acompanhar as lebres. A não ser para juntar mais cacos naquelas batidas homéricas na largada.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

PENÚLTIMAS

Kubica na Renault.
Pobrezinho. Espero que ganhe bastante dinheiro para compensar a besteira que fez em ir para uma equipe desacreditada e que merecia uma punição exemplar.
Massinha fingindo que volta este ano. Se voltar vai dar vexame. Não tem condições de andar na frente do Raikonem pelo tempo em que ficou parado. E, o Raikonem já disse adeus.
Ademais, o João Carlos vai permanecer na equipe como piloto de testes. Deixa o sujeito se divertir um pouco....
Enfim, um comentário digno da cozinha em dia de festa no apartamento, onde a gente passa a maior parte do tempo comendo salgadinho frio e bebendo cerveja gelada: já repararam que o Rose Bráu ( o home e não o carro) sempre está com cara de quem bebeu todas?
Se encostar num poste dorme....

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

FAÇAM SUAS APOSTAS

O que penso sobre a reta final (quase na linha de chegada) da F1.
O butão será campeão porque resolveu fazer a coisa certa. Fica com o rubim na mira só "secando" a estrela que (segundo a maloqueira da Hortência)ele (rubim) tem na bunda. Mesmo que a "secada" não funcione e o rubim consiga chegar na frente nas corridas que faltam o Jason levará a bagaça para casa pela escolha certa de se correr nesta altura do campeonato.
O rubim tem que mandar ver. Vai morrer na praia de qualquer jeito. Lá no início do campeonato deveria ter falado menos e corrido mais (essa é a verdade). A equipe jogou merda no seu parabrisa (ou pára-brisa, sei lá), mas ele não se ajuda. Nem o bueno aguenta mais tanta abobrinha. Então, se o Vetor vai passar por ele dando tchauzinho ninguém sabe. Lembrem-se que a sopa de letras (STR, RBR, BRM...?) anda sem motor, e freios, para fazer graça.
Mais ou menos isso.

domingo, 4 de outubro de 2009

As voltas da história





















Dá ver alguma semelhança? Ah, eu acho que dá...

(Fontes das fotos: Globo.com e Total Poster)

Acaba em... Abu Dabi?

Com um breve lançar de olhos sobre o desempenho de carros e pilotos na corrida de hoje, pode-se notar que algo interessante pode acontecer com o campeonato nas duas últimas provas.
Os carros da Brawn não têm ritmo para andar na frente - pelo menos foi assim em Cingapura e Japão - e, continuando assim em Interlagos e Abu Dabi, Barrichello tende a perder o vice-campeonato para Vettel, que voou hoje. Quer dizer, aquele que tem sido apontado como o principal rival do inglês na briga pelo título pode até perder o segundo lugar.
É interessante que, se as coisas caminharem em São Paulo como caminharam em Suzuka, pode ser que o título chegue ainda em aberto a Abu Dabi, mas com Barrichello fora da disputa; Vettel pode vir a ser o adversário de Button na corrida final.
São apenas suposições, mas é o que os rendimentos dos carros têm demonstrado.
Na verdade, a minha torcida é para que Rubens possa vencer em casa, depois de tantos anos tentando. Ainda que Button consiga encerrar a disputa pelo título por aqui, uma vitória de Barrichello seria muito bonita para a torcida. Mas, infelizmente, não é essa a tendência. Tomara que eu esteja enganado.

Um passo para o paraíso


Com o resultado do GP do Japão, Jenson Button está muito perto do título. Ou melhor, muito perto ele já estava desde o GP da Turquia, quando ganhou sua sexta corrida na temporada. Agora, é só questão de confirmar matematicamente, o que pode acontecer no próxima corrida, no Brasil.
Mas o vencedor do dia foi Sebastian Vettel. Corrida perfeita, sem nenhum erro e andando muito, muito rápido, sem qualquer chance para ninguém. Tanto que nem mesmo um pequeno atraso em seu pit stop foi uma ameaça a sua vitória.
Vettel é genial, mas ainda muito inconstante. Quando começar a emendar bons resultados, estará pronto para ser campeão e, aí, ninguém segura mais. Sim, pode ser campeão ainda este ano, mas está bem difícil. Lembrando que ele só tem 22 anos...
Trulli foi fantástico, conseguindo um excelente segundo lugar "em casa" para a Toyota. Glock também havia ido muito bem em Cingapura, chegando também em segundo. O time japonês, de repente, passou a ser competitivo.
Hamilton ficou em terceiro, mais uma vez colocando a McLaren no pelotão da frente, apagando, definitivamente, a má fase do começo da temporada.
E Rubens Barrichello? Bom, para mim, qualquer chance de título, que já era pequena, foi para o espaço em Cingapura, quando Button marcou um ponto a mais que o brasileiro, terminando a ótima série de Rubens chegando a frente de Jenson.
O sétimo lugar de hoje foi o que deu para fazer. Barrichello perdeu muito ritmo após o primeiro pit stop, e não foi possível detectar qual a razão. Problema no carro? Problema de pneus? Mesmo depois, com o combustível mais baixo e pneus moles, não houve significativa melhora. De todo modo, foi importante chegar a frente de Button.
O inglês, aliás, fez uma boa corrida, com uma bela ultrapassagem sobre Robert Kubica e um ritmo consistente para chegar a ameaçar Barrichello pela sétima posição. Digo, ritmo consistente, considerando um carro mediano. Ainda contou com a sorte de o afobado Sutil ter encontrado Kovalainen no caminho, abrindo caminho para Jenson pular do décimo para o oitavo lugar, com pista limpa para fazer bons tempos antes do primeiro pit stop.
No mais, destaque para o bom final de semana de Heidfeld - com Kubica de malas prontas, só dá Alemanha dentro da BMW -, de Rosberg, com uma corrida interessante para chegar em quinto, e para o, por hora desempregado, Kimi Raikkönen, quarto colocado e ainda ameaçando Mark Webber pela quarta colocação no mundial, apenas 6,5 pontos atrás do australiano.

(Fonte da foto: National Post)

sábado, 3 de outubro de 2009

PESOS

Vendo os pesos dos carros e, mesmo a considerar a maluquice que foram os treinos, Vettel é o cara.
De interessante, a gordura do Kubiquinho e do Rosbife. Podem aprontar alguma.
Para encerrar a passagem do Raikonem pela Ferrari deixou um gosto de "quero mais". Ele é muito bom, quase tão bom quanto o Dick II - A Missão mas, não conseguiu render tudo o que podia em função desta merda vermelha que é a administração ferrarista. Nisto eles se equiparam à Renault dos tempos britadores: gostam de moer carne.
Esquecem que o melhor da F1 é a curtição dentro das pistas.
Coisas do futebol.
Espero que o Kimi continue na F1 com um bom carro para que a gente continue admirando a maneira raikoneana de gerir as corridas: pé embaixo e banana para o resto

AMARELO

Neste fim de semana assisto ao GP do zapón sozinho. Portanto, os xingamentos são por telepatia, mas os gestos......
Enfim, o primeiro treino oficial foi um festival de amarelas e vermelhas. Todo mundo procurando emprego e pisando no da direita como nunca pisaram no ano inteiro. Resultado: porradas. Como sou adepto da teoria da conspiração, sempre lembro ao meu "patrão" aqui do blog que os pilotos não aceleram tudo o que podem (principalmente nos treinos) porque não há mais aquelas estampadas de muro como antigamente.
Mas, este seria um tema para outro post.
O que eu queria dizer que me solidarizo com o bueno chato quando ele se diz arrepiado com as bráu que só foram para a pista nos últimos suspiros.
Pois deu no que deu. Quando eu vi o rubim desviando das cacas deixadas por algum carro (o que aliás foi ignorado pelo bueno que só comentou a caca quando o leme deu a dica)fiquei "telepatiando" uns palavrões que não vou reproduzir aqui.
Era evidente que as punições por não tirar o pé em bandeira amarela viriam. Pelo menos foram para os dois da bráu. Outros foram punidos e o GP lá no zapon promete não dar sono.
Lembrando que os meninos foram punidos porque não correm de Ferrari.
O Dick Vigarista já fez tempo com bandeira amarela e fizeram o diabo para não puni-lo.
Coisas do futebol......
Depois eu volto.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

