quarta-feira, 14 de março de 2012

O início da temporada

Como bem lembrou o pai do blog, semana que vem tem o GP da Austrália de F-1 abrindo a temporada 2012. No entanto, o campeonato mais importante do ano teve início no dia 14 de janeiro, no célebre kartódromo de Interlagos: o Campeonato Mundial de Kart da Maria Paula, contando com dois participantes, recorde na história da categoria.
Houve muita emoção na ocasião. A primeira aventura foi chegar ao local. Duas horas e meia antes da largada, os dois competidores chegam ao metrô, um com um boné azul do Banco Nacional e outro trajando uma camisa com a inscrição latina "qui est un bando de loucos". Tudo parte das habituais provocações recíprocas.
Pegamos metrô para um lado, trem para o outro até chegarmos na estação "Autódromo". O membro sueco da equipe constatou: "não tem autódromo aqui, não". Pergunta para um, para outro, anda para um lado, para o outro e lá chegamos.
O nome do kartódromo é Ayrton Senna e tem fotos do dito cujo lá. Um dos dois competidores ficou espantado ao saber que naquele traçado quase todos os grandes nomes do automobilismo brasileiro correram e que, em instantes, profanaríamos com nossa falta de habilidade um solo sagrado.
A corrida foi boa. Larguei em terceiro, fui para segundo, caí para quarto, voltei para terceiro, não perdi os dois primeiros de vista e, na última volta, enquanto lá na frente eles se engraçavam, enxerguei a possibilidade da vitória. Saí muito mais rápido de uma curva do que o menino que ocupava a segunda colocação, mas me afobei, tentei passar de um jeito insano, acertei o kart do cara no meio e girei na pista. Da possibilidade de vencer, passei a um resignado quarto lugar, quase vinte segundos a frente do quinto colocado - espantoso, considerando a rodada na última volta. Não tivesse eu bobeado, os quatro primeiros teriam chegado ao final com uma diferença de menos de um segundo.
Houve dois fatos inusitados. Para descrever o primeiro, precisaríamos da ajuda da ala sueca da equipe. No fim da corrida, o sujeito me perguntou se havia sido eu quem passara por ele voando por cima de uma zebra. Expliquei que era o local mais seguro para ultrapassar naquelas circunstâncias. Pedimos ao piloto norte-sueco para que deixe sua descrição do evento nos comentários.
O segundo fato inusitado aconteceu dentro do táxi, na volta para casa, rumo ao pint da vitória. Havia chovido e um carro passou por cima de uma poça d'água. Ambos fomos atingidos pelo líquido, mas apenas um de nós engoliu água. Teria sido normal se tivesse sido eu. Mais uma vez, pedimos a contribuição da contraparte para descrição do ocorrido.
A segunda etapa do Campeonato teria acontecido no último domingo. No entanto, o certame foi interrompido na segunda volta e meia por conta da tormenta que desabou sobre o kartódromo da Aldeia da Serra. De acordo com o regulamento, a gente se divertiu pra cacete.
Para fins de documentação, segue o resultado da primeira etapa:


3 comentários:

  1. Rá!
    cheguei antes do norte-sueco.
    Ele não honra o grand Ronnie Peterson, sueco bom de bota.
    Fiquei curioso com a narrativa uma vez que o chefe do blog (pilotando muito por sinal) foi atrapalhado pelo traçado e por retardatários que estavam à frente e na mesma volta (entenderam?).
    Mesmo assim o outro participante do vibrante campeonato não o ultrapassou.
    Que couve?
    Aguardamos a petição de contestação.

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  2. Requer-se a juntada do relatório da corrida de hoje na Aldeia da Serra onde Judas perdeu as botas, e a ala sueca botou!, e é o quanto basta.

    E também o relatório da semana passada, onde o adversário simulou uma quebra por afogamento no meio da pista, para causar bandeira vermelha e encerrar a corrida de lanchas. Isso quando o líder da prova já estava virando apenas 3x mais lento que o tempo médio da pista, e atolando apenas 2x na grama por volta.

    Em relação ao uso da zebra para ultrapassagens na reta de Interlagos, foi bem rápido. Começou com uma onomatopéia e terminou com uma palavrão:

    Péim! ----> Minha nossa!

    É o que dá para reproduzir nesse horário.

    O que eu pensei dos fatos no meio do caminho é que esticou um pouco mais, entre olhar pro lado pra saber quem se estabacou em plena reta, ver um kart passar voando (sem figura de linguagem) entre a grama e o fim da pista, se perguntar por que razão tem um kart passando onde não tem mais pista, pensar ô louco é o Renatão!, se perguntar porque o Renatão não usou o lado oposto da pista que estava livre, e ver o negócio aterrisar meio torto e tentar sair de perto. Aí eu não sei descrever, não. Não cabe nem em um parágrafo de advogado. E lembrando que tinha sal na minha gasolina, nulidade insanável. O procedimento do campeonato kartístico recomeçou do zero, na data de hoje.

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    1. O "sal na gasolina" já determinou o término e reinício da temporada 137 vezes...

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