sábado, 28 de março de 2020

MENINO PASSARINHO

Não. Não é o post sobre a canção do grande xará Luis Vieira "menino passarinho" eternizada como "prelúdio para ninar gente grande".
Senta que lá vem história (como muita gente diz hoje em dia. Eternizada pelo Rá-Tim-Bum).

Lá nos anos setenta havia o famoso e tenebroso trote aplicado aos calouros das faculdades quaisquer que sejam. Nada mudou centenas de anos depois.
Eu sofri (o trote) e sofri o fato que a humilhação sofrida não me integrou àqueles "veteranos idiotas".
Mas, vejam só.

Eu também fui um idiota veterano.
No ano seguinte ao meu trote (puta que la merda, em 1976) já havia um movimento forte na Filô Rib's (aeeeee, inesquecível) no sentido de receber os calouros com abraços beijos e etc (dependendo do sexo do calouro). Na verdade, os trotes, criavam uma barreira entre os que chegavam e os idiotas que lá estavam.

Avancemos. Em 77.  Por sinal um ano cheio de significados. 
Vamos abrir um "parente".
Tivemos um 07/07/77. Diziam que a porra da bagaça da data iria foder a porra da bagaça. Mais ou menos como a virada de 99 para 2000. Chacrinha deitou e rolou em 1977. No seu programa a data era a data da data. Bão, eu só me interessava pelas chacretes.

Me perdi. Ah, me encontrei.
No início de 77 nós os veteranos iríamos receber os calouros. Eu integrava a comissão de "recebimento das calouras mais bonitas". Mais ou menos isso.
O combinado era não aplicar o  trote humilhante tal e coisa.
Beleza.
Só que havia um problema.
O tal menino passarinho.

Era, o pequeno alado, calouro da Psico. Tinha que ser.
Um sujeito esquisito. No início de 77, ele calouro, cismava em subir em uma árvore na entrada da Filô (para quem vinha dos lados do tenebroso prédio do IML ( de Rib's)) feito um menino passarinho com vontade de voar.
 Era uma visão, no mínimo estranha chegar à Filô e vislumbrar um pombo/pardal/corvo/ maluco trepado na árvore. E, pior, não respondia ao chamado da realidade. Nós falávamos "oi" e ele continuava com aquele olhar de passarinho agarrado ao  ninho. 

Como integrante da comissão de recepção expliquei para o dito, quando ele estava no chão, que estávamos tentando implementar uma nova filosofia acerca do acolhimento dos que chegavam e etc e tal.
Ele riu e respondeu algo como "vá se foder".

Então aconteceu o que aconteceu. A comissão de recepção era composta por gente que havia recebido trote no ano anterior e queria  descontar em alguém.
Eu, até hoje, me recuso em frequentar terapia acerca da porra do trote que me decepou as madeixas.
Eu era contra o trote até "dialogar" com o menino passarinho, como dito acima.

Fiz um relatório, verbal, e o veredito era "pau no imbecil".
Simplificando, ele se tornou o único alvo da "recepção" aos calouros.

Naquela época havia uma confraternização na Filô mais ou menos no início do ano letivo.
Chopada para ser mais exato. Na famosa cantina.
E, o "alvo" apareceu por incrível que pareça. Ele sabia do que o aguardava. A Psico era composta de várias garotas tipo coração de mãe e algumas sabiam que o passarinho iria receber um belo trote.
E, papo vem chopp entra  e o fidapu falando para que quisesse ouvir  "num tô nem aí".
Então, veio o grito, tipo "vão estripá o porco".
Instala-se o caos
O passarinho, logo após o grito, saiu correndo porta afora com uma turba ensandecida atrás.

Confesso o seguinte: estava tão bebo que no grito "pega o dito" demorei meia hora para entender.
Mas, saí em busca do alado.
Mano.
Naquela época a Filô era mucho lôca.
Uma escuridão feito filme de terror. Confesso que, na correria, não enxergava os pés. O piso era de paralelepípedos. Portanto, cheio de imperfeições. 
Saímos, a liga da justiça, correndo atrás do passarinho.
Ninguém encontrou o alvo.
Estraguei o único sapato que pegava menina.  Na missão meu sapato perdeu a sola.
E, eu a vergonha.  Sim, naquele tempo pensava que sapato conquistava as "mina".

Meninos. Ninguém, até hoje, sabe como o passarinho desvaneceu. A gente dizia que ele voou, áras.
Aqueles que tentaram honrar as tradições da Filô se reuniram e decidiram em atitude inédita deletar o fujão. Naquele tempo era colocar no gelo.
Ele até que tentou se enturmar, nos dias seguintes. Mas, a gente ficou firme.  Conviveu poucas semanas com os pares e voou para outras paragens.
Até hoje, apesar da desistência precoce, penso no que virou o menino passarinho da filô.
E, se acaso encontrá-lo vou cobrar o sapato de pegar as mina.


 




terça-feira, 24 de março de 2020

2020

Quando não era do grupo de risco o futuro era um enigma. Muitos dando palpite e previsões sobre o que viria.
Algumas malucas como carros movidos à água.
Outras apocalípticas como a última guerra mundial. Porque as bombas H seriam lançadas.
Adorei um livro, que li por volta do final da década de setenta, de um general norte-americano que previa como seria a tal última guerra. Uma invasão da Alemanha Ocidental pelo Pacto de Varsóvia (a nova geração nem sabe do que se trata) que resultaria em disparos ferozes de mísseis nucleares. E fim de papo para os homens. As baratas iriam sobreviver..... (dentre outros seres).

Hoje, faço parte do grupo de risco. Mas, até que não me espanto com o caos em torno.
Porque comungo da ideia segundo a qual a humanidade não vai morrer pela mão do homem.
Virá um super vírus que dará conta destes seres soberbos e idiotas.

Mas, dou um pitaco. 
Vamos deletar 2020 da história. Fiquemos todos na toca. Tudo já foi adiado/cancelado mesmo. 
Então a história vai registrar a passagem do ano assim: acabou 2019 começa 2021 (espero).
Toc, toc na madeira. 

domingo, 15 de março de 2020

TUDO PARADO

Interessante nesta crise toda é observar como o mundo fica atarantado.  O que fazer? Fechar tudo?
Fechar mais ou menos?
Alguns lugares adotaram uma interessante estratégia: trabalhar seis horas com revezamento. Assim, as pessoas não ficariam juntas o tempo todo. Problema: se alguém depender de informação de quem não está presente ou improvisa ou não concluí o trabalho.

