segunda-feira, 5 de julho de 2010

DONA GERTRUDES

Este blog, num esforço de reportagem, conseguiu acesso a um acervo das mais ricas histórias da F1. As memórias inéditas de Dona Gertrudes. Ela é um desses personagens ligeiramente ocultos que permeiam o mundo dos famosos. No caso a F1. Suas histórias, que talvez rendam um livro ou um processo, fazem parte do rico folclore que envolve esse esporte. Pelo visto, nunca saberemos se reais ou não.
Mas, vamos publicar parte dessas memórias pingando postagens aqui e ali.
Dona Gertrudes não revela a idade. Só diz que nasceu. E, se diz brasileira, com um pé na França e outro na Alemanha. “O jeitinho brasileiro com educação francesa e o estilo deixa que eu chuto alemão”, como sempre repete.
Seu envolvimento na F1 se deu quando, não agüentando mais a aporrinhação que era viver com seu então marido, subiu na mesa de jantar num domingão qualquer, catou uma vassoura como se fosse uma espada e gritou algo como “fui”. Não lembra muito bem porque havia tomado uns goles de uma cachaça feita em casa por ela mesma. Envelhecida por longos dois meses numa garrafa pet embaixo do tanque, junto com produtos de limpeza. “É para dar um gostinho especial” escreveu em suas memórias. Mas, lembra que, ao bater a porta, disse que ia se juntar a um circo.
Na verdade foi para a casa de seus pais. Mas, o projeto de se juntar a um circo estava em pé. Resolveu procurar um. Pegou o jornal de seu pai e leu uma manchete sobre o circo da F1.
Não deu outra: apareceu numa quarta feira em Interlagos procurando emprego. Pulou o muro, apesar da entrada estar franqueada ao público. Estranhou o ambiente. Onde estavam os elefantes, os palhaços, os trapezistas? E, que circo era aquele sem lona nenhuma?
Passando em frente a um dos boxes viu o que pensou ser um astronauta. Um sujeito vestido com um macacão colorido e um capacete estranho. “Achei um palhaço”, pensou.
Na verdade era o Jackie Stewart experimentando o macacão e capacete. Ela não teve dúvidas. Entrou nos boxes pedindo emprego para aquele ser estranho.
Resumindo: vários jornalistas intercederam com pena de Dona Gertrudes e o chefe da poderosa equipe Tyrrel, Ken Tyrrel, perguntou a ela, através de um intérprete, se sabia cozinhar .
“Porra!!!!! Claro que sei” respondeu indo atrás de um livro de culinária. Assim começa a história de Dona Gertrudes dentro do circo de F1.
Ah! Em suas memórias ela relata esse encontro com o piloto Jackie Stewart. Ele tirou o capacete e foi simpático com ela, apesar de não se entenderem por falarem línguas diferentes. Mas, Dona Gertrudes não perdoou. Comentou em suas memórias que o cara era muito feio. “Vesgo, narigudo e com voz esganiçada. Entendi na hora porque usar capacete.”
Depois a gente volta.

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