sexta-feira, 10 de abril de 2020

TELETRABALHO

A primeira vez que ouvi falar sobre o teletrabalho foi por volta de 2008 quando cursava Direito. 
Um dos professores imprimiu o projeto de lei e o colocou em discussão.
Não lembro muito bem sobre o enfoque da discussão. Mas, sei que o equipamento e a fiscalização foram temas muito debatidos. A conclusão foi a de que os equipamentos iriam ficar por conta do interessado e o trabalho seria por metas. Lógico que, alguns queriam saber como iria funcionar as horas extras...

Foi então que lembrei que um quase parente nosso trabalhava em sampa numa empresa com sede nos Estados Unidos. Enfoque trabalhista mais moderno. E, vejam só! Na década de noventa fizeram um teste com alguns cargos de chefia. Forneceram computadores e o pessoal trabalhava em casa. Uma vez por semana reunião na empresa para aferição do teste.
Depois de algum tempo concluíram que não funcionava. Nosso quase parente, por exemplo, ficava de pijama o tempo todo (não havia conferência em vídeo) e disperso pela casa. 
Resultado: voltaram ao trabalho na empresa. Terno e tudo o mais.

Trabalho numa "firma" extremamente conservadora. Não vou falar nada sobre o ambiente hierárquico porque o chefe do blog arrepia os cabelos quando dou nome aos bois.
Até o reconhecimento da pandemia tínhamos duas pessoas em teletrabalho. Conseguiram a duras penas.
A portaria que regulamentou o teletrabalho na minha "firma" não é muito diferente da lei trabalhista. Comparecimento semanal e metas a serem cumpridas. Ironia: metas maiores daqueles que trabalham na "firma".

Apesar do conservadorismo houve uma atitude rápida e drástica em relação ao trabalho quando da decretação da pandemia. Em pouquíssimo tempo fomos colocados em teletrabalho. Computadores acessados por via remota. Ou seja, meu computador na "firma" está ligado permanentemente. Lógico: os monitores desligados.
O equipamento, no entanto, por nossa conta. Aqui em casa somos dois na "firma". Portanto, compramos um computador novo com dois monitores e foi realizado um upgrade no laptop véião de guerra que ficou ligeirinho. Por sinal, de onde teclo este post.

Tudo para dizer que os conservadores tiveram que curvar-se ao moderno. Estatísticas preliminares dão conta que o teletrabalho pode ser mais eficaz do que o comparecimento físico na "firma". 
E estamos, os funcionários, aprendendo a administrar o tempo. 
Como trabalhamos por meta o tempo não é o inimigo. 
Nem o espaço. A rainha da mansão se apoderou do computador fodão com dois monitores. Então, montei um cafofo num canto da casa, uso este lap, tabáio só de bermuda, fone de ouvido e com a eficiência de sempre (ah, ah).
E, tanto aqui quanto lá, muito café.

Estamos neste regime até 30 de abril. Depois,......bom depois ninguém sabe se chegará.
Toc, toc na madeira.



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