A Trinca

E a Prima Donna Fernando Alonso foi finalmente anunciado na Ferrari! Depois de muita especulação, os rumores foram confirmados e o asturiano vai vestir vermelho pelos próximos anos, no lugar de Kimi Raikkönen.
Vai ser interessante ver ele e Massa disputando dentro da mesma equipe. Se tiverem um tratamento razoavelmente igualitário, o circo tende a pegar fogo.
Massa tem prestígio na Ferrari; Alonso foi contratado a peso de ouro e traz consigo muito gente competente e de sua confiança. É esperar para ver.
A Prima Donna é um piloto forte dentro e fora das pistas, assim como era Michael Schumacher. Alonso, todavia, tende a ter uma vantagem: na época de Schumacher, o doende vermelho Jean Todt mandava só na Ferrari; nos tempos de Alonso, a tendência é que ele passe a mandar em toda a FIA. Se o francês dando ordens aos homens de Maranello fez a trinca Schumacher-Ferrari-Todt destruir toda a concorrência, imagine agora, mandando em toda Fórmula-1, o que a trinca Alonso-Ferrari-Todt não vai conseguir fazer?
Sim, estou sarcasticamente insinuando que coisas obscuras aconteceram (e acontecerão).

Parada definitiva

(Uma imagem vale mais que mil palavras?)

Nossa, vocês viram que o Briatore foi excluído de qualquer categoria da FIA? Pois é, o blog está mais atrasado que o Badoer, mas essa não pode passar em branco.
Briatore foi excluído e ainda não sei o que acho disso. Só sei que a pena para Pat Symonds deveria ter sido igual: os dois suspensos por 5 anos, ou os dois excluídos. Também não me agradou muito a imunidade dada a Nelsinho e muito menos o fato de a vitória não ter ficado com Nico Rosberg.
Com relação a Symonds, enquanto escrevo tenho em mãos uma revista F1Racing de agosto de 2007 em que o engenheiro desmente alegações de irregularidades no carro Benetton de 1994 e 1995. Quer dizer, ele trabalhou com Briatore em outros episódios suspeitos e, ao contrário do italiano, que é um comerciante que abriu uma lojinha na Fórmula-1, Symonds tem conhecimentos técnicos do esporte, uma longa carreira dentro das garagens e, por isso mesmo, deveria estar mais ciente da bobagem que estava fazendo.
E o Piquetzão falou que prefere perder a ter que trapacear. Gozado, mas eu me lembro de um carro Brabham com reservatórios de água enchidos na hora da pesagem e esvaziados na hora de correr, para que ficassem mais leves. Questão de interpretação de regulamento? Pode ser.
Mas gasolina adulterada, utilizada pelo tricampeão - e ele mesmo confirma - é trapaça. Gosto muito do Piquetzão, mas essa acho que não colou.
Pior de tudo é o Piquetzinho, que ajudou na maracutaia - sabe-se lá sob que condições - e não levou um troféu sequer para casa depois disso.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

SUPETÃO

Assim de supetão: o piquetezinho só corre de F1 se comprar uma equipe. Tem mais. Qualquer coisa que faça na pista vai ser colocada em dúvida. Em qualquer categoria.
Outra. Passaram a mão na cabecinha da Renault. Tipo, mamãe falando "ó fi. Da próxima vez vou te colocar de castigo."
Já assisti este filme.

