terça-feira, 7 de abril de 2015

07/04/1968

Nesta data eu tinha 13 anos e era um garoto assombrado pelo mundão véio. Já sabia sobre a ditadura militar e corria para casa toda vez que via um carro oficial. Qualquer que fosse.
Queria usar botas feito o Reibeto Carlos e Cia e deixar o cabelo crescer.
Acompanhava automobilismo por revistas e parcas e porcas imagens da TV.
Foi neste dia que o maior ídolo da F-1 morreu tragicamente disputando uma corrida de F-2.
Jim Clark, como a maioria dos pilotos de ponta participava de competições outras além da F-1.
A história todos conhecem.
A pista de Hockenheim, na Alemanha, sem nada a separar a pista das árvores. Um provável defeito no carro Lotus de F-2 e a batida fatal.
Lembro que fiquei chocado ao ler nos jornais e revistas. Afinal, um super-homem não morre. Décadas mais tarde vi meu filho ter a mesma sensação quando morreu Ayrton Senna.
Aliás, uma vez assisti uma reportagem de Senna visitando uma escola na Escócia, terra de Jim Clark, e dizer que ele era seu maior ídolo ao lado de Juan Manuel Fangio, argentino.
Fangio e Jim Clark foram destes pilotos fora do modelo. Gênios a entender e tirar tudo o que uma máquina consegue fornecer.
Tivemos um piloto deste naipe com uma morte igualmente trágica e difícil, até hoje, de engolir.
Ayrton Senna e outros, se minha teoria tiver embasamento, estão disputando e se divertindo na interminável pista reservada aos pilotos fora de série.
o verdadeiro escocês voador

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