quarta-feira, 13 de maio de 2015

O famigerado botão vremeio

Não sei se foi a Ferrari que inventou, mas foi o time rosso que vulgarizou a utilização do famigerado botão vremeio na história recente da F-1. A "mídia especializada" jura de pé junto que isso não existe e que os teóricos da conspiração estão viajando na maionese ou no óleo lubrificante.
O botão vremeio é uma ferramenta cujo uso implica o fodemento daquele piloto menos estimado pela scuderia em questão. Os modos de operação são diversos. Por exemplo, pode vir por meio de mensagens cifradas que significam, de modo mais ou menos claro, "saia da frente", como na Áustria em 2002:


Na Alemanha, 2010:



E as claríssimas ordens de Eddie Jordan a Ralf Schumacher em Spa, em 1998:



Outro mecanismo de botão-vremerlizar, bastante difundido nos tempos de reabastecimento, era o da pane seca, real ou simulada. Um dos exemplos mais bem acabados que a história nos oferece aconteceu no GP do Brasil de 2003. Era a grande chance de Barrichello vencer em casa e assumir a liderança do campeonato com uma vitória de vantagem sobre Schumacher.
Depois de um início de corrida difícil com o pneus intermediários que não geravam temperatura, o brasileiro fez uma ótima e madura recuperação, assumindo a liderança sobre Coulthard e virando, em seguida, dois segundos por volta mais rápido que o escocês. Mas, aí, foram só duas voltas... é de cortar o coração:



A temporada de 1999 foi uma das mais estranhas que assisti. Depois do acidente de Schumacher, parece que ficou um jogo de empurra entre Ferrari e McLaren para ver quem não ficaria com o título. Na corrida mesma em que Miguel se acidentou, a McLaren implementou o sistema econômico de pit stop, em que o piloto entra para a troca com quatro e sai com três roda: 





A Ferrari, no entanto, aperfeiçoou o sistema no GP da Europa, em Nurburgring, incorporando-o aos efeitos do pressionamento do botão vremeio, deixando Eddie Irvine uma vida inteira nos boxes esperando pela roda traseira direita para seu carro. Na verdade, Dona Gertrudes apurou que a equipe não esperava o irlandês nos boxes, mas o triciclo que apara a grama em Maranello:



Enfim, meu ponto é que a sabotagem faz parte da história da F-1 desde sempre até hoje. Por razões nem sempre claras para o público em geral - ou mesmo para a mídia dita especializada -, as equipes tem seus eleitos e trabalha em função deles. Todo time, quando chega aos autódromos, toma como segunda providência a instalação dos botões vremeios e seus sistema integrados em cada carro. E "se me negares o brilho do sol, eu não direito que tendes uma opinião, direito que sois cegos". 

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