Enfim, a F-1 vem com aquela solução patronal.
Ross Brawn quer cancelar férias e mandar ver em agosto. Um GP atrás do outro. Ele diz que vai ser legal.
Lógico, é uma ideia. De Jerico, claro. Ninguém sabe até quando o vírus vai estar na crista da onda (como dia minha avó).
Vamos ver no que dá.

quinta-feira, 12 de março de 2020

BOTÃO DO PÂNICO

Abriram as porteiras do coronavírus na F-1. Os carros nem foram para a pista e o cancelamento do GP da Austrália é inevitável.
Apertaram o botão do pânico.
A McLaren informou que não vai correr porque um funcionário foi testado positivo e foi para a quarentena. A Haas tem quatro infectados.
Como as escuderias precisam da força máxima esses funcionários são essenciais e sua falta compromete toda a programação. 
Lewis Hamilton já esbravejou contra a presença e a "normalidade" da F-1 em Albert Park enquanto o mundo esta paralisado em função do surto provocado pelo coronavírus.
Lembrando que a Organização Mundial da Saúde já decretou pandemia causada pelo vírus. Ou seja a capacidade de infecções pelos continentes.

Enquanto teclo provavelmente mais infectados vão surgindo e quando terminar será cancelado o que nem deveria ter a programação normal.

A F-1 que pretende ser um exemplo em várias áreas para o mundo mostra que, como disse Hamilton, o que manda é a grana.
Vergonha.

terça-feira, 10 de março de 2020

NADA DE PÂNICO

A F-1 tenta ficar ao largo dos problemas advindos do coronavírus. Fingem que nada está acontecendo. Porém, já sabemos que o GP de Bahrein, o segundo da temporada, será com portões fechados.  Estamos na semana do início da temporada. Será na Austrália. Os italianos estão na berlinda por conta do alastramento das infecções no bota. Pelo visto, não souberam tratar o problema e agora o bicho pegou.

Ross Brown, um dos chefões, disse que se alguém (piloto) ou equipe for prejudicada, por quarentena ou coisa assim, vai haver corrida com os sobreviventes mas, sem valer pontos.

Lógico que não dá para fugir do vírus neste mundo global onde as pessoas tem facilidades em comprar uma passagem de avião e fazer turismo em qualquer parte.

Pelo tempo de incubação (14 ou 15 dias) alguém pode ter sido infectado não desenvolver a gripe neste lapso de tempo, voltar ao país de origem e voilá. Infectar os próximos.

Pois então. Um hóspede de um hotel próximo ao circuito onde se dará a corrida está com gripe do coronavírus. As autoridades dizem que está tudo sob controle. Nada de pânico. Porém, corram aos botes salva-vidas Mulheres e crianças primeiro. 
Pelo visto, veremos neste fim de semana a F-1 com máscaras cirúrgicas. Mesmo os pilotos equipados com capacete.

Durma-se com um barulho desses.

PELA MADRUGADA

Direto da sacada. Dezenas de fotos e esta foi escolhida. Preciso aprender a "mexer" na máquina.



segunda-feira, 9 de março de 2020

BOA NOTÍCIA

Para o automobilismo brasileiro.
Sergio Sette Camara foi escolhido para piloto reserva dos Toro Seniores. Em 2016 ele fez parte da escolinha do professor Hammer (Helmut Marko, para os não iniciados) e não foi aproveitado.

Desta vez ou vai ou racha. Sergio resolveu não continuar na F-2 categoria que não acrescentaria nada em sua carreira. Com a superlicença no bolso já pode sentar a bunda num F-1.
No ano passado era piloto do simulador da McLaren. Mas, é uma equipe, digamos, sólida em termos de renovação de pilotos.

Os Toro, pelo contrário, adoram sacanear pilotos chutando uns e dando oportunidades precoces a outros. Em verdade os quatro carros (Toro Seniores e os Mirins, agora Alfa qualquer coisa) são mal administrados. Essa troca troca promovida pelo Hammer não ajuda em nada. Só faz pressão além do necessário sobre os jovens.

Sette Camara já conhece o balaio. Sabe qual olho funciona em Helmut (maldade Luizão) e deve focar neste para ter oportunidades futuras.

Como Danill Kvyat (que nome é esse?) e Pierre Gasly estão na corda bamba as chances de Sette são boas. 
Lembrando que Sebastien Buemi também foi contratado para a função reserva. Mais um para vuduzar.

"agora, ou a gostosa da Glória, ou o brejo"

domingo, 8 de março de 2020

sábado, 7 de março de 2020

DIRIGIR PARA VIVER

Não.
Não é sobre a vida de um motorista de aplicativo.
É sobre a série da Netflix envolvendo a temporada de F-1.
Já disponível a temporada de 2019.
Sinceramente não gostei.
Não há ordem cronológica das corridas. O foco são os pilotos e chefes de equipes fora das pistas onde desempenham um papel sabendo que estão sendo filmados. Engraçado foi assistir a mulher de Christian Horner insinuar que trabalha mais que ele.

Para exemplificar temos um capítulo inteiro discorrendo sobre Pierre Gasly passando a impressão de que ele foi injustamente trocado por Alexander Albon. 
Pior. Não ficou bem claro que chegou em segundo no GP do Brasil devido às circunstâncias e não ao bom desempenho. O fato foi tratado como uma redenção. Por ironia Albon só não chegou neste lugar porque foi tocado por Hamilton no final.
Quem assistiu a temporada sabe que Gasly não se adaptou e a troca foi justa.

Enfim, muitas tomadas de câmera na cara do piloto dentro do carro, com capacete evidentemente, parecem remeter à falta de empenho em editar os vídeos.
Mas, a falta de ordem cronológica foi crucial para meu julgamento.

Precisam melhorar. Uma temporada tão longa rende grandes imagens e falas espontâneas. 

sexta-feira, 6 de março de 2020

MAIS UM PARA O CLÃ

Como diria meu inesquecível professor Siegfried (responsável por minha escolha pela Química):
"O negócio é o seguinte". No caso dele (profê) um monte de fórmulas e quetais.

No meu caso uma resistência homérica (olha o véio Mero aí, geiiinnnnnte!!!) em relação aos cachorros e apartamentos.
Explico.
Quando moramos em casa tivemos dois cachorros. Um deles foi doado pela impertinência de uma certa pessoa em forma de sogra. Outro o famoso Titã. Um vira-lata pequeno com vozeirão. Daí o nome. Vou fazer um post sobre ele.
Mudamos para apartamento e Titã foi doado.
Mariana, nas últimas décadas, chantageou este que vos tecla argumentando que um cachorro era tudo de bão.
Eu morro de dó de peludos e qualquer outro bicho preso onde quer que seja. Apartamento entra na lista.
Mesmo assim vieram as calôs que "gritam" o dia inteiro por liberdade. Reclamam sem razão porque, vira e mexe, são soltas e voam pela casa como se estivessem na floresta que nunca conheceram uma vez que nascidas em cativeiro. 