domingo, 20 de setembro de 2009

Uma parada

Se invés de um blog eu escrevesse uma revista, provavelmente só agora estaríamos chegando aos comentários sobre o GP de Monza. Então, vamos fingir que ainda não operou a preclusão temporal.
De todo modo, comentar a corrida em si, depois de tanto tempo, não faz mais sentido. Já se viu e leu tudo a respeito. Apenas ressalto que me surpreendi com a tática de apenas uma parada dar certo. A corrida em Monza é muito rápida, a volta em si é muito rápida, então normalmente não vale a pena andar com o carro mais pesado, já que não se perde tanto tempo em paradas de box. Basta lembrar do Raikkönen em 2007, que terminou a corrida tomando um segundo das McLarens de Hamilton e Alonso. No entanto, com um ritmo de corrida alucinante, os carros da Brawn fizeram a estratégia funcionar, e Barrichello garantiu seu terceiro triunfo em solo italiano.
Gostaria, ainda, de chamar atenção para o seguinte: eu sempre fui defensor de Barrichello enquanto piloto, e sempre tive grandes tormentos por conta disso. Contudo, após a vitória de Monza, sinto-me escusado de fazer qualquer comentário elogioso sobre o piloto brasileiro; o blogueiro oficial Flávio Gomes já o fez, em vídeo e texto. O mais interessante é que o blogueiro oficial não costuma tecer grandes elogios a Rubens, aliás, muito pelo contrário.
Se perguntam se valeu a pena ficar mais um ano, eis a resposta. Peço desculpas por não colocar o vídeo aqui no blog, mas a TViG não oferece mecanismo de incorporação.
Outra coisa interessante: por ironia do destino, Barrichello fará uma participação no programa global Casseta e Planeta Urgente!, nas próxima terça-feira. A vida é ingrata: eu parei de assistir a tal programa em 2000, justamente por causa das piadinhas de gosto duvidoso com Barrichello. Agora, o próprio vai estar lá... o mundo gira.

DANÇA DAS CADEIRAS

A boataria, que em se tratando de F1, acaba por concretizar-se já começou.
A Prima Dona Alonso na Ferrari (algo que de tão certo já apodreceu). Raikonem de volta à Mclaren (te cuida Hamilton!!!). O problema é o Rosberg (o Nico) na Bráu. Exigência da dona mercedes. Parece que um dos dois que disputam o título vai dançar.
Duas coisas: pelo jeitão do butão já avisaram a ele que precisa arrumar casa nova.
E, alguém falou em competência dentro das pistas?
Não. No caso o que vale é a equipe de logística, se é que me entendem.....

sábado, 19 de setembro de 2009

RAPIDINHA

Sempre achei o Eddie Irvine um idiota completo. Um sujeito com aparência de piloto desfilando com um macacão pelos boxes.
Hoje leio uma declaração dele no site "warm up" dizendo que a F-1 sempre foi uma guerra e que "na guerra, tudo é justo".
Portanto, ele não é aparentemente um idiota. É um idiota.

TEORIA DA APARÊNCIA

Vivemos num mundo de aparências. Acredito que somos, desde o nascimento, induzidos a acreditar que toda nossa vida deve seguir um determinado padrão e, quando algo sai deste padrão, queremos acreditar que aquele que se esforçou para a volta ao “status quo” tenha agido imbuído da mais honrosa honestidade.
Temos receio que esse desvio do padrão nos afete a ponto de desmoronar a crença inabalável na retidão das pessoas envolvidas no reparo do estremecimento dos pilares de nossas instituições.
Por isso, acreditamos que o Lula nada sabe, que o Collor nada sabia, que o FHC é um poço de honestidade, e que Brasília não seja sinônimo de podridão e devassidão humana. De minha parte, acredito no altruísmo dessa gente toda e em Papai Noel. Ele nunca me dá o presente pedido. Mas, é porque não sou um bom menino. Prometo melhorar.
Mas, é por esse sentimento que queremos acreditar que o piquetezinho seja um chapeuzinho vermelho em meio aos britadores maus. Queremos acreditar que os “home” tenham posto fim às falcatruas que de vez em quando vem à tona no mundo da F-1.
Mas, sabemos que algumas pessoas não se importam em roubar um troféu, ou que silenciem e não devolvam o que foi usurpado de alguém (a prima dona Alonso deveria devolver o troféu de primeiro colocado e pedir desculpas pelo que a equipe dele aprontou). Essas pessoas têm a seu favor a nossa crença absoluta na teoria da aparência. Até que chegue o dia em que um pai frustrado entregue o esquema todo porque ele acredita na aparência de piloto de seu filho.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

