quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

F-1 RAIZ E NUTELLA

Todo mundo bota a colher no formato atual da F-1.
Dizem que a categoria era muito melhor nos antigamente. Recentemente foram criados mecanismos artificiais de ultrapassagens (as famosas asas móveis). As pistas tem áreas de escape asfaltadas. Os caras saem fora e voltam todos pimpões como se não tivessem defecado. Com regras de pum atômico e punições esdrúxulas nunca se sabe qual a posição de largada de seu piloto preferido.
Os carros dificilmente quebram. Sim, a não ser o carro de Sorrisão.
E por aí vai.

No passado tínhamos também carros andando na frente dos outros sem dó nem piedade. A McLaren de 1988, por exemplo.


"é nóis contra a rapa!"


Mas,  havia algo que deixou de existir. A interação público/piloto nas corridas.
Na foto abaixo vemos Ayrton Senna e sua McLaren. Olha lá o braço do cara domando a fera. Cabeça caída para o lado e etc.



Vejam também a Lotus 72 do Emersão. A gente batia o olho e reconhecia o piloto pelo capacete. Não tão estiloso como os de hoje com excesso de cores.

"número um"





Os carros eram, na medida do possível, simples. Asas dianteiras simploronas, a asa traseira enorme e vamos que vamos.

Hoje os carros são extremamente detalhados em relação à aerodinâmica. São horríveis. Ainda mais com o "ralo".

E, para reconhecer o piloto só apelando para os números. Perdeu a graça a interação. Mesmo com 'centas câmeras onboard. 

"quem vem lá?"

Então, faço coro com os saudosistas. Muitas corridas se tornavam sem graça pelo excesso de quebras e domínio de determinado carro. Mas, até o fantasma da quebra a qualquer momento era um tempero que nos deixava atentos ao que ocorria dentro das pistas.
Enfim, gosto da F-1 raiz e engulo a Nutella. Fazer o quê....

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