domingo, 28 de junho de 2020

SÔDADES

Quando exatamente experimentei a (experiência) saudade?
O fato de ter que superar a ausência de alguém que. como um super herói, enfrentaria o universo?
Tipo o dentista e sua anestesia do araque?
Saudades tem um monte de explicações e etc e tal. Na minha opinião é a dor da distância.
Quando a gente sente falta de alguém basta ir até a pessoa e abraçá-la (ou algo equivalente) e pronto.
O arquivo saudade zera. Fácil, só que não. Quando a distância (ou algo equivalente) torna-se um problema a saudade transforma-se em dor.

A primeira vez que experimentei a dor para valer foi quando voltei para minha terra natal "pramó!" de estudar Química.
Trezentos e  tantos Km que não eram transponíveis facilmente. Telefonemas eram caríssimos e não tínhamos o aparelho em casa (sampa).
Dor da ausência de mamis, de meus amigos (poucos), de meu amor juvenil, da minha existência até então, e tudo o mais. Muita choradeira debaixo do chuveiro.
Então, como aplacar a ausência de tudo o que era meu mundo?

O que restava? As cartas. Aquelas tipo papel, envelope, idas ao posto do correio e etc.
Escrevia uma por dia para a minha "base" em sampa. Acreditem.
E, as cartas rareavam na medida em que as raízes eram fincadas na nova vida.
A saudade, depois de um tempo, não era mais cortante e sim algo que sabia seria aplacado logo na primeira oportunidade em uma viagem para sampa.

O tempo passou, as comunicações ficaram mais fáceis.
E, mais acessíveis.

Como imaginaria na década de sessenta que as ligações no decorrer dos tempos se tornariam tão simples e baratas?

E, vamos aos tempos atuais.
Todos sabem que o chefe do blog está morando lá na Alemanha.
E, por mais que a saudade bata forte penso que ele, e Dani tem mais é que ficar por lá.
E, quem ninguém nos ouça, preparar nossa ida....... para as terras germânicas.






E, trabalhando em casa, tenho estes quadros, tipo caricaturas, a aliviar a dor da saudade.
Estão na parede bem defronte ao lap que possibilita o post.
Enquanto o chefe do blog interagia, nesta data, via zap-zap ,olhava os quadros na parede.
Foram feitos em um evento que reuniu o clã dos Onofris. Ou, parte dele.
 Hummm, o caricaturista ajudou no modo capilar.....
Mas, um sem números de vezes, ergo os olhos e as sôdades são aplacadas pelas caricaturas tão simples e presentes.
É a modernidade a favor das ligações familiares. Além das ligações via apps.
Aliviando a dor das sôdades......

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