domingo, 28 de novembro de 2010

Outras ironias...

Em 2006, fomos, eu e a ala patriarcal do blog, pela primeira vez a Interlagos. Naquele ano, Schuchummy fazia "sua última temporada" na F-1 e lutava, ao lado da Ferrari e com apoio da FIA, para conseguir seu oitavo título mundial.
Na corrida de Monza, como todos lembram, Alonso, o rival de Schumacher na briga pelo título, foi claramente sacaneado pelas "autoridades competentes". Pouco antes, o grande trunfo da equipe Renault, o tal amortecedor de massa, havia sido proibido. Um carro que brigava por vitórias em quase todas as etapas passou a chegar em quarto, quinto.
No treino de sábado para o GP de Monza, especificamente no Q3, Alonso teve um pneu estourado. A borracha solta detonou os apêndices aerodinâmicos de seu Renault que, claro, ficou mais lento mesmo após a troca de pneu.
Massa - o piloto, não o do amortecedor -, em sua volta rápida, encontrou no caminho aquele que seria no futuro a Prima Donna, com seus apêndices quebrados e caminhando para abrir a sua volta lançada:



Por conta deste encontro, Alonso foi punido, pois a turbulência de seu carro atrapalhou Massa na parabólica... Questionável. Na época, me pareceu um roubo absurdo. Hoje, conhecendo um pouco mais da mente doentia do asturiano, sei lá. Talvez ele tenha mesmo deixado a turbulência lá de propósito...
Mas, por conta de tais eventos, e pela natural torcida contra Ferrari e o Schuchummy, fomos para Interlagos para ver Alonso campeão. Vibramos muito com os problemas enfrentados pelo alemão oficial no sábado e no domingo. Juntamo-nos com os espanhóis vestidos de toureiros que faziam uma grande algazarra - temos, inclusive, fotos com eles. Solidarizamo-nos com um espanhol branquelo que berrava alucinado em todas as passagens "ALONSO! ALONSO!". Chegamos em casa, vermelhos e suados por causa do calor infernal no autódromo, fazendo aquele gesto Alfonsino de vitória, que até hoje não sei o que significa. Ou seja, torcemos muito por Alonso.
Mas o mundo dá voltas. Há duas semanas, sentamos em frente à televisão para torcer desesperadamente contra a Prima Donna, que, no fim das contas, contou com a colaboração de seu antigo rival Schuchummy para perder o título e, ainda, ficou atrás de um carro de sua antiga equipe, a Renault, sem esboçar uma só tentativa consistente de ultrapassagem.

Vitória do esporte. Mas sem igualdade

Com duas semanas de atraso, duas palavras sobre a decisão do campeonato mundial de F-1.
Disse-se, e com razão, que a derrota da Prima Donna Alfonsina foi boa para o esporte, em vista do comportamento cínico e sem ética dos homens vermelhos.
O comportamento da Red Bull foi enaltecido. A equipe foi alçada à condição de exemplo de esportividade por ter deixado seus pilotos brigarem até fim, palmo a palmo, pelo título. Mas será que essa é toda a história?
É difícil esquecer o episódio do GP da Inglaterra, aquele que deram a asa do Webber para o Vettel porque o Kid quebrou a dele. Qual a justificativa para tal atitude? Vettel tinha, na época, alguns pontos a mais do que Webber no campeonato, o que justificaria uma preferência ao alemão prodígio.
Quer dizer, a Red Bull, certamente, não escancarou preferência por nenhum de seus pilotos, como fez - aliás, faz e vai morrer fazendo - a Ferrari. Mas, em um esporte tão preciso ao ponto de qualquer peça com dois graus mais para lá ou mais para cá, a pressão do pneu um pouco menor ou maior, poder fazer o cara chegar em primeiro ou em vigésimo, ainda que não haja ordens de equipe, é possível, sim, privilegiar um piloto em detrimento do outro. São inúmeras as variáveis de desempenho do carro, e qualquer sutil mudança pode fazer o cara perder dois, três décimos de segundo fácil, fácil.
O blogueiro oficial Flavio Gomes, por sua paixão cega pelos alemães sapateiro e Kid , não concordaria comigo. Para ele, aliás, a Ferrari só prejudicou seu segundo piloto em duas ocasiões: Áustria 2001 e 2002. O resto se deve ao talento fora do comum de Schumacher.