IH! ERREI

O título acima é inspirado no bordão do famoso Pedro, vulgo Paulinho, um sobrinho dos milhares que eu tenho. Quando ele acertava alguém, desprevenido evidentemente, com uma bola ou algo mais belicoso, dizia "ih, errei" como a explicar que não atirou para acertar mas sim para passar perto de sua vítima.
Pois eu passei o fim de semana dizendo que a estratégia da bráu iria dar em nada.
Acreditava que o Raikonem iria levar o trófeu em forma de bosta para casa.
Mas, "ih errei".
No fundo queria errar e ver o rubim levar mais uma. Deu no que deu.
Não me perguntem porque funcionou a estratégia (pneus que duraram o suficiente?) já que as trocas são rápidas em Monza e não parar duas vezes me pareceu uma estratégia tremendamente arriscada. Enfim, deu rubim e vamos torcer para que ele leve o campeonato para desespero dos torcedores de futebol que infestam a F-1.
Em tempo: hoje o Pedro é muito gente fina. Tem senso de humor e é sempre um prazer ouvir suas, digamos, erudições. E, é bom elogiá-lo porque tem patolas a serem respeitadas.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

MAMMA SUA!!!

Ando sumido por alguns probleminhas. Mas, de alguma maneira, ligeiramente chocado com o mundo da F-1.
Nada com relação ao caso piquetezinho e a batida proposital. Muito com a Force Índia.
O que catzo anda se passando no mundão estranho da F1?
O João Carlos Físico não ganhou em Spa porque já estava garantido na Ferrari e acompanhou o Raikonnem a corrida inteira, fingindo que ia tentar ultrapassar. Nem disfarçaram. Para ganhar bastava ficar uma volta a mais na pista na hora do reabastecimento. Enfim, meu ceticismo famoso já fez acender a luz amarela. Como diz a Dona Valéria: "é tudo arrumado". Eu sempre digo que os caras não arriscariam o pescocito em corridas arrumadas.
Daí, vem o piquetezinho estampar o muro de propósito.
Cáspite!
Só falta o rubim ser campeão....

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Uma boa notícia

O automobilismo brasileiro, como cediço, carece de categorias de base, principalmente após a extinção da Fórmula Renault, em 2006.
Hoje, contudo, foi anunciada a criação de uma nova categoria de monopostos, a Formula Future, com patrocínio da Fiat e o "apadrinhamento" de Felipe Massa.
Além dos monopostos, foi criado também o Trofeo Linea e um campeonato de motos, em um evento batizado de Racing Festival.
A organização ficará por conta da empresa da família Massa, a RM Racing.
Mais detalhes no Grande Prêmio.
Acho excelente a iniciativa e espero que "dê liga". O automobilismo nacional, realmente, precisava de uma categoria de monopostos. Além de que, juntar corridas de turismo, monopostos e motos em um mesmo evento é muito interessante.
A influência de Massa pode ser muito positiva, em vista de ser um dos principais nomes da Fórmula-1, da Ferrari e do atual automobilismo brasileiro. Seu envolvimento e o da Fiat dão um ar de que não é "só mais uma categoria", conferindo alguma credibilidade logo de saída.
Mais do que isso, é importante para que jovens pilotos ganhem quilometragem antes de tentarem a sorte na Europa. A categoria tem custos relativamente baixos (250 a 300 mil/ano), o que é, também, uma vantagem.
Ponto para a família Massa e para a Fiat, grandes nomes fazendo algo pelo automobilismo nacional.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

As largadas de Barrichello

Como se sabe, Barrichello ficou parado três vezes este ano na hora da largada, e não há uma explicação dele ou da equipe para tanto.
Contudo, Luciano Burti, amigo de Barrichello e comentarista da Globo, afirmou hoje no Globo Esporte que a equipe confirma que Rubens tem feito o procedimento correto de largada, e que há, na verdade, alguma coisa com o carro que precisa ser investigada.
No vídeo abaixo, Burti comenta o caso Renault/Nelsinho, o caso Barrichello/largada e a volta de Felipe Massa às corridas, que deve ficar, mesmo, para o próximo ano.
Ah, nós não vemos esse quadro do Burti porque ele não é transmitido para São Paulo e Minas Gerais.