Mas, água mole em pedra dura (quando jovem nunca entendi esta bagaça) tanto bate até que fura.
Um belo dia Mariana veio conversar comigo e percebi que vinha a velha chantagem. Estávamos num hotel fazenda. Eu, de boaça. 
A velha rocha já estava perfurada e quase cedendo porque Henrique (o famoso Nênes) pedia um cachorrinho. E, este vô derrete por ele.
Nesta conversa saquei que o peludo já estava comprado e tudo o mais.
Enfim, adorei  cachorro. Que ninguém nos "ouça".

E, apresento o mais novo integrante do clã Onofri.

Este é o .......


o....



o.....

o.....




o.....


COOKIE!!


Chegou num domingo chuvoso mas, tomou conta da casa. Acho que é um Yorkshire Terrier. Mas, eu o trato como um vira lata qualquer. Já tomou conta da casa e dos corações. Este que vos tecla já se rendeu. 

quinta-feira, 5 de março de 2020

MÁFIA EM AÇÃO

Vamos tentar entender o imbróglio do pum atômico de mamã Ferrari do ponto de vista culinário.

Pegue um tacho daqueles da fazenda da vovó. Ou seja, tipo ofurô

Acrescente um motor suspeito de 2019. Descia a reta feito o brasil descendo a ladeira. 
Jogue uma tantada de desconfiança. Todos diziam que algo errado estava certo. Uma talagada de FIA (da puta) em silêncio. 
Uma pitada de privilégio vremeio em relação às outras equipes. Mais dinheiro só por existir. Tipo a gostosona da zona. Ainda por cima é a única a ter poder de veto às mudanças de regulamento.
Agora uma bela tantada de falta de senso da mesma FIA (da puta) ao soltar um comunicado dizendo que fez um acordo secreto com mamã Ferrari. Pornográfico, por sinal.
Uma pimenta malagueta curtida em óleo (já fiz esta besteira. O resultado foi usado como combustível de foguete) jogada por cima na forma dos contratos entre a F-1 (dona Liberdade) e as escuderias estarem no final nesta temporada. Negociações e mais negociações. 
Leve ao forno. 

Resultado: as equipes que não usam equipamento vremeio jogaram o batom, bateram o pé e ameaçam sei lá o quê. Querem saber que porra é essa de acordo secreto envolvendo um pum que estava coberto de desconfianças.
Queimou a rosca da dona FIA (da puta).

Tentando salvar o cozido (ou o cuzinho), a entidade máxima da bosta do automobilismo galaxial disse que não chegou a nenhuma conclusão sobre a legalidade do pum vremeio. Ou seja, admitiu a incompetência. Mas, que a pornografia secreta é prevista em algum lugar da porra do regulamento.

Resumindo: vamos esquecer o cozido (ou cuzinho) e bola pra frente.
Com a palavra os "outros".





quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

FOI DADA A LARGADA

Vamos levar em consideração a frase de Waldir Pereira (nosso glorioso Didi) campeoníssimo futebolista e "fisólosofo" do século passado.
Treino é treino, jogo é jogo.

Mesmo assim nada de novo no quartel de Abrantes. No caso um quartel lá em Portugal, próximo de Lisboa que deveria deter o avanço bonapartino em 1807. Como os portugueses nada faziam para impedir o progresso dos franceses, quando perguntado sobre o quartel de Abrantes a resposta era essa.

Onde estava mesmo? 
Ah, lembrei.
Dona Mercedes já mostrou seu cartão de visitas sendo a mais rápida com seus multi-carros, uma vez que a Racing Point não teve pudores em admitir que copiou a matriz.
Um tempo atrás algumas equipes deram xiliques porque a Hás, Há, Rá, sei lá havia copiado mamã Ferrari. Na temporada deste ano a situação anda mais complicada porque os Toro Mirins, digo Alpha Tauri Honda copiaram os Toro Seniores (que não mudaram o nome para algo do tipo Toro Macho Pákarai).

Chapolim Perez ficou em terceiro e seu companheirinho dono da equipe em décimo. Ou seja, continua o braço duro de sempre.
Aguardemos os próximos capítulos.

dono da equipe tem destaque. Só na foto, só na foto

INSANOS

Já falei várias vezes sobre a insanidade das corridas da NASCAR.
De vez em quando assisto umas provas nos ovais.
Segunda-feira, por acaso, assisti o final das 500 milhas de Daytona, prova de abertura da temporada.

Três mil carros largaram e depois de vários "big crashes" como eles dizem sobraram uns vinte.
A corrida terminou na prorrogação. Então é assim. Duas voltas e vale tudo.
Não há mais bandeira amarela. Salve-se quem puder.
Outra coisa. O regulamento permite que um carro empurre outro se concluir que o palhaço que vai à frente esteja atrapalhando. O empurrar é jogar longe mediante uma pimba na bunda. Mais ou menos como o trânsito aqui em Rib's.

No vídeo o resultado da maluquice. Notem que em 0,25s um sujeito consegue bater no muro. Segue o bonde. No empurra empurra sobrou para Ryan Newman que levou uma encoxada foi ao muro decolou e na volta sobrou um chute no saco, decolando novamente.
Até aí Tancredo está numa ilha cercado de beldades.

Duro foi assistir a comemoração do "gladiador" Denny Hanlim enquanto o pessoal analisava o que fazer com o pobre Ryan preso ao carro.
Faltou aquele aviso pelo rádio para deixar as comemorações para depois do velório.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

PÍLULAS

Sempre que me deparo com a palavra "pílula" lembro de um episódio acontecido lá no século passado.
Um dos meus primos morava com a gente em sampa porque cursava Engenharia na Poli.
Ele arrumou uma namorada com ideias avançadas para nós, parentada dele.
Como exemplo ela era (ainda deve ser) adepta da homeopatia. Naquele tempo as pílulas pareciam pílulas de alka seltzer, antiácido que dissolve em água.
Portanto, a visão de meu primo engolindo cinco ou seis daquelas tampas de bueiro brancas não era nada agradável. Aquilo, para piorar, se repetia várias vezes ao dia.
Tadinho.
Hoje todos aqui são usuários da homeopatia. A rainha da mansão sabe mais sobre os remédios que muito médico da área.
E, as pílulas torturantes se transformaram em bolinhas simpáticas.

Mas, o título se dá em virtude de pequenas notas em pílulas homeopáticas.

- Centenas de equipes já apresentaram o carro para esta temporada. Todos horrendos como são os carros de hoje.
Todos otimistas declarando que "agora vai".
Sabemos, no entanto, que dona Mercedes vai fazer cu doce no início. Depois, levanta a saia e corre mais que as outras.
Hamiltão, campeão de 2020, agradece.

