domingo, 18 de março de 2012

IMAGINAÇÃO EM FALTA

Todos já conhecem minha opinião sobre a entrada do carro madrinha em situações em que sua presença seria dispensável.
Nesta corrida da Austrália não foi diferente.
Quando vi o carro do nosso inesquecível Petrão, o Katarrã, parado na reta dos boxes sem incomodar ninguém pensei na seguinte situação:
O diretor de prova está lá em sua poltrona com visão privilegiada da corrida. Latinha de cerveja na mão e batata frita em cima do teclado.
Mó monotonia. Mal pode esperar o final da corrida e correr para o banheiro onde fornecerá material para exame anti-doping.
O duende mor do circo está nos boxes atazanando alguém quando é informado que a audiência despenca pela monotonia.
Então, agarra o telefone e grita para o sonolento diretor de prova, “a audiência está caindo, nego! Anima essa porra aí.”
Mas, como?
Punir todos que ousam andar na frente de Dom Prima Dona Alfonsina?
Pode ser.
Seus pensamentos são interrompidos quando visualiza o Katarrã, carro do Petrão, parado em lugar seguro. Basta empurrar o dito cujo para junto da mureta dos boxes.
Que nada!
É a chance que todos esperavam. Aciona imediatamente os bombeiros, o exército, a marinha, a aeronáutica e a estação espacial. Pode ser aquela que caiu mesmo.
O carro do Petrão é literalmente uma bomba e pode explodir a qualquer momento.



Então, o carro madrinha entra garbosamente na pista. Para completar um caminhão sai não sei de onde para resgatar o possante impotente na reta de chegada.
Não é um caminhão qualquer. Não desses que a gente vê pelas ruas do Brasil resgatando carros de passeio desmaiados.
É algo parecido com um trio elétrico. Enorme. Só faltou a Cláudia Milk para atentar contra nossa paciência finita.
Ou o gordim do Montoya para encher a lata do caminhão provocando um incêndio visível em marte.
E, assim caminhou a humanidade.
Eu diria que, em matéria de imaginação, o diretor de prova poderia se inspirar em outras praias.
Esse negócio de imitar a F-Indy e acionar o carro madrinha em todo momento sonolento da corrida já deu né?

Um comentário:

  1. Assim como meu velho pai, quando avistei o carro parado na reta, pensei: "não precisa de safety car, mas ele vai entrar". Não deu outra. E também pensei assim: "meu pai, nesta hora, deve estar dizendo que, se fosse em Mônaco, esses caras tirariam este carro da pista em 2,74 segundos. Por que no resto do mundo não é assim?"

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