Meu pai não é louco

Ano passado, durante o GP de Cingapura, logo após o acidente de Nelson Ângelo Piquet, meu pai disse que o acidente fora muito estranho e que, pela circunstância de colocar Fernando Alonso em uma posição privilegiada para vencer a prova, estava com cara de armação. Achei impossível, afinal havia sido uma estampada razoável. Como alguém pode se jogar no muro de propósito daquele jeito? Para mim, seria impossível.
Mas não é que a FIA está, realmente, investigando o acidente?
Bernnie Ecclestone concedeu uma entrevista ao jornal "The Times", afirmando que Briatore está muito irritado e chateado com toda essa história. Na verdade, o tom de tio Bernnie é de complacência com o italiano, o que pode já ser um prenúncio de que a investigação não vai dar em nada.
Ecclestone, ainda, afirma que Piquet é um jovem "muito nervoso" e dá a entender que tudo não passa de um devaneio do brasileiro.
Seja como for, um piloto parar na pista para ajudar outro ou a si mesmo não é uma novidade. O vídeo abaixo mostra uma situação intrigante. Faltando 9 voltas do fim das 500 milhas de Indianápolis de 1991, Rick Mears está liderando com a Penske e, em segundo lugar, está Michael Andretti, da Newman/Haas. Mears tem alguma vantagem para Andretti. Curiosamente, o companheiro de equipe de Michael, seu pai Mario Andretti, tem um suposto problema de motor, e pára seu carro na entrada dos boxes, provocando uma bandeira amarela que possibilitaria que seu filho alcançasse, novamente, o líder.
Conversas de rádio captadas levantaram indícios de que Mario havia parado propositadamente para favorecer seu filho Michael. Não há comprovação e eu não achei o áudio, mas, naquela época, o Andrettinho podia fazer de tudo...
Essa se deve à memória de meu genitor. A bandeira amarela está, aproximadamente, aos 45 segundos do vídeo.





Mais recentemente, ficou conhecido o episódio protagozinado por Michael Schumacher, também conhecido como Dick Vigarista ou Dick Schuchu, em que o fantástico alemão deliberadamente parou seu carro na curva Rascasse, em Mônaco, impedindo que outros, inclusive a Prima Donna Fernando Alonso pudessem melhorar seus tempos na qualificação, garantindo o alemão, assim, a sua pole-position.
O único que colocou em dúvida a vigarisse foi o blogueiro oficial Flávio Gomes, fã incondicional de Schumacher, que acha, inclusive, que a Ferrari deve desculpas ao aposentado, pois sem os erros da Scuderia, Schumacher teria sido campeão muito mais vezes...
O vídeo abaixo mostra que Schumacher vinha, realmente, pisando. Mas não houve erro, houve estacionamento do veículo.





Opiniões mais autorizadas que as minhas podem ser vistas aqui. Aliás, recomendo que se veja. Trulli, Keke e Nico Rosberg falam do episódio e demonstram não terem dúvidas quanto a ter sido um ato antidesportivo. Schumacher também faz sua defesa, afirmando que "está na F1 há muitos anos e que as pessoas deveriam saber melhor quem e o que ele é, após tantos anos". Pois é...
Há também a opinião de Flávio Briatore, dizendo que "essa é a maneira como a Ferrari lida com as coisas". Irônico o fato de que Briatore agora está do outro lado, sendo ele próprio investigado por uma possível maracutaia.
Esses precedentes não significam que houve gerenciamente da batida de Piquet no úlimo GP de Cingapura. Apenas mostram que não há nada novo nisso. Não seria surpreendente se as investigações apontassem que houve pilantragem. Agora, eu só espero que tenham batido Piquet no muro, por telemetria ou seja como for - eu sei que é proibida a telemetria de mão dupla, mas vai saber -, ou que o fato tenha proporcionado a ele uma grande compensação financeira, pois o sujeito arriscar o próprio pescoço numa dessas é complicado.
Bom, talvez uma batida no muro valha um contrato para a temporada seguinte... Já não dúvido de nada que o Sr. Luiz Alberto fale.