- Quando disse que Mimadon tinha até alguma chance nas 500 milhas de Indianópolis era porque estava em negociações com a equipe do gordin Andretti (o filho braço duro e não o pai fodão).  
Esqueci o fato da equipe utilizar motores Honda. Ora, ora, ora. O espanhol pedante meteu a rola nos motores lá nos Laranjas e pensou que iria ser empurrado por um desses na Indy?
Foi vetado.
Correu para os braços do Ed Carpenter que disse "cruzes", Deu  uma desculpa sobre a quantidade de carros para a disputa (só dois) e pulou fora do xiliquento.
Pelo visto Mimadon vai ter que comprar uma equipe se quiser a tal tríplice coroa. 

- Uma coisa boa está acontecendo em relação à mamã Ferrari. Todos dizem que seu novo carro é uma bosta sobre rodas. Então, o que vier será lucro. Estão com problemas até com relação a um dos patrocinadores que é ligado aos cigarros tal e coisa.
Italianadas.

- Graças ao Coronavírus estamos quase livres do GP da China e sua eterna neblina de poluição.
E, o Vietnã também corre o risco.


sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

CINZA

Logo voltaremos à programação normal.
Mas, os tempos andam cinzas e este que vos tecla anda desanimado.
Tento não entrar no mérito da situação política/miliciana atual.

O motivo é deveras simples. Estava, outro dia, no consultório do meu cardiologista preferido (porque disse que meu encanamento entupido não necessita de roto-rooter) e ele explicou que certas situações estão fora do meu alcance. Não tenho ação sobre o que aí está, taokey?
E, não tenho ação sobre o stress que me aflige causado este pelo nazismo atual que campeia no território nacional.
O que "aí está" foi eleito pelo gado ou por gente que pensa como o acéfalo/miliciano.
O jeito é fingir que estou/estamos em outro país.
Mas, pagando imposto e etc aqui mesmo.

Voltando um pouco aos tempos bicudos da ditadura.
Quando vim para Rib's cursar Química entrei, de fato, de cabeça em questões políticas. Mas, nas conversas com o pessoal politizado sempre surgia a questão da ditadura não ser contestada pelo chamado povão. E, o apoio pornográfico da, então, mídia. Dona Globo nem se fala.
Não lembro muito bem quem foi mas, um dos "cabeças" (os caras realmente engajados, ou seja, dando a cara para apanhar) da época explicou que o brasil-sil-sil era representado pelo "o que aí está".

O tempo passou a ditadura cansou (na verdade perdeu o apoio daquele país enorme e bobo lá de cima) a democracia (ah ah) voltou, a corrupção continuou como sempre e cá estamos.
Estou véio e cansado. 
Principalmente porque constato que a idiotice tão combatida pela minha geração venceu.
O desbunde (palavra de ordem para a liberação geral) do princípio dos anos oitenta, quando caiu a censura, foi um sonho que desembocou num pesadelo.
Tanto que vários artistas transgressores daqueles tempos revelaram-se fascistas.

De qualquer maneira temos que seguir em frente. Faço minha parte, apesar dos pesares. Adoro desfiar os nomes dos grandes e incólumes corruptos deste país quando ouço mugidos tipo "o PT começou a grande corrupção no país". Começo pelo Maluf e nomes e mais nomes. Normalmente acaba a conversa.
Amém.




  

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

NADA A DECLARAR

Nos últimos tempos o blog entrou em hibernação "verãonal".
Nem visitamos a mídia especializada em automobilismo com a frequência habitual.

Mas, aos poucos o urso vai acordando.

E, para constar, um comentário sobre o piloto que adoramos odiar.
Mimadon, o capotado, (foi brincar de Rally Dakar) não é mais embaixador (?) dos Laranjas (McLaren). Não sei o que significa o cargo. Mas, ele aparecia em alguns circuitos fazendo caras e bocas.
Dizem que ele pretende vencer as 500 milhas e completar a tal tríplice coroa para ser o fodão dos fodões. Tá virando obsessão.
De qualquer sorte, se os boatos se confirmarem, vai correr com carro da Andretti. Que vem a ser uma das melhores equipes.

E, lógico, ameaça voltar à F-1. Diz que não é véio para tal. Conta com 38 anos. Noves fora, voltaria em 2021. Penso que nem ele acredita em contrato com equipe grande. Mas, tudo é possível. Numa dessas ele compra a equipe Mercedes......

"I'll be back".




sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

A DECEPÇÃO COM O COMETA

Em 1986 morávamos em Jaboticabal. O assunto dominante era a Copa do Mundo de Futebol no México. Mas, antes todos falavam no famoso cometa Halley. que dá as caras no sistema solar de 75/76 anos. 
O ponto alto da visita em 1986 seria em fevereiro. Quando dominou os céus em 1910 tornou-se um espetáculo. Diziam que sua cauda era carregada de gases tóxicos que dizimariam a vida na terra. Muita gente ganhou dinheiro vendendo máscaras contra gases. Mas, a cauda é inofensiva. Vapor de água e hélio. 

Na época em que ele surgiria no céu os habitantes de Jabotica's promoviam excursões para os pontos sem iluminação para melhor observação. Normalmente em uma das saídas da cidade. O chefe do blog contava com um ano e pouco de idade. Seu entusiasmado pai levou a família inteira em algumas noites.
No entanto, as pessoas olhavam para cima e se perguntavam, "cadê a porra do cometa?"
Muitos estavam munidos de pequenos telescópios, binóculos, máquinas fotográficas e nem assim a observação foi satisfatória.
Os analistas de plantão diziam que a aparição não ficaria devendo àquela do começo do século.

O que não explicaram é que sua posição em relação ao sol não ajudava em nada na magnitude (medida do brilho). 
Mas, não desistimos. De vez em quando lá íamos atrás da escuridão na tentativa de melhor visualização do cometão. Por volta de abril ele estava se despedindo do sistema solar. Uma decepção sem tamanho.

Ele promete voltar em 2061 mas, não vai me pegar. Mesmo porque estarei em outras paragens.

Hello, Halley


segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

MUDANÇA DE ARES

Sabemos que a equipe Toro Rosso (os mirins) vão mudar de nome. Vão responder por Alpha Tauri, marca da roupa dos Toro.
Sabemos, também, que os proprietários da escuderia são fabricantes de uma bebida energética.

A sugestão do blog para as mudanças é a da foto abaixo.
Mudança radical. Toro Loco como nome da equipe, vinho ao invés de "bebida energética" e a contratação dos pilotos lôcos da Haas.
Garanto que vai ser um sucesso.


quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

GENTE COMO A GENTE

Bernie Ecclestone é aquele duende que já foi dono da F-1. Famoso pelas abobrinhas esparramadas. Bom, com a grana e posição ele está podendo falar quantas abobrinhas quiser.
Tem o outro lado, no entanto, na vida do sujeito. 
É lado gente como a gente.

