quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Gelo, a pedidos

Mandaquienses, inatos fãs das corridas de carrinhos, exigiram a volta da "Fórmula-1" como assunto deste blog que se chama "Fórmula-1 Literária". O fã-clube catarinense do Kimi Raikkönen exigiu, por sua vez, um post a respeito da volta do homem de gelo às pistas de Fórmula-1. Atendendo a pedidos e abandonando, temporariamente, o assunto mais recorrente nos últimos tempos neste blog, que é (?), vamos lá falar da volta do Kimi.
Se eu tivesse que apostar o dinheiro que não tenho, apostaria na não-volta do finlandês - e perderia, naturalmente. O cara, quando saiu da F-1, no fim da temporada de 2009, estava pouco se lixando, correndo sem motivação e enchendo o bolso de dinheiro. Foi competir no rally por satisfação pessoal e parecia feliz ali, sem pressão, fazendo a coisa apenas pelo gosto.
E eis que, de repente, surge o boato de que a Williams estaria interessada em Raikkönen como forma de atrair dinheiro empregando um campeão mundial. O pensamento meu foi que nem a pau ele se sujeitaria a correr lá trás no grid para resolver problemas financeiros de uma equipe qualquer.
Não foi o que aconteceu, mas não deixa de ser surpreendente ver o iceman de volta pela Lotus, que já foi Renault, deixou de ser Renault, mas continuou Renault, foi Lotus-Renault e agora é só Lotus. Dificilmente a equipe estará entre as mais competitivas da próxima temporada, embora conte com um excelente time técnico. Raikkönen não é o tipo de piloto que pode impulsionar o desenvolvimento de um carro ao longo do ano se não estiver muito motivado. Ao contrário de outros pilotos, como Barrichello, Schumacher, Kubica, Alonso, Button e outros, Kimi é aquele cara que senta e dirige, não importam as condições. Ontem mesmo folheávamos uma revista mais antiga aqui e um engenheiro da McLaren se queixava que Raikkönen podia ser rápido em quaisquer condições e não dava muita bola para transmitir informações a respeito do comportamento do carro.
Essa característica pode ser muito favorável para um classificação ou corrida quando não se tem o acerto ideal. No decorrer do ano, todavia, a "mão" do piloto pode fazer muita diferença no desenvolvimento do equipamento, ainda mais hoje em dia, sem testes ao longo da temporada.
No entanto, o finlandês é um piloto excepcional, muito acima da média e pode fazer coisas especiais. Algumas das corridas mais belas que já vimos foram protagonizadas por Kimi. O exemplo que sempre salta na lembrança é o GP do Japão de 2005, quando Raikkönen largou da 17ª colocação e ultrapassou o líder Fisichella na última volta para vencer de forma esplêndida o certame. É este o vídeo que vai abaixo, junto com a nossa torcida por ver este Kimi Raikkönen - e não o bêbado desmotivado - de volta às pistas.


Pensando bem, mesmo bêbado e desmotivado, Kimi é sempre garantia de, pelo menos, umas boas risadas:




2 comentários:

  1. nesta vitória em Japan adorei o reginaldo perder o leme.
    Havia comentado, nas últimas voltas, que o vencedor seria o Jão Carlos.
    Dançou nas abobrinhas.

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  2. "Dançou nas abobrinhas" é de domínio público ou de autoria própria?

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