terça-feira, 10 de julho de 2018

MINHAS COPAS - PARTE 1

Nasceu o Luizão em 1955 (!!!).

Copa de 58. Contava com três anos. Copa pelo rádio. Não tenho nenhuma lembrança desta copa. Lembrete. Garrincha deixou alguns descendentes na Suécia.

Copa de 62. Morando em Curitiba. Copa no Chile. Lembranças do som de rádio com muitos ruídos. Meus pais ouviam um rádio tipo tijolo sempre em ondas curtas para "pegar" as rádios e jogos de São Paulo. Lembrete. Arbitragem favorável  ao brasil.


Véio Mero tinha revistas em edição extra sobre a conquista. Este que vos tecla, na época, mostrou sua verve artística desenhando bigodes, extraindo dentes, acrescentando cabeleireiras, acrescentando óculos escuros nas fotos da conquista tupiniquim. Sobrevivi . Não entendo até hoje como véio Mero deixou passar em branco a façanha. Deve ter apreciado. 

Copa de 66. Copa na Inglaterra. Primeiras lembranças de um moleque morando na famosa (?) Djalma Forjaz. Angústia pela transmissão pelo rádio e primeiras noções da porra do fuso horário. 
Lembro que acompanhamos pelo rádio e (mais ou menos) três dias depois havia o famoso video-tape vindo via Varig (Varig, Varig). O clã Onofri corria para o vizinho mais próximo com a TV amiga. Os famosos televizinhos. Véio Mero se recusava a confraternizar com a vizinhança e não comparecia. Herdei essa peculiariedade....(por sinal).
Ódio eterno aos portugueses que arrebentaram Pelé.

Na final, afinal (ai!) o bola entrou ou não entrou?
Nem o VAR resolveria esta questão



Pela convicção do bandeirinha "a copa é nossa!"

Copa de 70. A redenção. A eterna Copa. A Copa eterna. Ditadura militar. João Saldanha defenestrado pelo ditador Médici porque não convocou Dario (peito de aço). Botaram o puxa saco Zagalo. 
Lá no México a grande revolução. "Senta aí, Zegalinha, e curte a conquista."
Os jogadores chamaram para si a responsabilidade e a conquista. Nunca mais antes.
Fodões. Festa em todos os jogos.
Transmissão ao vivo. Preto e branco. Os Onofri tinham uma TV (!). Moravam então na Av. Santa Inês. Os "entrados" na política encararam a conquista como uma afronta à ditadura militar, cada vez mais violenta. Mesmo assim o regime chamou para si a conquista.
Tri-campeões. A conquista da gostosa da Jules Rimet para sempre nossa. O país que conquistasse três campeonatos mundiais ficaria com a taça para sempre  Ninguém tasca. Só que não.
Estamos no brasil. A taça foi roubada em 1983 e derretida. É o brasil-sil-sil.

Copa de 1974. A seleção do pedante Zégalo. Nem lembro. Quero dizer lembro. Brasil descendo a lenha e a Holanda (laranja mecânica) ganhando por 2 a zero.
Melhor esquecer.
Onofris morando no "conjunto dos bancários" e com TV colorida.

Copa de 1978. Copa em que abstraí o acompanhamento/sofrimento/significado.
Cursava Química na USP em Rib's e acompanhava os jogos numa raquítica TV em preto e branco lá no apartamento em que habitava/compartilhava. Estava mais interessado no efeito etílico da porra da bagaça da cerveja no componente orgânico da mistura química que resulta no corpitcho humano. 
Esta copa foi um dos maiores escândalos futebolísticos. Realizada no cone sul dominado por ditaduras militares. Foi um roubo favorecendo a Argentina, campeã porque o Peru (cuma?) entregou o rabo num jogo em que gols eram essenciais para a passagem de fase.
O brasil-sil-sil empatou com a Argentina no jogo decisivo para decidir quem iria para a final. Estavam no mesmo grupo na segunda fase.
Nada me tira da cabeça que faltou culhões contra os hermanos. Dominamos o jogo mas, faltou aquela vontade para despachar os donos da casa. Muito estranho, Marquinhos.  Jogo para tirar o fôlego e desculpa para tomar todas. 
Teoria da conspiração: a copa estava garantida aos argentinos.
Bom, o que decidiu a parada foi o famoso saldo de gols. Daí, os peruanos que perderam de 3x0 para os brasileiros, abriram as pernas perdendo de 6x0 para os argentinos.
Sabíamos que alguém levaria a copa dependendo das ameaças/propinas/sacanagens. A ditadura Argentina levou. Mas, não perdemos um jogo sequer. 
Então, Claúdio Coutinho, militar preparador técnico do time de 1970, técnico de plantão, bradou aos mares revoltos "somos campeões morais". Ah ah. Mano, por isso bebia durante os jogos.








Um comentário:

  1. 1962: nem existia o protótipo do menino Ney e o teatro em campo já existia ...
    Ah a copa de 70 .... Só o Sena nos devolveu a felicidade depois dela.

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