Em 2010 foi assaltado juntamente com a namorada ao sair de seu escritório em Londres. Roubaram uma cacetada de coisas no valor estimado de duzentas mil alfacinhas inglesas. Um pouco antes Jenson Button havia sofrido uma tentativa de assalto lá em sampa no fim de semana do GP do Brasil. Ele, Bernie, foi irônico ao dizer que os assaltantes procuram pessoas mais lentas, dando a entender que ele, no alto de sua magnifica altura estaria a salvo. Sifu.

"levei porrada, mano!"
Seguindo o baile, em 2016 sequestraram a sogra dele. Ele casou com uma brasileira e o sequestro se deu em Cotia. Uma história muito mal contada, em verdade. Pediram uma fortuna pelo resgate. Nada, porém, foi pago, os sequestradores presos e o acusado de ser o chefe da quadrilha disse que armaram contra ele.
Sei que ele, espero que por brincadeira, declarou que não pagaria um centavo por ela. Sogra é sogra.

Finalmente o capítulo atual da série "gente como a gente".
Ladrões entraram na super protegida  mansão de sua filha em Londres e roubaram jóias e quetais no valor de 50 milhões de libras. Preciso repetir 50 milhões de libras. Só a casa está avaliada em 70 milhões de libras. Tem 57 quartos. Presente de papi.
Ela é socialite, modelo, personalidade de TV. É filha de Slavica Ecclestone, que foi mulher do duende.
Bom, dizem que gente de dentro da mansão ajudou e etc. 
Para nós, mortais, o que importa é que, de vez em quando, a realidade atropela essas pessoas.

"Tô tiste e irritada."



quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

O JURAMENTO

Completando o post anterior.
Fui dispensado do exército "por excesso de contingente". Está escrito no meu certificado de reservista. Por sinal não sei o paradeiro dele.

No início de 1972 (sim, faz tempo) foi marcado o dia do recebimento do certificado e o juramento à pátria.
Tudo no estádio do Pacaembu.
Para variar a cerimônia foi marcada para muito cedo.
Véio Mero não podia me levar e acabei numa efeméride busal (de ônibus). Como morava fora das rotas acabei por fazer um tour por sampa. Mas, cheguei ao estádio são e salvo e a tempo.

A rapaziada, feliz por escapar do serviço obrigatório, enchia a arquibancada coberta. Muita gente.
E, lógico, os recos estavam lá. Fardados, fazendo cara de poucos amigos e (surpresa) baionetas no fuzil. Aquilo não era bom. Não sei se o cara que me classificou como um alemão estava lá. Não procurei, é claro.
Havia uma mesa enorme instalada no gramado lá embaixo e um sistema de som estridente. Repentinamente entram os fardados graduados dando início aos trabalhos. Tome discurso na base da ordem e progresso. Lembrem-se, ditadura militar. Vários discursaram no mesmo sentido. Não era porque não iríamos "servir o exército" que estaríamos livres de defender o solo sagrado.
E, por aí vai.
Bom, fiquei imaginando que os certificados iriam ser entregues via correio ou algo assim. A gente iria jurar e pronto.
Qual nada. Começaram a chamar um por um dos zilhõe que ali estavam. Foi um balde de gelo. Aquilo iria demorar. Pelo menos não esperavam o agraciado descer. A chamada era do tipo batelada. Chato é que alguns faltaram e foram execrados pelos fardados no discurso final (sim, teve discurso antes juramento e hino). Sem saber o porque da ausência.

Num dado momento a gente começou a ouvir sirenes no entorno do estádio. Muitas. O medo era algum atentado ou algo assim. O tal servir a pátria poderia vir mais cedo do que pensávamos.

Bom, séculos depois acabou a entrega dos certificados vindo o juramento. Antes cantar o hino nacional. O famoso "ouviridum"
Aqui cabe uma observação. Naqueles tempos bicudos vira e mexe os alunos eram obrigados a ir ao pateo das escolas e cantar o hino nacional. Eu estudava no famoso CEDOM em Santana no horário noturno onde os alunos eram bastante engajados. Ante a nítida falta de vontade da maioria em cantar a prática acabou esquecida. Inevitável associar o hino à ditadura e a obrigatoriedade em cantá-lo tipo ordem unida. E, jogue a primeira pedra quem, da minha época, lembra a interminável letra sem uma colinha.

Voltando, lá estávamos nós pronto para a execução do hino. E, os recos de olho nos"cantores". Estava na beirada das cadeiras (não lembro exatamente se eram cadeiras) próximo a um dos recos.
Pensei melhor e fui para o meio da turma porque não sabia a letra por inteiro.
Fiz bem. Começou a cantoria e os recos vinham com a baioneta no pescoço de quem exitava ou fingia que cantava. Diziam coisas tipo "não sabe a letra, mané?" Com aquela cara de maluco beleza.
Lá no meio eu mexia a boca todo pimpão (como dizia minha avó) dublando a música.

Terminada a tortura fomos dispensados. Lá fui eu de volta ao tour pela cidade.
Na rua observava a passagem dos caminhões de bombeiros, polícia, ambulâncias e quetais.
De dentro do primeiro ônibus vislumbrei a TV de uma padaria. Estavam transmitindo ao vivo um incêndio de grandes proporções.
Este é o lado triste do meu juramento à pátria.
Foi no dia 24 de fevereiro de 1972. Dia do fatídico incêndio do edifício Andraus.





terça-feira, 10 de dezembro de 2019

EU ALEMÃO

Sempre fui um sujeito tímido e seguidor das regras.
Mas, dependendo da situação subia nas tamancas (como dizia minha vó).
Há muito tempo atrás chegou a época da inscrição no exército para fins do serviço militar obrigatório.
A rapaziada, como hoje, não queria saber de "servir o exército."
Véio Mero, no entanto, estava entusiasmado com a ideia porque o mais velho dele iria ver o que era bom para a tosse (como diziam naquele tempo) e tomar jeito na vida. Não sei muito bem o que ele queria dizer. 

O clã Onofri morava em sampa. Como hoje os jovens, antes de completar os dezoito anos, faziam a inscrição na junta militar mais próxima tendo que acordar antes das galinhas.
No meu caso a inscrição era na vila Guilherme.
Antes de amanhecer lá estava véio Mero com aquele prazer mórbido em me levar até o local.
Já havia uma puta fila. Uma certa quantidade de pessoas eram atendidas por dia. Quem sobrava voltava em outra ocasião. Lembro que contei e estava entre os atendidos do dia. 
Aqui entra o que ocasionou, lá na frente, um grande problema para mim.
Alguns recos estavam designados para tomar conta da fila. Reco é aquele cara que esta cumprindo o serviço militar. Ou seja, um sujeito da nossa idade, fardado com um fuzil na mão. Sim, os caras adoravam apontar o dito como se fossem atirar quando julgavam haver um tumulto qualquer.