sábado, 27 de novembro de 2010

MAIS IRONIAS

Berne alistone foi assaltado lá na terra dele as Engrandes. Em londindon mais exatamente.
Engraçado e irônico porque o pseudo e mal explicado (armação?) assalto frustrado ao butão correu o mundo. Fora o sucedido aos mecânicos da Sauber.
Nessas horas o brasil é sempre lembrado como aquela terra de ninguém. O pior é que é verdade.
Vejam o que anda acontecendo no rio.
Mas, em outros lugares também tem violência. Não vou ficar elencando essas barbaridades porque não é a finalidade do post.
Mas, que é engraçado o duende mor da F1 e seu mais polêmico dirigente ser assaltado, levando porrada e tudo, isso é.
E, lá na terra dos lordes reis e rainhas.
Os ladrões não foram nada gentis.
Certamente não foram da estirpe desses que assaltam condomínios de luxo em sampa usando ternos, pedindo "por favor" e "desculpem o incômodo".
Pois é, nessas horas dá orgulho em ser brasileiro.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Que sorte a minha...


Momento 1:

Estava em casa no sábado à tarde e resolvi ouvir o lendário álbum Abbey road, dos Beatles, como uma espécie de preparação emocional para o show de Paul McCartney do dia seguinte.
Lá pelas alturas de Because, me dei conta de algo curioso: não só as músicas que eu estava ouvindo eram as mesmas que meu pai ouvia quando era moleque, como o suporte material das músicas - o velho disco de vinil, guardado como tesouro há muitos anos - era também o mesmo.
Fiquei ali, olhando o selo girar e a agulha deslizar lentamente sobre a superfície preta, tentando absorver a transcendência daquilo tudo.

Momento 2:

Dentro do estádio, os acordes iniciais de qualquer canção me levavam a um momento diferente da minha vida, uma recordação, uma memória e um sentimento guardado. Interessante notar que, quando nasci, os Beatles já não existiam há pelo menos 15 anos, John Lennon havia falecido há 4. Ainda assim, cresci ouvindo suas músicas e estava ali tendo a oportunidade de ver de perto o compositor de muitas delas, tocando tudo ao vivo com uma vitalidade impressionante - acho que ele terminou o show menos cansado do que eu.
Estou aqui, até agora, tentando absorver a transcendência daquilo tudo.


domingo, 21 de novembro de 2010

EQUIPES

Estamos todos felizes com o resultado do campeonato de pilotos deste ano na F1.
Estaríamos mais felizes se o uéber vencesse mas, alguma coisa aconteceu no reino da Dinamarca e o australiano resolveu massear, ou seja, fingiu-se de morto na última corrida.
Mas, o vetor mandou legal e, de certa forma, mereceu levar o trófeu de campeão (em forma de bosta?) para casa.
Os touros vermelhos podem cantar de galo (vermelho também?) porque venceu o mantra de igualdade entre os pilotos.
Tudo bem.
Seria, digamos, constrangedor se a prima dona alfonsina levasse o trófeu (esse sim em forma de bosta) porque shumaqueou.
A atitude da mamã ferrari na Alemanha foi mais uma porrada no esporte motorizado em sua categoria máxima, a F1.
Foi uma atitude de cosa nostra com requintes de crueldade porque o massa comemorava um ano de molada (em forma de pedra!) na cuca.
Aliás, diga-se de passagem, o massa fez muito bem em se fingir de morto o resto do ano.
Foda-se a mamã.
O pior para o esporte foi que no julgamento ridículo que se seguiu pediram desculpas pelo constrangimento passado pelos mafiosos. A regra foi criada por uma atitude deles na Áustria em 2002 e vai ser retirada do regulamento porque quem manda é a máfia.
Enfim, só faltava a prima dona vencer o campeonato.
Só não entendo esses torcedores de futebol que se vestem de vermelho e ficam berrando pela Ferrari mundo afora.
Ah! A resposta está na dúvida. São torcedores de futebol e não entendem nada. O vermelho deveria ser de vergonha.

