terça-feira, 21 de maio de 2019

22/02/1949

Não faz muito escrevi um post sobre lembrar o nascimento e não a morte.
Desta vez perdemos Niki Lauda.
Quando sofreu um transplante de pulmão escrevi, em agosto de 2018, que estávamos prestes a perder um grande cara da F-1. Fui obrigado a dar o braço a torcer uma vez que ele saiu do hospital e viveu um bom tempo.

Muito vão falar sobre a carreira do austríaco. Prefiro escrever sobre minhas impressões.
Ele disputou campeonatos com três brasileiros fodões. 
Primeiro com Emersão. Lembro de uma corrida, em Nivelles, Bélgica/1974 em que o brasileiro, com McLaren, teve que segurar Lauda, e sua Ferrari, em grande parte da corrida. Assisti pela TV e confesso que esperava a ultrapassagem. 
Em 1974 deu Emersão. Em 1975 Lauda. 

Quando foi companheiro de Nelsão Piquet lembro que Niki andava meio sem foco. Dava entrevista dizendo que sonhava com uma companhia de aviação etc. e tal. Foi superado diversas vezes por Nelsão e saiu a F-1 em 1978. Então bicampeão pois havia sido campeão no ano anterior.

Mas, em 1981, testou uma McLaren, e voltou a correr. Claro, levando um dinheirão enorme para casa.

Com Senna o mais lembrado foi o episódio em Mônaco/1985 quando Ayrton fez uma volta rápida e, como Shushu, passou a andar como uma tartaruga manca. Atrapalhou Lauda que foi reclamar, levou o dedo do meio e no sábado deu o troco. E, mostrou o dedo do meio para o brasileiro. Mas, dizem que se davam bem.

Bom, de minha parte as lembranças são de um piloto extremamente cerebral. Quando não tinha a melhor situação em termos de máquina andava o suficiente para marcar pontos. Portanto, não era dado a shows. Mas, tirava água de pedra.

Levou o título de 1984 por aquele famoso meio ponto. A corrida roubada de Senna em Mônaco. Prost (ituto), companheiro do austríaco, levou a corrida com gol em impedimento Os pontos valeram a metade (por conta das voltas percorridas) e o meio ponto no final da temporada foi a nossa alegria. O francês seria campeão contando com os pontos do segundo lugar.

Assistimos a corrida final em 21 de outubro no Estoril, Portugal Lauda chegou em segundo e levou o título. Fez o suficiente para vencer por meio ponto. Alain Prost (ituto) foi primeiro e Senna terceiro com o caminhão Toleman.
Domingão em família. Naquela época valia a pena ir ao campo do Botafogo de Rib's. Meninos, coisa de louco.
Neste domingo, depois de muito churrasco e cerveja enchemos a Caravan do cunhado e lá fomos. Eu no "chiqueirinho" porque a lotação estava esgotada. De vez em quando alguém avisava o motorista sobre algum obstáculo. Todo mundo enxergando dobrado.
Uma vez no campo aqueles gritos pornográficos, cânticos pornográficos, lembranças pornográficas acerca da mãe do juiz e este que vos tecla berrando tresloucado "Lauda, Lauda, Lauda". Quem estava perto não entendeu nada. Poucos entenderiam. 
Fiquei famoso.



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