Então, veio o tumulto provocado por este que vos tecla. Alguns jovens chegavam e furavam a fila. Conversavam com os recos e entravam no meio da fila. Não sei se havia uma troca de favores ou algo assim. Longe de mim dizer que há corrupção neste país.
Quem estava no prejuízo começou a contar os integrantes da fila. Eu estava mais ou menos como nos treinos da F-1: na zona de corte. Ninguém reclamava e fui ficando puto. Naquele tempo quando ficava num certo nível de putice baixava um santo enfezado que me punha em situações difíceis.
Num dado momento explodi e comecei a reclamar em altos brados da furação de fila.
Veio um dos recos, com o fuzil em riste, perguntando que "caraio é este". Expliquei, berrando, a situação. Morava na casa do caraio e não iria voltar no dia seguinte. Mesmo porque meu pai não entenderia como passaram  o filhão dele para trás daquele jeito.

Meninos do céu. O cara estava vermelho. O fuzil (sei lá se tinha bala) babando de vontade de me dar uns pipocos (como diz o chefe do blog). 
Pensei que minha hora havia chegado. Pelo menos ficaria livre de "servir o exército".
O reco me olhava de alto a baixo. Virou e foi para o início da fila. 
Bom, abriram o portão da junta e a boiada começa a preencher a ficha.
Como, dentro do pátio, formaram duas filas o reco do fuzil e orelha quente pelos meus berros me chamou para formar em uma delas. Furei a fila.

Antes que pudesse ficar feliz notei que ele falava com os outros recos encarregados de datilografar (sim, uma demora do cacete) os dados dos infelizes. Passou por mim com olhar de riso. 
Entendi, de imediato, que iriam me sacanear no preenchimento.

Não deu outra. Por volta de meio dia peguei minha ficha. Ela era encaminhada para algum lugar. Os "fichados" tinham que conferir os dados, assinar uma declaração e ir embora.
Olhei e percebi a sacanagem. Altura: 1,85m. Tenho 1,77m. Cor dos olhos: azuis. Meus olhos são castanhos. Cor dos cabelos: loiros. Cabelo castanho.
Um perfeito alemão. Ideal para ingressar nas fileiras do exército.
Falei para o encarregado que não iria assinar porque estava tudo errado.
O cara disse algo como "não tem importância". Mas, bati o pé.
Nesta altura do dia quase ninguém na junta. O reco de orelha quente havia sumido. Para minha sorte.
Mudaram minha ficha e fiquei feliz com o meu santo enfezado. Foi um dia extenuante mas, venci.

A ironia veio depois. Lá em sampa zilhões se inscreviam para o serviço militar. Então, de cara, havia um sorteio no fim do ano para o primeiro corte. Mês par ou mês ímpar. Saía, o resultado, na imprensa. No meu ano o mês ímpar foi sorteado. Nasci em julho, ímpar.
Poderia ser um alemão no meu certificado de reservista
Mas, foi melhor não arriscar.....


quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

O DILEMA DA FOLHA EM BRANCO

Há muito tempo atrás comecei a batucar textos numa máquina de escrever portátil que véio Mero trouxe de seu trabalho. Já escrevi sobre ela mas, não achei o link.

Quando sobrava  um tempo, cursava o colegial em sampa, corria para o quartinho transformado em copa para escrever o que viesse na telha. Em algumas ocasiões tendo loiras geladas para apimentar a relação com a máquina.
De lá para cá muita coisa mudou mas, não uma característica pessoal.
Sento, olho a folha em branco imaculada, virgem mesmo, tentando concatenar a ideia que veio durante o dia ou segundos atrás.  Lógico. Hoje a folha é o word.
Começo a batucar e o texto final sai completamente diferente. Tanto que, podem perceber, aqui no blog a impressão é de falta de revisão na hora do "enter".
É proposital porque resolvi só mudar quando o parágrafo fica sem sentido ou perdido no contexto.

Diria eu que sou um escrevinhador raiz.

Quando sento e me ponho a escrever vem o dilema da folha em branco. A sensação de estar sentado no vaso olhando o papel higiênico. Será que vai ser o suficiente?
A sensação de imprimir o exame de sangue nosso de cada mês (sim, hoje nós temos que imprimir o dito) e torcer para que os limites não estejam tão longe do ideal. Porque ideal não estão faz tempo.
A sensação que tinha quando montava gráficos no curso de Química torcendo para que os números da experiência resultassem numa esperada curva desaguando numa nota dez.
O famoso branco quando as provas escolares eram todas "abertas". Dizíamos que se sobrevivêssemos nos primeiros quinze minutos nem tudo estaria perdido.

O pessoal aqui de casa está acostumado a me ver balbuciar "preciso fazer um post" quase todo dia.
O dia a dia dessa loucura chamada vida não permite inspirações cotidianas que dizem respeito ao nosso pedaço da infernal internet. 

Então, vem o dilema da folha em branco. Que, por sinal, virou tema deste post. E, a inspiração veio na hora do jantar. Levantei correndo para pegar aquele caderninho que ganhei do chefe do blog para gravar as inspirações etéreas assustando a rainha da mansão. Deve ter pensado que a mistureba que comia já fazia efeito gerando o dilema do papel higiênico.

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

LAMBÃO EM ABU DHABI


Finalmente um campeonato longo, vinte e uma corridas, e extenuante chega ao fim.
Pelo menos houve demora em abençoar o que já sabíamos desde o início: o campeão seria Hamilton.
Houve sim uma tentativa de incluir na briga um e outro para vender jornal. Mas, dona Mercedes tinha o melhor carro e o melhor piloto.
Agora só nos resta esperar 2020 e mudanças que prometem deixar a categoria...... como está.

Indo ao que interessa.
A maldonadice do dia foi perpetrada pelo braço duro dono da extinta Força Aí Índia.
Lance Troll não é, esclarecendo, piloto pagante. É dono da equipe.
Logo de saída acertou Gasly, que do pódio do brasil-sil-sil foi para os boxes com a asa dianteira quebrada. E, para o fim do grid. Por sorte, dos outros, o maior prejudicado foi ele, Pierre. Chegou em décimo oitavo espumando de raiva, certamente.

De outro lado, Lance acabou abandonando depois de problemas no freio. 
Mas, sai agraciado com o leitão porcamente assado de dona Gertrudes pela falta de visão ao dar uma bica no pobre Gasly logo no acender das luzes (poético, não?).