DOMINGÃO DE CORRIDA

Ah, as corridas de F1 e seus horários amalucados
a maioria das corridas de F1 passam num horário ideal para nós brasileiros.
Domingão de manhã.
A gente assiste e depois vai, ou afogar as mágoas, ou comemorar, na chácara do cunhado.
Mas, alguns horários são de lascar.
Madrugada adentro.
Sim, muita gente vai dizer que basta gravar levantar sem saber o resultado da corrida e assistir se enganando "como se fosse ao vivo."
Nada disso.
O prazer da coisa é assistir ao vivo seja lá em que horário for.
Ainda mais depois de 1988 (meninos eu vi!).
O chefe do blog nem sabia o que era essa "foda 1", e não tem idéia do que é pular e gritar sem emitir som (!) quando começou a chover e o piloto com nome de rio famoso mostrar e chacoalhar.
Como diria o reibeto, "emoções".
Tudo para dizer que em Abu aquidói a corrida passou num horário escabroso num dia tenebroso
Aniversário da sogra. Nem vou fazer comentários.
Seleção brasileira de volei feminino perdeu para aquelas russas fidapu. Mas, jogam muito essas meninas. Não importa o resultado. Serão sempre o exemplo de que, com trabalho sério, chega-se lá.
Enfim, acabou o jogo de volei, veio a corrida e a obrigação de ir para a famosa chácara do cunhado para as comemorações do aniversário "dela".
E, "ela" estava conosco.
Vimos o início da corrida e a chapada que levou o shushu.
Saímos, para pegar o bolo com o chefe do blog assistindo, ou tentando, a corrida no lulardele.
Eu sem saber se parava o carro, passava o volante para alguém, ou se ouvia o bueno e suas abobrinhas.
Mas, no fim, e com lambida do uéber no muro e tudo, chegamos a tempo de ver o final da corrida entre festas e latinhas.
Vejam como Rib's é grande.
Fomos para a zona (êpa!) rural com escala numa doceria e ainda pegamos o fim da corrida.
Morram de inveja paulistanos.
mas, não venham para cá, senão o trânsito, que não é essa maravilha, piora.

TIRO PELA CULATRA

Em outro post citei a imagem dos meninos conversando na hora da pesagem, feitos crianças na hora do recreio, e um shushu no fundo tentando chamar a atenção de todos.
Chato.
Eu sempre detestei o shushu desde que apareceu pelas mãos da dona mercedes chutando os morenos e tomando conta da F1.
E, o Dick Vigarista não foi tudo o que os buenos babam mundo afora.
Um piloto comum com toda a F1 conspirando a seu favor.
Sim, eu sei que essa tese é velha e faz parte do repertório das viúvas do Senna.
No entanto, o chefe do blog sabe que tenho algumas restrições em relação ao piloto com nome de rio famoso
Enfim, a lenda diz que elegeram o shushu para ser o maioral em substituição ao Senna porque, infelizmente, este não poderia mais ser a encarnação dos ideais esportivos.
E, assim caminha a humanidade.
Na minha modesta opinião, shumacher representou um personagem ideal para os negócios.
Como cansou, o bueno, de gritar nos nossos ouvidos o "mó gênio da F1".
Bosta!
Gênio bosta nenhuma. Um piloto como outro qualquer, porém, sempre no lugar certo na hora certa, com as garantias certas e com um segundo piloto a acertar seu carro. E, pior, com os outros pilotos a o respeitarem muito mais do que merecia.
Tudo isso com o aval do mundo cruel da F1.
Até aí, mórreu (como dizem por aí) Tancredo.
O problema é que o shushu acreditou ser o shumacher da lenda.
Então, um belo dia e com um espanhol arretado (na época) no horizonte a ameaçar a lenda lemã, o campeão de tudo e de todas as estatísticas resolveu abandonar a porra da F1, para, vejam só, ajudar seu "irmão" massa a ser alguém nesse mundo áspero e cruel.
O problema é que ninguém acredita no cara. Se for verdade é mentira. Afinal, lendas não são reais. Shumacher não é um ser real e sim uma lenda.
Significa dizer que tudo o que diz respeito ao homem shumacher não existe no nosso mundo real. Alguém acredita quando ele diz que o pobre massa é seu irmão?
Então, essa pessoa não assitiu ao GP do Canadá neste ano quando ele jogou seu carro no do massa quebrando o bico da ferrari massiana.
Pois bem, esse ser shushu acreditou que é o shumacher da lenda e voltou a correr num F1.
Levou um pau danado. Nem vou falar das alegrias pelos vexames temporadas afora.
A cara do gordim pau mandado da dona mercedes nos boxes depois da rodada e lambada que o shushu levou do vitão diz tudo.
É um misto de incredulidade e pensamento tipo "e nós pagamos uma nota preta para esse braço duro'....
Chegamos então ao acidente envolvendo o shushu naquela porcaria de pista num lugar que nem lembro o nome.
Abdu dá aqui, ou algo assim. Tudo bem. Em nome do jornalismo vou procurar o nome na infernal Internet.
Abu Dhabi.
Bom, vimos a rodada do shushu e vibramos (eu e o chefe do blog, ainda em casa. Aliás, esse domingo de última corrida merece outro post e outra latinha).
Mas, a seguir levamos um susto.
Lembrando posts passados o carro do shushu virou uma pedra no caminho do vitão.
E, o vitão resolveu subir a pedra e apreciar a paisagem.
Pois é!
O bico do carro do vitão passou centímetros da cabeça do shushu.
Confesso que não vejo a menor graça em ver o shushu abandonar as pistar em dois caixões, um para a cabeça e outro para o resto. (Nossa!!!! Esse é o lado tenebroso da força)
Comentários sem noção à parte, o shumacher lenda voltou a correr na pele do shushu piloto qualquer. Certamente não pensou na possibilidade de ocorrer um acidente fatal como esse que quase se sucedeu no último grande prêmio do ano. Mesmo porque, se esse pensamento passasse por sua cabeça não teria prensado o rubim na Hungria. Ali, na Hungria a coisa poderia ter ficado feia.
É preciso alguém avisar o shushu que seus tempos de lenda passaram. Basta citar o Heidfield que voltou a correr meio que inesperadamente e bem ou mal, anda no mesmo tempo que o seu companheiro de equipe.
O shushu passou o ano "se divertindo" (ai, meus sais) sem andar convincentemente.
Portanto, esse negócio de se readaptar é bobagem para vender lendas com prazo de validade vencida.

