domingo, 18 de dezembro de 2011

Em construção

"Não basta afastar o que te faz mal. É necessário trazer para perto aquilo que te faz bem". Então, na sexta-feira, tivemos companhia para ir ver uma banda qualquer que fosse, comer e dormir 1h30 antes de ir trabalhar no sábado de manhã, em duas reuniões que mudaram os rumos do ensino superior nacional.
Recebemos amigos, presenteamos amigos e, mais uma vez, fomos brincar de piloto em cima de uma armação de ferro com motor, sem cinto de segurança ou proteção cervical, andando a quase 100km/h. E mais uma boa parte do nosso já apertado orçamento mensal se vai.
Fomos para Cotia e lá é diferente, o kart é bravo, a pista é fantástica e o prazer da pilotagem, extremo. Pular por cima de zebras, sentir a traseira indo embora e corrigir, entrar em uma curva cega em descida e ter a sensação que a frente está indo embora, perguntar-se "e agora?", mas manter o pé firme no acelerador, tudo isso é muito fantástico.
Terminamos a corrida exaustos, com dores em músculos cuja existência desconhecíamos, mas já ansiosos pela próxima.
O resultado não foi lá dos melhores: sexta colocação, logo atrás da equipe sueca, mais uma vez. Mas ambas as escuderias marcaram bons tempos, considerando o desconhecimento da pista, o cansaço de não ter dormido e o nível dos pilotos que chegaram a frente.
Em termos de orçamento, a coisa é interessante: recebemos dois dinheiros nesta semana e, depois de parar para pensar, concluímos: "tá, isso aqui dá para pagar a terapia". A imensa maioria das coisas que nos fazem bem é de graça, mas, às vezes, aliviar o peso custa um pouco. Tudo faz parte de um processo de construção e, na verdade, sem homéricas enxaquecas inviabilizadoras de qualquer atividade, sem um rim frouxo, sem absurdas crises de ansiedade, o preço por nunca ter cuidado de mim mesmo até que anda baixo.

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