quarta-feira, 18 de julho de 2018

MINHAS COPAS - PARTE 3

Copa de 1998. Jogada na França. Vamos ficar só nas minhas lembranças. Sempre detestei o técnico Zégalinha. Seu jeito pedante de ser. Foi "comandante" do time brasileiro porque fazia o que o "sistema" queria. Desde a CBF até os interesses da grande mídia (leia-se globo). Na verdade já não me interessava tanto por futebol. Alguns lampejos e só.
Mas, simpatizava com Ronalducho e seu jeito simplorão de ser. Além de ser um baita jogador (como diz Neto, o alucinado).
Em relação aos jogos. Já fincados em Rib's. A rainha da mansão assumiu um cargo na Justiça Federal e eu sofria dando aulas para alunos que deveriam estar na Febem (hoje Fundação Casa). No dia do jogo Brasil e Holanda MM marcou audiência na hora do espetáculo. De nada adiantaram as súplicas no sentido de não marcar audiência no horário.
Bom, em todo caso fiquei de plantão em frente à Justiça para o que der e vier. Todo mundo saindo e nada. De repente lá vem a rainha. Disse que os advogados estavam putos pedindo o adiamento. Finalmente, MM (tinha que ser corintiano) cedeu. Mas, perdemos o primeiro tempo.
Na final aquele suspense pelo acontecido com Ronalducho. Piripaque mal explicado, substituído pelo "animal" Edmundo na escalação oficial. Quando o time entra em campo lá está o nove nem tão firme.
História mal contada gera a teoria da conspiração. Brasil perdeu, França campeã. Invadiram a página da CBF na inter colando um panfleto apócrifo segundo o qual o Brasil, dentre outras besteiras, vendeu a copa para sediar o campeonato de 2002 que seria (e foi) no Japão e Coréia do Sul. Até hoje tem gente que acredita nisso.

Copa de 2002. Como dito no Japão e Coréia do Sul. Eu trabalhava no TRF em sampa. No concurso, fui inscrito por parentes na instância errada. Naquele tempo a inscrição era presencial ou (como no meu caso) por procuração. Na época morando com meu irmão logo após o falecimento de véio Mero.
Os jogos ocorriam na nossa madrugada. Não havia a folga nos dias de jogos do brasil. Logo parecíamos zumbis tamanho o sono. Decidimos, eu e meu irmão, dormir e acordar na hora do jogo. Só esquecemos de avisar os vizinhos que soltavam fogos a todo momento e praticavam aquela gritaria nas janelas. Mas, torci para o time comandado pelo reaça Felipão Scollari (que adorava a ditadura chilena) até mesmo porque enfrentou meio mundo (inclusive a prima dona FHC) não convocando o paneleiro Romário e o bad boy Djaminha.
Torci principalmente para Ronalducho saído de um calvário de dois anos após estourar (literalmente) o joelho.
Marcou os dois gols sobre a Alemanha na final e, de quebra, artilheiro da copa com 8 gols.



Tivemos este gol do Ronaldinho Gaúcho (o dentinho) contra a Inglaterra que valeu o avanço do brasil às semifinais.
Afinal, quis cruzar ou chutou a gol? Claro que a intenção era cruzar mas, a lenda do gol espírita prevaleceu.

Copa de 2006. Na Alemanha. Agora com quase toda a família em Rib's, transferido que fui para a primeira instância. Alguns colegas, para sacanear, me chamam de "segunda instância".
Quase porque o chefe do blog já frequentava as Arcadas.
O Brasil contava com grandes craques e era o favorito. Tinha Ronalducho, Ronaldo dentinho, Kaká (ou caca, depende do referencial adotado), Adriano (o imperador que virou pó), Roberto Carlos (emoções), Cafú e outros. Alguns já veteranos porém, dando conta do recado. Mas, o técnico era o Bronco Dinossauro (Carlos Alberto Parreira).  Um cara de ideias quadradas. Ronalducho escondia o peso durante a copa. Tinha até bolão sobre quanto pesava o craque.
Lembro que o futebol não era lá essas coisas. O brasil venceu todas na primeira fase dando falsa impressão de que tudo ia bem. Nas oitavas despachamos Gana e pegamos a França nas quartas de final.
A França não era um time desprezível. Os caras entendiam desta coisa chamada futebol. Zidane, Henry, Ribéry, Thuram e cia. Então veio a pitoresca pixotada defecada desatenção que seria cômica se não fosse trágica.



Falta na esquerda, Zidane mandou no segundo pau e Henry empurrou para dentro. Notem que na área havia uma pilha de franceses e três brasileiros. E, a moçoila Roberto Carlos ajeitando a meia na risca da grande área. Quando deveria acompanhar Henry. Depois ele (Roberto) declarou que não era sua função ir atrás do francês. Claro, ele não é defensor....
Por conta disso volta o brasil para casa.
Segue o barco.
Na final França e Itália fizeram um jogo morno que foi para a prorrogação. Só lembro da cabeçada de Zidane em Materazzi. O francês foi expulso, o jogo para os pênaltis. A Itália venceu por 5 a 3 sagrando-se tetracampeã.

Lembro que já andava desanimado com o futebol. A mania de sempre querer levar vantagem, o cai-cai, a eternidade em arrumar barreira nas cobranças de falta e, principalmente, os "erros" de arbitragem fizeram com que abandonasse o dia a dia do esporte bretão.
Gosto de dizer que o futebolista profissional é o cara mais amador do mundo.  

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