quarta-feira, 10 de junho de 2020

FÉRIAS!

Qual a primeira lembrança de férias?
Eu diria que, no meu caso, não envolve escola e coisas do gênero. 
Mas, aquela lembrança de pegar estrada e ir para um lugar diferente de seu bairro, sem eira nem beira.

Minha primeira lembrança foi de uma ida até a praia de Matinhos no Paraná. Não estava nem em  idade escolar mas, tá valendo.
Lembro que foi no carnaval (não sei o ano) e já explico.
Véio Mero não foi. Nas minhas lembranças havia uma criança pequena que poderia ser meu irmão.

Enfim, chegando à cidade a visão da praia ao longe marcou para sempre minha memória. 
"Quanta água!"
Caí de boca, literalmente, no mar, logo que possível.
Outro espanto, para riso dos adultos.
"É salgada!"
E, por aí vai.

Lembro que era carnaval porque houve um baile e alguém, que não foi dona Alzira (porque foi ao baile!!), ficou com os rebentos (não sei quantos) que já haviam adormecido. 
Sei que Araci (quem será?) encheu o boné e mais alguma coisa por conta de ciúme de um dos rapazes. Foi um vexame tão grande que acordou os rebentos, na volta do baile.
Até hoje, séculos depois, lembro do bullying do pessoal cantando a famosa música. 
Primeiro chamavam a "Araci".
Assim, "Araci!! Cê pensa que cachaça é água, cachaça não é água não....."
E, ela sorria sem graça. O tal rapaz se declarou para ela (era antigo namorado) mas, nas minhas lembranças foi só. Ela continuou com motivos para beber todas.

Foi tão intensa a estadia que lembro de sair, com o dia amanhecendo, com o galã da Araci, para apanhar caranguejos na praia. Aos milhões, na areia.
Pelo que entendi vinham à praia pela noite e voltavam ao mar durante o dia.
Fiquei com medo do carai. Mas, fui treinado a pegar os pobrezinhos sem ter algum órgão cortado pelas garras. E, fiquei com muita dó dos coitadinhos sendo lançados em água quente. Mas, que eram apetitosos eram.
O tempo passou mas, este período está mais vivo em memórias do que muitas outros. 

Então é assim. Chega o período de férias e a gente se debruça sobre todas as possibilidades de estadia.
Zilhões de sites, estadias em casas já alugadas. viagens para a Alemanha (entendidos entenderão), praia, campo, outros planetas e muitas outras opções. Planejar férias é muito estafante.

Temos férias emendando com o próximo feriado. Primeiro conferir se o governo não incluiu a data naquela emenda pornográfica que nada serviu (povo burro, santo cristo).
Então, a dúvida. Sair ou não sair?
Da toca, onde estamos desde março.
Ficou decidido que iríamos para um lugar já conhecido, na praia, com vista para o mar. Ir até a praia seria passível de investigação "in loco", devido às restrições de lugar em lugar .
Bom, a decisão seria sair de casa, carro com "sem parar", entrar no apê (com puta vista para o mar) com máscara e ficar confinado na sacada olhando as ondas.
Ah, Luizão proibido de tomá umas.
Ah, ah,

Rapidamente, pesquisei e informei que o bicho está pegando no lugar planejado. Estão colocando obstáculos até mesmo para entrar nas cidades do litoral norte.
E, gastar uma grana para ficar confinado não tem sentido. Ainda mais sem a companhia da cervejinha amiga.

Então, fizemos um combo com as férias. Vamos curtir o feriadão em casa, interromper  e jogar o restante para longe do Covid-19. Se possível.
 
A que ponto chegamos. Muitos companheiros já desistiram de cancelar férias e estão em casa fazendo sei lá o quê. Mas, em férias.
Mesmo trabalhando no lar chega uma hora que o cansaço bate. 
Descansar é preciso. 
E, pensar que uma atitude firme no início do pandemônio (de demônio) das nossas "queridas" autoridades desaguaria numa situação em vive hoje a Nova Zelândia.

E, estaríamos fazendo valer o exaustivo planejamento das férias marcadas para este período.

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