Hilárias são as reações no bar dos Toro Mirins. Penso que são amigos, namoradas, esposas,  e por aí vai.
Uns estão no celular e nem percebem o que se passa, outros tentam explicar para o pimpolho o óbvio: Gasly levou uma pimba. A dona da pensão (penso eu) bate a mão na cabeça e olha como quem não compreende nada. 
No frigir dos ovos essas imagens deveriam ser mais divulgadas pela diversão que causam.




sábado, 30 de novembro de 2019

REIS DA ESTRATÉGIA FURADA

Como dizem acabou de acabar o treino oficial para o GP de Abu Dhabi e os estrategistas de mamã Ferrari mais uma vez se superaram.
Soltaram seus carros para a última tentativa com o tempo apertado.
Ou seja, estavam correndo o risco do cronômetro zerar antes de abrirem a volta.
Pois é. 
Na volta de aquecimento havia uma McLaren à frente de Vettel e Leclerc comboiando o lemão.
E, o monogagochato ficou na lembrança. 
Quando foi acelerar o tempo já estava zerado.
Reclamou no rádio jogando a culpa em Vettel mas, culpado mesmo são os babacas que esperam o último segundo para soltar as criaturas.
Como se um segundo para cá e para lá fosse decidir os destinos do universo.

E, como a volta de Sebastian foi tão horrível não duvido nada que, por castigo, tenham pedido para que ele levantasse o pé. Meio que para consolar Charles que larga em quarto e ele em quinto por não melhorar o tempo. 

De qualquer sorte ficamos de queixo caído com o amadorismo de uma equipe com o maior orçamento da categoria.

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

IMÃ

Descobri o poder cósmico/absurdo do imã lááá´em Curitiba na minha tenra idade.
Aquelas porras que se atraíam de um lado e repeliam de outro. Mais tarde descobri que a natureza dos imãs funcionam com as pessoas. Tipo de frente blarg e de costas uáu. 
Bom, sexismo à parte podemos dizer que o poder do imã é real em relação aos seres humanos.
Algumas pessoas são dotadas do poder de atrair, feito o imã, coisas boas e, principalmente, coisas ruins. 
Assim é Romã da Granja.
Esclarecendo: não me perguntem o porquê do dito cujo permanecer na F-1. Seu tempo de mostrar a que veio passou. Pelo que entendi o maluco de todas as voltas só permanece para fazer nossa alegria em termos de maldonadices.

Enfim, para o GP de Bubu Dadá, a escuderia Rá ressuscitou, para o piloto em questão, um chassi que foi utilizado nos treinos extra-campeonato em Barcelona no século passado. Ou seja em fevereiro.
E, funcionou. Sei lá que bosta de equipe é esta que depende de museu para um bom desempenho.
O que vale é que Romã vinha bem nos treinos que não valem nada quando, por detrás (êpa!) um tal de Sandálias, com uma Mercedona,  meio que pensou estar na corrida que vale as porras dos pontos e foi ultrapassar o retardatário Romã. Só que não. 
Era um daqueles treinos, fi. Daqueles que só o Luizão assiste porque todo mundo testa isto e aquilo, pneus assim e assado, cuecas borradas e limpas, voltas e mais voltas em "condições de corrida". Enfim, um saco.
Româ da Granja agiu como se espera de um piloto braço duro. Contornou a curva como se não existisse ninguém no universo e o choque foi inevitável. Culpado?
Penso que se alguém for pagar multa, perder pontos na carteira e subir ao cadafalso seria Sandálias pelo otimismo em ultrapassar um piloto que não sabe para que serve um espelho. Penso até que a equipe Rá poderia berrar na zoreia do dito que, por detrás, vinha um bólido muito mais veloz.
Não sabemos e não saberemos se houve a grita na zoreia do francês. 

Mas, o que fica é a certeza que Romã é o tipo de gente que atrai coisas ruins.
Se o mundo fosse um filme de ficção científica Granja seria o cara a ser devorado por um T-Rex trazido de volta à vida pelos cientistas loucos. Centenas de pessoas vidradas chamando mamã e o bichão só de "zóio" no Romã. 
O filme terminaria com o volante, orfão, rolando escada abaixo. 


quinta-feira, 28 de novembro de 2019

O DONO DA BOLA

Começo lembrando um episódio de minha infância que ilustra bem o que o dinheiro faz pelo esporte e quetais.
Morava em sampa, na então Av. Santa Inês, e gostava de jogar bola "cozamigos".
Era assim. Normalmente a gente jogava na rua que desemboca na famosa escola G.E.S.I, onde estudava.
Olhei no "Maps". Era no entrocamento das ruas Sgt Advíncola e (hoje) Av. Capitão José Parada Gonçalves.
Lembrando que naquele tempo tudo era mato. Quase não havia movimento nas ruas em questão.
Mas, já havia o asfalto a ferir nossos pés. A maioria jogava descalço ou de chinelos. 
Bom, um belo dia "capinaram" o terreno ao lado da rua e construímos um campinho. Nada de traves. Coisa de várzea mesmo. Tijolos, pedaços de pedra, chinelos, e irmãos menores serviam de trave.
Outro problema era o que usar como bola. 
De plástico uma merda. A gente dava uma bicuda e ela saía em zig-zag louco pelo campo sem atingir o alvo. E, furavam à toa. Qualquer unha comprida dava cabo da redonda.
A chamada bola de capotão era cara e ninguém tinha dinheiro para tanto. Nem para a vaquinha.

Porém, um belo dia tivemos uma surpresa. O pai de um menino novo no bairro colocou traves de madeira no campinho de terra. Sem rede o que seria um luxo extremo. 
E, forneceu uma bola de capotão. E ainda mais. Botou ordem nos times. Dali para a frente times com e sem camisa. A gente estava acostumado com a balbúrdia em termos de identificação dos amigos e inimigos. Muito comum lançar a bola para um adversário e culpar ou o vento ou a redonda. Míopes sofriam porque era melhor jogar sem óculos a correr o risco de perdê-los numa bolada qualquer.
Mas, logo descobrimos que a pré-história do campinho era melhor.
O pai exigia que o "meu garoto" jogasse. E, no melhor time. Que ele escolhia. 
Para piorar o "garoto" era menor que os outros jogadores e jogava mal para cacete. Qualquer trombada no pimpolho resultava em queda e advertência do pai à beira do campo orientando os dois times. Sim, técnico duplo.
Nós passamos a jogar com todo o cuidado para não acertar a canela ou cabeça do filho do home.

Até que chegou o dia do dia em que tudo acabou em risos e lágrimas.
O pai não apareceu para o evento de sábado pela manhã.
O bambino filho veio com a bola.
Começa o espetáculo. E tome porrada represada no garoto mimadinho.
Noves fora ninguém passava a bola para ele.
Até que houve aquela explosão de mimadice em grau 10 da escala Richter.
O filho do home pegou a bola e saiu do campo choramingando e dizendo que ninguém passava a bola para ele. Portanto, não haveria mais jogo.
Rimos do moleque e depois choramos a perda da bola. Não havia nada para substituí-la.
Nossos jogos perderam a graça amadorística. Com o tempo poucos apareciam e o campinho ficou meio que abandonado.

