sexta-feira, 13 de julho de 2018

MINHAS COPAS - PARTE 2

Copa de 1982, na Espanha. Morando em Ribeirão Preto. Trabalhando numa área totalmente diferente da Química: o comércio de tintas junto aos "cunhados". Quase casado. 
Seleção de Telê Santana. Do jeito que o povo gosta. A melhor defesa é o ataque. Craques como Sócrates, Casagrande, Falcão, Zico e outros.
Considerada a melhor do brasil. Prefiro a de 70.
Principalmente porque trouxe o título. 
Enfim, pela primeira vez 24 seleções diluíram a atenção. Lembro, em relação ao brasil, que os jogos eram tensos. Tipo tudo ou nada. Ganhamos de 3x1 dos hermanos. Foi bonito.
Em primeiro no grupo da fase dois era só empatar com a Itália. Mas, o desastre que rondava a seleção (100% por sinal) chegou na forma de Paolo Rossi, o centro avante italiano mezzo oportunista, mezzo grosso.
No jogo saíram na frente do brasil. Êpa.
Empatamos mas, uma defecada de Toninho Cerezzo no meio de campo que resultou no segundo gol dos italianos fez com que pensasse "fodeu". E, foi o que aconteceu. Derrota final por 3x2 e adeus seleção dos sonhos.
Lembro que jogávamos futebol society e, no primeiro jogo após a derrota, um dos nossos chegou cantando uma adaptação de um jingle de revenda de carros. Ao invés de "primo Rossi" ele cantava "Paolo Rossi". Como era baixinho e gordinho levou muitos pontapés no jogo sem poder revidar. 

Copa de 1986. México da grande conquista de 1970. A seleção tinha como base àquela de 82. Morando em Jaboticabal. No comércio de tintas. Inflação galopante tirando o sossego e a vontade de torcer. Casado já com o chefe do blog a iluminar a casa. Confesso que não assisti com entusiasmo a copa devido aos problemas financeiros.
Mas, vamos lá. Não perdemos um jogo sequer. No decisivo, contra a França, um empate. Zico (de quem nunca gostei) perdeu um pênalti no final do jogo. Na disputa por pênaltis Sócrates e Julio César perderam os seus e lá veio o brasil de volta. Esta copa foi marcada pelo famoso gol de mão de Diego "carrera" Maradona contra a Inglaterra. Ele admitiu que autoria do gol foi  la mano de dios. Por sinal a Argentina sagrou-se bicampeã ao vencer a então Alemanha Ocidental na final.

Copa de 1990. Disputada na Itália.  Ainda em Jaboticabal com a corda financeira no pescoço. Mariana já havia chegado para completar o clã. A seleção era comandada por um panaca, Sebastião Lazzaroni, que implementou uma tática ortodoxa em relação à tradição ofensiva do futebol brasileiro.  Por sinal, a copa foi de um nível abaixo de zero. Jogos que embalavam o sono dos torcedores.
Lembro que o jogo decisivo para irmos à frente era contra a Argentina (sempre eles) e os panacas  de plantão davam a vitória como certa, pensando no adversário que viria a seguir. Mas, Maradona e Caniggia mostraram que não estavam para brincadeiras. Lá veio o "escrete canarinho"  de volta. Neste jogo aconteceu um episódio marcante. Branco (o ingênuo) pediu água para o massagista "hermano" que atendia um jogador. Lembro perfeitamente da imagem. Pensei na idiotice de um brasileiro confraternizar água com os "inimigos". Não percebi que o massagista deu uma garrafa "exclusiva" ao jogador brasileiro. Branco foi de um branco total. Em 2005 o técnico argentino de então admitiu que havia água para uns e para outros. Maradona tira onda até hoje, dizendo que os brasileiros foram dopados. Lógico que ninguém foi ou vai ser punido. É FIFA, é futebol, é Curíntia.
Na final a Alemanha Ocidental (lembram?) venceu a Argentina por 1x0. Por sinal, 90 foi o ano do ano para os lemães. Copa do mundo e reunificação. Haja cerveja....

Copa de 1994. Nos Estados Unidos, aquele país grande e bobo. Família de volta à Rib's. Fundo do poço. Fechamos a loja em Jaboticabal (que, no final, era um misto de loja de tintas e locadora de vídeo game !?!?).
A família se reunia em alguns jogos num misto de torcida e festa. Lembro que o técnico Parreira tinha o apelido de Bronco Dinossauro, personagem inesquecível de Ronald Golias. Era o cara que explicava inexplicando. Um saco.
E, a seleção era a panelinha de Romário. O mimadinho craque de então. Ele "cortou" a participação de Bebeto. Mas, o jogador do Flamengo acabou convocado.
O brasil foi bem em todos os jogos. Romário, polêmico até hoje, era rápido e desconcertava a defesa adversária. Mas, na final a velha Itália engrossou o caldo (como diria minha avó) e o jogo terminou empatado.
O pênalti decisivo foi batido, e perdido, por Roberto Baggio, o craque italiano. Chutou nas alturas. Confesso que fiquei com dó. Não foi um zagueiro obtuso qualquer. Foi o melhor do time a desperdiçar a cobrança. Dizem que estava combalido porque a Itália e Bulgária (nas semifinais) haviam jogado uma prorrogação.
Enfim, tivemos que engolir o "é tetra, é tetra" do bueno agarrado no pelé, que tanto criticou nos bastidores. Pelé era comentarista contratado para a copa.
A copa foi marcada pelo ocaso de Diego "cheiroso" Maradona.

Corram que os zumbis estão chegando


Quando o hermano correu para as câmeras ao marcar um gol contra os gregos (e não os troianos) fiquei com receio que o dito saltaria sala adentro mordendo todo mundo. Nesta altura do campeonato ele já estivera suspenso por uso de cocaína etc e tal. Pois, nesta copa foi pego com seiscentas substâncias proibidas pelo corpitcho, já avantajado. Mil teorias da conspiração. Dizem que ele caiu numa armadilha ao ingerir hóstia "batizada" dada por um padre dos diabos.
Enfim, este é um craque turbinado.




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