sexta-feira, 9 de julho de 2010

DONA GERTRUDES - 1

Como vimos anteriormente, Dona Gertrudes conseguiu seu primeiro emprego na F1 como cozinheira da equipe Tyrrel. Mas, nunca foi de seu espírito acomodar-se em uma só função. Sempre irrequieta procurava ajudar onde precisavam ou dava palpites sem pé nem cabeça mesmo quando não era chamada. Algumas vezes, no entanto, suas opiniões resultavam em algo positivo. Devido à insistência dela, por exemplo, que Jackie Stewart passou a usar óculos escuros quase do tamanho de seu rosto. “Para esconder a feiúra”, escreveu.

Diz a lenda que ela estava nos boxes quando ouviu um piloto reclamando de um pneu furado. Os carros tinham problemas de durabilidade em relação aos pneus dianteiros.

Dona Gertrudes, que já falava um inglês macarrônico, desandou a defender um carro com quatro pneus na frente. Nada de coeficiente aerodinâmicos e coisas do gênero. A explicação foi singela. Escreveu “com quatro pneus na frente um deles poderá furar que os outros darão conta do recado...”

O fato é que um dos engenheiros da Tyrrel acabou por desenvolver, de fato, um carro com quatro pneus na frente, com relativo sucesso.
Ela nunca recebeu os créditos pela idéia, mas não se importou. “A vida é assim mesmo. Enquanto uns recebem os créditos, outros recebem os débitos....”


Vemos acima Patrick Depailler e Ronnie Peterson, em Interlagos, com o carro concebido por Dona Gertrudes.

Voltaremos depois com mais memórias de Dona Gertrudes.

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