IRONIAS

Depois de uma semana algumas fichas vão caindo sobre o ano em que torcemos contra a mamã Ferrari.
Vejam só.
Segundo o chefe do blog, um dos leitores desse cantinho, que cabem numa van, disse que o shushu foi responsável pelo campeonato conquistado pelo lemão vetor.
Pois é verrrdade (como dizem os caipiras)
Se não fosse o lemão shushu tentar passar meio mundo por fora e se dar mal (não houve o "leve toque" apregoado pelos buenos pedantes), não haveria a porrada que se seguiu (comentários em outro post) e os meninos rosebergs e petrovs não teriam feito a parada antecipada, bem pensada por sinal, que custou o título ao novo idiota da praça.
Sim, porque só um idiota acredita ser dono do mundo a ponto de se removerem os petrovs e o que mais vier para a conquista do quer que seja.
Tá certo que mamã ferrari mima demais os seus escolhidos.
Mas, massa só tem um (para nossa sorte).
Então, o shushu quase mórreu (para citar outro caipira) e o vetor se deu bem.
E, para deleite desse que vos tecla, o mundo conheceu o verdadeiro toureiro alfonsino.
Todos esperavam que a prima dona iria pegar o touro pelo chifre e mostrar a ele com quantos pescoções no massa se faz um campeonato.
Se deu mal, amarelou, atrás de um carro amarelo e ainda por cima saiu dando de dedo para um atarantado petrov que não entendeu nada.
Esse, o mal perdedor, é o verdadeiro alfonso. Para azar de quem gosta de F1. Sai o gelado alemão shushu e entra o esquentadinho latino. Mas, continua o hábito de se pisar no pescoço da mãe para se dar bem.
voltamos em segundos após nossos comerciais e nova latinha.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

PEDRADAS

Interessante o post do chefe do blog sobre pedradas.
Pedras, drumondamente falando, são interessantes.
Vimos na TV neste domingo lá naquele autódromo chato para carai um tal de Helmut Marko.
Ele é um ex-piloto. Encontrou uma pedra no caminho. Em algum lugar, creio que na França, um carro que ia na frente arremessou um pedregulho na viseira do Helmut e o cegou de um olho ao atravessar a viseira.
O lado bom: depois disso as viseiras passaram a ser à prova de balas.
Pelo que pesquisei na infernal internet Petrov não significa pedra, mas, vamos emprestar a verve de Drumond e imaginar que o Petrov foi a pedra no caminho da prima dona Alfonsina. Fazendo sua corrida ele destruiu a empáfia mafiosa e o pedantismo da mamã ferrari ao simplesmente andar na frente do escolhido para ser o campeão.
Foi uma pedra no caminho alfonsino e uma pedra fundamental para o campeonato ganho pelo vetor.
Dois lados de uma pedrada.
Nesse mundão véio levamos e damos pedradas. Dependendo do tamanho dói. Dependendo da ocasião machuca mais a alma do que o corpo.
Mas, já vivi o bastante para saber que, se as pedras machucam, a vida que segue, cura.
Como diria o poeta "viver é pedreira, mano".
Temos escolhas, no entanto.
Dinamitar a pedreira e, provavelmente, ser soterrado, dar a volta, ou poeticamente, subir até ao topo e admirar a paisagem.
É isso.

