domingo, 3 de fevereiro de 2019

CIRCO DOS HORRORES

Era uma vez um país, onde nasci, que foi pisoteado pelos tanques em busca dos corruptos. Esta foi a desculpa.
Mas, a corrupção dos amigos era escondida pelo manto da censura. Quem tentava se informar, lendo nas entrelinhas das notícias dos jornais e revistas, criava uma realidade abstrata. Onde está a verdade?
Pulando alguns anos os tanques enferrujaram e acharam por bem voltar à penumbra. Mas, mostrando os canhões volta e meia.

Finalmente um presidente civil. Eleição indireta, claro. 
De qualquer maneira um mineiro com cara de vendedor de carro usado foi eleito.
Mas, ó ironia.
Morreu Tancredo. Herdamos seu sobrinho. A cara do novo brasil. 

Pulando outros anos. Ontem assisti (entre uma vomitada e outra) o circo de horrores que retrata o novo brasil. 
Eleição do presidente do senado. 
A justiça (ah, o supremo) tentou ajudar o alagoano corrupto. O ministro amigo interferiu no regimento de outra instituição decidindo que o voto deveria ser secreto. Com o voto aberto seria constrangedor votar no alagoano. 
Enfim, os senadores decidiram que votariam por meio das cédulas (secreto) mas, mostrariam o papel para seus colegas.
Genial?
Estamos no brasil. Ao invés de 81 votos (o número de senadores) a urna continha 82 cédulas. Bandidagem da grossa e sob os holofotes da TV.
Rapidamente um dos condenados (aleluia!) que cumpre pena em regime semiaberto rasgou as provas.
Nova eleição. 
Um obscuro senador do Amapá cheio de acusações diversas (ah, vá!) foi eleito com a ajuda dos "home" do executivo. 
Este é o circo brasil. 
Infelizmente o show que se repete é de horror.


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