sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

CINZA

Logo voltaremos à programação normal.
Mas, os tempos andam cinzas e este que vos tecla anda desanimado.
Tento não entrar no mérito da situação política/miliciana atual.

O motivo é deveras simples. Estava, outro dia, no consultório do meu cardiologista preferido (porque disse que meu encanamento entupido não necessita de roto-rooter) e ele explicou que certas situações estão fora do meu alcance. Não tenho ação sobre o que aí está, taokey?
E, não tenho ação sobre o stress que me aflige causado este pelo nazismo atual que campeia no território nacional.
O que "aí está" foi eleito pelo gado ou por gente que pensa como o acéfalo/miliciano.
O jeito é fingir que estou/estamos em outro país.
Mas, pagando imposto e etc aqui mesmo.

Voltando um pouco aos tempos bicudos da ditadura.
Quando vim para Rib's cursar Química entrei, de fato, de cabeça em questões políticas. Mas, nas conversas com o pessoal politizado sempre surgia a questão da ditadura não ser contestada pelo chamado povão. E, o apoio pornográfico da, então, mídia. Dona Globo nem se fala.
Não lembro muito bem quem foi mas, um dos "cabeças" (os caras realmente engajados, ou seja, dando a cara para apanhar) da época explicou que o brasil-sil-sil era representado pelo "o que aí está".

O tempo passou a ditadura cansou (na verdade perdeu o apoio daquele país enorme e bobo lá de cima) a democracia (ah ah) voltou, a corrupção continuou como sempre e cá estamos.
Estou véio e cansado. 
Principalmente porque constato que a idiotice tão combatida pela minha geração venceu.
O desbunde (palavra de ordem para a liberação geral) do princípio dos anos oitenta, quando caiu a censura, foi um sonho que desembocou num pesadelo.
Tanto que vários artistas transgressores daqueles tempos revelaram-se fascistas.

De qualquer maneira temos que seguir em frente. Faço minha parte, apesar dos pesares. Adoro desfiar os nomes dos grandes e incólumes corruptos deste país quando ouço mugidos tipo "o PT começou a grande corrupção no país". Começo pelo Maluf e nomes e mais nomes. Normalmente acaba a conversa.
Amém.




  

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