sábado, 17 de julho de 2010

DONA GERTRUDES - 2

Dona Gertrudes desde logo fazia parte de muitas atividades dentro da F1. Suas ocupações não cabiam apenas na equipe Tyrrel, onde se tornou uma espécie de palpiteira oficial.
Sua fama de chefe de cozinha (subiu de posto) avançou no paddock e todos queriam experimentar suas obras.
Criou um prato rápido com receita secreta que só agora veio ao conhecimento do mundo. Batatinhas fritas com raspas de condimento preto que era disputado a tapa pelos comensais. “tem gosto de Fórmula 1”, diziam todos. Não é à toa: na verdade as batatas eram fritas em óleo de motor usado. “Era o melhor para manter a temperatura”, escreveu. Os condimentos pretos? Raspas de pneu. Usado, naturalmente. “Os melhores eram os que sobravam do Gilles Villeneuve. Ele sabia judiar de um pneu como ninguém”.
Em uma corrida no México, vocês devem lembrar, por pouco o Ricardo Patrese não corre por conta de um suposto “mal de Montezuma”. Comeu algo que provocou um piriri. Mas, não foi comida mexicana como disseram.
Ele bebeu, na véspera, uma batida inventada por Dona Gertrudes. Era batizada de “batida de Scania cara-chata”. A receita se perdeu com o tempo. Ela escreveu “fazia de cabeça com o que tinha na mão. Lembro que, neste caso, coloquei uma mistura daquela cachaça feita em casa, completando com gasolina da Ferrari, que era batizada. Subi na torre de cronometragem e joguei a coqueteleira escada abaixo. Como não explodiu dei para o italiano narigudo beber. Ele disse que só bebendo para agüentar o inglês maluco que corria na mesma equipe. Eu avisei que para dar barato era preciso beber tudo. Um litro mais ou menos. Sobrou uma colher de sopa..... Por isso, precisaram instalar uma privada química no carro dele.”
Mais tarde tem mais de Dona Gertrudes....




Nos 3min02s do filme, dá para ver o efeito da batida de Dona Gertrudes no aparelho digestório de Patrese.
No fim das contas, os gases da digestão devem ter garantido um empuxo extra à Williams do italiano, que venceu o GP do México de 1991.

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