Party On

Nunca tinha visto este tipo de cena. Aqui no Brasil, a transmissão é interrompida logo após o pódium.
Interessante o Vettel deixando o AC/DC falar por seu coração...
Mais, depois.


Pedras


O senhor Anthony Burgess - de todos conhecido por ter escrito A Clockwork Orange, o romance que deu origem ao fantástico filme de Stanley Kubrick - escreveu, lindamente, que James Joyce utilizou-se das pedras que a vida lhe atirou para construir um labirinto e que, assim, seu personagem autobiográfico, Stephen, pode ter o sobrenome Dedalus.
Felizmente há pessoas fantásticas, dotadas da capacidade de tornar pedras em literatura, algo útil e belo para toda a humanidade. Está aí algo digno de admiração.
Todos recebem suas pedras e cada faz com elas o que bem entende - ou o que pode: labirintos, castelos, casas, casebres, sei lá... Nós, por aqui, recebemos pedras diversas. Na maior parte, são verdadeiros pedregulhos, arremessados com toda força direto na boca do estômago. Elas caem no chão, deixam a dor e as náuseas, em conjunto, é claro, com a desorientação. E assim elas vão caindo e se acumulando; não se constrói labirinto algum, como o de Joyce. Quando se percebe, está-se soterrado até o pescoço e já não é possível sair dali sozinho.
Certamente, não um bom uso para pedras.

Ah, sim! Tem o final da temporada de F-1, o título de Vettel e etc. Vamos a tudo isso, assim que tivermos um tempinho.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Errei e fiquei sem entender

Disse aqui, há alguns dias, que a Lotus 72D pilotada pelo Emerson na semana do GP do Brasil de F-1 não era a da primeira vitória. Bom, disse o próprio Emerson que era, sim. Então era.
Parece que eu vou ter que estudar todas as letrinhas do Lotus 72.
Mas é lindo que só...


Fonte da foto: Blog do Ico.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Já levaram

O time austríaco dos touros vermelhos, com a dobradinha que conseguiram na corrida do último domingo, já levaram o caneco de construtores para casa. A Red Bull soma 469 pontos no campeonato, contra 421 da McLaren, a segunda colocada.
É um resultado justo. Os touros são, atualmente, quem mais faz pelo esporte a motor mundo a fora. Competem em tudo quanto é categoria, sempre na frente e de maneira bem humorada. Chama a atenção o fato de que a marca não está relacionada à indústria automobilística. Os caras vendem latinhas com bebida energética dentro - sabe-se lá que outras atividades obscuras são realizadas pela turma do Mateschitz - mas fazem questão de vencer corridas de carro. A marca está estampada em duas equipes do atual grid da F-1. Fora a Marlboro dos tempos de McLaren e Ferrari, não me lembro de fato semelhante, ainda mais se considerarmos que, a rigor, os touros são donos de ambas as escuderias.
Acrescente-se a isso o fato de que a Red Bull mantém um sério programa de jovens pilotos já há algum tempo, e foi deste meio que surgiu o Vettel, reconhecidamente um grande talento.
Este ano, o time perdeu um pouco da minha simpatia, pois utilizaram um discurso de igualdade entre os pilotos, para, veladamente, favorecer o Kid Vettel. Pelo menos não adotaram os odiosos métodos antidesportivos tipicamente ferraristas. Reparem na diferença: a equipe mais tradicional, mais vencedora e badalada da F-1 é uma vergonha esportiva; os sujeitos que chegaram ontem e nem vendem carros dão exemplo do que deve ser o esporte a motor.
Vou trocar minha Ferrari pelo equivalente em latinhas de Red Bull.

