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sexta-feira, 3 de março de 2017

FALÔ E DISSE

Ricardo Divila dispensa apresentações. Foi projetista da Copersucar, responsável pelo primeiro carro da equipe que, como diz Jadiel, era à frente de seu tempo em desenho, pelo menos.
Naquela época os carros não tinham o motor coberto.



O carro não durou uma corrida mas, é outra história.
Recentemente Divila concedeu uma entrevista onde, entre outras coisas, disse algo muito interessante e que remete ao que dissemos no post aí embaixo.
Antigamente a F-1 era formada por garagistas e as equipes contavam com reduzido número de integrantes.
Hoje temos 600 a 700 pessoas que produzem dois carros. E, grandes empreendimentos financeiros entraram na jogada. Bancos e etc. 
A categoria visa lucro. Deixou de ser esporte movido a paixão e motor. 
Como diziam no meu tempo "Falô e disse".

terça-feira, 3 de setembro de 2013

FD - 04

Domingo passado, dia 01 de setembro, o blog foi em peso (se bem que "menas" pesados que antes) ao autódromo de Interlagos participar do evento Le Mans Series. A corrida de seis horas de duração trazida para cá pelo empreendedor Emersão Fintinpaldi (como diria seu Homero).
A corrida não se resume em uma corrida. Explicando melhor: existem vários eventos que correm paralelos e o público pode circular pelo miolo do autódromo para ver diversas atrações.
A corrida em si, ao contrário do que a gente pensa, tem emoções o tempo todo. 
É certo que na principal categoria correram apenas quatro carros. Em verdade três com chances de vitória. Um dos Toyotas era particular e sem força para acompanhar os fantásticos carros da Audi.
Devido a motorização (mezzo explosão, mezzo elétrico) esses carros quase não fazem ruído. São silenciosos e velozes. 
O outro carro da Toyota era de fábrica e levou uma pimba logo de saída de um carro de categoria inferior que, afobado foi dar passagem sem perceber que o Toyota já estava do seu lado. Com o abandono do Toyota oficial os carros da Audi até fizeram graça como o número dois que deu uma volta inteira com o pneu preso na carenagem, depois de soltar do eixo. 
Enfim, no passeio que fizemos encontramos uma raridade que foi recentemente restaurada. 
Um Copersucar FD-04 que os pilotos da Equipe Copersucar utilizaram nos campeonatos 1976/1977. Nem eu era nascido.
Para a época tem um desenho arrojado mas, não andou muito. Chegou em quarto lugar na Argentina e Brasil e um quinto nos Estados Unidos. Tudo em 1977.
Enfim, o que importa é o fato de estarmos ali bem do lado de um carro histórico usado por um piloto fantástico. Fiz até um toc-toc na asa dianteira para testar a resistência.

o carro em plena forma

notem o apêndice aerodinâmico no bico. Foi feito no fundo da garagem


detalhe notado pelo chefe do blog. Vejam a mola (no corpo do carro) que prende a asa dianteira. Última palavra em tecnologia

quinta-feira, 29 de março de 2012

FD 01 E 02



Sempre falei para o chefe do blog que o Fittipaldi FD 01 era um carro, como diria um arquiteto amigo nosso, “à frente do seu tempo”.
Foi criado em 1974 sendo apresentado ao público da pior maneira possível: em Brasília da ditadura militar.
Mas, deixando este triste episódio de lado, o carro foi desenhado por Ricardo Divila e estreou no GP da Argentina em 1975.
Pilotado por Wilson Fittipaldi, o irmão do home, pegou fogo na 12ª volta abandonando, evidentemente, a corrida.
Vejam na foto que o carro tinha um desenho arrojado para a época com bico composto e carenagem inclusive cobrindo o motor.
Ocorre que este desenho, segundo a lenda, contribuiu para que o carro sofresse problemas de refrigeração.



Pelo sim pelo não reparem que o carro usado no GP do Brasil do mesmo ano, na foto acima, já com a denominação FD 02 é mais parecido com seus pares. Motor descoberto e enormes entradas de ar para os radiadores laterais.
Apesar de tudo, ainda considero o FD 01 um dos carros mais bonitos da F1. Até a pintura prateada e aquele beija-flor estilizado na lateral. O patrocínio era de uma cooperativa de produtores de açúcar e o “seu” Homero foi um dos primeiros a batizar o carro de açucareiro.