segunda-feira, 6 de abril de 2020

AH, A PRIVADA!

Sou ligeiramente famoso na família por "postar" depois de algumas cervejas. Apesar de auto censura sempre há a presença daquela frase/palavra que ali não estaria não fosse aquela nebulosidade que invade nosso cérebro vindo das mais profundas regiões de nossa mente.
No dia seguinte lá vou eu consertar o post.

Enfim, o post que antecede a este lembra muito os acima classificados.
Lógico que o chefe do blog (ele voltou!!) tem a verve mais elaborada e impulsionada por bebidas mais sofisticadas que a "água suja" que estou acostumado a ingerir.

Não estou, longe de mim, dizendo que o post resultou numa contemplação filosófica do vaso sanitário, vulgo privada, antes da devolução "liminar" do anteriormente ingerido. Liminar no sentido de uma apreciação perfunctória do mérito. A bebida bateu e voltou num efeito bumerangue trazendo o almoço/janta a tiracolo.

Mas, privada é para mim motivo de um certo trauma.
Quando era menino lá em Curitiba morava numa humilde casa guarnecida por um banheiro decente. Na medida do possível.
Mas, frequentava casas com banheiros no quintal. O que significava um tremendo pavor ao precisar fazer uma visita noturna. Todo tipo de monstro aguardava o mijão/cagão no escuro entre a casa e o ambiente onde depositaríamos os excessos não mais utilizáveis por nosso corpinho.
O vaso, nestes casos, era um buraco no solo, chamada fossa, com um "sentador" de madeira. Sim, se o infeliz fosse muito magro báu-báu. Eu me agarrava nas paredes porque era muito magro. Saudades da minha magreza.
Alguns mais modernos tinham uma espécie de aparador de metal. Normalmente feitos utilizando uma bacia velha. Era uma espécie de funil colocado entre o vaso e o infinito. 
Se a petizada se divertia com o barulho das "obras" caindo lá na China (algumas fossas pareciam não ter fim) o som da lata aparando e encaminhando o motivo da ida ao banheiro era para envergonhar qualquer cagão que se preza.

Mas, décadas depois estava tendo um papo alto astral com véio Mero sobre as cagadas da vida. Vejam só. E lembrei dos banheiros rurais de Curitiba. 
Ele lembrou que em certa ocasião noturna sentou num desses com aparador e fez o que tinha que fazer. Ouviu na primeira rajada, sons de algo arranhando a lata. Não ligou muito. Poderia ser um sapo besta. Sapo besta é o que não faltava em Curitiba.
Acabada a obra resolveu averiguar o bicho lá dentro. Puxou a lâmpada (daquelas de cordinha) e deparou-se com uma ratazana tentando escapar do cocô. E, mirava no objeto mais próximo de sua escapada. O saco de véio Mero.
Imaginem que o homem ficou com intestino preso uns seis meses.
E, qualquer que fosse o banheiro fazia uma investigação completa dos arredores. Principalmente no vaso. Porque mesmo nestes modernos pode aparecer um jacaré, ou tubarão.
Prefiro ficar com os monstros e os sapos bestas.

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