terça-feira, 16 de junho de 2020

OS LÔCOS POR VELOCIDADE

Nigel Mansell é um daqueles pilotos meio atabalhoados que dão, mais ou menos, certo. 
Poderia ter ido mais longe se não enfrentasse os melhores pilotos de sua época.
Mas, o grande adversário de Mansell era ele mesmo.

Bom, tem uma história que não sei se verdadeira mas, condizente com a cabecinha de vento do piloto.
Nos tempos da suspensão ativa a Williams (ela mesma!) dominava o espetáculo.
E, dizem, que a suspensão falhava, de vez em quando. Parava de funcionar e quando acontecia o carro ficava "duro" meio que impossível de guiar. Nos segundos posteriores à falha o piloto tinha que apertar um botão para resetar o sistema e ativar a suspensão ativa (ui!). Até aí é pumba no muro.

Em uma dessas ocasiões o piloto inglês acabou por acelerar ainda mais o carro. Talvez pelo pânico da situação. Mas, voilá!
A suspensão voltou a funcionar imediatamente. 
Reza a lêndea (que vira piolho) que assim aconteceu. Aumentando a fama de lôcão de Nigel.

Pensando neste fato lembrei que já fui um desses pilotos sem noção, ora vejam só.
Já contei que lááá nos anos setenta apanhava a famosa Brasília de véio Mero, enquanto ele trabalhava com o carro da firma, "pramó" de dar um rolê nas redondezas. Um dos circuitos que armava incluía a Av. Santa Inês no alto do Mandaqui. Havia um trecho que adorava. Este aqui:

"a curva"

 Na seta a curva desafiadora. Esta curva:

"a curva"
Naquele tempo tudo era mato. O posto de gasolina era um terreno baldio. Neste sentido (centro/bairro) era possível ver a saída da curva.

Não havia muito trânsito nas tardes. Então, quando a saída da curva estava limpa eu acelerava como o "Emersão" faria.
Numa dessas a Brasília começou a escorregar e eu comecei a ver a viola em cacos (como dizia minha avó). Que fazer?
Frear ? Rezar? Chamar mamãe? Confessar os pecados?
Na aflição e pouco tempo para reação, acelerei.
Sim, Na minha cabecinha de vento o pé estaria no pedal do freio. Só que não. Ele continuava no acelerador. Que eu pisei com toda a sofreguidão.

Meninos. Por sorte não havia mais nenhum veículo nas redondezas. A Brasília véia de guerra entrou na curva de lado (literalmente) e por obra divina aprumou na saída da curva. Foi quando tirei o pé do acelerador ouvindo os aplausos e gritos do pessoal do bar dos bêbados. Ficava bem ali naquele predinho branco no meio da curva.

Enquanto me encaminhava para os "boxes" não sabia se ria ou chorava. Não foi a única maluquice que fiz com a Brasília (não lembro se a azul ou branca) de véio Mero.
Mas, esta foi a que me fez trocar de cueca logo que cheguei em casa.

"Tamu junto, Luizão!"

Nenhum comentário:

Postar um comentário