sábado, 6 de novembro de 2010

O INCRÍVEL HULK

Um tempo atrás lamentei a possível saída do incrível Hulk da Willians para a entrada de um Maldonado endinheirado.
A F1, infelizmente, tem dessas coisas. O sujeito vinha bem no campeonato apesar de não ser brilhante e, quase no cair da cortina do campeonato deste ano, mostrou e chacoalhou o guarda-chuva em Interlagos.
Foi um dos treinos mais emocionantes que assisti. Como dizem os locutores "tudo pode acontecer".
E, aconteceu.
Todo mundo de olho nos Alonsos da vida.
Quando o rubim começou a aparecer na fita, pensei que iria se dar bem. Como ele mesmo sempre fala é preciso fazer a coisa certa (pneus apropriados) na hora certa (condições de pista).
Mas, como diz o chefe do blog, o rubim é zicado. Foi de uma Willians o melhor tempo. Mas, do incrível Hulk.
A gente lembra da primeira vitória de uma Stewart. O rubim, então piloto da equipe, era o cara, nas palavras do Jackie "esganiçado". Quem ganhou a primeira foi o Herbert.
Como costumo dizer "assim caminha a humanidade".
Pelo visto o urubú continua no ombro do rubim.
Mas, continuamos nossa torcida pelo úeber e para que a prima dona não seja campeã.
De resto, muito significativa a imagem dos dirigentes da Willians meio que sem saber a cara a fazer.
A batata quente caiu no colo deles.
Vamos para a largada.
Prestem atençao no luis. Ele vai estar doidinho para dar uma sapecada na prima dona.
Quem viver verá.
Mais uma das imagens de Interlagos.
Depois do treino, na pesagem, muito interessante os pilots conversando e esperando a hora de subir na balança. Tinha um feioso ali atrás como a dizer "ei, ei. Lembram de mim? Eu, hoje, pinto os cabelos. Mas, tenho 'centos títulos de F1". Ninguém ligava para o cara. O tempo passa.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

SNIF, SNIF

Cá estou eu dez e pouco da manhã assistindo ao primeiro treino da F1 em Interlagos.
Como prometi ao chefe do blog nunca mais pagar caro e ficar com a bunda quadrada, por ficar sentado durante horas numa arquibancada sem o menor conforto, estou aqui quase arrependido.
Enfim, vou fazer um pé de meia e comprar ingressos melhores para o ano que vem.
Por enquanto o jeito é assistir pela TV confortavelmente sentado na sala de casa.
De cara algumas considerações.
Tem um promotor gaiato que declarou que se o massa deixar o companheiro amigo da onça (nossa! essa expressão é anterior à minha avó) passar vai pedir sua prisão com base no Código do Consumidor.
Gaiato porque o evento é internacional, e o Código, que eu saiba, não se aplica nesses casos. O chefe do blog pode confirmar, já que formado em instâncias superiores à minha faculdade. Mas, principalmente, o massa só vai estar na frente da prima dona se for levar uma volta do espanhol. Será que vai ser preso, neste caso?
Muito está sendo falado que os touros vermelhos não vão escolher um piloto para apoiar.
Que os dois vão continuar tendo o mesmo suporte e que vença o melhor.
Bonito, nâo?
É o que se espera de um evento esportivo.
Mas, é claro que essa papo todo é porque os touros preferm o lemãozinho maluco e não o uéber que tem maiores chances de título.
Com isso, o espanhol que não monta touros e sim cavalinhos vremeios e mafiosos morre de rir.
E, eu constato, cada vez mais que é só começar a torcer contra alguma coisa que essa coisa cresce e contraria minha torcida.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

A Semana

Semana do GP do Brasil de F-1. Nos anos em que compramos ingressos, a esta altura eu já estou sem dormir há uns três dias por ansiedade. Este ano, em princípio, o F-1 Literária não estará nenhum dia in loco no autódromo José Carlos Pace.
A maior dor no coração este ano não é perder a corrida: é perder o Emerson Fittipaldi andando com o Lotus 72 pela pista.
O bicampeão já deu o ar da graça nesta terça-feira, andando na região da Marginal Pinheiros com o carro preto e dourado. Absolutamente fantástico. Pena que não vi.
O carro utilizado no "passeio" é o Lotus 72D, com que Emerson disputou o campeonato de 1972. Ou seja, é a versão "D " do lendário modelo 72. A reportagem que vai abaixo diz que o Emerson ganhou a primeira corrida, o primeiro título e o GP do Brasil de 1973 com este carro. Não exatamente. O modelo é o mesmo, mas as versões são diferentes.
E o nosso querido Escobar, que foi xingado pelo Dunga, diz que os carros eram menores. Não é bem assim. O tamanho é quase o mesmo. Diminuiu aqui, aumentou aqui. Mas é só olhar o tamanho do pneu traseiro para desconfiar que o bólido não é tão pequeno. Mas vale pelas imagens do fabuloso Fittipaldi pelas ruas paulistanas.