sexta-feira, 8 de maio de 2020

GOLEIRO DUPLO

Já falei de um lugar que a rapaziada da Química frequentou em algumas ocasiões.
Uma tapera à beira de um rio perto de São Carlos. Tem este post.

Dentre várias histórias (muitas tenebrosas) algumas são engraçadas.
Numa destas visitas resolvemos, logo que chegamos, jogar futebol num campinho do lado da "casa".
Problema: poucos jogadores. Sabemos que goleiro sempre foi problema no joguinho de futebol entre amigos. Ninguém está disposto.
Mas, nesta ocasião tínhamos um goleiro. Um dos nossos colegas, faixa preta de karatê, resolveu que seria o melhor goleiro da Filô depois de frangar várias vezes em uma partida de futebol de salão. Empenhou-se ao máximo e conseguiu ser um bom goleiro. Precisam vê-lo pulando atrás da bola. Parecia uma perereca ensandecida.

Mas, faltava o outro goleiro. 
Tudo se resolveu quando do aquecimento da galera. Como já havia escrito, levávamos quantidades astronômicas de cerveja. Além de cachaça (que nunca curti), limão e gelo.
O aquecimento consistia em beber. Simples.
Nosso goleiro oficial resolveu fazer caipirinha. E, o rapaz quando se dedicava a fazer algo, tinha que ser perfeito. 
Resultou que, todo mundo no campinho, devidamente aquecido e o goleiro experimentando a caipirinha. Foram várias experimentações e descartes até ficar bêbado, quero dizer, ficar satisfeito com o resultado.
Veio, trôpego para o campo e descobriu que ninguém queria jogar no outro gol.
Não deu outra. Com aquela voz característica de quem já estava para lá de Bagdá disse que jogaria nos dois gols.
Como assim?

Simples: ele começaria o jogo e correria para o outro gol. Defenderia, passaria a bola para o companheiro deste lado, correria para o gol do outro lado, começando tudo de novo.
E, assim foi. Lógico. O jogo acabou quando o goleiro duplo ficou sem fôlego (caipirinha).

Porém, ninguém reclamou. Fomos bebemorar felizes da vida.
Em tempo. Ninguém, depois de passado a bebedeira, lembrava o resultado do jogo


 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário