terça-feira, 9 de junho de 2009

De novo, de novo...

Mais uma vez, começou a falação a respeito das atuações de Rubens Barrichello na Formula-1. Talvez tenha sido a pior corrida de sua carreira, mas os comentários maldosos irritam. Aliás, é tudo o que se lê sobre automobilismo: Rubens isso, Rubens aquilo; Mosley vai, equipes vêm, equipes vão, Mosley vai... enfim, está chato acompanhar F-1 pós-corridas (com hífen mesmo, para ficar parcial).
O GP da Turquia foi estranho; acho que nunca considerei a possibilidade de voltar a dormir após a primeira volta! Barrichello lá atrás, Vettel colaborando, eu já imaginei que ia acabar naquela ordem mesmo. Mas continuei assistindo e fui vendo a corrida de "recuperação" do Barrichello e imaginei que viria um acidente em breve. Ainda bem que não aconteceu.
Destaco, novamente, a corrida de Webber, desbancando o talentoso Vettel para chegar em segundo; se não fosse o Button ele venceria... 
Button não está perdoando. Rápido, seguro, sem erros. Vai ser campeão, com muitas corridas de antecipação. Não há nada que Rubens possa fazer, pois ainda que houvesse chance, já não iriam deixa-lo reagir. Agora, já entra o interesse da equipe, o que é justo diante da vantagem que o inglês conseguiu abrir.
Eu não gosto de teorias da conspiração, mas um certo André, que comentou este post do Ivan Capelli, parece-me ter ido ao ponto. Aliás, daquele pessoal todo do Grande Prêmio, o que mais gosto é o Capelli, porque é o único que se parece, em suas opiniões, com um jornalista.
Reproduzo o comentário do tal André:

"Capelli,

sua análise está muito bem escrita. Muito melhor do que os textos de muitos pseudo-jornalistas por aí.

Acho o Barrichello um ótimo piloto, mas tenho certeza que lhe falta a força mental para ser campeão.

O RB foi mais rápido que o Button em todos os treinos até a definição da pole na Australia. Aí teve aquela falha na largada (que atribuo ao carro, ele cansou de demonstrar que pode largar bem, como na Espanha e em Monaco) e sei que passa pela cabeça dele que a imprensa eo Brasil vão falar que ele chegou em 2o e tal. Aí desanda a fazer bobagens.

Na Austrália deu sorte e herdou o 2o lugar. Aí foi para a Malasia seco pra descontar e ganhou de presente da equipe a perda de 5 posições no grid por causa da troca do câmbio. Button pole de novo. Ou seja, a cabecinha dele já começou a largar fumaça. Foi uma prova em que a equipe errou duas vezes na estratégia com ele, que podia até ter vencido se tivesse colocado intermediários, e não secos, na primeira troca. Teve que voltar para os boxes em 1 ou 2 voltas, se não me engano.

Ou seja, tomou 2 a 0 com uma certa razão pra se queixar. Aí ele se estrepou de vez. Faz como aquele time que parte pra cima de qualquer jeito e vai levando gol em contra-ataque.

Para concluir, é preciso dar a ele o valor que o próprio Ross Brawn dá. Na Espanha, em Mônaco e até na Turquia, é ele que vai acertando o carro. Na noite de 6a o pessoal pega as informações da telemetria, põe no carro do Button e o inglês dispara.

Isso mina as forças mentais do Barrichello. Tão perto e tão longe do título.

Schumacher foi um tremendo piloto. Os números provam: é o melhor da história. E ele, como ninguém, soube minar o Rubinho (no diminutivo mesmo). O ocorrido na Austria, a prova em que o RB ficou com o carro no cavalete no grid, a falta de gasolina no GP Brasil quando ele ia abrir 8 pontos de vantagem em cima do alemão.

É fácil aniquilar o Rubens: basta alimentar aquela nuvenzinha preta em cima da cabeça dele.

Uma troca de estratégia na Espanha, um jogo de pneus com 2 libras a menos, uma embreagem que dá pau quando ele declara que largando no lado limpo da pista pode passar quem está em segundo. Podem ser coincidências, mas na F1 e no mundo corporativo há várias maneiras de se atingir um objetivo.

O objetivo do Ross Brawn é ganhar os dois títulos e ele está bem a frente dos demais competidores em ambos os campeonatos".


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