terça-feira, 6 de novembro de 2018

PEDRA NA BOTA IANQUE

Na esteira da possível entrada de uma corrida da F-1 no Vietnã vieram à tona algumas lembranças do meu tempo de moleque e a guerra (parecia interminável) do sudeste asiático.
Sim, vários países acabaram envolvidos no conflito além daquele país grande e bobo lá do norte o Vietnã do Norte e Vietnã do Sul (este apoiado pelos americanos). Lembra muito o que se sucedeu à Coréia que foi desmembrada em duas pela guerra de 1950.

Os chamados vietcongues, guerrilheiros apoiados pelo governo do Vietnã do Norte, usavam trilhas nos vizinhos para abastecimento e via de ataque aos sulistas. Então, países como Cambodja, Laos e até a Tailândia acabaram fazendo parte do teatro de guerra. E, levando bombas dos americanos.

Bom, o final todo mundo conhece. O Vitenã do Norte acabou por vencer e unir os dois países. Os ianques saíram correndo com o rabo entre as pernas. Todo o poderio bélico e o espírito genocida não funcionou. Digo espírito genocida porque um dos presidentes americanos envolvidos levou a sério o uso de armas nucleares contra Hanói, a capital do Vietnã do Norte. Acredito que um dos maiores fatores a findar o conflito foi o chamado Flower Power. Um movimento jovem que promovia atos pacifistas também contra a guerra. Era comum a gente ler que "só os negros jovens vão para o Vietnã." Lembrando que o futuro presidente George W. Bush fugiu da convocação sendo alistado na Guarda Nacional, por um político amigo, cujos membros não são chamados a sair do território nacional. Um escândalo.

A guerra tornou-se um problema interno tão grande que não restou outra saída a não ser cair fora não sem antes devastar o pequeno e fodão país.
E, a cultura de massa, após o final humilhante, dá a entender que os americanos venceram.
Alguns filmes de Hollywood retratam o conflito da maneira que os otários gostam. "Eles" são do mal e "nós" somos os mocinhos. Tal como os filmes de "farveste", que véio Mero tanto gostava. Os índios são o mal e os brancos os bonzinhos.

Para encerrar um pouco da grotesca ignorância brasuca. Fui assistir "Apocalipse Now" (filmão) acredito que no início dos anos 80 (o filme é de 1979). Começa o filme e um babaca iletrado comenta com o colega ao lado "mas, é filme de japonês..."

Tanto tempo se passou e, possivelmente, teremos uma prova automobilística bem no centro de Hanói.
Inevitáveis lembranças serão comentadas durante a transmissão. 
Porém, corremos o risco de não passar aqui no brasil porque vai promover um país comunista.
Pobre brasil.

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