Mais tarde mudamos da Santa Inês, mudei de escola e nunca mais fui ao campo. Mas, lembro bem do dono da bola encaixando o filhinho no melhor time e berrando na beira para lançarem a bola para o perna de pau.

Pois é. 
Na F-1 não é diferente.
Papai Stroll, um quaquilionário, comprou uma equipe para seu filhote Lance. Um braço duro.
No ano passado um tal de Michael Latifi enfiou zilhões de abobrinhas no rabo da equipe Williams.
E seu filhote braço duro, Nicholas, vai sentar no cockpit que foi de Kubica em 2020.
Se o esporte continuar assim logo logo o campinho vai estar abandonado.


"meu garoto no melhor time (só que não)"

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

UPA UPA CAVALINHO

Impensável nos dias de hoje era comum pilotos darem carona para seus companheiros.



Schumacher de Uber e Alesi, após sua única vitória na carreira

Berger dando carona para Warwick

Aqui quem pega carona com Jonhonson é Berger

RENOVAÇÃO

Leio que a Honda renovou com os energéticos para duas temporadas na F-1.
Então, as prometidas grandes mudanças não espantaram os japoneses como muitos profetizaram.

Mas, uma notícia no canto de uma página de um site chamou minha atenção.
Reginaldo Leme pediu o boné e, ainda com contrato para mais um ano, saiu da Globo.
Nem vai comentar a última corrida do ano, em Abu Dhabi. 
Algo, como um terremoto, aconteceu. Provavelmente problemas de saúde.
A saída, no entanto, não afeta minha abordagem durante o fim de semana de corrida.
Dificilmente ouço a transmissão da Globo. Prefiro o rádio.
O estilo de Galvão Bueno não me agrada. Fica naquelas de no meu tempo tudo era mato. Em uma dessas transmissões deu a impressão de que nem sabia qual piloto ocupava qual carro.
E Leme estava naquelas de estatísticas que nem os matemáticos se interessam. Explicando, é legal falar sobre quantas vezes o vencedor saiu da pole. Mas, estatística não pode ser o mote de seus comentários. Parecia que estava de saco cheio. A F-1 mudou para cacete nestes anos todos.
Luciano Burti escapa pelo tempo em que esteve sentado em um dos carros. Mas, precisa atualizar o software. E, a insistência dele em culpar Vettel por tudo o que acontece cheira a perseguição. Questão de patrocínio? 

Na minha opinião, o fato da trinca de apresentadores não irem mais aos circuitos afetou demais a qualidade da transmissão. Agora, um único jornalista está presente.
A presença nos autódromos é importante pela interação com os envolvidos. Pilotos, chefes de equipe, mecânicos, outros jornalistas e tudo o mais. Um jantar bem regado rende belos furos. 

Lembro que, nos sábados no JN, havia o chamado "Sinal Verde" onde Leme apresentava curiosidades sobre a região onde a corrida se passava. Nada parecido existe hoje na chamada transmissão oficial.
Temos que buscar outras fontes de notícias. E, para nossa sorte, elas existem.

De qualquer maneira lá se foi um pioneiro das transmissões da F-1. Espero um livro nada insípido sobre este enorme tempo.

domingo, 24 de novembro de 2019

"PISA, SORTA!"

Estou lendo, estarrecido, que Ricardo Maurício foi desclassificado da corrida 2 da stock brasil lá em Goiânia por um problema na luz de freio. O famoso Caca (bosta) Bueno (o playboy que diz que não) reclamou que a luz de freio do vencedor não acendia quando solicitada. E, três horas depois o vencedor foi desclassificado.
Manos, é doideira ou estou doidão?
Desde quando luz de freio é tão importante assim? Se não acende o babaca que vem atrás não freia?

Bom, essas e outras coisa não colaboram para que a gente leve a sério essas competições.

Mas, o episódio leva a recordações gostosas e perigosas das sagas familiares.

Quando tudo era mato o sogro do cunhado (sacaram?) comprou um sítio na divisa dos estados de Sampa e Minas (e seus montes gerais e lindos).

Bão.
Em muitas ocasiões a família e amigos iam visitar o local. Havia um posto da polícia na divisa dos estados. Não me perguntem em qual estrada. Não havia maiores problemas na "fronteira".Na maioria das visitas ao sítio nenhuma vigilância. Mesmo porque, salvo maiores elucubrações, somos todos brasileiros.
Fomos em várias ocasiões ao estado vizinho atravessando a "fronteira".  Lembrando que, quando tudo era mato, o povaréu bebia tudo e todas. As estradas simples, num passo alcoólico, viravam duplas.
Bão de novo. 
Quando a gente voltava para Rib's era em comboio. 
E, em uma dessas ocasiões, o posto da fronteira estava ativo. Polícia e tudo o mais, Com frio na barriga eu enfrentei a barreira, Lógico que, tinha bebido tudo o que merecia. E, um pouco mais.
Então, aconteceu o evento que resultou no que hoje é chamado de "meme".
Os carros foram passando pelo posto. E, o único conduzido pelo único sujeito que não ingeria nada alcoólico foi parado. Cômico. Sei que olhos esbugalhados estavam fora do critério.
Sei que a caravana parou.  Quem estava na frente, de olho nos espelhos, e quem estava atrás estacionou logo adiante.
Tipo fazer pressão. Meio que afastado para que a autoridade não sentisse o doce sabor da cerveja.
Se algo saísse do controle tínhamos o grande Carlitão como "resolvedor" de qualquer problema.

Bom, chegamos perto como a observar sem tentar qualquer interferência sobre a autoridade ali presente.
Então, documentos legalizados do nosso amigo só restava a inspeção veicular. A autoridade circula o veículo (um Gol quase zero) e começa aquele cheque que conhecemos. 
E, tivemos que conter o riso quando a autoridade ordena para nosso amigo pisar no freio para inspecionar a luz de freio.
"Pisa. Sorta. Pisa. Sorta. Pisa. Sorta"
Ó santa escolaridade primária.

Tudo nos "conforme" nosso amigo foi liberado e, liberado foi, o (hoje) meme.
"Pisa, sorta, pisa, sorta". 
Quando os Onofris passam por qualquer "poliça" na estrada, lá vem a frase, "pisa, sorta, pisa, sorta"
Como todo o respeito, naturalmente.

Espero que não tenha sido esta frase a ouvida por nosso querido Ricardo Maurício. Dói na alma